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1. O que é a mudança climática global? Quais as soluções propostas? Quando falamos em mudança climática e em aquecimento global, estamos nos referindo ao incremento, além do nível normal, da capacidade da atmosfera em reter calor. Isso vem acontecendo devido a um progressivo aumento na concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera nos últimos 150 anos. Tal aumento tem sido provocado pelas atividades do homem que produzem emissões excessivas de poluentes para a atmosfera. Esse aumento no efeito estufa poderá ter consequências sérias para a vida na Terra no futuro próximo. Entre os gases do efeito estufa que estão aumentando de concentração, o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso são os mais importantes. Devido à quantidade com que é emitido, o CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global. Em 2004, o CO2 representou 77% das emissões antropogênicas globais de gases de efeito estufa. O tempo de permanência deste gás na atmosfera é, no mínimo, de cem anos. Isto significa que as emissões de hoje têm efeitos de longa duração, podendo resultar em impactos no regime climático ao longo de vários séculos. A quantidade de metano emitida para a atmosfera é bem menor, mas seu poder estufa” (potencial de aquecimento) é vinte vezes superior ao do CO2. No caso do óxido nitroso e dos clorofluorcarbonos, suas concentrações na atmosfera são ainda menores. No entanto, o poder estufa” desses gases é 310 e até 7.100 vezes maior do que aquele do CO2, respectivamente. Como solução proposta a mitigação, reduzindo as emissões antrópicas, principalmente a emissão de CO2, através de redução de queimadas, substituição de combustíveis fósseis por exemplo. 2. Fazer um comentário sobre CQNUMC e Protocolo de Kyoto A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), é um tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), informalmente conhecida como a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Curso: Engenharia Atividade: 1ª Etapa Data:30/10/2019 Disciplina: Políticas Ambientais Valor: . Professor: Nota: Nome: Matrícula: https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula_da_Terra https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula_da_Terra https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado) https://pt.wikipedia.org/wiki/1992 Este tratado foi firmado por quase todos os países do mundo e tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. Esse nível de concentração segura para o clima ainda não é conhecido, mas a maior parte da comunidade científica considera que, se a emissão destes gases continuar crescendo no ritmo atual, advirão danos ao meio ambiente. O tratado não fixou, inicialmente, limites obrigatórios para as emissões de GEE e não continha disposições coercitivas. Em vez disso, o Tratado incluía disposições para atualizações (chamados "protocolos"), que deveriam criar limites obrigatórios de emissões. O principal é o Protocolo de Quioto, que se tornou muito mais conhecido do que a própria CQNUMC. Devido ao fato de que os GEE continuam na atmosfera por muitas décadas após emitidos, não é possível interromper ou reverter a mudança climática e, por essa razão, as medidas a serem tomadas são mitigadoras, no sentido de diminuir o impacto de tais mudanças, e adaptadoras, no sentido de criar mecanismos de adaptação às mudanças que irão ocorrer. Dentre os princípios que fundamentam a Convenção, o principal é aquele da responsabilidade comum, porém diferenciada. Como a concentração atual de GEE na atmosfera é conseqüência, em maior parte, das emissões realizadas por países industrializados no passado, cada país tem uma responsabilidade diferente. Para a divisão de responsabilidades, os países foram divididos em diferentes blocos. O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que tem como objetivo fazer com que os países desenvolvidos assumissem o compromisso de reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa, para aliviar os impactos causados pelo aquecimento global. Além disso, são realizadas discussões para estabelecer metas e criar formas de desenvolvimento que não sejam prejudiciais ao Planeta. A ideia começou em 1988 na “Toronto Conference on the Changing Atmosphere” no Canadá, desde então houveram várias outras conferências sobre o Meio Ambiente e clima, até que foi discutido e negociado a criação do Protocolo de Kyoto, no Japão, em 1997. Em 1990 foi criado o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática com o objetivo de alertar a população sobre o aquecimento global. Em 1992 foi a vez da Eco https://pt.wikipedia.org/wiki/Concentra%C3%A7%C3%A3o_(qu%C3%ADmica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa https://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima https://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente_(ecologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto https://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a_clim%C3%A1tica http://efeito-estufa.info/ http://protocolo-de-kyoto.info/aquecimento-global.html 92 onde ficou decidido que os países eram responsáveis pela conservação do clima independentemente do tamanho da nação em questão. O protocolo entrou em vigor em 2005 e evidenciou o interesse de países em utilizar o carbono como moeda. Os EUA, o segundo país mais emissor de carbono do mundo, negou-se a ratificar o protocolo com a alegação de que aceitá-lo seria ruim para a economia americana. A falta de vontade dos países mais ricos e poluidores é um grande empecilho para que algo seja feito efetivamente contra o aquecimento global. Em 2012 o protocolo teve sua validade prorrogada até 2020 após a Conferência das Partes (COP18). Os países desenvolvidos têm uma responsabilidade maior no cumprimento do tratado, pois contribuíram com mais de 150 anos de atividade industrial para a elevação de gases do efeito estufa na atmosfera. No tratado foi proposto que os países-membros, principalmente os mais desenvolvidos, assumissem a obrigação de reduzir a emissão dos gases do efeito estufa, diminuindo pelo