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PENAL 757 
 
HOMICÍDIO (art. 121, CP) 
Art. 121. Matar alguém 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob 
o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode 
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne 
impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente 
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: 
VIII - (VETADO): 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
§ 3º Se o homicídio é culposo: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de 
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para 
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se 
o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal 
se torne desnecessária. 
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia 
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou 
portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade 
física ou mental; 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do 
caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
Informativo 659 do STJ - Compete à Justiça Federal julgar crime contra a vida em desfavor de 
policiais militares, consumado ou tentado, praticado no contexto de crime de roubo armado 
contra órgãos, autarquias ou empresas públicas da União. 
Informativo 625 do STJ - Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de 
motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de 
violência doméstica e familiar. 
Informativo 625 do STJ - "considerando as circunstâncias subjetivas e objetivas, temos a 
possibilidade de coexistência entre as qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio. Isso 
porque a natureza do motivo torpe é subjetiva, porquanto de caráter pessoal, enquanto o 
feminicídio possui natureza objetiva, pois incide nos crimes praticados contra a mulher por 
razão do seu gênero feminino e/ou sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica 
e familiar propriamente dita, assim o animus do agente não é objeto de análise". 
Informativo 617 do STJ - Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela 
polícia, sem prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário – a vítima – foi 
morto, tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa. 
Informativo 606 do STJ - O fato de os delitos haverem sido cometidos em concurso formal não 
autoriza a extensão dos efeitos do perdão judicial concedido para um dos crimes, se não 
restou comprovado, quanto ao outro, a existência do liame subjetivo entre o infrator e a outra 
vítima fatal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
Informativo 590 do STJ - Em homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 do 
CTB), ainda que realizada composição civil entre o autor do crime e a família da vítima, é 
inaplicável o arrependimento posterior (art. 16 do CP). O STJ possui entendimento de que, 
para que seja possível aplicar a causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do Código 
Penal, faz-se necessário que o crime praticado seja patrimonial ou possua efeitos patrimoniais 
(HC 47.922-PR, Quinta Turma, DJ 10/12/2007; e REsp 1.242.294-PR, Sexta Turma, DJe 
3/2/2015). Na hipótese em análise, a tutela penal abrange o bem jurídico, o direito 
fundamental mais importante do ordenamento jurídico, a vida, que, uma vez ceifada, jamais 
poderá ser restituída, reparada. Não se pode, assim, falar que o delito do art. 302 do CTB é 
um crime patrimonial ou de efeito patrimonial. Além disso, não se pode reconhecer o 
arrependimento posterior pela impossibilidade de reparação do dano cometido contra o bem 
jurídico vida e, por conseguinte, pela impossibilidade de aproveitamento pela vítima da 
composição financeira entre a agente e a sua família. Sendo assim, inviável o reconhecimento 
do arrependimento posterior na hipótese de homicídio culposo na direção de veículo 
automotor. REsp 1.561.276-BA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/6/2016, DJe 
15/9/2016. 
Informativo 581 do STJ - Não incide a qualificadora de motivo fútil (art. 121, § 2°, II, do CP), na 
hipótese de homicídio supostamente praticado por agente que disputava "racha", quando o 
veículo por ele conduzido - em razão de choque com outro automóvel também participante do 
"racha" - tenha atingido o veículo da vítima, terceiro estranho à disputa automobilística. No 
caso em análise, o homicídio decorre de um acidente automobilístico, em que não havia 
nenhuma relação entre o autor do delito e a vítima. A vítima nem era quem praticava o 
"racha" com o agente do crime. Ela era um terceiro que trafegava por perto naquele momento 
e que, por um dos azares do destino, viu-se atingido pelo acidente que envolveu o agente do 
delito. Quando o legislador quis se referir a motivo fútil, fê-lo tendo em mente uma reação 
desproporcional ou inadequada do agente quando cotejado com a ação ou omissão da vítima; 
uma situação, portanto, que pressupõe uma relação direta, mesmo que tênue, entre agente e 
vítima. No caso não há essa relação. Não havia nenhuma relação entre o autor do crime e a 
vítima. O agente não reagiu a uma ação ou omissão da vítima (um esbarrão na rua, uma 
fechada de carro, uma negativa a um pedido). Não há aqui motivo fútil, banal, insignificante, 
diante de um acidente cuja causa foi um comportamento imprudente do agente, 
comportamento este que não foi resposta à ação ou omissão da vítima. Na verdade, não há 
nenhum motivo. HC 307.617-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro,Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis 
Júnior, julgado em 19/4/2016, DJe 16/5/2016. 
Informativo 580 do STJ - Em princípio, não é incompatível a incidência da agravante do art. 62, 
I, do CP ao autor intelectual do delito (mandante). O art. 62, I, do CP prevê que: "A pena será 
ainda agravada em relação ao agente que: I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou 
dirige a atividade dos demais agentes;" Em princípio, não há que se falar em bis in idem em 
razão da incidência dessa agravante ao autor intelectual do delito (mandante). De acordo com 
a doutrina, a agravante em foco objetiva punir mais severamente aquele que tem a iniciativa 
da empreitada criminosa e exerce um papel de liderança ou destaque entre os coautores ou 
partícipes do delito, coordenando e dirigindo a atuação dos demais, fornecendo, por 
exemplos, dados relevantes sobre a vítima, determinando a forma como o crime será 
perpetrado, emprestando os meios para a consecução do delito, independente de ser o 
mandante ou não ou de quantas pessoas estão envolvidas. Há, inclusive, precedente do STF 
(Tribunal Pleno, AO 1.046-RR, DJe 22/6/2007) indicando a possibilidade de coexistência da 
agravante e da condenação por homicídio na qualidade de mandante. Entretanto, não 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1561276
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC307617
obstante a inexistência de incompatibilidade entre a condenação por homicídio como 
mandante e a incidência da agravante do art. 62, I, do CP, deve-se apontar elementos 
concretos suficientes para caracterizar a referida circunstância agravadora. Isso porque, se o 
fato de ser o mandante do homicídio não exclui automaticamente a agravante do art. 62, I, do 
CP, também não obriga a sua incidência em todos os casos. REsp 1.563.169-DF, Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016, DJe 28/3/2016. 
Informativo 575 do STJ - O reconhecimento da qualificadora da "paga ou promessa de 
recompensa" (inciso I do § 2º do art. 121) em relação ao executor 
do crime de homicídio mercenário não qualifica automaticamente o delito em relação ao 
mandante, nada obstante este possa incidir no referido dispositivo caso o motivo que o tenha 
levado a empreitar o óbito alheio seja torpe. De fato, no homicídio qualificado pelo motivo 
torpe consistente na paga ou na promessa de recompensa (art. 121, § 2º, I, do CP) - conhecido 
como homicídio mercenário - há concurso de agentes necessário, na medida em que, de um 
lado, tem-se a figura do mandante, aquele que oferece a recompensa, e, de outro, há a figura 
do executor do delito, aquele que aceita a promessa de recompensa. É bem verdade que nem 
sempre a motivação do mandante será abjeta, desprezível ou repugnante, como ocorre, por 
exemplo, nos homicídios privilegiados, em que o mandante, por relevante valor moral, 
contrata pistoleiro para matar o estuprador de sua filha. Nesses casos, a circunstância prevista 
no art. 121, § 2º, I, do CP não será transmitida, por óbvio, ao mandante, em razão da 
incompatibilidade da qualificadora do motivo torpe com o crime privilegiado, de modo que 
apenas o executor do delito (que recebeu a paga ou a promessa de recompensa) responde 
pela qualificadora do motivo torpe. Entretanto, apesar de a "paga ou promessa de 
recompensa" (art. 121, § 2º, I, do CP) não ser elementar, mas sim circunstância de caráter 
pessoal do delito de homicídio, sendo, portanto, incomunicável automaticamente a coautores 
do homicídio, conforme o art. 30 do CP (REsp 467.810-SP, Quinta Turma, DJ 19/12/2003), 
poderá o mandante responder por homicídio qualificado pelo motivo torpe caso o motivo que 
o tenha levado a empreitar o óbito alheio seja abjeto, desprezível ou repugnante. REsp 
1.209.852-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/12/2015, DJe 2/2/2016. 
Informativo 571 do STJ - A desclassificação do crime doloso contra a vida para outro de 
competência do juiz singular promovida pelo Conselho de Sentença em plenário do Tribunal 
do Júri, mediante o reconhecimento da denominada cooperação dolosamente distinta (art. 29, 
§ 2º, do CP), não pressupõe a elaboração de quesito acerca de qual infração menos grave o 
acusado quis participar. De fato, não se trata de quesito obrigatório. Afastada pelos jurados a 
intenção do réu de participar do delito doloso contra a vida, em razão da desclassificação 
promovida em plenário, o juiz natural da causa não é mais o Tribunal do Júri, não competindo 
ao Conselho de Sentença o julgamento do delito, e sim ao juiz presidente, nos termos do que 
preceitua o art. 492, § 1º, primeira parte, do CPP ("Se houver desclassificação da infração para 
outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir 
sentença em seguida"). Nesse sentido, cabe destacar entendimento doutrinário segundo o 
qual, se for acolhida pelos jurados tese defensiva de participação de crime menos grave, "em 
tal hipótese, somente se pode admitir que o júri reconheceu sua competência em relação 
ao crime mais grave, praticado pelo coautor. Especificamente em relação ao acusado que 
alegou a participação em crime menos grave, o júri está afirmando que ele não quis praticar 
um delito doloso contra a vida". Sobre o tema, aliás, já decidiu o STJ que, "havendo 
desclassificado da tentativa de homicídio qualificado para delito diverso dos referidos no art. 
5º, XXXVIII, 'd' da CF ou no art. 74, § 1º do CPP, cessa a competência dos Jurados deslocando-a 
para o Juiz natural da causa, aquele que figurou na instrução do feito, qual seja, o Juiz 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1563169
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1209852
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1209852
Presidente do Tribunal do Júri, ex vi do art. 492, § 2º, do CPP" (HC 63.093-RJ, Quinta Turma, DJ 
10/12/2007). REsp 1.501.270-PR, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 
1º/10/2015, DJe 23/10/2015. 
Informativo 538 do STJ - É inepta denúncia que impute a prática de homicídio na forma 
omissiva imprópria quando não há descrição clara e precisa de como a acusada - médica 
cirurgiã de sobreaviso - poderia ter impedido o resultado morte, sendo insuficiente a simples 
menção do não comparecimento da denunciada à unidade hospitalar, quando lhe foi solicitada 
a presença para prestar imediato atendimento a paciente que foi a óbito. Com efeito, o 
legislador estabeleceu alguns requisitos essenciais para a formalização da acusação, a fim de 
que seja assegurado ao acusado o escorreito exercício do contraditório e da ampla defesa, pois 
a higidez da denúncia é uma garantia do denunciado. Neste contexto, quando se imputa a 
alguém crime comissivo por omissão (art. 13, § 2º, b, do CP), é necessário que se demonstre o 
nexo normativo entre a conduta omissiva e o resultado normativo, porque só se tem por 
constituída a relação de causalidade se, baseado em elementos empíricos, for possível 
concluir, com alto grau de probabilidade, que o resultado não ocorreria se a ação devida fosse 
efetivamente realizada. Na hipótese em foco, a denúncia não descreveu com a clareza 
necessária qual foi a conduta omitida pela denunciada que teria impedido o resultado morte, 
com probabilidade próxima da certeza. Assim, se inexistir a descrição do liame de causalidade 
normativa entre a conduta comissiva por omissão e a morte da vítima, não há que se falar em 
materialidade de crime de homicídio, porquanto é imprescindível que a imputação esteja 
embasada em prova técnica, como laudo cadavérico, parecer médico ou perícia médica, que 
permita, com dados científicos, demonstrarcom a mínima segurança que a vítima evoluiu a 
óbito por falta daquele atendimento médico imediato e especializado não prestado pelo 
acusado. Destaque-se que a falta de laudo de necropsia não impede o reconhecimento da 
materialidade delitiva nos crimes de homicídio, podendo, muitas vezes, vir demonstrada por 
outros meios de prova, como, por exemplo, depoimentos testemunhais. RHC 39.627-RJ, Rel. 
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 8/4/2014. 
Informativo 525 do STJ - A anterior discussão entre a vítima e o autor do homicídio, por si só, 
não afasta a qualificadora do motivo fútil. Precedente citado: AgRg no AREsp 31.372-AL, Sexta 
Turma, DJe 21/3/2013; AgRg no AREsp 182.524-DF, Quinta Turma, DJe 17/12/2012. AgRg 
no REsp 1.113.364-PE, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, DJe 21/8/2013. 
Informativo 452 do STJ - Conforme assentou o STF, "a vingança, por si só, não consubstancia o 
motivo torpe; a sua afirmativa, contudo, não basta para elidir a imputação de torpeza do 
motivo do crime, que há de ser aferida à luz do contexto do fato." 
Em habeas corpus, o impetrante defende a absorção do crime de porte ilegal de arma de fogo 
pelo crime de homicídio visto que, segundo o princípio da consunção, a primeira infração 
penal serviu como meio para a prática do último crime. Explica o Min. Relator que o princípio 
da consunção ocorre quando uma infração penal serve inicialmente como meio ou fase 
necessária para a execução de outro crime. Logo, a aplicação do princípio da consunção 
pressupõe, necessariamente, a análise de existência de um nexo de dependência das condutas 
ilícitas para verificar a possibilidade de absorção daquela infração penal menos grave pela mais 
danosa. Assim, para o Min. Relator, impõe-se que cada caso deva ser analisado com cautela, 
deve-se atentar à viabilidade da aplicação do princípio da consunção, principalmente 
em habeas corpus, em que nem sempre é possível um profundo exame dos fatos e provas. No 
entanto, na hipótese, pela descrição dos fatos na instrução criminal, na pronúncia e na 
condenação, não há dúvida de que o porte ilegal de arma de fogo serviu de meio para a prática 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1501270
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=RHC39627
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1113364
do homicídio. Diante do exposto, a Turma concedeu a ordem para, com fundamento no 
princípio da consunção, excluir o crime de porte de arma de fogo da condenação do paciente. 
Precedentes citados: REsp 570.887-RS, DJ 14/2/2005; HC 34.747-RJ, DJ 21/11/2005, e REsp 
232.507-DF, DJ 29/10/2001. HC 104.455-ES, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 21/10/2010. 
 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe 
auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave 
ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: 
 Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
 § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 § 3º A pena é duplicada: 
 I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede 
virtual. 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no 
§ 2º do art. 129 deste Código. 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos 
ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de 
homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. 
 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC104455
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
INFANTICÍDIO (art. 123, CP) 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo 
após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Informativo 507 do STJ - Iniciado o trabalho de parto, não há crime de aborto, mas 
sim homicídio ou infanticídio conforme o caso. Para configurar o crime de homicídio ou 
infanticídio, não é necessário que o nascituro tenha respirado, notadamente quando, iniciado 
o parto, existem outros elementos para demonstrar a vida do ser nascente, por exemplo, os 
batimentos cardíacos. HC 228.998-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 
23/10/2012. 
 
