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Técnicas de oratória

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Prévia do material em texto

APOSTILA 
 
 
TÉCNICAS 
DE 
ORATÓRIA 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO ......................................................................... 3 
2. PÚBLICO – SABER COMO LIDAR COM TODO TIPO DE PÚBLICO .................... 4 
Atividade 1 ................................................................................................................ 5 
3. COMUNICAÇÃO - ENFRENTANDO O MEDO ...................................................... 6 
Atividade 2 ................................................................................................................ 8 
4. CREDIBILIDADE ................................................................................................... 9 
5. CUIDADOS COM A FALA ................................................................................... 10 
Volume .................................................................................................................... 10 
Ritmo....................................................................................................................... 11 
Entonação ............................................................................................................... 11 
Atividade 3 .............................................................................................................. 13 
O sotaque ............................................................................................................... 14 
6. SITUAÇÕES FORMAIS OU INFORMAIS ............................................................ 14 
7. PIADAS – UM ASSUNTO DELICADO ................................................................. 15 
8. VOCABULÁRIO ................................................................................................... 15 
9. AUDITÓRIO DIVERSIFICADO ............................................................................ 16 
Vocabulário técnico ................................................................................................. 17 
Atividade 4 .............................................................................................................. 19 
Palavrões e gírias ................................................................................................... 20 
10. VÍCIOS DE LINGUAGEM ................................................................................. 21 
Atividade 5 .............................................................................................................. 23 
11. O EFEITO “GERUNDISMO” ............................................................................. 24 
12. O PILOTO AUTOMÁTICO E O PROBLEMA DA ATENÇÃO ............................ 25 
13. EXPRESSÃO CORPORAL .............................................................................. 27 
Gesticulação ........................................................................................................... 28 
Postura .................................................................................................................... 28 
O corpo – mãos, braços e pernas ........................................................................... 30 
14. FALANDO DE IMPROVISO ............................................................................. 31 
15. PREPARANDO-SE PARA PERGUNTAS ......................................................... 31 
Atividade 6 .............................................................................................................. 33 
16. FERRAMENTAS – RECURSOS AUXILIARES ................................................ 34 
O uso de microfone ................................................................................................. 34 
17. POSTURA ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................. 35 
Código de Ética Profissional .................................................................................... 36 
Atividade 7 .............................................................................................................. 37 
18. A ORGANIZAÇÃO DA FALA E A APRESENTAÇÃO VISUAL ......................... 38 
19. APRESENTAÇÃO VISUAL ............................................................................ 40 
Atividade 8 ............................................................................................................. 42 
20. REUNIÕES ...................................................................................................... 43 
Atividade 9 ............................................................................................................. 44 
ATIVIDADE FINAL .................................................................................................. 45 
21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 47 
 
 
3 
Lembre-se disto: O corpo fala! E como fala! 
1. A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO 
Falar em público é um dos grandes desafios que podemos enfrentar. 
Algumas situações podem nos levar até a desistir de projetos e tarefas pelo 
temor de falar em público. Há, contudo, no ato de apresentar-se para uma 
platéia mais do que dificuldades, pois é também uma oportunidade de se ter 
mais visibilidade em todos os aspectos, sejam profissionais ou pessoais. 
Em uma apresentação, várias pessoas analisam o nosso perfil e 
comportamento e formam uma imagem sobre nós baseadas no modo como 
expressamos nossas ideias. Para que tenhamos êxito, podemos nos apoiar em 
diversas técnicas de apresentação que serão de grande ajuda para obter o 
sucesso desejado. 
Este material vai apresentar uma série de técnicas fundamentais para que 
a comunicação em público seja eficaz e obtenha os resultados esperados. 
Pode parecer paradoxal: aprender técnicas para falar com mais 
naturalidade. No entanto, vamos observar que as técnicas existem para tirar 
obstáculos do caminho do orador, para que ele tenha mais liberdade ao 
apresentar suas ideias. Mostraremos nas próximas páginas que o sucesso da 
comunicação está baseado em diversos fatores que algumas pessoas não 
levam em consideração na hora de falar, como respeitar as opiniões alheias, 
adaptar o discurso para cada tipo de auditório, ter melhor conhecimento da 
língua portuguesa e de outras linguagens importantes, como a dos gestos. 
 
Quem tem mais consciência desses processos, com o tempo, passa a 
utilizá-los para o próprio sucesso, incorporando-os à rotina diária e o efeito 
obtido é, justamente, o da naturalidade. 
Há outros pontos importantes que devem ser objetos de reflexão. As 
técnicas 
auxiliam em uma apresentação, mas não são os únicos motivos de 
sucesso. Um fator fundamental é a postura e o caráter. Para que nossas ideias 
encontrem eco no auditório devem fazer parte da nossa própria vida. Em outras 
palavras, a prática cotidiana e a coerência pessoal valorizam nosso discurso. 
Nenhum gerente vai convencer seus empregados de que a empresa se 
preocupa com eles depois de ter feito uma demissão de trabalhadores sem 
critério e de surpresa. 
Em resumo, as técnicas poderão sempre nos apoiar, mas devem atuar 
em conjunto com nossas características e nossa conduta. 
4 
Quem sabe falar em público está aberto a oportunidades, que 
devem ser aproveitadas. 
2. PÚBLICO – SABER COMO LIDAR COM TODO TIPO DE 
PÚBLICO 
São muitos os lugares onde podemos nos expor publicamente. Pode ser 
na empresa ou no escritório, em situações em que necessitamos conduzir 
reuniões, defender pontos de vista, apresentar um produto ou um projeto. 
Em ambientes educacionais, podemos citar as comunicações em 
congressos, encontros, seminários, na própria sala de aula, nos trabalhos de 
conclusão de curso. Em despedidas ou em homenagens pessoais, falar em 
público torna-se ainda mais relevante, pois podemos representarum povo, uma 
empresa ou até mesmo um país. 
Nesses momentos, abrem-se oportunidades de crescimento pessoal e 
profissional. 
 
Ao liderar pessoas e equipes, é fundamental que se tenha conhecimento 
das técnicas de apresentação e que se desenvolvam cada vez mais aptidões 
para expor ideias e formar opiniões. A liderança de sucesso dentro de 
organizações está diretamente relacionada à gestão correta de pessoas. 
Esta, por sua vez, só é eficaz quando conseguimos expor claramente 
objetivos, metas, ideias e valores de uma organização. 
 
5 
Atividade 1 
Escreva no espaço abaixo suas expectativas em relação ao curso. Você 
deve escrever apenas palavras que expressem seu pensamento. 
Depois, prepare uma apresentação rápida para expor aos demais suas 
expectativas. Ao final da apresentação, o professor e seus colegas farão uma 
avaliação do seu desempenho. É importante vencer o desafio de falar 
publicamente! 
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6 
3. COMUNICAÇÃO - ENFRENTANDO O MEDO 
 
O primeiro obstáculo a ser vencido para se comunicar em público com 
eficiência é o medo. 
Ele, no entanto, pode ser o principal aliado das apresentações 
vencedoras. Muitos acreditam que o medo deva ser exterminado para se ter 
sucesso nas apresentações. Coragem, entretanto, não significa ausência de 
medo, mas sim postura para enfrentá-lo de forma madura. 
O medo existe e, se controlado, torna-se um dos principais aliados para 
um apresentador. Passa a se chamar respeito por quem nos ouve. 
Para enfrentar o medo, é preciso inicialmente ter uma ideia melhor do 
processo de comunicação. A maioria das pessoas acha que comunicar é 
simplesmente “dar informações” a alguém ou a um grupo de pessoas. A 
comunicação, contudo, é muito mais complexa. Quando nos comunicamos, 
estamos realizando um ato de persuasão, ou seja, convencendo alguém de 
alguma coisa. 
Podemos persuadir um grupo a realizar ações ou, ao contrário, a não 
fazer certas coisas. Comunicar, portanto, é gerenciar relações complexas. 
Como orador, você precisa ter sempre uma estratégia de comunicação. 
Algumas perguntas podem facilitar o processo: 
• Aonde quero chegar? 
• Que tipo de efeito eu espero causar no auditório? 
• Quero mudar crenças que atrapalham os negócios da empresa? 
• Quero mostrar que meu trabalho acadêmico é relevante e bem-
estruturado? 
• Quero motivar as pessoas a trabalharem mais e melhor? 
7 
• Quero mostrar para a gerência da empresa que certas mudanças 
podem deixar os empregados mais satisfeitos e produtivos? 
 
