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FUNÇÃO DOS AMINOÁCIDOS

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FUNÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
ESSENCIAIS 
FENILALANINA 
A fenilalanina (ácido 2-amino-3-fenilpropanoico) é um aminoácido com peso molecular de 165,19, C9 H11NO2 , com solubilidade de 29,6 g em 1 kg de H2 0 a 25°C. É um aminoácido apolar e precursor da tirosina. A degradação da fenilalanina ocorre predominantemente no fígado, resultando em tirosina e, a seguir, acetoacetato e fumarato. O ácido ascórbico é cofator na degradação. A fenilalanina também é importante na formação de catecolaminas, melanina, ubiquinona e hormônios tiroidianos.
TRIPTOFANO
Triptofano e Serotonina- O triptofano é um aminoácido aromático essencial, tanto para homens como animais. Sua essencialidade não se restringe apenas à sua contribuição no crescimento normal e síntese protéica, mas também na regulação de importantes mecanismos fisiológicos. Entre suas diversas funções temos: precursor do neurotransmissor serotonina (5-hidroxitriptamina: 5-HT), e sua influência no sono, comportamento, fadiga, ingestão alimentar entre outras. Além disto, o triptofano é precursor da vitamina B3 (niacina) e é um dos aminoácidos que estimula a secreção de insulina e hormônio do crescimento. Não podendo ser produzido pelo organismo, é obtido da degradação das proteínas cerebrais ou da circulação plasmática (pool aminoacídico), sendo este fornecido através da ingestão dietética normal ou degradação protéica corporal.
VALINA
A valina é um aminoácido alifático primo da leucina e da isoleucina, tanto em estrutura, como em função. Estes aminoácidos são extremamente hidrofóbicos e são quase sempre encontrados no interior de proteínas. Eles raramente são úteis em reações bioquímicas normais, mas estão relegados à função de determinar a estrutura tridimensional das proteínas devido à sua natureza hidrofóbica. A valina representa cerca de 5% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo. Leite e ovos são ricos em valina.
LEUCINA 
A leucina (ácido 2-amino-4-metilpentanoico ou ácido α-amino isocaproico) é um aminoácido de peso molecular 131,16, C6 H13NO2 , com solubilidade igual a 21,9 g em 1 kg de H2 O a 25°C. É um aminoácido não polar e de cadeia ramificada. Este é um aminoácido21 abundante na alimentação de mamíferos, especialmente em alguns leites e cereais, sendo sua ingestão diária superior 200 mg/kg por dia. A leucina desempenha inúmeras funções no organismo. Podemos destacar, por exemplo, a associação das proteínas ricas em leucina com a osteoartrite. O estímulo da secreção de insulina é potencializado pela ingestão conjunta de leucina e carboidratos. Uma teoria interessante relaciona a disponibilidade alimentar e a digestão de leucina com a fisiopatologia da obesidade.
ISOLEUCINA
A Isoleucina é um membro da família de aminoácidos de cadeia lateral alifática, composta por substâncias bioquímicas extremamente hidrofóbicas, que são encontradas primariamente no interior de proteínas e enzimas desempenhando diversas funções no organismo. Protegem os músculos de lesões por esforço excessivo, através da promoção da síntese de proteínas e da redução do catabolismo protéico. Ela é geralmente fabricada pela fermentação a partir de fontes de carboidrato e também pela extração de hidrolisados de proteína animal. A necessidade diária de um adulto do sexo masculino é 10 mg por kg do peso corporal.
METIONINA
 A metionina (ácido 2-amino-4-[metil-tio] butanoico) é um aminoácido com peso molecular de 149,21, C5 H11NO2 S, com solubilidade em água de 33,5 g em 1 kg de H2 O. A metionina é um aminoácido essencial necessário para o crescimento e desenvolvimento normal. Desempenha papel essencial na síntese proteica, reação de metilação, síntese de poliaminas e é um aminoácido precursor da cisteína. A quantidade de metionina na alimentação é influenciada pela oferta de cistina.