ABORTO (arts. 124 ao 128, CP) 
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: ( 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Pena - reclusão, de um a quatro 
anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze 
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave 
ameaça ou violência. 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em 
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão 
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém 
a morte. 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: ( 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, 
quando incapaz, de seu representante legal. 
Informativo 547 do STJ - É que o crime de aborto (arts. 124 a 127 do CP) sempre esteve 
alocado no título referente a "crimes contra a pessoa" e especificamente no capítulo 
"dos crimes contra a vida". Assim, o ordenamento jurídico como um todo (e não apenas o CC) 
alinhou-se mais à teoria concepcionista - para a qual a personalidade jurídica se inicia com a 
concepção, muito embora alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis com o 
nascimento, haja vista que o nascituro é pessoa e, portanto, sujeito de direitos - para a 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC228998
construção da situação jurídica do nascituro, conclusão enfaticamente sufragada pela 
majoritária doutrina contemporânea. Além disso, apesar de existir concepção mais restritiva 
sobre os direitos do nascituro, amparada pelas teorias natalista e da personalidade 
condicional, atualmente há de se reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao 
nascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante, uma vez que, garantir ao nascituro 
expectativas de direitos, ou mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz sentido se lhe 
for garantido também o direito de nascer, o direito à vida, que é direito pressuposto a todos os 
demais. Portanto, o aborto causado pelo acidente de trânsitosubsume-se ao comando 
normativo do art. 3º da Lei 6.194/1974, haja vista que outra coisa não ocorreu, senão a morte 
do nascituro, ou o perecimento de uma vida intrauterina. REsp 1.415.727-SC, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 4/9/2014. 
 