É preciso avaliar com bastante clareza e profundidade quem são e o que 
pensam as pessoas que vão compor o auditório. É preciso perder certas 
ingenuidades em relação à fala em público. 
Quando você fala para um auditório, cada pessoa realiza um processo de 
interpretação e avalia o que você está falando também a partir de um ponto de 
vista. 
Uma situação real: uma diretora de uma escola reuniu um grupo de mães 
e pais de filhos obesos. Sem muito cuidado, ela foi logo exigindo do grupo que 
parassem de dar alimentos com muita gordura ou açúcar para as crianças. 
Entre outras coisas, ela explicou que a obesidade infantil era uma doença grave. 
Os pais, no entanto, sentiram que a diretora estava culpando-os pelo problema 
e chamando-os de incompetentes na criação dos próprios filhos. Ninguém pode 
negar que a obesidade é um grave problema mundial. Isso é uma verdade 
científica e indiscutível. Só que a diretora, por não tomar cuidado com a própria 
fala, não obteve o efeito esperado, ao contrário, arranhou a imagem da própria 
escola. 
Uma estratégia de comunicação bem-sucedida conta com a análise de 
todas as características e pontos de vista do público-alvo e considera quais são 
os limites desse grupo na hora de pensar o que falar e de apresentar o 
discurso. 
Outro ponto importante é que o sucesso de uma comunicação se mede 
pelo resultado obtido no auditório e não pela intenção do orador ou ainda pela 
beleza do discurso. A diretora não mentiu. Mas não levou em consideração o 
constrangimento que sua fala descuidada poderia causar. 
Cada orador deve estudar o auditório, a argumentação que pretende 
usar, ter cuida- do para não ferir convicções e pontos de vista. Se ele respeitar 
o auditório, logo no início da fala, vai obter a adesão de todos e, com isso, 
diminuirá o seu próprio grau de ansiedade e de medo durante a exposição. 
Planejar o discurso, portanto, é uma ótima estratégia para dissipar receios. 
Voltaremos ao assunto do planejamento do discurso mais adiante. 
8 
Atividade 2 
Nesta atividade, você terá de se vender como um produto. Use o espaço 
abaixo para fazer suas anotações. 
Pense sobre seus diferenciais e busque convencer as pessoas de que 
você é um bom produto. Imagine que seu auditório é formado por alguns 
profissionais de altos cargos em uma empresa na qual você almeja uma 
oportunidade. 
Ao final da apresentação, solicite ao professor e aos colegas que lhe 
forneçam um feedback da apresentação e digam também se o produto VOCÊ 
seria por eles adquirido. Esta será uma apresentação pelo professor para 
posterior feedback. 
Anotações: 
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4. CREDIBILIDADE 
 
Agora que conhecemos algumas práticas para controle do medo, 
podemos estudar o conceito de credibilidade. A palavra significa ter crédito, 
acreditar, aceitar sem duvidar, confiar. 
Credibilidade não pode ser comprada. Ela é produto de nossa 
conduta. 
Somos dotados de uma cultura que é fortemente impactada pelo tipo de 
convivência que temos e pela própria maturidade que a vida nos proporciona. 
As experiências de vida e de aprendizado traçam nosso caráter e nos auxiliam 
durante uma apresentação pública. Uma boa formação ética e cultural torna-se 
uma forte aliada para que haja sucesso numa apresentação pública. 
As pessoas aceitam com maior naturalidade nossos argumentos quando 
confiam em nossa postura pessoal. Em uma linguagem mais popular, podemos 
dizer que pessoas confiam em pessoas que fazem aquilo que falam, que são 
coerentes. Imagem e credibilidade estão muito relacionadas e se constroem 
paralelamente. Existem quatro fatores que influenciam a construção das duas. 
São eles: 
Naturalidade: vem do comportamento que é coerente com as 
características de uma pessoa, quando ela não adota condutas artificiais ou 
forçadas; 
Emoção: é o envolvimento com o assunto a ser apresentado. Aparece 
quando o apresentador não fala simplesmente por obrigação, mas para dar 
vida ao assunto e à comunicação; 
Conhecimento: pede estudo e análise do tema de maneira profunda e 
abrangente. Não é aceitável uma apresentação em que o orador não tenha 
conhecimento e segurança sobre o assunto; 
Conduta pessoal exemplar: inclui coerência e transparência. Não 
10 
podemos obter atenção das pessoas dizendo coisas que não se identificam 
com a nossa vida pessoal, com a nossa história. 
5. CUIDADOS COM A FALA 
 
Em uma apresentação, o orador deve contar com recursos que facilitem 
a expressão e o contato com o público. Um desses recursos é a fala e é muito 
importante saber explorá-la para reforçar a mensagem, destacar informações e 
impactar a audiência. 
Com a fala, podemos demonstrar preocupação, nervosismo e transmitir 
ou não convicção em relação ao assunto tratado. Algumas questões devem ser 
consideradas no tratamento da voz: 
Volume 
Esse é um fator de grande relevância na apresentação. O volume deve 
ser controlado e não deve ser usado em seus extremos – muito baixo ou muito 
alto –, pois isso pode causar danos à comunicação. Aqui estão alguns desses 
danos: 
Falar baixo o tempo todo: demonstra medo e insegurança e pode 
significar, para a platéia, falta de conhecimento do assunto; 
Falar alto o tempo inteiro: mostra arrogância, grosseria e traz 
incômodo à platéia; 
Falar sempre no mesmo tom: traz sonolência e cansaço, além de não 
transmitir emoção. 
É importante adequar momentos de maior ou menor volume no 
andamento da apresentação. Ao preparar o discurso, devem-se analisar os 
pontos de maior ou menor interesse. 
Quando você sentir, por exemplo, que apresentou uma questão que 
mexe com o auditório, pode até “desacelerar” a fala. Use o suspense ao seu 
11 
favor – na hora de apresentar uma resposta a um problema, use o “silêncio 
retórico”. É aquela pausa imediatamente antes de uma revelação importante, 
que faz com que o auditório se concentre no que você vai falar. 
Se a parte da história apresentada é um pouco menos interessante, você 
pode utilizar o recurso de outro modo: basta acelerar a fala. 
 
