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EXERCÍCIOS DISCURSIVOS DAFNE PINHEIRO

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
POLÍTICAS AMBIENTAIS SETORIAIS
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO – ETEPS – CÓDIGO FLORESTAL
Seu cliente acaba de adquirir um imóvel rural situado em Rio Maria, Pará (módulo fiscal: 75ha), em área de floresta amazônica, mantida intocada até o presente; o imóvel possui 300 ha totais, seu limite leste (com 1.000m de extensão) é definido por uma borda de tabuleiro e o limite oeste (com 1.000m de extensão) é estabelecido pelo Rio Maria (25m largura no trecho), que dá nome ao município. Em seu interior, encontra-se um lago natural cujo espelho d’água, somado à vegetação protegida do entorno ocupa 10ha (dos quais 25% são vegetação).
Em relação ao aludido imóvel, seu cliente pergunta:
a) Qual o tamanho do imóvel em módulos fiscais?
	O imóvel possui 4 módulos fiscais, sendo classficado como pequena propriedade.
b) Qual(is) a(s) espécie(s) e o tamanho da(s) APP(s)?
	As Áreas de Preservação Permanente estão localizadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água. Consideram-se áreas de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; nas nascentes; no topo de morros, montes, montanhas e serras; nas encostas ou partes destas; nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; e em altitude superior a 1.800 metros. 
	Seus tamanhos conforme o que determina o Art. 4 da Lei 12.651/2012 são:
I. Em seu inciso I, 50m nas faixas marginais situadas próximas do Rio Maria, Mata Ciliar, (5ha no caso concreto);
II. Em seu inciso II, nas áreas no entorno de lagos, 50m (2.5ha no caso concreto);
III. Em seu inciso VIII, nas bordas dos tabuleiros ou chapadas em faixa nunca inferior a 100m. (10ha no caso concreto)
c) Qual o tamanho da RLF?
	80% do imóvel, sendo esse número equivalente a 240 hectares, segundo o art. 12 da Lei 12.651/02, I (localizado na Amazônia Legal), “a” (80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas).
d) A(s) APP(s) pode(m) ser computadas na RLF?
	É possível computar a APP dentro da reserva florestal legal, desde que seja para fins de regularização, apenas não é possível para fins de abertura. Não se pode computar para desmatar. É necessário saber a situação atual do imóvel, se ele já foi desmatado ou não. Se houver recomposição das áreas protegidas, em processo de recuperação da área, bem como deve estar inscrito no CAR. É possível computar para desmatar desde que o imóvel esteja na amazônia legal e o somatório das áreas protegidas seja igual ou superior a 80%.
e) Qual o procedimento a ser adotado para o cômputo?
	O imóvel deverá ser incluído no CAR e a RLF deverá estar registrada no órgão competente e averbada na inscrição no CAR. Dessa forma a área considerada como APP deve ser computada como RLF.
f) Qual o tamanho total das áreas protegidas?
	As áreas protegidas somam cerca de 17,5 hectares, 2,5ha da vegetação do entorno do lago, mais 10 hectares no entorno da borda de tabuleiro, mais 5 hectares de mata ciliar nas faixas marginais do Rio Maria.
g) Qual o tamanho total da área agricultável?
	A área agricultável seria de 60 hectares, levando-se em consideração o tamanho do imóvel, 300 hectares, menos a RLF de 80% (240 hectares) já computando nela a APP de 17,5 hectares.
E se o imóvel tivesse sido desmatado em junho de 2005? Isso alteraria algum(ns) cálculo(s)? Identifique as áreas de APP e RLF, se alteradas nesta hipótese.
A nova disposição para as áreas rurais consolidadas foi uma mudança significativa, pois áreas com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008 ficam consolidadas. Estas, podem ser utilizadas conforme ocupação preexistente, porém, a área determinada precisa ser de recomposição conforme limites das APPs. A área de RLF não é alterada, devendo respeitar as formalidades do art 66 do Código Florestal. Já na APP a área de recomposição a recomposição mínima seria de 2.25ha, conforme determinado nos artigos 61-A §§ 3º e 6º, III e 61- B, II todos do Código Florestal, conforme as disposições transitórias previstas nos artigos abaixo:
61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012)
§ 3º. Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 6º. Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente é garantido que a exigência de recomposição, nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art. 12, poderá regularizar sua situação, independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:
I - recompor a Reserva Legal;
II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;
III - compensar a Reserva Legal.

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