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Prova Criminologia - Sexta

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Aldenilson Cardoso 
Nicholas de Jesus Nunes 
 
 
1º) Com base nos elementos da Criminologia, aponte o que tem relação com o texto 
acima citado. 
 
Com os avanços da criminologia que têm como um dos objetos o criminoso, constatou-se 
que a sociedade na qual este está inserido contribui ou não para seu ingresso no mundo do 
crime. 
 
Nessa linha, divide-se o crime em algumas áreas que possuem características próprias. Por 
exemplo, crimes que decorrem diretamente de fatores socioeconômicos, tais como roubo e 
o furto. Esses tipos de crimes são mais comuns em áreas urbanas e industrializadas que 
possuem um grau elevado de desigualdade. Observa-se que um efeito direto da 
industrialização é a migração e imigração, que acentuam a pobreza naquela região e, por 
via reflexa, o número de roubo, furto e tráfico de drogas, sendo este último responsável pelo 
crescimento do número de assassinatos e gangues. 
 
As vítimas, nesse cenário, podem ser dos mais variados tipos. Exemplo: o usuário que 
deixa de pagar ao traficante (vítima potencial). O usuário, para não morrer, decide roubar 
roubar a moto de um terceiro (vítima eventual) 
 
Não se pode olvidar, que, apesar dos fatores sociais contribuírem para as condutas 
criminosas, é responsabilidade do Estado ( controle social formal), planejar e executar 
programas de prevenção e técnicas de intervenção - positiva -no criminoso. 
 
2º) Descreva a evolução histórica da vitimologia e estabeleça uma análise de caso 
acerca da influência da conduta da vítima para o ato ilícito do agente em todos os 
conceitos de vítima. 
 
 
1º Momento: Idade de Ouro:. À época do Código de Hammurabi - havia uma hiper 
valorização da vítima, ou seja, ela assumia o protagonismo. Nesse período, havia a 
chamada vingança / justiça privada - olho por olho, dente por dente - mas diferente de hoje, 
todos os membros do clã eram partes legítimas para aplicarem a pena (talião) ao autor da 
ação criminosa. 
 
2º Momento: Com a ascensão do Estado e do seu monopólio da justiça, houve a fase de 
neutralização (ou esquecimento) da vítima. Nesse período, houve a centralização do 
criminoso e o afastamento da vítima do seio do direito punitivo. A vítima é representada pelo 
Estado que tem por objetivo principal a penalização do criminoso e não o aparo à vítima, 
esta era tratada apenas com uma parte do litígio. 
 
3º Momento: Após a segunda grande guerra, com as barbáries cometidas, houve um 
movimento de revalorização da vítima, ou seja, trazia de volta a vítima à discussão do ato 
criminoso. Passou-se, aqui, a se questionar o papel da vítima perante o delito - cria-se a 
vitimologia -. Procura-se estudar a vulnerabilidade, condutas provocadoras (ou não) e o 
processo de vitimização e chega-se à dualidade (vítima / criminoso). 
 
 
Análises de casos 
 
Vítimas Potenciais​: Jair Messias Bolsonaro, vítima de uma facada durante sua candidatura 
a presidência do Brasil, crime causado, provavelmente pelos seus discursos considerados 
por muitos como de "ódio" e inaceitáveis. 
 
Vítimas Eventuais​: É o caso da menina Ágatha Félix, que aos 8 anos de idade, faleceu ao 
receber um tiro de bala perdida quando estava em uma kombi no complexo do alemão. Aqui 
a vítima não contribuiu para o ato criminoso. 
 
Vítimas Provocadoras​: Maria, em um bar, começa a agredir verbalmente, sem motivos 
aparentes, Sônia. Esta por sua vez quebra uma garrafa de vidro e desfere golpes contra 
Maria. 
 
Vítimas Falsas​: Modelo Najila que acusou falsamente, esportista Neymar Jr. de abuso 
sexual e, ao fim, foi indiciada por denunciação caluniosa, fraude processual e extorsão. 
Najila simulou ser uma vítima. 
 
Vítimas imaginárias​: Toda vez que aparece alguma dor no corpo, Antônio, esquizofrênico, 
acha que foi alguém que o machucou. Nesse caso, há uma alteração mental ou psíquica 
por isso ele imagina ser uma vítima. 
 
Vítimas Voluntária​: Elizângela Barbosa, de 32 anos, que morreu após se submeter a um 
aborto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Nesse caso, Elizângela consentiu com o 
ato criminoso que levou à sua morte. 
 
Vítimas Acidentais​: Em João Pessoa, Jandilson Lourenço havia consumido bebidas 
alcoólicas e cozinhava com sua esposa e brincava, disse que conseguiria comer um pedaço 
de fígado cru, e quando o fez, engasgou e morreu. Aqui, Jandilson agiu com imprudência e 
se tornou vítima de si mesmo.

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