Em algumas ocasiões, falar com voz alta pode significar emoção e 
envolvimento, mas essa técnica deve ser utilizada com maturidade e equilíbrio, 
na hora e momento adequados. 
Não há como dizer que uma fala mais ou menos acelerada é a melhor, 
pois há características pessoais que devem ser respeitadas, como também 
diferentes discursos e auditórios. 
Ritmo 
Se sua característica é falar mais rapidamente, procure adotar alguns 
procedimentos: 
• Pronuncie bem as palavras; 
• Procure desenvolver o hábito de repetir as palavras que foram 
ditas dê ênfase às palavras mais importantes; 
• Faça pausa entre uma fala e outra (ex: ao fim de cada tópico, 
espere um pouco para iniciar o outro); 
• Evite exagerar. Vale repetir que, em geral, falar muito rápido pode 
demonstrar fortes traços de ansiedade. 
Entretanto, se você fala mais lentamente, leia estas dicas: 
• Durante sua explanação, procure olhar para as pessoas e para o 
ambiente. Tenha muito cuidado, porém, para não fixar os olhos 
somente em uma pessoa. 
• Dê ênfase às primeiras palavras de cada tópico, mostrando assim 
um maior envolvimento com o assunto. 
Entonação 
Você já presenciou situações em que a entonação de uma frase dita por 
uma pessoa demonstra claramente o aspecto emocional dela? A maneira de 
falar ou de entoar uma frase pode ser o caminho do sucesso ou do fracasso de 
um discurso em público. Como destacamos, uma palavra pode dar outro 
significado à informação. 
Veja esta frase: você está atrasado hoje. Observe como a entonação 
pode alterar significados. 
12 
 
Para obter sucesso na entonação de voz, veja estas dicas: 
• Pronuncie a palavra com maior ou menor entonação 
(quando fazemos isso, destacamos a palavra); 
• Pronuncie pausadamente as sílabas da palavra que deseja 
destacar; 
• Faça uma pequena pausa antes e outra depois da palavra que 
deseja destacar, de forma natural; 
• Durante uma pausa, é importante continuar olhando para o 
público e jamais mostrar artificialidade. 
 
 
Você está atrasado hoje. (afirmação) 
Você está atrasado hoje? (pergunta) 
Você está atrasado hoje. (acusação) 
Você está atrasado hoje! (surpresa) 
13 
Atividade 3 
Observe que a entonação pode atribuir diferentes significados à resposta 
dada no diálogo. Pergunta: “Quem vai à frente?” 
Respostas: Você. ou Você? ou Você?! ou Você! ou Você... 
Será que todas têm o mesmo significado? Exercite a resposta variando a 
entonação. 
Utilize a expressão abaixo, dando a ela diferentes entonações de acordo 
com as indicações em parênteses: “Tudo bem” (com impaciência, com pressa, 
com irritação, com ironia, com calma). 
Leia as frases abaixo, enfatizando o termo grifado: 
Será que ela quer sair comigo hoje? 
Será que ela quer sair comigo hoje? 
Será que ela quer sair comigo hoje? 
Será que ela quer sair comigo hoje? 
Será que ela quer sair comigo hoje? 
Será que ela quersair comigo hoje? 
Coloque entre os dentes um palito de sorvete, o dedo indicador ou uma 
caneta. Procure falar as frases de forma séria e com bastante clareza. Repita a 
atividade algumas vezes. 
Anotações: 
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14 
O sotaque 
Sotaque, a pronúncia característica de um país, de uma região e mesmo 
de um indivíduo, é um aspecto bastante interessante em uma apresentação. 
Nunca reconhecemos o nosso próprio sotaque. Nosso modo particular de falar, 
às vezes, cria o que os teóricos da comunicação chamam de “ruído” na 
conversa. Em outras palavras, uma platéia pode prestar mais atenção no 
sotaque do orador do que na apresentação dele, o que é um enorme problema. 
Durante uma apresentação em outra região ou em outra língua, a 
percepção do nosso sotaque pela platéia será considerável. Nesse caso, a 
principal dica é falar pausadamente, dando mais tempo para o auditório 
entender o que estamos apresentando. 
Apresentações com apoio em PowerPoint também ajudam bastante. Se 
alguém não entender a fala em algum momento, pode ler o conteúdo na tela e, 
assim, retomar o entendimento da apresentação. 
6. SITUAÇÕES FORMAIS OU INFORMAIS 
Cada ocasião pede um tipo de fala, uma cerimônia, um ritual. Perceba 
que existem situações formais e situações informais. Cada uma exige um 
discurso diferente. Todo mundo já viu um colega da empresa fazer piadinhas 
em um momento solene, o que arrasou a credibilidade do discurso dele e 
também já se divertiu numa festa de fim de ano na empresa, em que o colega 
resolveu ser extremamente formal ao agradecer um presente de amigo secreto. 
O grande problema, portanto, é confundir esses momentos mais ou 
menos formais e não saber se adaptar. Em uma situação mais solene, teremos 
um auditório que vai exigir uma fala mais cuidada e depurada do orador, sem 
expressões utilizadas nas situações informais. 
Tanto em situações formais quanto nas informais, evite chavões como 
“amor com amor se paga”, “a grama do vizinho é sempre mais verde”, “essa 
empresa é uma mãe para mim”. Essas frases transmitem sinais de vulgaridade 
e também podem ser mal interpretadas. 
 
Em momento algum, os chavões significam sabedoria ou inteligência. Ao 
contrário, mostram falta de conhecimento ou de cultura. 
A fala, portanto, constrói uma imagem do orador. 
Isso pode ser dramático em lugares onde ninguém nos conheça. Se 
você fizer um discurso infeliz na sua empresa, onde todo mundo reconhece a 
qualidade do seu trabalho, isso pode não arranhar sua reputação e ser 
interpretado apenas como um momento pouco inspirado. 
 
Às vezes, a fala também tem de estar de terno e gravata! 
15 
Já em um ambiente em que ninguém conhece você, o erro pode ser 
perigoso: um discurso vulgar pode resultar na opinião geral de que o orador 
também é vulgar. Tenha máximo cuidado, portanto, com frases feitas, gírias e 
outros recursos desse tipo. Para exemplificar, aqui estão mais frases a ser 
evitadas: “Deus ajuda quem cedo madruga...”; “Casa de ferreiro, espeto de 
pau...”, “Meu nome é trabalho!”. 
7. PIADAS – UM ASSUNTO DELICADO 
Tenha também cautela com as piadas. Algumas pessoas acreditam que 
a piada é uma excelente técnica para apresentação de assuntos perante uma 
platéia. Devemos, no entanto, tomar muito cuidado com as piadas durante uma 
explanação. Mais uma vez, é muito importante verificar com antecedência o 
tipo de público. 
O uso desse recurso pode ser inteligente e interessante, mas deve ser 
cuidadosamente pensado e adequado ao momento. Devemos nos preocupar 
principalmente com o tipo de piada para que esta não ofenda as pessoas que 
nos ouvem. Vale o bom senso. 
Em caso de dúvida, evite o recurso. Podemos fazer excelentes 
apresentações sem ele. 
 