LESÃO CORPORAL (ART. 129, CP) 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 § 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incurável; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1415727
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral 
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 § 6° Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 
6o do art. 121 deste Código. 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
 Violência Doméstica 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente 
das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas 
no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for 
cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro 
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de 
um a dois terços. 
Informativo 604 do STJ - A ação penal nos crimes de lesão corporal leve cometidos em 
detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, é pública incondicionada. 
Informativo 562 do STJ - A qualificadora "deformidade permanente" do crime de lesão 
corporal (art. 129, § 2º, IV, do CP) não é afastada por posterior cirurgia estética reparadora que 
elimine ou minimize a deformidade na vítima. Isso porque, o fato criminoso é valorado no 
momento de sua consumação, não o afetando providências posteriores, notadamente quando 
não usuais (pelo risco ou pelo custo, como cirurgia plástica ou de tratamentos prolongados, 
dolorosos ou geradores do risco de vida) e promovidas a critério exclusivo da vítima. HC 
306.677-RJ, Rel. Min. Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ-SP), Rel. para 
acórdão Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/5/2015, DJe 28/5/2015. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC306677
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC306677
 
Informativo 541 do STJ - É possível a aplicação da agravante genérica do art. 61, II, "c", do CP 
nos crimes preterdolosos, como o delito de lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do 
CP). De início, nos termos do art. 61, II, "c", do CP, são circunstâncias que sempre agravam a 
pena, quando não constituem ou qualificam o crime, ter o agente cometido o crime à traição, 
de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou 
impossível a defesa do ofendido. De fato, apesar da existência de controvérsia doutrinária e 
jurisprudencial, entende-se que não há óbice legal ou incompatibilidade qualquer na aplicação 
da citada agravante genérica aos crimes preterdolosos. Isso porque, nos crimes qualificados 
pelo resultado na modalidade preterdolosa, a conduta-base dolosa preenche autonomamente 
o tipo legal e o resultado culposo denota mera consequência que, assim sendo, constitui 
elemento relevante em sede de determinação da medida da pena. Ademais, o art. 129, § 3º, 
do CP descreve conduta dolosa que autonomamente preenche o tipo legal de lesões 
corporais, ainda que dessa conduta exsurja resultado diverso mais grave a título de culpa, 
consistente na morte da vítima. Assim, no crime de lesão corporal seguida de morte, a ofensa 
intencional à integridade física da vítima constitui crime autônomo doloso, cuja natureza não 
se altera com a produção do resultado mais grave previsível mas não pretendido (morte), 
resolvendo-se a maior reprovabilidade do fato no campo da punibilidade. Além do mais, 
entende a doutrina que nos casos de lesões qualificadas pelo resultado, o tipo legal de crime é 
o mesmo (lesão corporal dolosa), não se alterando o tipo fundamental, apenas se lhe 
acrescentando um elemento de maior punibilidade. REsp 1.254.749-SC, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014. 
Informativo 509 do STJ - O crime de lesão corporal, mesmo que leve ou culposa, praticado 
contra a mulher, no âmbito das relações domésticas, deve ser processado mediante ação 
penal pública incondicionada. No julgamento da ADI 4.424-DF, o STF declarou a 
constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006, afastando a incidência da Lei n. 
9.099/1995 aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista. Precedente citado do STF: ADI 4.424-DF, DJe 
17/2/2012; do STJ: AgRg no REsp 1.166.736-ES, DJe 8/10/2012, e HC 242.458-DF, DJe 
19/9/2012. AREsp 40.934-DF, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-
SE), julgado em 13/11/2012. 
Informativo 506 do STJ - Não é possível a substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos em caso de condenação por crime de lesão corporal previsto no art. 129, 
§ 9º, do CP. A substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos pressupõe, 
entre outras coisas, que o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça. A 
violência física se expressa de inúmeras maneiras, sendo comum a todas elas o uso da força e 
a submissão da vítima, que fica acuada. Embora haja casos de violência doméstica com 
requintes de crueldade extrema e outros que se restrinjam às vias de fato (tapas, empurrões, 
socos, por exemplo), a violência praticada em maior ou menor grau de intensidade caracteriza-
se pelo simples fato de o agente utilizar a força, de forma agressiva, para submeter a vítima. O 
termo "violência" contido no art. 44, I, do CP, que impossibilita a substituição da pena privativade liberdade por restritiva de direitos, não comporta quantificação ou qualificação. A Lei Maria 
da Penha surgiu para salvaguardar a mulher de todas as formas de violência (não só física, mas 
moral e psíquica), inclusive naquelas hipóteses em que a agressão possa não parecer tão 
violenta. Precedentes citados: HC 182.892-MS, DJe 20/6/2012, e HC 192.417-MS, DJe 
19/12/2011. HC 192.104-MS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 9/10/2012. 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1254749
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=AREsp40934
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=HC192104-M
 
TREINO DURO, PROVA FÁCIL 
1. (AOCP) O crime de homicídio, art. 121 do Código Penal, é classificado doutrinariamente 
como um crime 
a) de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes. 
b) vago, permanente e multitudinário. 
c) próprio, de perigo e exaurido. 
d) comum, forma livre e concurso necessário de agentes. 
d) de mão própria, habitual e de forma vinculada. 
2. (VUNESP) Em conversa reservada, José expõe a João o desejo de acabar com a própria 
vida, no que recebe o apoio e incentivo de João à empreitada. Posteriormente, José tenta se 
suicidar, mas é socorrido por sua mãe e sobrevive com lesões corporais leves. 
Considerando a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) João responderá por lesões corporais leves. 
b) João responderá por tentativa de instigação a suicídio. 
c) João responderá por tentativa de homicídio. 
d) João responderá por instigação a suicídio. 
e) João não responderá por crime por ser o fato atípico. 
3. (VUNESP) João, com a intenção de matar, desferiu golpes de faca em seu irmão José. 
Antes de desferir o golpe fatal, atendendo aos apelos de sua mãe que implorava para que 
poupasse a vida de José, João parou de agredir o irmão. Por insistência de sua mãe, João 
socorreu José, que sobreviveu com lesões corporais que, embora tenham causado risco de 
vida, se regeneraram em vinte dias. 
Sobre a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
a) João responderá por lesões corporais graves em razão da desistência voluntária. 
b) João responderá por tentativa de homicídio com redução de pena pelo arrependimento 
posterior. 
c) João responderá por lesões corporais leves em razão da desistência voluntária. 
d) João responderá por tentativa de homicídio. 
e) João não responderá por crime. 
 