TREONINA
A treonina é outro aminoácido contendo álcool que não pode ser produzido pelo organismo e precisa ser consumido na dieta. Este aminoácido desempenha um papel importante, junto com a glicina e a serina, no metabolismo de porfirina. A treonina representa cerca de 4% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo. Os ovos são ricos são ricos em treonina. A necessidade diária de um adulto do sexo masculino é de 7 mg por kg de peso corporal. A partir de experimentos usando animais alimentados com proteína de cereais, determinou-se que a treonina é o segundo aminoácido limitante depois da lisina.
LISINA
A lisina é um aminoácido ácido essencial, com uma carga geral positiva em nível de pH fisiológico, o que a torna um dos três aminoácidos básicos (em relação à sua carga). Este aminoácido polar é encontrado na superfície de enzimas e proteínas, e por vezes aparece nas porções ativas. É essencial para o crescimento normal de crianças a para a manutenção do equilíbrio do nitrogênio no adulto. Fontes de lisina incluem carnes, peixe, frango e laticínios. A lisina representa cerca de 8% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo.
HISTIDINA
A histidina é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo, um dos componentes das proteínas dos seres vivos, ela tem muita importância nas proteínas básicas, e é encontrada na hemoglobina. Também é de fundamental importância na ligação do centro ativo de proteínas com os seus substratos. A histidina representa cerca de 3% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo, ex.: a carne, as vísceras e miúdos.
CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS
GLICINA
A glicina é essencial na biossíntese dos ácidos nucléicos, assim como dos ácidos biliares, porfirinas, fosfatos de creatina e outros aminoácidos. A glicina possui propriedades similares às do ácido glutâmico e do ácido g–aminobutírico no que toca à inibição de sinais neurotransmissores do sistema nervoso. A glicina é o segundo aminoácido mais comum em proteínas: representa cerca de 5% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. A cevada, o arroz e a gelatina são ricos em glicina.
PROLINA 
A prolina é sintetizada a partir do ácido glutâmico, antes de sua incorporação em pró-colágeno, durante a tradução do RNA-mensageiro. Após a síntese da proteína pró-colágeno, ela é convertida em hidroxiprolina por uma modificação pós-tradução. A prolina representa cerca de 4% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo. Pão, leite, gelatina são ricos em prolina. A L-prolina é empregada em nutrição enteral e parenteral. É também usada para a síntese de vários compostos farmacêuticos tais como agentes anti-hipertensivos.
TIROSINA 
A L-tirosina é fabricada pela extração de proteína vegetal ou hidrolisados de proteína animal. Ela representa cerca de 3% dos aminoácidos das proteínas do nosso organismo. Queijos, leite e arroz são ricos em tirosina. Ela é usada em infusões de aminoácidos, dietas enterais e orais e em alimentos para a saúde como componente nutricional.
CISTEÍNA E CISTINA 
A cisteína é incorporada em proteínas em uma proporção de somente 2,8%, quando comparada a outros aminoácidos, mas sua cadeia lateral tiol única frequentemente afeta a estabilidade tridimensional de enzimas e proteínas. A cisteína é crítica para o metabolismo de um número de substâncias bioquímicas como e a coenzima. Ela representa cerca de 1% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. O pescado é rico em cisteína. A cisteína é um aminoácido sulfurado, sintetizado a partir da Metionina através da via de transulfuração durante a vida adulta. Em lactantes sua síntese é insuficiente, por isso considera-se um aminoácido condicionalmente essencial. Já a cistina, 
TAURINA 
A taurina (ácido 2-aminoetanosulfonico) é um aminoácido com peso molecular 125,14, C2 H7 NO3 S, muito solúvel em água. A deficiência de taurina promove alterações funcionais cardíacas. A reposição de taurina atenua essas alterações patológicas que afetam o coração. Com a suplementação há diminuição da apoptose, estresse oxidativo e recuperação do metabolismo energético cardíaco.
ARGININA
A arginina (ácido2-amino-5 guanidino-pentanoico) é um aminoácido com peso molecular de 174,20, C6 H14N4 O2 , com solubilidade de 150 g em 1 kg de H2 0 a 25°C. A arginina é relacionada com múltiplas funções, incluindo o ciclo da ureia, importante passo do catabolismo proteico e da função humoral. A suplementação oral de arginina pode afetar a resposta imune inata em humanos. Existe a sugestão de que, após a vacinação pneumocócica, a ingestão suplementar de glutamina equivalente a 15 g/dia resulta em aumento da quimiotaxia de neutrófilos, citotoxidade de natural killer e maior concentração sérica de IgG em idosos.