8. VOCABULÁRIO 
 
O vocabulário é uma questão de grande importância para o 
apresentador. Muitos consideram que a arte de se apresentar bem é 
proveniente apenas de postura e de técnicas de apresentação. Porém, um 
vocabulário que é empregado de maneira incorreta ou fora de contexto 
prejudica muito a postura e a credibilidade do palestrante. 
Várias pessoas pensam que, ao adotar um palavreado de difícil 
compreensão, podem impressionar a platéia e dar a entender que são sábias, 
inteligentes e possuem autoridade para falar de determinado assunto. Em seu 
livro A arte de argumentar, Antonio Suárez Abreu dá um bom e cômico 
exemplo: 
16 
 
Devemos nos lembrar que um palestrante é avaliado por seus receptores 
o tempo todo, principalmente em situações em que ainda não tenha adquirido 
certa credibilidade. Um vocabulário simples e correto é a melhor forma de 
iniciarmos apresentações. 
Como dica, evite palavras difíceis na apresentação e prefira a forma 
clara, correta e direta, em que o apresentador se comunica, respeitando o tipo 
de público. 
9. AUDITÓRIO DIVERSIFICADO 
 
 Ao citar palavras de uso não muito comum, na maioria das vezes, as 
pessoas podem não entender o que está sendo dito. 
Outro ponto importante é que se pode ter ainda um auditório 
heterogêneo, ou seja, formado por pessoas de diversos grupos sociais e níveis 
de escolaridade. Nesse caso, é muito importante ter um vocabulário simples, 
 
Durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo, em 1985, Jânio 
Quadros contou com o apoio do deputado e ex-ministro Delfim Netto. 
Durante um comício para moradores de um bairro de periferia, Delfim 
terminou sua fala, dizendo: 
 
“A grande causa do processo inflacionário é o déficit orçamentário!” 
Logo depois, Jânio chamou Delfim de lado e disse: 
 
“Delfim, olhe para a cara daquele sujeito ali. O que você acha que 
entendeu do discurso? Ele não sabe o que é processo. Não sabe o que 
é inflacionário. Não sabe o que é déficit. E não tem a menor ideia do 
que seja orçamento. Da próxima vez, diga assim: “A causa da carestia 
é a roubalheira do governo!” 
17 
com termos comuns a todos. Desse modo, todos podem entender o discurso. 
Veja o exemplo dos repórteres e apresentadores do Jornal Nacional. 
Eles falam a milhões de telespectadores, dos mais pobres aos mais ricos. 
Quem tem melhor nível de escolaridade não sente que o discurso é 
pobre. E mesmo os que nem sabem ler ou escrever conseguem acompanhar 
o programa. Isso acontece porque o vocabulário utilizado é muito simples, 
mas não a ponto de incomodar por ser pobre. 
 
Há outro bom argumento em favor da simplicidade na hora de discursar. 
Quem procura termos muito complexos, pronuncia frases muito longas e tem 
ideias herméticas, corre o sério risco de perder o interesse dos ouvintes e 
passar por chato ou arrogante. Se isso acontecer, toda a estratégia persuasiva 
naufragará. 
Vocabulário técnico 
Outro cuidado importante é com o vocabulário técnico, que pode ser de 
difícil entendimento para o público. Muitas pessoas podem não entender o 
sentido de uma frase inteira por não compreenderem uma palavra técnica ou, 
por vergonha, fingirem que entenderam para que não passem por 
desinformadas. 
Usar termos técnicos diantede um auditório de leigos é um grande 
equívoco do apresentador. O segredo de uma boa comunicação está 
diretamente ligado ao entendimento do receptor (pessoa que nos ouve). 
Pensemos em um pediatra. Todos os dias ele fala de certas doenças, 
tratamentos, remédios. Isso tudo, para ele, se torna extremamente cotidiano, 
próximo. Na hora de comentar o assunto para um público leigo, ele corre o 
risco de avaliar que todas essas questões também são comuns ao seu 
auditório. E ninguém entende nada. 
É importante ressaltar que, dependendo do tipo de público, o vocabulário 
pode ser mais técnico e culto. Nosso pediatra, em um congresso de pediatria, 
deve utilizar os termos técnicos que precisa evitar em um auditório de leigos. 
Em reuniões técnicas, espera-se justamente um mínimo de erudição. Os termos 
técnicos, nesse caso, também são necessários para tornar a comunicação mais 
precisa. 
 
Dica importante: se você falar para um público heterogêneo, 
seja simples sem ser simplista. Não tenha dúvidas – a melhor e mais 
eficaz comunicação é aquela que passa a mensagem sem 
chamar a atenção para os recursos estilísticos, para o 
rebuscamento das frases ou para o próprio orador. 
 
 
18 
 
Em situações de dúvida, uma técnica vencedora é usar vocabulário 
simples e objetivo. Procure adotar estas medidas: 
Antes de utilizar termos técnicos, reflita sobre o grau de conhecimento da 
sua platéia a respeito do assunto. 
Caso não seja possível avaliar o grau de conhecimento das pessoas, 
evite termos técnicos ou, então, fale e explique do que se trata, mesmo que lhe 
pareça redundante. 
Ao explicar um termo técnico, certifique-se de que está sendo sutil na 
explanação. Exemplo: “Como é de conhecimento geral, mailing é a forma de 
enviarmos mensagens diretamente relacionadas ao assunto para um público 
específico”. Se você não for sutil, corre o risco de passar por alguém pedante. 
Certos jargões estão atrelados ao uso de palavras “americanizadas”, ao 
chamado estrangeirismo. Evite a utilização quando não puder definir o grau de 
conhecimento de sua platéia. 
Se há possibilidade de você não se fazer entender em português, 
imagine com termos em inglês. 
Aqui estão alguns exemplos de estrangeirismos: briefing, target, flat, 
budget, core business e mailing. 
Importante: os jargões, no entanto, quando utilizados para um público 
específico e de mesma formação em relação ao apresentador, podem-se 
tornar fortes aliados do orador e fortalecer sua imagem. Riscos e vantagens 
do uso de jargões, portanto, devem ser bem avaliados. 
 
Vale insistir: é o tipo de auditório que mostra como deve ser 
o discurso, o vocabulário e a estratégia de comunicação. 
19 
Atividade 4 
Em situações de discórdia ou de opiniões divergentes, é necessário que 
o apresenta- dor tenha fortes argumentos para convencer a platéia. Nesta 
atividade, serão tratados assuntos polêmicos. 
A sala deve colocar-se a favor ou contra a apresentação. Serão definidos 
dois grupos de trabalho, um a favor e outro contra, que defenderão seus pontos 
de vista. O professor irá orientar os dois grupos sobre a argumentação e defesa 
do assunto. Aqui estão algumas sugestões de temas para o debate: 
• Pena de morte 
• Prisão perpétua 
• Casamento de padres 
• Divórcio 
Anotações: 
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Palavrões e gírias 
 
 
 
“E aí, mano? A gente vai agora conversar sobre um assunto da hora, 
palavrões e gírias, tá ligado?” 
Só por ler essa frase, talvez você já tenha ficado incomodado. 
Muitos profissionais e até mesmo palestrantes acreditam que o uso de 
palavrões e gírias demonstra tranquilidade e autocontrole da situação. Nada 
mais enganoso. Nunca, numa apresentação, palavras torpes estarão a seu 
favor. 
As pessoas julgam o tempo todo um apresentador. Mesmo que no 
momento da fala o auditório dê risada diante de um palavrão, como forma de 
aprovar o seu uso, a imagem do orador fica irremediavelmente 
comprometida. No mínimo, ele passará por vulgar. 
Elimine palavrões de seu vocabulário, pois eles não acrescentam valor 
ao conteúdo de uma apresentação. Quanto às gírias, elas podem exercer 
sobre a platéia uma ideia de falta de credibilidade e de cultura. Lembre-se do 
que acabamos de comentar: situações formais jamais toleram falas informais. 
Gírias podem funcionar com platéias mais jovens em que o tema propicie a 
utilização. Nas apresentações profissionais, contudo, o uso de gírias não 
contribui para a credibilidade do apresentador. 
Outro ponto para pensar: algumas pessoas podem não entender o 
significado da gíria utilizada ou até mesmo classificarem-na como ultrapassada 
e fora do tempo. 
Conclusão: jamais use palavrões em suas apresentações. Quanto ao 
21 
uso de gírias, pese bem as situações. Para um público jovem, que espera uma 
apresentação informal, o uso de gíria pode ser aplicado de forma equilibrada. 
10. VÍCIOS DE LINGUAGEM 
 
Convivemos com pessoas diferentes. Mas, com o tempo, tendemos a ser 
menos formais com os colegas de trabalho e eles conosco. Isso é bastante 
saudável, porém, devemos tomar cuidado com a forma de expressão que 
iremos utilizar durante uma explanação. 
 