4. (FCC) Ficou comprovado que houve assassinato, pela única razão de menosprezo à 
condição de mulher, praticado por Samuel contra sua vizinha Maria de Fátima, de trinta anos 
de idade, que possuía um filho ao qual deu à luz dois meses exatos antes do crime. Com base 
nas disposições da Lei no 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), nesse caso, o crime de 
feminicídio 
a) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um terço até a metade. 
b) não está caracterizado, pois não houve violência doméstica. 
c) está caracterizado em sua modalidade simples, não havendo aumento de pena. 
d) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um a dois terços. 
e) está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um sexto a um terço. 
5. (IBDF) Sobre o crime de homicídio qualificado, é possível assinalar apenas como afirmativa 
correta: 
a) São meios de execução que o qualificam: o veneno; a emboscada; a asfixia ou outro meio 
insidioso ou cruel. 
b) São formas de execução que o qualificam: a traição; a dissimulação; a tortura ou outro 
recurso que dificulte ou tome impossível a defesa da vítima. 
c) O motivo fútil consiste numa escala de desvalor que vai da desproporção entre o crime e a 
causa, passando pela insignificância, até a ausência de motivo. 
d) O fogo é um meio cruel para a execução do homicídio, e também pode resultar perigo 
comum conforme as circunstâncias. 
e) A superioridade de armas e a força física, são circunstâncias que sempre qualificam o 
homicídio, como meios que dificultam a defesa da vítima. 
6. (FGV) Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos, 
iniciam uma longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria, 
arremessa uma faca em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma 
branca acaba por atingir Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o 
golpe de faca no coração a causa eficiente de sua morte. Descobertos os fatos pelo 
Ministério Público, considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Ana 
deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio 
a) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de 
execução. 
b) culposo consumado, em razão do erro sobre a pessoa. 
c) culposo consumado, em razão do erro de execução. 
d) doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de 
pessoa. 
e) consumado com a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro sobre a pessoa. 
7. (UEG) De acordo com o Código Penal, há homicídio qualificado quando for cometido 
a) por grupo de extermínio. 
b) para assegurar a impunidade de outro crime. 
c) estando o ofendido sob a imediata proteção da autoridade. 
d) contra pessoa menor de quatorze ou maior de sessenta anos. 
e) por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança. 
8. (VUNESP) Maria e Mariana, ambas nascidas com genitais femininos, auto identificadas e 
socialmente reconhecidas como mulheres, convivem em união estável e monogâmica. 
Ocorre que Maria, às escondidas, passa a manter relações sexuais com José. Mariana flagra 
Maria em ato sexual com José e, nesse contexto, Maria provoca injustamente Mariana, 
dizendo a José, em tom de escárnio, que Mariana é “xucra, burra e ruim de cama”, e que, 
além disso, Mariana “gosta de ser traída e não tomará qualquer atitude, por ser covarde e 
medrosa”. Embora nunca tenha praticado ato de violência doméstica, Mariana é tomada por 
violenta emoção e dispara projétil de arma de fogo contra a cabeça de Maria, que morre 
imediatamente. 
É correto afirmar que Mariana praticou 
a) ato típico, mas amparado por causa excludente de ilicitude. 
b) homicídio qualificado, por meio insidioso. 
c) feminicídio. 
d) homicídio privilegiado. 
e) homicídio qualificado, por motivo torpe. 
9. Não constitui causa de aumento de pena do crime de feminicídio: 
a) relação íntima de afeto 
b) descumprimento de medida protetiva 
c) vítima menor de 14 anos 
d) vítima maior de 60 anos 
e) vítima gestante. 
10. Raul destruiu a vida de diversos criminosos em atividade de grupo de extermínio. Nesse 
caso, é possível afirmar que Raul 
a) agiu em legítima defesa de terceiros, não possuindo qualquer tipo de responsabilidade 
penal. 
b) cometeu crime de homicídio privilegiado pelo relevante valor moral. 
c) cometeu crime de homicídio privilegiado pelo relevante valor social. 
d) cometeu crime de homicídio qualificado, devendo a pena ser aumentada de um terço até a 
metade. 
e) cometeu crime de homicídio, devendo a pena ser aumentada de um terço até a metade. 
11. (FGV) Mário, engenheiro civil responsável técnico pela construção da obra de um 
viaduto, elaborou o projeto sem as cautelas necessárias e permitiu a continuidade de sua 
execução de forma falha, mesmo após alertado de sua instabilidade, propiciando o 
desabamento da estrutura em construção e a morte de um trabalhador. A imperícia de 
Mário foi constatada por laudo pericial conclusivo. No curso de ação penal, restaram 
comprovadas a materialidade e autoria delitivas. No caso em tela, Mário cometeu: 
a) ato ilícito civil e não criminal, pois o engenheiro não agiu com dolo e vontade de matar o 
trabalhador, razão pela qual deve responder na seara da indenização por danos morais; 
b) ato ilícito civil e não criminal,pois aplica-se a compensação da culpa do trabalhador, que 
também tinha a obrigação de não executar obra com vícios técnicos; 
c) homicídio culposo, pois o engenheiro agiu com imperícia, inobservando regra técnica de 
profissão; 
d) homicídio doloso, pois o engenheiro não agiu com a necessária perícia que era esperada; 
e) crime de dano, excluído o homicídio porque não houve intenção de matar alguém. 
12. (FGV) Durante uma discussão entre Carla e Luana, que eram amigas, Carla desfere, com 
intenção de causar lesão leve, um tapa na face de Luana, que a havia ofendido. Ocorre que, 
de maneira totalmente surpreendente, Luana vem a falecer no dia seguinte, em virtude do 
tapa recebido e da lesão causada, pois rompeu-se um desconhecido coágulo sanguíneo na 
cabeça, mesmo diante do fraco golpe. Na semana seguinte, a família de Luana, revoltada, 
procura a Delegacia, narra o ocorrido e afirma ter interesse em ver Carla processada 
criminalmente. 
Confirmados os fatos, assim como a intenção de Carla, o Ministério Público poderá imputar a 
Carla a prática do(s) crime(s) de: 
a) lesão corporal leve dolosa e homicídio culposo; 
b) lesão corporal seguida de morte; 
c) lesão corporal leve; 
d) homicídio doloso; 
e) homicídio culposo. 
13. (IBADE) O indivíduo que mata um integrante do sistema prisional, no exercício da função 
ou em decorrência dela, em razão dessa condição, comete crime de: 
a) tortura. 
b) homicídio culposo. 
c) homicídio qualificado. 
d) feminicídio. 
e) homicídio simples. 
14. (AOCP) Em decisão prolatada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do 
Habeas Corpus nº 57.956-RS, de relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, 
asseverou-se que: "Inexiste continuidade delitiva entre os crimes de receptação dolosa e 
adulteração de sinal identificador de veículo automotor, pois são infrações penais de 
espécies diferentes". Acerca do instituto do crime continuado, previsto no art. 71, caput e § 
1º, do Código Penal (CP), assinale a alternativa que contenha dois tipos penais de mesma 
espécie, com base no enunciado do STJ ora transcrito. 
a) Homicídio qualificado (art. 121, § 2º, CP) e Homicídio culposo (art. 121, § 3º, CP). 
b) Paralisação de trabalho de interesse coletivo (art. 201, CP) e Paralisação de trabalho, 
seguida de violência ou perturbação da ordem (art. 200, CP). 
c) Corrupção passiva (art. 317, CP) e Corrupção ativa (art. 333, CP). 
d) Favorecimento pessoal (art. 348, CP) e Favorecimento real (art. 349, CP). 
e) Resistência (art. 329, CP) e Desobediência (art. 330, CP). 
15. (FCC) Na madrugada de um sábado, Jorge, cabo da Polícia Militar, retornava para casa, 
em um bairro bastante violento da capital. Policial experiente, que já havia sido ameaçado 
por algumas lideranças do tráfico na região, ciente das constantes disputas entre grupos 
rivais que ocorriam na comunidade, Jorge era cuidadoso e sempre caminhava pelo bairro em 
trajes civis. A cerca de 5 metros da esquina de sua casa, Jorge assustou-se com dois homens 
que dobraram a esquina correndo, os quais, ao vê-lo, apontaram-lhe as armas que 
portavam. Diante da situação sinistra em que se via, Jorge não titubeou e agiu conforme 
seus treinamentos: sacou seu revólver com extrema rapidez e habilidade e, com disparos 
certeiros, atingiu letalmente os dois homens que lhe apontavam as armas. Jorge, então, 
acionou a Polícia Militar e o serviço de socorro médico de emergência, que compareceram 
ao local, tendo os agentes militares constatado que os homens atingidos eram dois policiais 
civis que participavam de uma operação contra o tráfico no bairro e se preparavam para 
prender alguns suspeitos em flagrante. Da leitura do enunciado, é correto afirmar: 
a) Apesar de sua conduta típica e ilícita, a Jorge não deve ser aplicada qualquer pena, sendo-
lhe inexigível conduta diversa diante das circunstâncias que compunham o contexto em que se 
viu envolvido, que o levaram a supor situação de fato que, se existisse, tornaria sua ação 
legítima. 
b) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material, 
qualificados por terem como vítimas policiais civis (art. 121, § 2°, VII − por duas vezes −, c/c art. 
69, ambos do CP). 
c) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios dolosos, em concurso material, sem 
possibilidade de qualificação pela condição das vítimas, uma vez que o autor desconhecia essa 
circunstância (art. 121, caput − por duas vezes −, c/c art. 69, ambos do CP). 
d) A Jorge deve ser imputada a prática de dois homicídios culposos, em concurso formal, tendo 
em vista sua conduta imprudente, uma vez que efetuou os disparos sem prévia identificação e 
ordem de parada (art. 121, § 3° − por duas vezes −, c/c art. 70, ambos do CP). 
e) A Jorge não deve ser imputada a prática de crime, uma vez que agiu sob o pálio da legítima 
defesa enquanto excludente da ilicitude, estando sua ação especialmente justificada pelas 
circunstâncias da situação em que se viu envolvido − a chamada legítima defesa putativa. 
16. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta. 
a) Homicídio cometido em atuação de milícia é qualificado. 
b) A premeditação é qualificadora do crime de homicídio. 
c) No homicídio mercenário, qualificado pela paga ou promessa recompensa, esta deve ter 
natureza econômica, não podendo, por exemplo, ser oferecimento de relações sexuais. 
d) O Superior Tribunal de Justiça entende que não é possível a existência de homicídio 
qualificado privilegiado. 
e) Recentemente, o STF entendeu que também constitui crime de aborto a interrupção da 
gravidez de feto anencéfalo, porque esta conduta é fato atípico. 
 