GLUTAMINA
A glutamina (ácido 2-amino-4-carbamoilbutanóico) é um aminoácido com peso molecular de 146,15, C5 H10N2 O3 , com solubilidade de 36 g em 1 kg de H2 0 a 18°C. É considerado um aminoácido carreador do grupo amino. A glutamina é degradada a ácido glutâmico por hidrólise pela glutaminase, resultando em ácido 2-oxiglutarato no ciclo de Krebs. A oferta de glutamina tem sido relacionada a diferentes efeitos farmacológicos. No entanto, os dados relacionados com estímulo da síntese proteica e oferta de glutamina são contraditórios.
NÃO ESSENCIAIS
ALANINA
A alanina é um aminoácido neutro, não essencial, cristalino, envolvido no metabolismo do triptofano e da vitamina piridoxina. Este aminoácido é um dos mais empregados na construção de proteínas. A alanina possui um papel terapêutico pequeno em seres humanos, apesar de apresentar efeitos de redução de colesterol em ratos. A alanina representa cerca de 6% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. Miúdos, tripas e vísceras são ricas em alanina. A L-alanina é utilizada na área de nutrição clinica como componente em nutrição enteral e parenteral, e também como ingrediente para medicamentos, tais como terapêuticas para a hipertrofia da próstata e em preparações integrais de aminoácidos.
ÁCIDO ASPÁRTICO
O ácido aspártico é um dos dois aminoácidos (o outro sendo o ácido glutâmico) que possui um carboxilato de carga negativa em sua cadeia lateral. Isso proporciona ao ácido aspártico uma carga geral negativa nas concentrações fisiológicas de íons de hidrogênio (a um pH de aproximadamente 7,3). Apesar de ser considerado um aminoácido não essencial, desempenha um papel vital no metabolismo durante a construção de outros aminoácidos e bioquímicos no ciclo do ácido cítrico. Entre os bioquímicos sintetizados a partir do ácido aspártico estão a asparagina, a arginina, a lisina, a metionina, a treonina, a isoleucina e diversos nucleotídeos. O aspartato representa cerca de 6% dos aminoácidos das proteínas do organismo. 
ÁCIDO GLUTÂMICO
O ácido glutâmico é biossintetizado a partir de um número de aminoácidos, incluindo a ornitina e a arginina. Quando aminado, o ácido glutâmico forma o importante aminoácido glutamina. O ácido glutâmico é um dos dois aminoácidos (o outro é o ácido aspártico) que possui uma carga negativa no pH fisiológico. Esta carga negativa torna o ácido glutâmico uma molécula bastante polar e presente no exterior de proteínas e enzimas, onde fica livre interagir com os meios celulares aquosos que o cercam. O glutamato representa cerca de 9% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. É o mais frequente dos 20 aminoácidos na sequência primária de nossas proteínas. O pão e os cereais são ricos em glutamato.
ASPARAGINA
A asparagina, o amido-beta derivado do ácido aspártico, é considerado um aminoácido não-essencial. Possui uma função importante na biossíntese de glicoproteínas e é também essencial na síntese de um grande número de outras proteínas. A asparagina representa cerca de 3% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. A asparagina é derivada do ácido aspártico. Participa na biossíntese de glicoproteínas e é essencial na síntese de um grande número de outras proteínas. A asparagina representa cerca de 3% dos aminoácidos das proteínas do organismo humano. Pode ser utilizada para normalizar as funções celulares do cérebro e do sistema nervoso central (SNC).
REFERÊNCIAS 
MARCHINI, Júlio Sérgio et al. AMINOÁCIDOS. 
MELHOR, PARA UMA. AMINOÁCIDOS-ESTRATÉGIA NUTRICIONAL PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA.
ROSSI, Luciana et al. Implicações do sistema serotoninérgico no exercício físico. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 48, n. 2, p. 227, 2004.
FACULDADE ESTÁCIO – TERESINA
CURSO DE NUTRIÇÃO 
PROF. Me Carlos Henrique
Discip. Nutrição Humana
FUNÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
 Daiana Lara Silva Santos Carvalho
TERESINA-PI
SETEMBRO 2019

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