Muitas vezes e, em geral, devido à convivência, não percebemos a 
utilização de vícios de linguagem. Muitos, inclusive, são tão utilizados que 
passam quase a ser naturais no nosso cotidiano. Um vocabulário simples não 
significa utilização de tiques ou vícios de linguagem. 
Em geral, os vícios de linguagem também podem estar relacionados à 
falta de controle emocional e de conhecimento, ao medo. Em certas situações, 
repetimos várias vezes o que falamos. Isso dá a entender para o auditório que 
o orador está muito nervoso ou não tem confiança ou segurança no que 
fala. 
Algumas situações podem nos direcionar para os chamados tiques 
clássicos de apresentações, repetidosincessantemente, como: 
• ÉÉÉÉ... ÃÃÃÃ 
• Está claro? 
• Entenderam? 
• TÁ! 
• Na verdade... 
Lembre-se: mudou o ambiente, altera-se 
a forma do discurso. 
22 
• NÉ?! 
• Enfim... 
• OK! 
Note que, quando utilizados de forma isolada e sem repetições, essas 
palavras não são tratadas como tiques ou vícios. Quando há muitas 
repetições, muita gente do auditório se diverte anotando quantas vezes o 
orador diz “na verdade” ou “tá?”. 
Para vencer essa situação, em primeiro lugar, é muito importante ter 
consciência de abusos e, de forma gradativa, dosar seu uso. Uma dica 
importante para evitar isso é solicitar que uma pessoa de confiança dê 
feedback sobre a linguagem usada. 
 
Falar bem também é um aprendizado contínuo e a 
prática é a melhor forma de aprender a não utilizar palavras 
de forma repetitiva. Pratique! 
23 
Atividade 5 
Esta atividade desenvolve características da linguagem. Reúna-se em 
grupos de, no máximo, cinco pessoas. Eleja um líder e defina com o professor 
o estilo de apresentação e o auditório de cada um dos grupos. Os estilos são: 
• Gírias 
• Vícios de linguagem (ÉÉ, TÁ, NÉ, ÃÃÃ...) 
Cada grupo deve apresentar um tema livre, utilizando um dos estilos de 
linguagem. O professor irá anotar a quantidade de vezes em que os vícios de 
linguagem são empregados e poderá pedir ao grupo que recomece a 
apresentação toda vez que o fato ocorrer. 
Anotações: 
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11. O EFEITO “GERUNDISMO” 
“Vamos estar mostrando” agora um erro muito grave. E também 
queremos “estar fazendo” um alerta para que ele não seja mais cometido. Esse 
erro acontece porque é preciso “estar fazendo” uma revisão melhor dos textos. 
Caso contrário, vamos “estar enfrentando” muitos problemas. 
O parágrafo anterior pareceu-lhe estranho? O problema é um famoso 
erro gramatical, dominado gerundismo. É a praga da moda, que veio substituir o 
terrível – e felizmente quase morto – “a nível de”. 
O gerúndio, no uso correto da língua portuguesa, serve para descrever 
algo em pleno desenrolar no momento em que se fala. Por exemplo: você está 
lendo essa apostila. Imaginemos pessoas assassinando o Sr. Gerúndio. Veja 
alguns exemplos: 
• Você pode “estar respondendo” a duas ou três perguntas... 
• Eu vou “estar confirmando” os dados... 
• Isso “vai estar sendo” debitado em conta-corrente... 
• Veja agora as frases acima com o uso correto da língua 
portuguesa. 
• Você pode responder a duas ou três perguntas... 
• Eu vou confirmar os dados... 
• Isso vai ser debitado em conta-corrente... 
Perceba que o gerundismo se estrutura com o verbo estar + gerúndio. 
Basta colocar o verbo principal no infinitivo (aquela forma invariável do verbo) e 
o problema estará resolvido. Para evitar o gerundismo, faça um constante 
policiamento de sua fala, fato que só pode acontecer com treinamento, 
maturidade e consciência. Erros podem acontecer com qualquer um de nós. 
Isso, contudo, não justifica a estagnação. 
Além da armadilha do gerundismo, há outras que pedem cuidados. 
Palavras ou frases erradas deixam em situação constrangedora um orador e 
também podem comprometer todo o conteúdo da apresentação. Ninguém 
perdoa um orador que comete erros graves de português. O assunto pode ser 
interessante, mas um “subir para cima”, ou um “a gente vamos” podem colocar 
tudo a perder. 
Vivemos em uma época em que as pessoas têm cada vez menos 
tolerância com erros de português. Esse é um fator que deve ser levado em 
consideração pelo orador. Aqui estão outros erros que podem comprometer 
uma apresentação. 
25 
• Fazem 5 anos A nível de; 
• O pessoal não gostou; 
• Foi uma perca; 
• Ou seje; 
• Para mim ganhar; 
• Menas coisas; 
• Um plus a mais. 
12. O PILOTO AUTOMÁTICO E O PROBLEMA DA ATENÇÃO 
Com o passar do tempo, o piloto automático pode se tornar uma 
armadilha. Após algumas apresentações, qualquer pessoa pode cair no 
comodismo e, dessa forma, não se preocupar em mudar ou inovar. Corre-se o 
risco de falar sempre da mesma forma e na mesma ordem, abrindo mão da 
criatividade e da inovação. 
Ao agir assim, perde-se envolvimento com o assunto e as apresentações 
podem ficar mornas, padronizadas, tediosas. 
O que nos faz diferentes é a inovação. Podemos e devemos sempre 
surpreender nossa plateia. Toda apresentação precisa gerar curiosidade no 
público. Aliás, essa é uma pergunta que sempre deve ser formulada por um 
orador no momento em que prepara seu discurso: “o que eu vou falar desperta 
a atenção, o interesse das pessoas?” 
 
 
Se o assunto for “morno”, a pergunta deve ser feita de outra forma: como 
faço para esse assunto se tornar atrativo para o público e, desse modo, obter 
os resultados que espero? 
Um bom orador é alguém que gerencia a atenção do público, que arruma 
meios de tornar sua fala mais curiosa, interessante, vibrante e que também 
encontra possibilidades de convencer as pessoas e ganhá-las logo. 
Os momentos iniciais são decisivos. Para arrebatar a atenção do 
auditório no primeiro instante, existem várias técnicas que podem ser utilizadas, 
como mostra Antonio Suárez 
 
 Lembre-se: um bom orador não fala somente sobre seus 
interesses, mas fala principalmente sobre os interesses da plateia. 
26 
Abreu em A arte de argumentar. Ele ensina que não devemos propor de 
imediato nossa tese principal, a ideia que queremos “vender” para o auditório. 
Antes, precisamos preparar o terreno, apresentando uma tese mais geral, com a 
qual todo o auditório possa concordar sem contestação. 
Um sindicalista que quer propor uma greve (tese principal) que a maioria 
dos empregados não está disposta a encarar, pode começar sua fala com a 
seguinte tese geral: “Se tivéssemos um salário melhor, não poderíamos dar um 
padrão de vida mais digno para nossas famílias?” Ninguém vai discordar. A 
partir dessa tese, ele pode ganhara plateia e construir sua argumentação a 
favor da paralisação. Somente depois da tese genérica é que se entra na tese 
principal. 
Há outras técnicas interessantes. Apresente a tese principal na forma de 
um problema para resolver, que vai gerar a curiosidade da plateia e fazê-la 
participar da solução que você vai propor. 
Ao gerar essa forma de curiosidade, você faz com que o público também 
pense em saídas e preste atenção na sua fala para ver se você pensa da 
mesma maneira. 
 