17. Sobre os crimes contra a honra, assinale a alternativa correta. 
a) Os crimes de calúnia e difamação admitem retratação, quando, antes da sentença penal 
condenatória irrecorrível o querelado (réu) se retrata cabalmente, assumindo seu ato como um 
equívoco que deve ser reparado. 
b) Nos crimes contra a honra, a retratação isenta de pena desde que seja total, isto é, deve 
abranger todas as afirmações. 
c) Nos crimes contra a honra, a retratação beneficia o agente que se retrata e estende-se ao 
terceiro que se recusou a se retratar. 
d) A injúria será qualificada quando a ação for praticada por meio da utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual ou a condição de pessoa idosa 
ou portadora de deficiência. 
e) As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de dois terços se forem cometidas 
contra funcionário público, em razão de suas funções. 
 
18. (FCC) Arquimedes dirigia seu caminhão à noite, por uma estrada de serra, com muitas 
curvas, péssima sinalização e sob forte chuva. Ele estava sonolento e apenas aguardava o 
próximo posto de combustíveis para estacionar e dormir. Motorista experiente que era, 
observava as regras de tráfego no local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no 
trecho. Entretanto, a 50 Km do posto de combustíveis mais próximo, após uma curva, 
Arquimedes assustou-se com um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente 
acionando os freios, sem, contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um 
animal, mas quando desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem. 
Desesperado ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de 
socorro e emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do 
homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da leitura do 
enunciado, pode-se afirmar que: 
a) Arquimedes não praticou crime, tendo em vista a incidência na hipótese da inexigibilidade 
de conduta diversa − excludente de culpabilidade. 
b) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio culposo na direção de veículo 
automotor, em razão de sua conduta negligente. 
c) a conduta de Arquimedes não reúne os elementos necessários à configuração do fato como 
crime. 
d) Arquimedes não praticoucrime, uma vez que agiu em exercício regular de direito − 
excludente de ilicitude. 
e) a Arquimedes deve ser imputada a prática de homicídio doloso (dolo eventual), tendo em 
vista que, ao dirigir à noite, sonolento e sob chuva intensa, assumiu o risco de matar alguém. 
19. (FCC) Inconformado com o fim do casamento que mantinha com Marisa, João passa a 
persegui-la todos os dias. Certo dia, sabendo que a ex-mulher iria a uma festa na casa de 
amigos, João invade o local e, ao avistar Marisa, nos fundos da casa, atira com seu revólver 
calibre 38. O disparo fere Marisa no braço esquerdo, de raspão, mas atinge letalmente 
Leonardo, que estava logo atrás da mulher no momento do disparo e não havia sido visto 
pelo atirador. Nesse caso, é correto afirmar: 
a) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e João estará 
sujeito às penas previstas para o homicídio qualificado como se praticado contra a mulher por 
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2°, VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP), 
aumentada de um sexto até metade, nos termos do art. 70 c/c art. 73 do CP. 
b) Se está diante de uma tentativa de homicídio e um homicídio consumado praticados em 
concurso material, aplicando-se ao autor, cumulativamente, as penas privativas de liberdade 
aplicáveis a cada um dos crimes, conforme art. 69 do CP. 
c) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, podendo-se 
aplicar a pena conforme disposto no art. 71, parágrafo único, do CP − a mais grave, aumentada 
até o triplo. 
d) Se está diante de conduta que se amolda ao conceito de crime continuado, aplicando-se a 
pena conforme disposto no art. 71, caput, do CP − a mais grave, aumentada de um sexto a dois 
terços. 
e) A ação se amolda ao que a lei prevê como concurso formal (art. 70 do CP) e a João será 
aplicada pena em virtude da prática de homicídio tentado contra a mulher, qualificado por 
razões da condição de sexo feminino (art. 121, § 2°, VI, c/c art. 121, § 2° -A, I, do CP), somada 
àquela aplicada em razão do homicídio consumado contra o homem, nos termos do art. 70 
(parte final) c/c art. 73 do CP. 
20. (FUNDATEC) Amâncio planejava matar a companheira Inocência, porque não aceitava a 
separação do casal proposta por ela, e acreditava estar sendo traído. No dia do crime, 
esperou Inocência na saída do trabalho e, quando essa apareceu na via pública, fazendo-se 
acompanhar por Bravus, seu colega, efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, com 
intenção de matá-la, atingindo-a fatalmente. Bravus também acabou sendo atingido, de 
raspão, pelo disparo, e restou lesionado levemente, em um dos braços. Nessa situação 
hipotética, analise as seguintes assertivas: 
I. Será pertinente o reconhecimento da qualificadora do feminicídio. 
II. Em relação à pluralidade de crimes, será reconhecido um concurso formal próprio 
heterogêneo. 
III. Supondo que Amâncio seja condenado por homicídio qualificado e lesão corporal leve, à 
pena de 12 anos de reclusão para o homicídio e 3 meses de detenção para a lesão corporal, o 
juiz somará as penas, aplicando a regra do cúmulo material benéfico. 
IV. Caso, na mesma situação fática, ao invés de Bravus, Inocência estivesse acompanhada da 
filha do casal, a pena seria aumentada de 1/3 até a 1/2, por ter sido o crime praticado na 
presença de descendente. 
Quais estão corretas? 
A - Apenas I. 
B - Apenas IV. 
C - Apenas III e IV. 
D - Apenas I, II e III. 
E - I, II, III e IV. 
21. (FUNDATEC) Vitalina quer matar o marido Aderbal, envenenado. Coloca veneno no café 
com leite que acabou de preparar para ele. Enquanto aguardava o marido chegar na cozinha, 
para tomar a bebida, distraiu-se e não percebeu que a filha Ritinha entrou no local e tomou 
a bebida, preparada para o pai. Ritinha, socorrida pela mãe, morre a caminho do hospital. 
Nessa hipótese, considerando o Código Penal e a doutrina, assinale a alternativa correta. 
a) Vitalina deverá responder por homicídio culposo, já que não teve a intenção de matar a 
filha. 
b) Na hipótese de Vitalina vir a ser condenada, o juiz sentenciante poderá aplicar a ela o 
perdão judicial. 
c) Vitalina deverá responder por homicídio doloso, restando configurada situação denominada 
de aberratio ictus por acidente. 
d) Vitalina não responderá por homicídio, em razão de ter havido aberratio ictus. 
e) Vitalina responderá por homicídio doloso, restando configurada situação de aberratio 
ictus por erro no uso dos meios de execução. 
22. (FUNDEP) No dia 22.03.2018, às 23:00 horas, João B. arrebatou de sua residência a 
jovem Cristina D., de 18 anos de idade, levando-a para um imóvel rural afastado da cidade e 
onde a manteve enclausurada. No dia seguinte, logo ao amanhecer, João B. efetuou ligação 
telefônica para os pais da menina, ocasião em que exigiu a quantia de R$ 100.000,00 como 
condição para entregá-la viva, advertindo, outrossim, que a matariam caso a polícia fosse 
comunicada. Ficou ajustado um encontro no período da tarde, em lugar ermo, para entrega 
do dinheiro, o que deveria ser feito direta e pessoalmente por Sinésio D., pai da garota. O 
encontro, então, foi concretizado. Entretanto, no momento do repasse da quantia, houve 
discussão entre João B. e Sinésio D. Em meio ao debate, João B. disparou um tiro que 
atingiu Sinésio D. no peito, causando-lhe a morte. João B. fugiu com o dinheiro. Por volta de 
17:00 horas do mesmo dia, Cristina B. foi encontrada por policiais e levada de volta para 
casa. Avalie a situação e assinale a alternativa CORRETA no que se refere à adequação típica: 
a) João responderá por roubo agravado pela restrição de liberdade em concurso com 
homicídio qualificado. 
b) João responderá por extorsão mediante sequestro qualificada pela morte. 
c) João responderá por cárcere privado em concurso com homicídio qualificado. 
d) João responderá por extorsão mediante sequestro em concurso com homicídio qualificado. 
23. Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia, 
Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro, acreditando 
que conseguiria escapar da cerca elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. 
Cláudio, entretanto, não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à atuação do 
mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença cardiovascular, o referido ladrão 
falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou constatado que a descarga 
elétrica não era suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas 
suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia. Nessa hipótese é 
correto afirmar que 
a) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente. 
b) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual. 
c) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido. 
d) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada. 
 
