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Índice 1. Introdução .................................................................................................... 2 2. Abordagem Comportamental das Organizações .......................................... 3 3. Teoria Comportamental – Douglas McGregor ............................................ 4 4. Teoria X ....................................................................................................... 4 4.1. Características da Teoria X ................................................................... 5 5. Teoria Y ....................................................................................................... 5 5.1. Características da Teoria Y ................................................................... 6 6. Pressuposições de McGregor em relação as Teorias X versus Teoria Y ..... 7 7. O Surgimento da Teoria Z ........................................................................... 7 7.1. Características da Teoria Z ................................................................... 8 8. Conclusão ..................................................................................................... 9 9. Referências Bibliográficas ......................................................................... 10 2 1. Introdução Com tanta dedicação e possessão de conhecimentos em psicologia, Douglas McGregor se baseando da linhagem da(s) teoria(s) motivacional(ais) conseguiu construir duas grandes teorias em que apesar de muito tempo ter passado, elas ainda são aplicáveis nas organizações na atualidade. Pelas quais uma denominou de Teoria X e a outra de Teoria Y, e que foram vistas como duas formas de se visualizar o comportamento humano dentro de uma organização em pontos de vistas antagônicos uma da outra. Ira se abordar dos aspectos ou características que cada uma apresenta em contraste da outra. 1.1.Objetivos 1.1.1. Geral: Falar das Teorias X e Y de McGregor. 1.1.2. Específicos: Apresentar as características de cada teoria; Apresentar uma relação entre as teorias e tipos de liderança e/ou administração; Identificar o alvo das duas teorias (x e y). 1.2.Metodologia: Para se tornar possível a realização do presente trabalho, fez-se uma coleção de diversificadas referências bibliográficas e/ou obras que já foram publicadas com uma abordagem comportamental, em diferentes plataformas virtuais. 3 2. Abordagem Comportamental das Organizações São referências básicas para o estudo da concepção comportamental das organizações as contribuições de psicólogos organizacionais, tal como Douglas McGregor, Abraham Maslow, Frederick Herzberg, Hensis Libert, Chester Barnard, Chris Argyris e Herbert Simon, uma vez que esses autores partem do entendimento dos factores psicológicos dos seres humanos para compreenderem o comportamento das organizações. (Schultz, 2016) Para o parágrafo acima patente, pode-se afirmar que os autores da teoria comportamental para melhor entenderem de como as organizações se comportavam, se basearam nas manifestações psicológicas dos seres humanos. Esses autores constatam que os indivíduos reagem e moldam as suas condutas em função dos estímulos e pressões que recebem do ambiente no qual eles estão integrados. O comportamento organizacional nesta perspectiva, depende da natureza do ser humano e da sua personalidade. Trata-se, portanto, de uma visão teórica que procura entender a estrutura interna de uma organização a partir das características psicológicas dos seus integrantes e dos processos internos em que estão absorvidos e que afectam a sua motivação, satisfação, capacidade de aprendizagem e tomada de decisões. (Schultz, p. 103) Com base nessa abordagem, os autores se preocuparam em saber de como é que um determinado processo ou fator interno numa certa organização poderia afetar a motivação, a satisfação, a aprendizagem e, a tomada de decisões dos indivíduos num espaço organizacional em que se encontram inseridos. Assim as organizações podem ser influenciadas pelas tomadas de decisões dos seus gestores e, tanto a estrutura da organização quanto o seu organograma têm a função de facilitar a tomada de decisões. As organizações podem ser influenciadas pelas tomadas de decisões dos seus gerentes e, tanto a estrutura da organização quanto o seu organograma têm a função de facilitar ou obstaculizar as decisões. 