Preste atenção: os grandes oradores são ótimos contadores de histórias. 
Isso tem uma explicação muito simples. Se você falar em termos abstratos, vai 
conseguir gerar menos atenção do que por meio de termos mais concretos, que 
possam ser identificados pelas pessoas. 
A narrativa é justamente uma maneira de apresentar de um jeito mais 
concreto questões mais abstratas. 
Vamos sair desse discurso abstrato e dar um exemplo concreto: um 
empresário que queira motivar seus gerentes pode gastar muito tempo falando 
27 
do acirramento da competição, da necessidade de maior enfrentamento dos 
problemas ou pode contar uma história verdadeira de como, em outra empresa, 
os gerentes se uniram aos proprietários e, cheios de ideias novas e 
capacidade de inovação, conquistaram o mercado, obtiveram grandes ganhos 
e foram reconhecidos como vencedores. 
Toda narrativa tem uma moral da história que o orador pode ressaltar 
para comprovar a sua tese. 
Outra vantagem de uma boa narrativa é a criação de um clima de 
suspense, por meio do qual se gera curiosidade para saber como será o 
desfecho. Pense bem: no jornalismo, nos filmes, nas conversas mais 
interessantes entre amigos, o que faz sucesso é uma narrativa que apresenta 
um problema, tem um desenvolvimento e um final surpreendente. 
 
Um orador também pode utilizar suas próprias vivências para ressaltar 
suas qualidades. É muito pedante alguém dizer que é ótimo em qualquer 
atividade. 
Um bom orador que quer produzir o efeito de que é competente vai 
contar uma história na qual ele trabalhou corretamente e obteve os resultados 
desejados. Assim, o elogio fica implícito. 
13. EXPRESSÃO CORPORAL 
Vários estudiosos defendem que uma boa apresentação está 
relacionada diretamente ao uso correto da linguagem gestual. Com o corpo, é 
possível demonstrar os verdadeiros sentimentos que, muitas vezes, não 
queremos exteriorizar. 
 
Fique atento a essa questão. É muito difícil controlar a gestualidade. 
Alguém que está muito nervoso, por mais que queira demonstrar o contrário por 
meio da fala, possivelmente será traído pelo próprio corpo: vai tremer, não 
gesticular ou gesticular demais, cruzar os braços excessivamente, ter uma 
postura rígida demais. 
Muitos psicólogos e profissionais com experiência em gestão de pessoas 
estudam o comportamento corporal para definir perfil e características 
Transforme sua tese principal em uma história com 
começo, meio e fim. Você só tem a ganhar. 
Isso mesmo: o corpo não mente! 
28 
predominantes em seres humanos. 
O gráfico abaixo demonstra a relevância dos gestos como um fator muito 
importante para o sucesso de uma apresentação. Observe que os gestos 
representam 55% da efetividade de uma apresentação. 
Gesticulação 
O que fazer se é tão difícil disfarçar o nervosismo quando o assunto é 
linguagem gestual? A solução é buscar formas de obter mais segurança antes 
da apresentação. Quem prepara a fala, estuda o assunto e conhece todas as 
características do auditório ficará muito menos inseguro na hora de encarar o 
público. E isso vai se refletir também na postura corporal. 
Algumas sugestões podem ajudar o orador e melhorar a gesticulação: 
• Evite manter as duas mãos no bolso durante sua apresentação. 
• Não leve os braços às costas. 
• Não descanse as mãos sobre a cabeça. 
• Evite cruzar os braços. 
• Não apoie os braços sobre a mesa. 
• Não deixe as mãos abaixo da cintura. 
• Evite se coçar ou mexer no nariz. 
Postura 
Como já vimos, a boa postura transmite mais credibilidade, passa uma 
mensagem poderosa do estilo de vida e da cultura do orador. Por isso, ele deve 
controlar sua postura e ter domínio do ambiente para que, assim, possa 
transmitir de forma segura e convincente o assunto que está sendo explanado. 
Aqui estão algumas dicas importantes: 
Não tenha postura humilde demais: embora humildade seja uma 
característica muito importante para um orador, é necessário que, em alguns 
29 
momentos, ele se imponha com postura séria e determinada. Com isso, não 
estamos dizendo para abandonar a humildade e, sim, saber usá-la com 
autoridade. 
Pessoas que demonstram humildade exageradamente acabam por 
perder o respeito e podem não conseguir repassar um assunto com clareza. 
 
Não adote uma postura desanimada: O público gosta de ouvir pessoas 
motivadas ao falar, que não fiquem relacionando apenas os problemas a serem 
enfrentados. Um orador que demonstre falta de confiança e exponha 
publicamente essa situação compromete bastante seu resultado. 
O medo de falar em público pode trazer postura de derrota. Isso pode 
contagiar uma plateia. 
 
Não seja prepotente: Já que dissemos que ser humilde é errado, 
devemos, então, ser prepotentes? Não! Uma postura prepotente é tão ruim 
quanto a falsa humildade. 
A prepotência acontece quando não nos conscientizamos de que 
precisamos sempre aprender. Pessoas que acreditam ser muito boas no que 
fazem podem parecer prepotentes se não tiverem maturidade. Portanto, é 
imprescindível que não aflore esse sentimento na pessoa que faz uma 
apresentação. 
Por melhor que seja em uma apresentação, ele sempre terá de se 
colocar no lugar de quem o ouve. Pessoas prepotentes não convencem outras 
pessoas. 
 
 
Podemos ser humildes com autoridade. 
Não encare um jogo assumindo a derrota pois, 
dessa forma, irá perder mesmo. 
Entre para ganhar. 
Seja humilde, sem exageros. Fuja da 
prepotência. O segredo é saber dosar 
essas características. 
30 
Não fique se movimentando exageradamente: Há situações em 
que o orador, devido a uma série de fatores, inclusive o nervosismo, 
movimenta-se de um lado para o outro. 
Isso gera desconforto na plateia, que tem de ficar movimentando o olhar 
o tempo todo. Essa atitude demonstra falta de organização e nervosismo por 
parte da pessoa que se apresenta. 
 
O corpo – mãos, braços e pernas 
O que fazer com os movimentos de pernas, braços e mãos? 
Durante uma apresentação, eles são fundamentais e de grande auxílio 
para a argumentação. O exagero na gesticulação ou a forma como um 
discursante gesticula, entretanto, podem acarretar sérios problemas de 
credibilidade. Mãos, braços e pernas também falam e o controle deles pode 
ajudar bastante no sucesso da comunicação com o público. 
Considere estas dicas: 
• Não abra demasiadamente as pernas: essa atitude demonstra 
vulgaridade e falta de concentração. 
• Não feche demasiadamente as pernas: essa postura pode 
demonstrar timidez e nervosismo. 
• Não se apoie sobre o corpo: isso demonstra que está pouco 
concentrado no assunto e muito preocupado com o término da 
apresentação. O apoio mostra também despreparo. 
• Não fique como uma estátua: movimente-se lentamente de forma 
Movimentos suaves na apresentação. Se você tiver que fazer um 
deslocamento, calcule tudo antecipadamente e evite exageros. 
31 
organizada. Ficar parado em um único lugar por muito tempo 
causa cansaço, apatia e até sonolência na plateia. 
14. FALANDO DE IMPROVISO 
Certas situações podem nos colocar em ambientes inesperados em uma 
apresentação. Podemos, por exemplo, ter de substituir um orador e o tempo ser 
muito curto para elaborar a apresentação. Nesse caso, o melhor a fazer é não 
apresentar. Porém, na maioria das vezes,isso não é possível. Então, como 
agir? 
Prepare-se para falar de um assunto que você conheça e que tenha 
alguma ligação com o conteúdo a ser originalmente apresentado. Fale 
naturalmente e diga o que ocorreu para sua plateia. 
Ressalte que, em caso de não poder resolver um assunto naquele 
momento, o auditório não ficará sem resposta. 
Aproveite a oportunidade. Falar de improviso requer treinamento, pois é 
uma das falas mais difíceis. Porém, é uma das formas que mais nos dão 
autoridade e maturidade para enfrentar situações adversas em uma 
apresentação. Encare o improviso como um ótimo teste e uma grande 
possibilidade de aprendizado. 
15. PREPARANDO-SE PARA PERGUNTAS 
 