24. (VUNESP) O feminicídio (CP, art. 121, § 2.º, VI) 
a) está ausente do rol dos crimes hediondos (Lei no 8.072/90). 
b) demanda, para seu reconhecimento, obrigatória relação doméstica ou familiar entre 
agressor e vítima. 
c) é o homicídio qualificado por condições do sexo feminino. 
d) foi introduzido em nosso ordenamento pela Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/06). 
e) admite a modalidade preterdolosa. 
25. (VUNESP) Adalberto decidiu matar seu cunhado em face das constantes desavenças, 
especialmente financeiras, pois eram sócios em uma empresa e estavam passando por 
dificuldades. Preparou seu revólver e se dirigiu até a sala que dividiam na empresa. Parou de 
fronte ao inimigo e apontou a arma em sua direção, mas antes de acionar o gatilho foi 
impedido pela secretária que, ao ver a sombra pela porta, decidiu intervir e impedir o 
disparo. Em face do ocorrido, pode-se afirmar que Adalberto poderá responder por 
a) constrangimentoilegal. 
b) tentativa de homicídio. 
c) tentativa de lesão corporal. 
d) fato atípico. 
e) arrependimento eficaz. 
26. (VUNESP) Quanto aos crimes contra a vida, assinale a alternativa correta. 
a) Suponha que “A” seja instigado a suicidar-se e decida pular da janela do prédio em que 
reside. Ao dar cabo do plano suicida, “A” não morre e apenas sofre lesão corporal de natureza 
leve. Pode-se afirmar que o instigador deverá responder pelo crime de tentativa de instigação 
ao suicídio, previsto no art. 122 do Código Penal. 
b) Considera-se qualificado o homicídio praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior 
de 60 anos. 
c) O Código Penal permite o aborto praticado pela própria gestante quando existir risco de 
morte e não houver outro meio de se salvar. 
d) O feminicídio é espécie de homicídio qualificado e resta configurado quando a morte da 
mulher se dá em razão da condição do sexo feminino. Se o crime for presenciado por 
descendente da vítima, incidirá ainda causa de aumento de pena. 
e) O aborto provocado pela gestante, figura prevista no art. 124 do Código Penal, cuja pena é 
de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos, admite coautoria. 
27. Jane, dirigindo seu veículo dentro do limite de velocidade para a via, ao efetuar manobra 
em uma rotatória, acaba abalroando o carro de Lorena, que, desrespeitando as regras de 
trânsito, ingressou na rotatória enquanto Jane fazia a manobra. Em virtude do 
abalroamento, Lorena sofreu lesões corporais. Nesse sentido, com base na teoria da 
imputação objetiva, assinale a afirmativa correta. 
a) Jane não praticou crime, pois agiu no exercício regular de direito. 
b) Jane não responderá pelas lesões corporais sofridas por Lorena com base no princípio da 
intervenção mínima. 
c) Jane não pode ser responsabilizada pelo resultado com base no princípio da confiança. 
d) Jane praticou delito previsto no Código de Trânsito Brasileiro, mas poderá fazer jus a 
benefícios penais. 
 
28. (MPE-MS) Assinale a alternativa incorreta. 
a) É possível a aplicação da interpretação analógica no tipo de homicídio qualificado pelo fato 
de o crime ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe. 
b) O fato de a vítima de homicídio doloso ter mais de sessenta anos constitui circunstância 
agravante, prevista no artigo 61 do Código Penal, considerada na segunda fase de aplicação da 
pena. 
c) No homicídio doloso qualificado pela motivação torpe, é possível reconhecimento da 
atenuante genérica do cometimento do crime por motivo de relevante valor moral. 
d) O homicídio híbrido é admitido pela jurisprudência, desde que a circunstância qualificadora 
tenha caráter objetivo. 
e) O homicídio é qualificado pela conexão quando cometido para assegurar a execução, a 
ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime. 
29. (FUNDATEC) Dos crimes contra a pessoa, destacam-se aqueles que eliminam a vida 
humana, considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os 
demais interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal. 
Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina, 
protegendo-se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa 
humana vivente. 
b) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente 
assume o risco de produzi-lo). 
c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio, 
entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, violência 
de gênero quanto ao sexo). 
d) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho 
independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo. 
e) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas 
primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última 
(auxílio), material. 
30. João vem praticando, em continuidade delitiva, vários crimes dolosos da mesma espécie, 
cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, nas mesmas condições de tempo, lugar e 
maneira de execução, sendo certo que tais crimes são cometidos contra a mesma vítima. O 
magistrado, ao sentenciar João, fará incidir a causa de aumento de pena pelo crime 
continuado, levando em conta, para a fixação do quantum de aumento, 
a) o número de infrações praticadas. 
b) as consequências dos crimes praticados. 
c) a presença de circunstâncias agravantes. 
d) a primariedade ou não de João. 
e) a idade de João 
 
31. Sobre os crimes contra a vida, assinale a alternativa correta. 
a) No homicídio mercenário, qualificado pela paga ou promessa recompensa, esta deve ter 
natureza econômica, não podendo, por exemplo, ser oferecimento de relações sexuais. 
b) A premeditação é qualificadora do crime de homicídio. 
c) O STJ entende que não é possível a existência de homicídio qualificado privilegiado. 
d) Recentemente, o STF entendeu que constitui crime a interrupção da gravidez de feto 
anencéfalo. 
e) Haverá feminicídio sempre que o sujeito passivo do crime de homicídio for a mulher. 
 
32. Assustado com assaltos no seu bairro, Juca eletrificou a porta da sua casa rodeada de 
jardins, com forte e letal descarga. Dois dias depois, no local, um ladrão morre com um 
choque fulminante, ao tocar na porta. Nesse caso, Juca 
a) deve ser responsabilizado penalmente por homicídio doloso pela morte do ladrão. 
b) não terá qualquer tipo de responsabilidade penal, porque agiu em legítima defesa. 
c) não terá qualquer tipo de responsabilidade penal, porque agiu no direito de proteger seu 
patrimônio. 
d) será isento de pena, porque agiu numa situação de erro de tipo escusável. 
e) deve ser responsabilizado pelo crime de homicídio culposo, por ter agido numa situação de 
erro de tipo inescusável. 
 
33. Durante um assalto a um banco, policial mata criminoso numa situação de confronto. 
Nesse caso, o policial agiu em 
a) estado de necessidade 
b) legítima defesa 
c) estrito cumprimento do dever legal 
d) exercício regular de direito 
 
 
34. A conduta de destruir a vida de um juiz, em razão da função exercida por este, configura 
o crime de 
a) homicídio qualificado pelo motivo torpe. 
b) homicídio qualificado contra agente do sistema de justiça. 
c) homicídio qualificado consequencial 
d) tortura 
e) homicídio qualificado pelo motivo fútil 
35. O Código Penal brasileiro qualifica o homicídio doloso quando praticado contra agentes 
de segurança. Podem, dentre outros, ser sujeito passivo 
a) integrantes do sistema prisional, da Força Nacional de Segurança Pública e do corpo de 
bombeiros militares. 
b) policiais civis, policiais federais e promotores de justiça criminais. 
c) policiais rodoviários federais, policiais militares e juízes com competência criminal. 
d) policiais civis, policiais federais e promotores ou procuradores que atuam no combate ao 
crime organizado. 
e) policiais civis e militares na ativa ou aposentados. 
 
