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caso 4 aula 5 pratica V

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AO JUIZO DA PRESIDENCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, advogado, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, com o endereço profissional, Rua, nº, Bairro, Cidade, UF, CEP, e-mail, com procuração em anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, impetrar o presente:
		HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR
	Em favor de MATILDE, brasileira, estado civil, desempregada, portadora da carteira de identidade n°, inscrita no CPF sob o número, residente e domiciliado na Rua, n°, bairro, cidade, UF, CEP, e-mail, contra ato praticado pela autoridade coatora o JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA DE FAMILIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos que passa expor:
		DOS FATOS
	A Paciente é domiciliada na cidade do Rio de Janeiro e está sendo executados por seus filhos JANE e GILSON PIRES, menores, com 13 e 6 anos de idade, respectivamente, representados por seu pai GILDO, pelo rito do art.911, NCPC/2015.
Na execução de alimentos que tramita perante o Juízo da 10ª Vara de Família da Capital, a Paciente foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos 5 meses não pagos dos alimentos fixados por sentença, pelo Juiz da mesa Vara de Família.
Ocorre que, a Paciente está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que se passa o pais e, com isso, não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar.
Assim sendo, diante da real impossibilidade da Executada em adimplir a sua dívida, o Magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de 60 dias.
	DOS FUNDAMEN TOS
	A paciente se encontra desempregada há mais de 01 ano, estando, ainda, em tratamento e recuperação de profunda depressão, o que também a impossibilita ao exercício e atividade laborativa. 
As justificativas acima se enquadram no art.5 º, LXV II da CF/88, pois apenas o devedor que não justificar e provar sua impossibilidade de arcar com os alimentos estará sujeito à prisão prevista no art.528, §3º do CPC. 
 No caso em questão a paciente não deixou de pagar, arcar com seu compromisso da pensão alimentícia de forma voluntaria, e sim por não ter condições, ela possui a justificativa para o inadimplemento, diante da questão saúde, bem como o estado de crise financeira que a mesma se encontra, não tendo assim como arcar com sua obrigação.
Cabe ressaltar ainda que, o Magistrado antes de decretar a prisão civil que entende ser aplicada como medida extrema em último caso, devendo observar outros meios de coerção, com a finalidade de satisfazer o credito, como a Expropriação, por exemplo.
Por fim a sumula 309 do STJ, e o art. 528, §3º do CPC estabelece que a prisão civil se dê apenas em débitos decorrentes dos 3 meses anteriores a propositura da execução, bem como as que vencerem no curso da execução.
Então a prisão sendo decretada em cima dos 5 meses de inadimplemento da paciente, percebe-se a ilegalidade praticada pelo juízo de direito da 10ª vara de família da capital.
	DO PEDIDO LIMINAR
Isto posto, o impetrante requer a V. Exª. deferir LIMINARMENTE, ante a caracterização do Constrangimento ilegal sofrido e, ainda, pela ameaça de sofrer um Constrangimento Ilegal ainda maior, pela realização do julgamento perante o Plenário do Tribunal do Júri, sem a garantia da ampla defesa, cerceada conforme demonstrado, havendo o fundado temor do perigo da demora.
O “fumus boni iuris” apresenta-se fartamente demonstrado pelo impetrante conforme os documentos anexos, onde se comprova a existência do direito incontestável, líquido e certo, do impetrante e o Abuso de Poder e Constrangimento Ilegal de que é vítima o paciente.
O “periculum in mora” é fato indiscutível, questão de justiça e da imparcialidade que ameaçada está, e mais ainda será pela demora na prestação jurisdicional.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o Impetrante que Vossa Excelência se digne:
a) que seja deferida a liminar para determinar ao juízo a colocação da Paciente em liberdade;
b) que no mérito seja concedido o Habeas Corpus preventivo, com a expedição do Salvo Conduto, por se tratar de medida de justiça.
c) a notificação da autoridade coatora.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB-UF

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