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TEMA 05 INDICADORES AMBIENTAIS E PLANEJAMENTO

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Disciplina 1 – Planejamento 
e Políticas Ambientais 
Tema 5 – Indicadores
ambientais e planejamento
Prof. Dr. Ronaldo Tavares de Araújo
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO 
SENSU EM GESTÃO, AUDITORIA E 
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Referências bibliográficas: SANTOS, R.F. (2007), PHILIPPI JR, (2005) e PHILIPPI JR & MALHEIROS (2012).
Indicadores ambientais e planejamento
Nesta aula, você, aluno, compreenderá a
importância e os desafios do
estabelecimento e uso de indicadores para a
avaliação da sustentabilidade de plano e
projetos ambientais.
Indicadores ambientais e planejamento
• Os indicadores são necessários não só para o
entendimento do mundo, mas também para
que se possa planejar ações e tomar
decisões.
• A pouca disponibilidade e acessibilidade a
dados integrados dificulta o processo de gestão
ambiental e conscientização da comunidade.
• Portanto é importante a criação de Sistema de
indicadores para orientação da tomada de
decisões horizontais e verticais na gestão
ambiental.
Indicadores ambientais e planejamento
• Indicadores – utilizados como ferramentas de
diagnóstico e monitoramento.
• Para gestão ambiental urbana (a partir dos anos
1990): ex – uso como instrumentos de
planejamento e indicadores (Estatuto das
Cidades – 2001, Agenda 21 global e Agenda 21
local).
• Facilitando assim o entendimento e uso dos
indicadores pela comunidade local e tornar
simples, transparente e acessível para a melhor
construção do quadro socioeconômico e
ambiental.
Indicadores ambientais e planejamento
• Conceito: indicadores são, de forma geral,
parâmetros ou funções destes, que
têm a capacidade de descrever um
estado ou uma resposta dos
fenômenos que ocorrem em um meio.
• Bons indicadores devem ter a capacidade
de gerar modelos que representam as
realidades.
• Indicadores medem o avanço em direção
a metas e objetivos de um
planejamento.
Indicadores ambientais e planejamento
• A função de um indicador é fornecer uma pista de um
problema de grande importância ou tornar perceptível
uma tendência que não está imediatamente visível,
favorecendo maior dinamismo no processo de
gestão.
• A importância do indicador não é o dado em si, mas
sua interpretação. A ideia é que aquilo que está
sendo efetivamente medido tenha significado
maior do que simplesmente o valor associado a
essa medição, tudo isto voltado para a tomada de
decisão. Ex: volume de água no reservatório e
sua relação com abastecimento público,
irrigação, inundação, produção de energia.
Indicadores ambientais e planejamento
• As informações obtidas por meio de indicadores
selecionados obrigatoriamente devem ser
sistematizadas, ordenadas e organizadas.
• Em geral, os dados são os componentes básicos
no trabalho com indicadores. Os indicadores são
os dados trabalhados, analisados. A
combinação destes indicadores forma os índices,
que são usados em geral na análise mais agregada,
em âmbitos regionais e nacionais. No contexto de
indicadores, padrão e normas são similares. E
metas representam uma intenção, valor
específico, e devem ser mensuradas.
Indicadores ambientais e planejamento
• Um exemplo disto é o programa do PNUD
das Metas do Milênio, que define oito
objetivos, sendo que cada objetivo tem suas
metas.
• A questão dos indicadores reside
essencialmente na escolha da variável, cujos
valores provêm de medições
(quantitativas) ou observações
(qualitativas) em tempos, lugares,
populações, etc., distintos.
Indicadores ambientais e planejamento
• De acordo com Hammond et al. (1995), deve-
se diferenciar dados, indicadores e índices
(construção da pirâmide de informações).
• Dados primários: coletados por meio de
monitoramento e pesquisa. A partir do
processamento e validação, são
transformados em dados estatísticos. Estes
descrevem fenômenos reais, mas precisam de
interpretação.
• Indicadores, entretanto, devem fornecer
mensagens que não necessitam de maiores
interpretações.
• Índices representam agregação de
indicadores.
Referências bibliográficas: SANTOS, R.F. (2007), PHILIPPI JR, (2005) e PHILIPPI JR & MALHEIROS (2012).