36. Plínio, em altercação com Elza num quarto de motel, decide matá-la por não aceitar o 
término de um relacionamento de 7 anos de namoro. Na ocasião, Elza contou para Plínio 
que estava grávida. No caso, Plínio cometeu 
a) feminicídio e aborto, em concurso formal. 
b) feminicídio e aborto, em concurso material. 
c) feminicídio somente. 
d) homicídio somente. 
e) homicídio e aborto, em concurso formal. 
37. No Direito Penal, o ambicídio configura 
a) homicídio qualificado por veneno 
b) infanticídio 
c) induzimento ao suicídio 
d) infanticídio 
e) homicídio preterdoloso 
38. Num estressante dia de compromissos de trabalho, Lucas esqueceu o próprio filho 
dentro do carro, matando-o por asfixia. Diante da situação em análise, 
a) o juiz deverá absolve-lo, por se tratar de uma fatalidade. 
b) o juiz aplicará perdão judicial, extinguindo a punibilidade. 
c) o juizdeverá condená-lo por crime de homicídio culposo 
d) o juiz deverá condená-lo por crime de homicídio doloso eventual 
e) o juiz deverá aplicar a pena no patamar mínimo. 
39. Considere a seguinte situação hipotética. João, lutador de artes marciais, aceitando 
desafio de Gabriel para brigar, ofendeu, no decorrer do duelo, a integridade física de seu 
desafeto, causando-lhe lesões corporais gravíssimas. Nessa situação, João 
a) agiu em legítima defesa, pois tinha o propósito de se defender de eventuais agressões. 
b) agiu em estado de necessidade, diante da situação de perigo enfrentada. 
c) agiu no exercício regular de direito. 
d) não está amparado por qualquer excludente de ilicitude, incorrendo no crime de tentativa 
de homicídio. 
e) não está amparado por qualquer excludente de ilicitude, incorrendo no crime de lesão 
corporal gravíssima. 
40. Um grupo de torcedores de um time de futebol bebia num bar para comemorar o 
resultado do jogo. Num determinado momento, após serem avisados que o local iria fechar 
e que, por conseguinte, não seria mais servida bebida alcóolica, começaram a agredir 
fisicamente os garçons, lesionando-os corporalmente de forma grave. No caso em análise, 
cometeram o crime de 
a) rixa simples 
b) rixa qualificada pelo resultado lesão corporal de natureza grave 
c) lesão corporal leve 
d) lesão corporal grave 
e) lesão corporal gravíssima 
41. Maria foi vítima do crime de assédio sexual e terminou cedendo aos desejos sexuais do 
seu superintendente. 2 meses depois do fato, descobriu que estava grávida e realizou um 
aborto, ingerindo uma substância abortiva. Diante do exposto, 
a) Maria não cometeu crime algum, porque se trata de hipótese de aborto terapêutico de 
urgência. 
b) Maria incorreu no crime de autoaborto, mesmo encontrando-se em estado gravídico gerado 
pelo criminoso. 
c) Maria não cometeu crime algum, porque se trata de hipótese de aborto sentimental. 
d) Maria não cometeu crime algum, porque realizou o aborto antes da 12.ª semana de 
gestação. 
e) Maria cometeu o crime de aborto qualificado. 
42. Em altercação de ânimo com seu avô, o jovem Rui termina por agredi-lo fisicamente um 
empurrão e um soco. Nesse caso, Rui deverá ser responsabilizado pelo crime de 
a) lesão corporal culposa. 
b) lesão corporal leve. 
c) lesão corporal qualificada, desde que coabitasse com o seu avô. 
d) lesão corporal qualificada. 
e) lesão corporal gravíssima. 
43. Com raiva do ex-namorado José, servidor público municipal, Marta xinga-o nas redes 
sociais, chamando-o de burro. No mesmo texto, em tom provocativo, Marta narra todo o 
relacionamento sexual do casal, afirmando que este é “ruim de cama” e que “gosta de ser 
traído”. No caso, Marta 
a) não cometeu crime algum 
b) cometeu os crimes de injúria e difamação. 
c) cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação. 
d) cometeu o crime de desacato e difamação. 
e) cometeu somente o crime de difamação. 
 
44. Gomes, mediante paga ou promessa de recompensa, mata Toni. Em seguida, percebe 
que a vítima tem alguns dentes de ouro. Para não perder a oportunidade, arranca os dentes 
e leva para si. No caso exposto, Gomes incorre no crime de 
a) roubo em concurso com homicídio. 
b) latrocínio. 
c) homicídio qualificado em concurso com furto. 
d) homicídio qualificado somente. 
45. Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem 
intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço 
esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima 
de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo 
craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana 
a) deve responder pelo delito de homicídio consumado. 
b) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada. 
c) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna. 
d) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal. 
 
46. O médico que, numa cirurgia, sem intenção de matar, esqueceu uma pinça dentro do 
abdome do paciente, ocasionando-lhe infecção e a morte, agiu com: 
a) culpa, por imperícia. 
b) dolo direto. 
c) culpa, por negligência. 
d) culpa, por imprudência. 
e) dolo eventual. 
 
47. JOSÉ, com 16 anos de idade, sem habilitação para conduzir veículo automotor e sob a 
guarda e vigilância de seu pai, JOÃO, saiu com o automóvel do genitor, que sabia de sua 
conduta e tinha o dever de vigilância, envolvendo-se em grave acidente automobilístico a 
que deu causa por excesso de velocidade, motivo direto da morte da vítima VILMA. Como 
definir a responsabilidade de JOÃO: 
a) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo por omissão). 
b) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime comissivo por omissão). 
c) JOÃO responderá por homicídio culposo (crime comissivo). 
d) JOÃO responderá por homicídio doloso (crime omissivo). 
48. É elemento do crime culposo 
a) a observância de um dever objetivo de cuidado. 
b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
d) a previsibilidade. 
 
49. Para a configuração do crime culposo, além da tipicidade, torna-se necessária a 
prática de conduta com: 
a) observância do dever de cuidado e vontade consciente. 
b) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado cujo risco foi assumido 
pelo agente. 
c) observância do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas previsível. 
d) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas previsível. 
e) inobservância do dever de cuidado que causa um resultado não desejado e imprevisível. 
 
50. Se diante de um determinado fato delitivo, verificar-se que há dolo na conduta 
inicial e culpa no resultado final, pode-se dizer que se configurou crime: 
a) doloso puro. 
b) preterdoloso. 
c) doloso misto. 
d) culposo misto. 
e) doloso alternativo. 
51. Pedro, João e José estavam em um barco em alto mar. Sem motivo justo, João agrediu 
José e ambos entraram em luta corporal, comprometendo a estabilidade do barco, que 
ameaçava virar, colocando em perigo a integridade física e a vida de Pedro, que não sabia 
nadar. Com a intenção e a finalidade de evitar que o barco virasse, Pedro empurrou João, 
que continuava desferindo socos em José, par fora da embarcação, tendo o mesmo sofrido 
lesões corporais em razão de sua queda na água. Em tese, Pedro agiu em: 
 a) legítima defesa própria. 
 b) estado de necessidade. 
 c) exercício regular de um direito. 
 d) legítima defesa de terceiro. 
52. José na janela da empresa em que seu desafeto Pedro trabalhava, gritou em altos 
bravos que o mesmo era "traficante de entorpecentes". Nesse caso, José cometeu crime 
de: 
a) calúnia. 
b) injúria. 
c) difamação. 
d) denunciação caluniosa. 
e) falsa comunicação de crime. 
 