menos 5,2% no período entre 2008 a 2012, em relação aos níveis de 1990. As metas do Protocolo de Kyoto não foram iguais para todos, eram níveis diferentes para os países do Anexo I. Mas para que ocorresse essa redução, várias atividades econômicas teriam (e ainda tem) que ser modificadas através de algumas ações: • Reformar os setores de energia e transportes; • Promover o uso de fontes energéticas renováveis; • Eliminar mecanismos financeiros e de mercados que sejam inapropiados; • Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; • Proteger florestas e outros sumidouros de carbono. No mínimo, para ser aceito, o documento deveria ser ratificado por 55 países, que juntos produziam 55% dos gases prejudiciais ao Planeta Terra. O Protocolo de Kyoto foi aberto para as assinaturas dos representantes na sede das Nações Unidas, em Nova York, no dia 16 de março de 1988 até 15 de março de 1999. O acordo entrou em vigor em 2005, no dia 16 de fevereiro. Os países em desenvolvimento como Brasil, Argentina, México e Índia, que fazem parte do não Anexo I, não receberam metas obrigatórias, mesmo assim deveriam realizar http://paises-emergentes.info/ ações sustentáveis por meio de projetos destacados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Várias conferências foram realizadas para resolver as questões ambientais, pois os EUA não assinaram o acordo, além disso os países não estavam conseguindo cumprir a meta deacordo com o nível e o ano proposto e nem evitar a queima de combustíveis fósseis, em locais cuja matriz energética depende disso. O Protocolo de Kyoto representou o primeiro passo para redução das emissões. Em 2012 ele expira, mas a ONU e alguns governos já assumiram o compromisso de fazer novas reuniões e um novo acordo ou uma emenda do Protocolo de Kyoto com novas metas a serem cumpridas, apesar de haverem países que querem extingui-lo. Nesse cenário o CQNUMC tem imposto menos restrições que o Protocolo de Kyoto. 3. Mecanismos de Flexibilização (Créditos de C) Esses créditos fazem parte de um mecanismo de flexibilização que auxilia os países que possuem metas de redução da emissão de gases poluentes a alcançá-las. Considerados a moeda do chamado mercado de carbono, os créditos de carbono representam a não emissão de dióxido de carbono à atmosfera. Mecanismos de Flexibilização do Protocolo de Kyoto Das ações apresentadas para o cumprimento do tratado há três Mecanismos de Flexibilização: • Implementação Conjunta (CI) - mecanismo que incentiva a criação de projetos que reduzam a emissão dos gases estufa. Quando dois ou mais países desenvolvidos criam projetos para redução de gases podem fazer uma posterior comercialização; • Comércio de Emissões ou Comércio Internacional de Emissões (CIE) - é um mecanismo em que os países desenvolvidos que já reduziram a emissão de gases além de sua meta, podem comercializar o excedente de suas emissões para países que não atingiram a meta; • Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) - mecanismo que auxilia na redução dos gases estufa. Ele consiste na implementação de projetos para o desenvolvimento sustentável que auxiliam na redução ou captura de gases poluentes. Com isso, os países recebem um certificado chamado 'Reduções Certificadas de Emissões', emitidos pelo Conselho Executivo do MDL e podendo ser comercializados no mercado internacional. 4. Política Nacional sobre Mudança do Clima Instituída pela Lei 12187/09 e Dec. 7390/10 pode ser interpretada como regulamentação do Art. 225, V da Constituição Federal 1988 que “(Incumbe ao Poder Público): Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente Nela o país deve honrar seus compromissos assumidos na UNFCCC de redução de emissões de 36,1% a 38,9% em relação a 2020 (Arts. 5, 12) O Dec. 7390/10 Estabelece 10 metas objetivas para setores da economia como: Redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 Redução do desmatamento do Cerrado em 40% até 2020 Recuperação de 150.000 km2 de pastagens degradadas Plantio de 30.000 km2 de florestas Cabe frisar que apenas 7,5% da área total de pastagens no Brasil. 5. Mudanças ambientais globais Problemas na geração de energia, inundações e até proliferação de mosquitos que transmitem doenças. Apesar das incertezas na área e de as avaliações envolverem diferentes fatores, o grupo afirma que já é possível identificar "sérios problemas" em ao menos cinco áreas: agricultura, temperaturas, Amazônia, nível do mar, e nos setores hídrico e energético. Crise hídrica e energética. A seca que tem afetado profundamente o abastecimento de água da cidade de São Paulo pode ser um prenúncio dos graves problemas a serem enfrentados no futuro pelo Brasil com o desequilíbrio do sistema de chuvas no país. Amazônia "A floresta funciona como um banco de gás carbônico. É uma das formas com as quais ela ajuda a regular o clima", explica Paulo Brando, pesquisador do Instituto Ambiental da Amazônia (Ipam), entidade independente criada há 20 anos. Já há indícios da perda do estoque de gás carbônico (CO2) absorvido pela floresta devido às secas de 2005 e 2010. Agricultura A agricultura brasileira, tida como um dos setores mais avançados na adaptação às mudanças climáticas, deve ser uma das mais afetadas por perdas futuras devido ao clima. Nível do mar Segundo os dados do IPCC, da ONU, o nível do mar já se elevou em 20 cm em média, em todo o planeta. Naturalmente, o dado é válido também para o Brasil. Temperaturas Carlos Nobre, membro do IPCC, diz que, segundo a ONU, a temperatura do planeta como um todo já se elevou em 0,8ºC por causa do aquecimento global - valor que pode ser ainda maior dependendo do local. Ele cita temperaturas recordes no Brasil recentemente, como os 36,4ºC registrados em outubro em Brasília, a mais alta em 54 anos. "Nas áreas urbanas, como São Paulo, podemos somar mais 2,5ºC a 3,5ºC por conta dos efeitos da urbanização. Na zona norte do Rio de Janeiro podemos falar em mais 2ºC a 2,5ºC, além dos 0,8ºC. Onde tínhamos Mata Atlântica, podemos somar mais 0,5ºC devido à mudança do perfil de vegetação", avalia.
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