Disciplina 1 – Planejamento 
e Políticas Ambientais 
Tema 5 – Indicadores
ambientais e planejamento
Prof. Dr. Ronaldo Tavares de Araujo
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO 
SENSU EM GESTÃO, AUDITORIA E 
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Referências bibliográficas: SANTOS, R.F. (2007), PHILIPPI JR, (2005) e PHILIPPI JR & MALHEIROS (2012).
Indicadores ambientais e planejamento
Nesta aula, você, aluno, compreenderá quais são as
estratégias metodológicas para a estruturação dos
indicadores.
Planejamentos ambientais utilizam dados primários e
secundários.
Primários: através de procedimentos metodológicos
orientados para responder uma pergunta ou testar
uma hipótese não respondida pelas informações ou
levantamentos anteriormente realizados. (aplicação de
questionários – quantitativos e qualitativos).
Secundários: obtidos por meio de levantamentos de
diversas fontes (trab. de pesquisa, cadastros simples
ou apontamentos).
Indicadores ambientais e planejamento
• Uma vez adotado(s) o(s) método(s) de coleta de dados,
é importante a descrição do seu procedimento,
para prevenir limitações de interpretações que advêm
de falhas de sua capacidade de representação.
• Ex: em um inventário a) os critérios de seleção dos
indicadores, b) a estratégia para compilação dos
dados ou informações (gráficos, quadros,
tabelas), c) o tipo e as características da
amostragem de campo, d) a justificativa do nível
de detalhamento adotado, e) as limitações e
impasses ocorridos nos levantamentos e f) as
fontes bibliográficas de suporte ao
levantamento.
Indicadores ambientais e planejamento
• No planejamento ambiental deve-se organizar os
indicadores a partir de um protocolo que comporte
em uma coluna as questões-chave do planejamento
e, na outra, questões relativas aos indicadores,
como o que avaliar, sua relação com o
problema, origem da informação, em qual
espaço temporal e físico, etc., como se faz
usualmente em auditorias ambientais.
• Esta é uma forma preliminar de organização que
pode resultar numa súmula dos preceitos para
seleção e organização do banco de dados.
Indicadores ambientais e planejamento
• Após a organização do conjunto de indicadores a serem
utilizados, deve-se fazer a estruturação destes de
acordo com o propósito da medida ou observação
do meio.
• Podem ser agrupados pelas políticas setoriais,
pressões ou impactos das atividades humanas no
ambiente e pelas relações sociais.
• Podem ser organizados pela natureza da informação
(fisiográfica, topográfica, econômica, cultural,
legal).
• Outras, pelas questões-chave do planejamento, como
impactos econômicos, saúde, valor visual das
paisagens, recreação.
Indicadores ambientais e planejamento
• A forma mais usual de organizar os indicadores,
principalmente quando o planejamento
fundamenta-se em princípios de desenvolvimento
sustentável, é por meio da estrutura da OECD,
que recomenda a adoção de três grupos de
indicadores:
• O estado do meio e dos recursos naturais (ar,
água, recursos vivos);
• Das pressões das atividades humanas sobre o
meio (energia, transporte, indústria, agricultura) e
• Das respostas da sociedade, pelo resultado das
pressões e condições do estado.
Indicadores ambientais e planejamento
O modelo Pressão-Estado-Resposta da OECD (1994/1998)
é construído na casualidade:
“As atividades humanas exercem pressão sobre o
ambiente, alterando a quantidade e a qualidade de
recursos naturais, ou seja, mudando seu estado. As
mudanças afetam a qualidade do ambiente. A sociedade
responde a essas mudanças ambientais com políticas
ambientais, econômicas ou setoriais (a resposta da
sociedade), almejando deter, reverter, mitigar ou
prevenir os efeitos negativos da pressãodo homem
sobre o meio. Para cada fator de casualidade deve haver
um conjunto específico de indicadores ambientais que
responderão por suas características internas, ou de
relação com os outros dois fatores vizinhos”.
Indicadores ambientais e planejamento
• Deve-se, por fim, levar em conta alguns erros
comuns a se evitar na escolha de indicadores:
1. Agregação exagerada.
2. Medir o que é mensurável em detrimento de medir
o que é importante.
3. Depender de falsos modelos.
4. Falsificação deliberada.
5. Desviar a atenção da experiência direta.
6. Incompletos.
Referências bibliográficas: SANTOS, R.F. (2007), PHILIPPI JR, (2005) e PHILIPPI JR & MALHEIROS (2012).

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