53. A respeito dos crimes contra a honra, é INCORRETO afirmar: 
a) Que a injuria estará consumada no momento em que a vitima tiver ciência da ofensa, 
independentemente de terceiros tomarem conhecimento da mesma. 
b) Que a interpretação judicial (art.144, CP) pode ser intentada, tão-somente, quando 
houver duvida quanto à intenção de se macular a honra por parte do suposto agente. 
Quando a intenção foi inequívoca, o juiz indeferirá, de plano, o pedido de explicações. 
c) Que haverá o delito de calunia se o fato falso imputado à vitima for definido como 
infração penal, ou seja, crime ou contravenção. 
d) Que, para que exista crime de difamação (art.139, CP), o fato imputado pode ser 
verdadeiro, vale dizer, desde que ofensivo à honra da vitima, existirá o delito mesmo 
que esta, realmente, tenha praticado a conduta narrada pelo agente. 
e) Que, quando houver a imputação de fato único, pode existir calunia ou difamação, 
mas nunca os dois crimes. 
 
54. Assinale a alternativa correta. 
 
a) Na injúria, o agente atinge a honrasubjetiva; na difamação, é atingida a honra objetiva, ao 
passo que a calúnia é a imputação falsa de um fato definido como crime. 
b) Na difamação, o agente imputa à vítima falsamente um fato definido como crime; na 
calúnia, o objeto tutelado é a honra subjetiva; e, na injúria, o agente atinge a honra objetiva. 
c) Na injúria, o agente atinge a honra subjetiva; na difamação, o agente atinge o bem da vida 
da vítima; e a calúnia é uma ofensa grave, sem ser considerada crime. 
d) Na calúnia, o agente imputa ofensa à honra objetiva do ofendido; na injúria, ofensa grave à 
personalidade do ofendido e na difamação fato definido como crime. 
 
55. Em tema de crime contra a honra, analise: 
I. A calúnia e a difamação distinguem-se da injúria porque, nas duas primeiras, há 
imputação de fato desonroso enquanto, na última, há mera atribuição de qualidade 
negativa ao ofendido. 
II. A difamação caracteriza-se pela imputação falsa de fato definido como crime. 
III. A calúnia e a difamação ofendem a honra objetiva da vítima, ao passo que a 
injúria atinge a honra subjetiva. 
IV. Na injúria há imputação de fato ofensivo à dignidade ou ao decoro da vítima. 
V. Para caracterizar a calúnia, o fato imputado não precisa ser criminoso, bastando 
que seja falso e ofensivo à reputação da vítima. 
É correio o que consta APENAS em: 
a) l, II e IV. 
b) l e III. 
c) II, IV e V. 
d) IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
56. Paulo, descontente com o término do namoro com Maria, livre e conscientemente 
invadiu o dispositivo informático do aparelho celular dela e capturou fotos íntimas e 
conversas privadas dela com seu novo namorado, João. Posteriormente, também livre e 
conscientemente, com intuito de vingança, divulgou, em redes sociais na Internet, os vídeos 
e as fotos de Maria, com cunho sexual, difamando-a e injuriando João com a utilização de 
elementos referentes à sua raça, cor e etnia. Em razão dessa conduta, Paulo foi indiciado 
pelos delitos de violação de dispositivo informático, divulgação de cenas de sexo ou 
pornografia, majorada pelo intuito de vingança, difamação contra Maria e injúria racial 
contra João. Com relação à persecução penal nessa situação hipotética, é correto afirmar 
que os crimes citados se submetem, respectivamente, a ação penal 
a) pública condicionada a representação, pública condicionada a representação, privada, e 
pública incondicionada. 
b) pública condicionada a representação, pública incondicionada, privada, e pública 
condicionada a representação. 
c) pública condicionada a representação, pública condicionada a representação, privada, e 
pública condicionada a representação. 
d) pública incondicionada, pública incondicionada, privada, e pública condicionada a 
representação. 
e) pública incondicionada, pública incondicionada, pública condicionada a representação, e 
pública incondicionada. 
 
57. Acerca do delito de homicídio doloso, assinale a opção correta. 
a) Constitui forma privilegiada desse crime o seu cometimento por agente impelido por motivo 
de relevante valor social ou moral, ou sob influência de violenta emoção provocada por ato 
injusto da vítima. 
b) A qualificadora do feminicídio, caso envolva violência doméstica, menosprezo ou 
discriminação à condição de mulher, não é incompatível com a presença da qualificadora da 
motivação torpe. 
c) A prática desse crime contra autoridade ou agente das forças de segurança pública é causa 
de aumento de pena. 
d) É possível a aplicação do privilégio ao homicídio qualificado independentemente de as 
circunstâncias qualificadoras serem de ordem subjetiva ou objetiva. 
e) Constitui forma qualificada desse crime o seu cometimento por milícia privada, sob o 
pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
58. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, admite-se 
a) transação penal. 
b) pena de prestação pecuniária. 
c) suspensão condicional da pena. 
d) suspensão condicional do processo. 
e) pagamento isolado de pena de multa. 
59. Conforme a Lei Maria da Penha, caracteriza forma específica de violência doméstica e 
familiar contra a mulher 
a) a retenção de seus documentos pessoais, o que constitui violência patrimonial. 
b) conduta que a impeça de usar método contraceptivo, o que constitui violência moral. 
c) a destruição de seus objetos e instrumentos de trabalho, o que constitui violência física. 
d) conduta que limite o exercício de seus direitos sexuais, o que constitui violência psicológica. 
e) conduta que a faça participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou 
ameaça, o que constitui violência moral. 
60. Frederico, de maneira intencional, colocou fogo no jardim da residência de seu chefe de 
trabalho, causando perigo ao patrimônio deste e dos demais vizinhos da região, já que o 
fogo se alastrou rapidamente, aproximando-se da rede elétrica e de pessoas que passavam 
pelo local. Ocorre que Frederico não se certificou, com as cautelas necessárias, que não 
haveria ninguém no jardim, de modo que a conduta por ele adotada causou a morte de uma 
criança, queimada, que brincava no local. Desesperado, Frederico procura você, como 
advogado(a), e admite os fatos, indagando sobre eventuais consequências penais de seus 
atos. Considerando apenas as informações narradas, o(a) advogado(a) de Frederico deverá 
esclarecer que a conduta praticada configura crime de 
a) homicídio doloso qualificado pelo emprego de fogo. 
b) incêndio doloso simples. 
c) homicídio culposo. 
d) incêndio doloso com aumento de pena em razão do resultado morte. 
 
61. Em razão de quadro gravídico de alto risco, médico recomenda repouso para Maria, caso 
contrário, esta poderia vir a sofrer aborto. Como Maria precisa trabalhar, não segue as 
recomendações médicas e, por essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive. Nesse 
caso, Maria 
a) não cometeu crime algum 
b) incorre no crime de aborto culposo 
c) incorre no crime de aborto com dolo direto 
d) incorre no crime de aborto com dolo eventual 
e) incorre no crime de autoaborto 
62. Zacarias, obstetra, foi procurado por Tercia, que estava grávida, com o seguinte pedido 
de ajuda: após exames realizados, como o feto apresenta sérias deformações e doenças 
incuráveis, solicita a realização de prática abortiva. No caso, Zacarias 
a) somente poderia realizar o procedimento abortivo se Tércia estivesse até a oitava semana 
de gravidez. 
b) somente poderia realizar o procedimento abortivo mediante autorização judicial 
c) pode realizar o procedimento abortivo diante da inviabilidade da vida do feto. 
d) poder realizar o procedimento abortivo diante do quadro de anencefalia apresentado. 
e) não pode realizar o procedimento abortivo. 
63. Durante uma discussão banal por questões futebolísticas, Mauro acerta um soco no 
rosto de Toni, causando-lhe lesão corporal. No caso, Mauro incorre no crime de lesão 
corporal de natureza 
a) grave, caso venha a sofrer dano estético. 
b) grave, se Toni permanecer mais de um mês impossibilitado de exercer suas ocupações 
habituais. 
c) grave, se tiver ocorrido perigo de vida. 
d) gravíssima, se ocorreu debilidade permanente de sentido. 
e) gravíssima, se Toni perdeu a visão de um dos seus olhos. 
64. Assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes contra a vida. 
a) Nos casos de doença incurável, o médico não deve levar em consideração a vontade do 
paciente, porque a vida é indisponível. Por essa razão, se deixar empreender todas as ações 
disponíveis, incorre no crime de homicídio, por se tratar de garantidor. 
b) O homicídio simples, em determinada situação, pode ser considerado crime hediondo. 
c) De acordo com o Código Penal, a pena é aumentada de dois terços se o crime de homicídio 
for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança. 
d) O homicídio cometido por grupo de extermínio é hediondo e qualificado.

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