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ENDOCARDITES - Endocardites não infecciosas Endocardite urêmica: alteração do endocárdio decorrente a um distúrbio metabólico. Neste caso, o metabolismo da ureia está envolvido, ocasionando aumento de metabólitos tóxicos = UREIA E CREATININA. Está relacionado com insuficiência renal GRAVE, quando a eliminação de tais metabolitos tóxicos não ocorre e eles acabam que presentes na circulação sanguínea (se trata de um processo inflamatório). O endocárdio é formado por células epiteliais que são sensíveis a ureia e a creatinina, tendo um efeito toxico de NECROSE nessas células, formação de EDEMA e posteriormente há formação de trombos no endocárdio. Pode haver ainda, formação de infiltrado leucocitário e/ou mineração. Geralmente, as endocardites urêmicas estão confinadas no AE e podem se estender para VE (predomínio do lado esquerdo do coração). - Endocardites infecciosas: se tratam de endocardites com presença de agentes infecciosos agressivos que são capazes de se fixar na valva, especificamente no trombo que fora formado no endocárdio chamado de VEGETAÇÕES (endocardite vegetante). É de suma importância saber a PORTA DE ENTRADA do agente, que não se trata do coração (ex: cavidade oral, microlesões, etc). As principais causas de endocardite infecciosa é devido a lesões (doenças endoteliais pode ser seguida por HIPEREMIA e INFILTRADO DE CÉLULAS INFLAMATÓRIAS). Endocardites valvulares: mais frequente que murais, predomínio nas valvas atrioventriculares esquerdas (exceto bovinos). Endocardio é pouco comprometido. Endocardites murais Agentes infecciosos envolvidos Equinos – Streptococcus equi, Actinobacillus equili, entre outros relacionados com infecção umbilical em portros. Bovinos – Actinomyces pyogenes Suínos – Erysipelothrix rhusiopathiae e Streptococcus sp Cães – Streptococcus sp, Staphylococcos sp, Corynebacterium e E. coli Fungos – como fungos e hitoplasma (casos mais raros e dependem de uma depressão imunológica) Consequências - se forem devidamente TRATADAS, podem ser eliminadas e o endocárdio se cicatriza - as valvas acometidas formam fibrose e resultam em quadros de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (congestionamento das veias, tecidos, pulmão e edema) - principal consequência: EMBOLIZAÇÃO (infartos, abcessos pulmonares, nefrite embólica, entre outros) ENDOCARDIOSE - Endocardiose valvar Se trata de uma degeneração mixomatosa ou mucóide da VALVA MITRAL (atrioventricular esquerda) Lesão mais frequente nos cães e cães machos Incidência de 75% de aumento com a idade Processo PROGRESSIVO Poodles, Schauzers, Doberman, Pinchers e Fox terrier As causas são DESCONHECIDAS, apenas se sabe a PRÉ-DISPOSIÇÃO que o animal pode ter Microscopicamente - cúspides valvares se encontram reduzidas, espessas e com nodulações - opacas e esbranquiçadas - possível diagnosticas em eletrocardiograma Macroscopicamente - tecido mixomatoso substitui a camada esponjosa, ele é composto por grande quantidade de tecido conjuntivo (matriz extracelular) - proliferação do endotélio valvar - morte súbita ao atingir cordas tendíneas e ocasionar o rompimento delas Consequências - disfunção/falência da valva mitral - dilatação do átrio esquerdo por acumulo de sangue e aumento da pressão - hipertrofia do ventrículo esquerdo - insuficiência cardíaca congestiva esquerda - lesões secundarias congestão, edema, hemorragia pulmonar, hidrotorax e decréscimo da circulação renal e dos órgãos da cavidade abdominal
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