Se o conteúdo está dominado, se passou pela apresentação, as 
perguntas serão a menor barreira. 
Se alguém lhe fizer uma pergunta, repita-a antes de responder. Assim, 
você permite que quem está no fundo da sala, ou não estava atento no 
momento da pergunta, saiba o que você está respondendo. 
Além disso, repetir te dá algum tempo para pensar na melhor forma de 
responder. 
Se as perguntas acontecem no meio de sua apresentação, isto é um 
bom sinal! Significa que tem gente prestando atenção e estão interessados no 
tema abordado. 
32 
Não perca a oportunidade de responder esta questão da melhor forma 
possível. 
Criar pontes de interação ao falar em público é importantíssimo. Na boa 
oratória, cada apresentação se parece com uma conversa. E se você reage mal 
a uma pergunta, não está conversando. 
Deixe as pessoas à vontade para participarem e se engajarem em sua 
apresentação. 
33 
Atividade 6 
Esta atividade trabalha uma das características mais importantes de um 
bom orador. O improviso é uma das situações mais difíceis a serem vencidas 
por aquele que se apresenta. 
O professor vai iniciar a atividade. Ele irá contar uma história, mas sem 
terminá-la. Em seguida, um aluno deverá retomar a narrativa e continuar do 
ponto deixado pelo professor. 
Cada estudante, sucessivamente, contará um pedaço da história. 
Durante o processo, será analisada também a gesticulação de cada aluno. Ao 
fim do exercício, professor e estudantes farão comentários sobre o desempenho 
de cada um. 
Anotações: 
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34 
 
16. FERRAMENTAS – RECURSOS AUXILIARES 
O uso de microfone 
 
O microfone é um dos melhores recursos de apoio de um orador quando 
ele precisa falar para um número grande de pessoas ou para que sua fala seja 
bem entendida. 
Veja algumas dicas importantes sobre o uso de microfones: 
• Segure-o próximo de sua boca, na altura do queixo. 
• Fale sempre olhando sobre o equipamento, ou seja, o microfone 
não pode esconder o seu rosto. 
• Não segure o cabo do microfone (se houver um cabo fixo). 
• Não deite o microfone ao lado da boca. 
• Não bata na ponta do microfone para testar o som. Diga uma 
frase, um alô. 
• Não fique andando de um lado para outro com o microfone, pois 
isso causa incômodo. 
Esqueça que está diante de um microfone; não se preocupe com ele. 
Verifique antecipadamente o som da sua voz ao falar ao microfone e 
peça para que a plateia valide a tonalidade. Exemplo: “Todos estão me ouvindo 
bem?”. 
Outra dica importante: peça para alguém de confiança na plateia ir 
dando dicas sobre a altura do som. 
É comum um orador começar a fala bem junto do microfone e ir 
relaxando. Ou seja, aos poucos, ele se afasta do microfone e a voz é ouvida em 
35 
volume mais baixo. A pessoa na plateia pode indicar então se o volume está 
correto ou se você precisa retomar a postura diante do microfone. Obviamente, 
tudo isso deve ser feito de maneira bastante discreta. 
Pode acontecer também de você ter de falar para um grande grupo de 
pessoas sem microfone. O que fazer? Nesses casos, é preciso ter consciência 
do próprio volume da voz, ou seja, da altura ideal para que todos compreendam 
bem o que você está dizendo. 
Há uma técnica – muito utilizada no teatro – que é infalível. Se você 
estiver em uma sala ou auditório, projete a altura de sua voz para ser entendida 
pela pessoa mais distante, na última fileira, se essa pessoa ouvir o que você 
fala corretamente, todos à frente também vão entendê-lo muito bem. 
No começo da apresentação, não há nada de errado em perguntar para 
o pessoal que está mais afastado se estão ouvindo bem tudo o que você fala. 
17. POSTURA ÉTICA PROFISSIONAL 
 
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a 
consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta. 
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade 
do caráter”. 
Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é 
não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela 
sociedade em que se vive. 
O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades 
de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo 
seu grupo de trabalho. 
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar 
ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação. 
36 
No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por 
isso aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, 
responsabilidade, competência e etc. 
Código de Ética Profissional 
O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que 
devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho. 
Este código é elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam 
o exercício da profissão. 
O código de ética médica, por exemplo, em seu texto descreve: 
“O presente código contém as normas éticas que devem ser seguidas 
pelos médicos no exercício da profissão, independentemente da função ou 
cargo que ocupem. 
A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste código é 
atribuição dos Conselhos de Medicina, dasComissões de Ética, das 
autoridades de saúde e dos médicos em geral. 
Os infratores do presente Código, sujeitar-se-ão às penas disciplinares 
previstas em lei”. 
37 
Atividade 7 
Esta é a atividade que antecede a última apresentação. Nela, poderemos 
utilizar todos os recursos estudados, porém com apoio de microfone e púlpito. 
Para esta apresentação, você deverá falar sobre uma cidade de que gosta e 
dizer o motivo pelo qual as pessoas deveriam visitá-la. 
Imagine, portanto, que você é uma espécie de promotor da área de 
turismo desse município e o objetivo de sua fala é aumentar o número de 
visitas e de recursos para a cidade. Você deve escolher a cidade e apresentar 
seus pontos turísticos e as vantagens em visitá-la. 
Ao final da apresentação, o professor e os alunos farão comentários 
sobre o desempenho de cada estudante. 
Anotações: 
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18. A ORGANIZAÇÃO DA FALA E A APRESENTAÇÃO VISUAL 
 
Neste capítulo, vamos falar de um assunto muito importante: a 
organização da apresentação do começo ao fim. 
Como já relatamos, é fundamental que o orador saiba o que quer 
com a apresentação, quais são os pontos mais importantes e que 
reação espera da plateia. Vivemos numa época de comunicação muito 
fragmentada. Tudo chega para nós em “pedaços” que muitas vezes são 
difíceis de encaixar para criar lógica. Um bom orador é justamente o que 
apresenta um texto com começo, meio e fim, que sabe dar lógica e 
encaminhamento a um problema. 
 