4 3. Teoria Comportamental – Douglas McGregor Douglas McGregor, um psicólogo Norte-Americano, com a linhagem na teoria motivacional do psicólogo Abraham Maslow, criou as suas teorias que tiveram como foco, estudar o comportamento das pessoas nas organizações em que se encontram inseridas. Assim, McGregor em 1960 apresentou duas visões distintas das necessidades humanas, baseando-se na forma como os gestores tratavam os empregados. A primeira, uma visão negativa, que chamou teoria x, à segunda, uma visão baseada na integração e autocontrole, que chamou teoria y. (Lobado Neves, 2002 apud Pedro, 2014) Depois dessas teorias forem publicadas sob o título The Human Side of Enterprise (O Lado Humano do Negócio) com o propósito de se obter uma administração de recursos humanos de qualidade, seria necessário adaptar os objetivos e necessidades à natureza humana ao invés de mudar a natureza humana para adequar ao controle e autoridade por parte organizacional. McGregor, em sua teoria x e y, explica que, quando existem: desmotivação, acomodação, subutilização, inadequação e, desorientação, os gerentes, em vez de buscarem a causa em si próprios, vão atribui-las aos empregados. (Michel, 2005) Essas teorias tinham enfoque em: Estilos de administração; Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais com os indivíduos. 4. Teoria X A teoria x, representa um forte controle sobre os recursos humanos dentro de uma organização, caracterizada por ter um estilo autocrático e assemelha-se à Administração Cientifica de Taylor, à Clássica de Fayol e a Burocrática de Weber. 5 Assumia que numa organização, os trabalhadores eram intrinsecamente preguiçosos, necessitavam ser supervisionados e motivados e, consideravam o trabalho como um mal necessário para ganhar dinheiro. 4.1.Características da Teoria X Por apresentar um estilo de administração autocrática, os trabalhadores: São forçados a fazer exatamente aquilo que a organização pretendia que eles fizessem, independentemente de suas opiniões ou mesmo objetivos pessoais; A maior parte dos trabalhadores precisa ser coagida, vigiada, orientada, ameaçada com punição a fim de fazer o devido esforço para alcançar os objetivos da organização; Preferem ser dirigidos, desejam evitar responsabilidades, são desprovidos de ambição e, querem acima de tudo, segurança; O empregador adota um estilo de administração autocrática; McGregor baseado em sua teoria sugere que, o homem é motivado para obter domínio sobre o seu mundo e experimentar sentimentos de autorespeito, autorealização, além de sua busca por gratificações externas. (Santos, et al; 2010) Crítica à Teoria X. Gestão extremamente fechada e que leva a um reducionismo do papel do indivíduo na vida organizacional. 5. Teoria Y A teoria y, vem então desenvolver um estilo de administração altamente democrático e, deixar evidente que, através de um ambiente organizacional adequado, o desenvolvimento dos recursos humanos é muito mais otimizado e pode ser melhor aproveitado, em que administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto aos objetivos. (Michel, 2005) 6 E nessa teoria positivistaaceita-se que, os empregados são motivados para obter recompensas intrínsecas e como também extrínsecas, cujas metas do empregado e da organização não devem conflitar-se. Para Camara et al. (2001) apud Pedro (2014: 11), a teoria y veio reforçar a ideia de que existe uma outra forma de gerir as organizações e motivar os indivíduos, diferentemente de que era definida pelas Teorias Clássicas (gestão baseada no controle, supervisão, coesão e, punição). E tem como finalidade estimular a integração, criar uma situação na qual o empregado consiga atingir melhor os seus próprios objetivos orientando os seus esforços para pós execução dos objetivos da empresa. 5.1.Características da Teoria Y Por ser muito aberta, dinâmica e, extremamente democrática pode apresentar as seguintes características: O esforço físico e mental é tão natural como o lazer ou o descanso; O controle extremo e ameaça de punição não são únicos meios de suscitar esforços no sentido dos objetivos organizacionais. Movido pela auto- orientação e pelo auto-controle, o indivíduo se colocara a serviço dos objetivos que se empenhou a alcançar dentro da organização; Em condições apropriadas, o ser humano, em média, aprende não só a aceitar, mas a procurar responsabilidades; Reflete um estilo de administração aberto e dinâmico, democrático, encorajando o crescimento individual; O compromisso com os objetivos surge da recompensa associada ao prazer de cumprir uma meta; Os indivíduos são criativos e inventivos, buscam sempre solução para os problemas da empresa Crítica à Teoria Y. Precisa de um grupo organizacional comprometido e com capacitação técnica para funcionar bem. Crítica à Teoria Comportamental. Apesar de sua inegável contribuição à Teoria Geral de Administração (TGA), dando novos rumos e dimensões e enriquecendo seu 7 