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PLANO DA VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA.

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PLANO DA VALIDADE
Uma norma para ser válida deve estar integrada no ordenamento jurídico, uma ordem onde o direito deve respeitar as leis e normas estabelecidas, sendo assim, o poder jurídico realiza seus trabalhos com base nela.
Norma válida é aquela que não contradiz a uma norma superior que tenha ingressado no ordenamento atendendo os processos pré-estabelecidos, pode-se dizer que enquanto uma lei estiver válida, não pode ter outra lei que a contradiz ou tire sua validade.
Marcos Bernardes de Mello afirma que a norma válida é o ato jurídico em que não tem nenhuma contradição que provoque a invalidade. Em relação a invalidade o mesmo diz que ocorre por uma falha no meio em que é feita e ausência de elemento complementar que o sistema estima essencial para a validade, como desrespeitar à forma prescrita em lei. 
MELLO, Marcos Bernardes de. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Existência. Op. cit., p. 52 e 53.
 PLANO DA EXISTÊNCIA OU VIGÊNCIA
O termo vigência traduz a existência especifica de uma norma. A norma pode ser válida, se regularmente completou o processo de integração ao ordenamento jurídico, cumprindo os requisitos, mas pode ainda não ser vigente, por ter que esperar a verificação de condição suspensiva, ou ter tido sua vigência encerrada ou exaurida.
A vigência pode ser uma norma temporária ou indeterminada, depende da disposição do seu instituidor no momento da elaboração. No caso de tempo determinado de vigência, ela cessará no seu tempo determinado, chegando ao final. Quando não tem prazo de vigência, subentende-se a indeterminação. Vigência pode ser suspensa em caso de revogação, seja em ab-rogação (supressão total) ou derrogação (supressão parcial).
Marcos Bernardes de Mello diz que: [...] a norma simplesmente existente da norma jurídica vigente é, exatamente, a possibilidade de ser eficaz, [...]
A norma em vigor tem um efeito imediato, valendo para futuro, respeitando o ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada.
PLANO DA EFICÁCIA
 A eficácia tem a capacidade como norma de produzir efeitos, essa capacidade possui uma larga faixa de circunstancias, que pode ser total ou parcial, ainda, falando de norma que são favoráveis a produzir efeitos intensos e relevantes. 
Segundo Marcos Bernardes de Melo [...]é a parte do mundo jurídico onde os fatos jurídicos produzem os seus efeitos, criando as situações jurídicas, as relações jurídicas, com todo o seu conteúdo eficácia representado pelos direitos [...]
Observa-se que o desempenho da eficácia tem uma previsão normativa hipotética frente à sociedade, que a respeita, aceita e obedece, podendo ser ela limitada ou contida. 
A eficácia refere-se à aplicabilidade, exigibilidade ou executividade da norma, com sua probabilidade de aplicação jurídica.
Vale ressaltar que quando falamos em eficácia da norma, devemos ter noção em dois sentidos, que são eficácia social e a eficácia jurídica. A eficácia jurídica tem um conceito formal, uma norma proveniente de um acordo com o ordenamento jurídico, se tornando eficaz juridicamente, assim sendo, exigida e sendo obrigatória. Já a eficácia social existe quando a pessoa sujeita aquela norma à aceita e obedece.
A vigência, validade e eficácia podem interagir no que se diz respeito a norma, mas tem qualidades diferentes da mesma e não precisam coexistir em todas as hipóteses. Tanto é assim que uma norma pode ser válida, vigente e eficaz; pode ser válida e vigente e não ter eficácia; pode ser válida e não possuir vigência nem eficácia, como também pode apresentar-se destituída de todas essas qualidades, não possuindo validade, nem vigência, nem eficácia.
MELLO, Marcos Bernardes de. Teoria do fato jurídico: plano da existência... p. 101.

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