Devemos escrever uma apresentação com todos os detalhes se, 
no fim das contas, devemos falar sobre um assunto sem ler o texto? 
Sim, por diversas razões. Inicialmen- te, escrever é um ato de 
organização de ideias. 
Lembre-se: você precisa ter uma tese geral, para a adesão do 
auditório e, depois, uma tese principal, ou seja, a ideia que você vai 
vender com sua fala. Escolha entre suas reflexões iniciais aquelas que 
mais se encaixam na concepção de tese geral – a que deve obter a 
adesão de todos – e de tese principal. 
O texto escrito também é muito importante para você ter uma ideia 
do tempo que vai consumir para apresentá-lo. Quase todos os 
compromissos que temos são cronometrados. É comum, em um 
Nunca devemos criar uma apresentação unindo 
apenas diversas ideias sem garantir a coerência entre 
as partes. Você precisa saber aonde quer chegar 
antes de convencer alguém a seguir algum caminho. 
39 
congresso ou encontro acadêmico, o apresentador ter apenas 15 
minutos para fazer a apresentação. Isso significa que você tem de dar 
seu recado rigorosamente dentro desse tempo. O pior cenário é gastar 
tempo demais e ter de interromper a fala antes da conclusão. Isso 
significa trabalho jogado fora. 
Essa situação é extremamente comum. O contrário também 
acontece: o orador tem 15 minutos para falar e gasta apenas 7 minutos 
com a apresentação. Nos dois casos, o apresentador passa a imagem 
de desorganização e incompetência. E o recado não terá eficácia 
nenhuma. 
 
Escrever, portanto, serve também para ter um meio de avaliar o 
tempo de fala. Geralmente, um texto em cinco páginas, em Times New 
Roman, corpo 12, espaço duplo, consome 15 minutos de leitura. Essa 
medida é, contudo, variável de pessoa para pessoa. Encontre a sua 
relação escrita versus tempo de fala. 
Mas, como exercício, vamos considerar a medida citada. Se você 
escreveu sete páginas, com certeza vai estourar os 15 minutos de uma 
apresentação. Se escreveu três, vai ter de improvisar alguma coisa para 
preencher os minutos restantes. 
O texto verbal também tem outras funções importantes. Um dos 
maiores medos de um orador é enfrentar um lapso de memória no meio 
da apresentação, quando “dá um branco” e se ficar parado na frente da 
plateia sem saber o que fazer. O texto escrito serve justamente como 
socorro nesses momentos. 
No entanto, você precisa organizar o texto para se localizar numa 
situação de necessidade. E como fazer isso? É simples: basta dividir o 
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texto por tópicos, ou pequenos blocos. Em cada um deles, você escreve 
sobre um assunto, que tem relação com o assunto ou bloco anterior ou 
posterior. Coloque, no início do bloco, uma frase-chave que resuma 
toda a ideia e será depois desenvolvida no bloco. 
Se você seguir o processo, terá em cada página cerca de quatro ou 
cinco blocos, cada um com uma frase-chave. Se, por acaso, der um 
branco, você não precisará ler todo o texto para verificar o que 
esqueceu. Você poderá passar os olhos sobre as frases rapidamente e 
localizar a ordem da apresentação e o que deve falar. 
As frases-chave também têm outra função importante: você pode 
destacá-las e ir montando sua apresentação em PowerPoint (slides), 
assunto de que trataremos a seguir. 
Antes, vale ressaltar outro ponto fundamental: como escrever o 
texto. O ideal é que você redija tudo em linguagem simples, direta e 
objetiva. Entretanto, se você tiver de ler esse seu texto escrito, faça-o 
com o “efeito de fala”. O que é isso? Quase tudo o que ouvimos no 
rádio, por exemplo, é texto escrito lido por um apresentador. Só que 
temos a sensação de que ninguém está lendo, o que gera um efeito 
de proximidade, intimidade, de uma conversa cotidiana, amigável. 
Os radialistas escrevem seus textos em linguagem simples e, 
principalmente, com frases muito curtas. Dessa maneira, ao lê-las, 
obtêm o efeito de fala. 
Pense bem: você está no meio de uma palestra, “Deu um branco”, 
você passa rapidamente os olhos pelas frases-chave e encontra o fio da 
meada. Mas ainda está inseguro. Se o texto estiver bem escrito, com 
esse efeito de fala, você vai poder lê-lo por alguns momentos sem que 
as pessoas sintam que houve uma mudança na forma de apresentação. 
 
Finalmente, um texto com começo, meio e fi e frases-chave dá 
grande segurança ao orador. Antes de uma apresentação, você vai poder 
ler suas anotações várias vezes edecorar os tópicos. As frases-chave 
servirão para você refrescar a memória e lembrar o conteúdo dos 
blocos. 
19. APRESENTAÇÃO VISUAL 
O bom orador sabe que a apresentação visual também é 
fundamental. Os slides são de vital importância para uma apresentação, 
assim como o uso de outras tecnologias. No caso do PowerPoint, você 
precisará aprender a utilizar o programa. O funcionamento, embora seja 
simples, não será tratado nesta apostila por fugir dos objetivos do curso. 
Siga estas dicas para fazer uma boa apresentação: 
• Monte os slides com as frases-chave do seu texto, que 
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servem para apresentar o resumo de cada bloco de 
assunto. Nunca coloque o bloco inteiro no slide. Um bom 
slide é um resumo das ideias, não um texto completo para 
leitura; 
• Não crie slides somente textuais. Muito texto cansa a plateia 
e faz com que esta perca o interesse pela apresentação; 
• Coloque um título em cada slide; 
• Escreva com letras legíveis e limite a quantidade de tipos de 
letras e tamanho. Use no máximo três tamanhos. Imagine o 
tamanho da sala e a área de projeção. Alguém na última fila 
deverá ter meios de ler o que você colocou em cada slide; 
• Componha frases curtas; 
• Use cores mas não abuse. 
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Atividade 8 
Para execução desta atividade, a sala deve ser dividida em turmas 
de cinco pessoas no máximo. É preciso eleger um líder para a 
apresentação. 
O grupo terá cinco minutos para mostrar slides para a sala. O 
tema dos slides deve ser proposto por cada grupo. Ao término, os 
estudantes, em conjunto com o professor, elegerão os melhores slides. 
Anotações: 
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20. REUNIÕES 
 
Em reuniões, o apresentador é aquele que conduz o assunto e organiza 
o foco do encontro. 
Nelas são tratados assuntos de grande importância para a tomada de 
decisão e muitas reuniões são realizadas sem a devida pré análise dos fatos e 
do contexto. Um líder ou gerente que organiza uma reunião deve se preparar 
antecipadamente para debater os assuntos que possivelmente serão tratados. 
Para que tenhamos sucesso em uma reunião, devemos então atentar 
para alguns fatores importantes: 
• Tenha um roteiro da reunião que irá realizar (pauta). Explique os 
motivos da reunião e a importância das pessoas que dela 
participam; 
• Estabeleça uma conversa profissional, com naturalidade; 
• Ouça as pessoas e saiba avaliar o pensamento delas e suas 
opiniões; 
• Não subestime a capacidade de nenhuma pessoa na reunião. 
Não critique a pessoa caso discorde de sua opinião, mas 
preocupe-se em deixar claro seu ponto de vista; 
• Após a reunião, comunique aos participantes as decisões 
tomadas e os próximos passos que serão definidos; 
• Faça uma ata da reunião e agende uma nova reunião para 
verificar o cumprimento dos objetivos. 
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Atividade 9 
O grupo será dividido em duas turmas. Cada turma elegerá uma 
dupla para representá-la. A cada dupla será definida um contexto de 
trabalho, de preferência relacionado à atividade professional que 
exercem. A situação proposta deverá envolver um problema a ser 
resolvido com o chefe, um cliente, subordinado ou ainda outra questão 
relacionada ao contexto. O participante que representará o papel 
complementar será orientado a apresentar o problema a ser resolvido 
pelo protagonista. 
Ao final das duas apresentações, o protagonista deverá relatar 
como se sentiu. Um subgrupo avaliará o outro, indicando se a atuação foi 
convincente. Para isso, deverão ser considerados o conteúdo e a forma. 
Após a realização da atividade, os subgrupos deverão comentar 
os argumentos nas diversas etapas (encenação, avaliação e réplicas). 
Anotações: 
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