conteúdo, a grande crítica à Teoria Comportamental está no facto de lá preocupar-se em explicar e descrever características de comportamento, do que em construir modelos e princípios de aplicação pratica. Nisto, reside a relativa dificuldade de aplicação desta teoria. (Alfaya) 6. Pressuposições de McGregor em relação as Teorias X versus Teoria Y Depois de se apresentar alguns aspectos que caracterizam cada teoria, pode se perceber que, existe um paralelismo entre a teoria x com os modelos clássicos e a teoria y, como um modo de ver o trabalhador que se enquadra na abordagem das relações humanas. Assim: Teoria X Teoria Y O homem não gosta de trabalhar; O homem pode ver o trabalho de forma tão natural como descansar ou distrair- se; O homem tem necessidade de ser controlado e dirigido (não toma iniciativas pessoais; O homem é capaz de se autodirigir e de se autocontrolar. Deseja atingir objetivos e tem capacidade de iniciativa; O homem deve ser castigado, para dessa forma se obter dele o esforço que irá permitir atingir os objetivos da empresa; O homem aceita responsabilidades, não as evita. Antes, procura-as desde que estejam de acordo com os seus objetivos; O homem deseja fundamentalmente, segurança, é desprovido de ambições e procura fugir das responsabilidades; O homem possui criatividade, imaginação e, capacidade de decidir e resolver os problemas; O homem não gosta de mudanças. O homem para além da segurança deseja ver satisfeita as suas necessidades sociais, de estima e, de autorealização. Fonte: Camara, et al., (2001:96) apud Pedro (2014:20) 7. O Surgimento da Teoria Z Antes da morte, McGregor estava a escrever a Teoria Z, em busca das respostas às criticas, cujo o seu fundamento buscava sintetizar as teorias iniciais. Dessa forma, o foco dela residia em um emprego para a vida, a preocupação com os colaboradores, fortificando o elemento humano, o controle informal, as decisões que são tomadas a partir da opinião coletiva e a transparência na transmissão de informações, entre outras particularidades que visavam o meio- termo para as ambas das suas teorias anteriores. (Elaina, 2015) 8 Depois da sua morte, a teoria z ficou na posse do William Ouchi, que identificou um “estado de espirito de ser” mais melhorado em relação ao da Teoria Y de McGregor. Cujo modelo desta teoria diz que, as pessoas podem ser imaginativas, participativas e, de livre expressão e que o progresso do estado ou da empresa está ligado a motivação humana e não simplesmente a tecnologia. (Verri, 2000:149) 7.1.Características da Teoria Z As pessoas: Querem participar; O patrimônio é o próprio homem; São criativas; Querem ser originais com muita liberdade; Têm iniciativas positivas; São estáveis e responsáveis; Exigem melhores qualidades de vida; Exigem segurança. O estado ou a empresa devem proporcionar: Estabilidade organizacional e de empregabilidade; Remuneração condizente com os esforços em juízo e valor, sob méritos reais; Meios para a solução real dos problemas que afligem a todos e que podem destruir a todos; Troca e transmissão de informações nos dois sentidos hierárquicos. 9 8. Conclusão Como uma nota conclusiva, pode-se afirmar que as duas teorias (x e y), fazem abordagens antagônicas. Em que uma apresenta aspectos ou características num ponto de vista negativo, teoria x e, a outra apresenta características num ponto de vista positivo, teoria y. Fazendo uma análise das três teorias, podem se relacionar com os tipos de liderança, onde a teoria x está dominada de uma liderança e/ou administração autocrática, a teoria y está mais ligada à uma administração democrática e, a teoria z está ligada à uma administração liberal. Pois o alvo dessas duas teorias, é o homem, tomando como base no seu estilo de administração, na sua tomada de decisões e, a integração dos objetivos organizacionais com os indivíduos. 10 9. Referências Bibliográficas 9.1.Alaya, T., V. (S.A). Teoria Geral da Administração. IMES, Lda. 9.2.Elaina, J. (2015). Douglas McGregor e a Teoria X e Y. Disponível em: http://www.portal-gestao.com/artigo/7613-douglas-mcgregor-e-a- teoria-x-e-y.html 9.3.Michel, M. (2006). As Teorias X e Y e suas Potencialidades de Aplicação à Sistemas Administrativos de Recursos Humanos. 8 Ed. 9.4.Pedro, M. M. (2014). Factores que Contribuem para a Motivação dos Trabalhadores. Setúbal 9.5.Santos, G. F. (2010). Estilos de Liderança: Enfoque na Teoria X e Teoria Y de Douglas McGregor. São Paulo 9.6.Schultz, G. (2016). Introdução à Gestão de Organização. UFRGS: Porto Alegre 9.7.Verri, L. B. (2000). A Empresa Humanista e o Ser Humano Funcional. UFF: Rio de Janeiro
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