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Oratória

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Oratória
· Falar bem é importante para o sucesso profissional
Dominar a oratória é importante não apenas para falar a grandes plateias, mas para ascender na carreira, aumentar a autoestima e criar amor próprio. A boa comunicação é um pré-requisito no mercado de trabalho. Todo profissional que deseja ter sucesso na carreira sabe que precisa estar em contínuo desenvolvimento, tanto nas habilidades pessoais como profissionais para cada vez mais se destacar em sua carreira. Um profissional que domina a oratória tem um valioso recurso de persuasão, bem como transmite credibilidade e consegue influenciar pessoas.
· Ser um bom comunicador – e demonstrar isso na rotina profissional – envolve uma série de habilidades, entre elas:
– Organizar o raciocínio
A capacidade de estruturar as próprias ideias e, assim, conseguir expressá-las de uma forma compreensível aos demais é imprescindível. Mas, além de conseguir falar com clareza, a organização do raciocínio deve permitir que o que se fala seja interessante, já que um dos principais desafios é ganhar e reter a atenção dos demais.
– Falar com assertividade e ser persuasivo
Falar bem é ser o mais claro possível e ter alto grau de persuasão. Em entrevistas de emprego, reuniões de trabalho e negociações com clientes, essa habilidade se faz ainda mais requisitada. Hoje, o profissional que não consegue ser assertivo e persuasivo em suas conversas ou exposições orais corre sérios riscos de ficar para trás, visto que o mercado se torna mais competitivo dia após dia.
– Ter uma boa linguagem não-verbal
Para ser um bom comunicador, não basta apenas conseguir utilizar a linguagem verbal, expressando conteúdos de forma interessante e eficaz. É indispensável ter uma boa postura, manter contato visual, saber gesticular e utilizar a voz corretamente. Todo esse conjunto é o que compõe a linguagem não-verbal, um dos aspectos da comunicação pessoal.
– Fazer boas apresentações em público
A ideia de que apresentações em público são restritas a profissionais da comunicação ou a palestrantes já está ultrapassada. Agora, todos os profissionais – especialmente aqueles que ocupam cargos de liderança – precisam saber como fazer apresentações, seja qual for a área em que trabalham. Isso acontece porque, atualmente, não basta alcançar bons resultados: é preciso saber falar sobre eles.
Os benefícios de conseguir se comunicar bem é desenvolver confiança, ter um pensamento positivo, segurança e aprender a lidar com o julgamento do outro. Em uma entrevista de emprego, por exemplo, a pessoa transmite mais confiança. Numa apresentação, consegue se posicionar melhor e apresenta  melhores resultados para os clientes. 
ENTENDA SOBRE DICÇÃO:.
Problemas de dicção são mais comuns do que imaginamos. Nos primeiros anos da infância, costumam se manifestar de forma mais intensa, já que as crianças ainda estão se familiarizando com os fonemas de cada palavra ou expressão. No entanto, em alguns casos, o problema pode persistir na idade adulta, o que, sem dúvidas, demanda um pouco mais de atenção.
Na lista de problemas mais recorrentes, relacionados à dicção, podemos citar:
· Inversão ou até mesmo omissão de alguns fonemas. Exemplo: falar a palavra BRASA como BASA ou BRRRASA (intensificando o som do R ou excluindo-o da fala);
· Troca de letras, como o R pelo L. Exemplo: PLOBLEMA ao invés de Problema.
· Não pronunciar os S nos casos de palavras no plural. Exemplo: Os menino, As montanha...
· Acréscimo de vogais. Exemplo: Nóis (nós), Luiz (Luz), entre outros.
É preciso destacar que, em muitíssimos casos, os desvios de dicção – tais como os que citamos acima – não acontecem devido a problemas físicos, mas, sim, por vícios de linguagem, próprios da linguagem oral. Nesses contextos, ter uma boa dicção é muito importante, por vários motivos. Os principais são:
1. Ser compreendido pelos demais. Às vezes, os problemas de dicção acabam interferindo na compreensão que os outros têm da nossa fala, colocando em risco que a nossa mensagem seja, de fato, clara.
2. Transmitir uma boa imagem pessoal. Quando estamos numa apresentação em público, falando para as pessoas que estão na plateia, assumimos a posição de um líder e o que se espera de um líder é segurança e confiabilidade. Equívocos recorrentes quanto à pronúncia das palavras podem acabar interferindo na percepção que os outros têm de nós, o que pode colocar em risco a confiança que geramos em quem assiste à nossa apresentação.
Para melhorar a dicção, algumas técnicas podem ajudar. Vejamos:
· Grave a sua fala. Ao fazer isso, você conseguirá identificar os principais vícios de linguagem e problemas de dicção.
· Faça exercícios direcionados ao que foi identificado no passo anterior. Se você tem problemas para pronunciar as S, por exemplo, busque exercícios para aprimorar essa habilidade especificamente.
· Mantenha o hábito de aquecer a sua voz. As pessoas costumam subestimar os aquecimentos vocais, mas eles são excelentes aliados. Pense nisso!
· Pratique com trava línguas. Exercícios com trava línguas, aquelas brincadeiras cheias de consoantes fortes e repetidas que você tem que repetir cada vez mais rápido. Repetir esses exercícios trabalha a musculatura da boca, maxilar e ainda ajudam na articulação da língua.
· Busque a ajuda de um profissional. Trabalhar sozinho é possível, no entanto, contar com a ajuda de um profissional pode ser um grande diferencial.
Alguns meios, ainda, ajudam nessa batalha contra as palavras erradas. O primeiro deles é, justamente, relaxar sua voz. Seu discurso precisa ser claro, bem articulado e relaxado, precisa fazer os espectadores entrarem no mesmo ritmo. Quanto mais clareza na sua voz, mais fácil das palavras saírem perfeitamente. Na maioria das vezes, esse relaxamento precisa ser feito de modo prático mesmo. Tanto não falar muito antes da apresentação, como também exercícios como aquele do “hummm” com a boca fechada e o polegar e indicador apoiados sobre o nariz.
Outra dica que pode ajudar muito na hora de pronunciar as palavras com clareza é treinar alguns exageros de seus movimentos faciais. Na maioria do tempo, os movimentos de músculos são automáticos, o que pode comprometer sua dicção, já que eles “pegam atalhos” na hora de terminar palavras e enfatizar frases. Por isso, exercite esses movimentos e tonifique seus músculos. Com pouco mais de meia hora por dia realizando leituras de modo a exagerar esses movimentos faciais os resultados já são claros na sua próxima apresentação.
ÊNFASE, ENTONAÇÃO E PAUSA:
A comunicação oral, por sua vez, compreende o conteúdo que você transmite através da fala. Contudo, se a sua intenção é gerar um conteúdo rico e que cative a atenção de quem está ouvindo é necessário utilizar mais do que apenas palavras. Até porque uma pessoa pode ter um nível intelectual muito bem desenvolvido, mas se ela não sabe como se expressar, a comunicação verbal pode atrapalhar o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Então, que tal aprender quais são os elementos da comunicação verbal oral que podem lhe ajudar a se expressar melhor?
Segundo os estudiosos deste tipo de linguagem, para que uma pessoa fale bem em público é necessário que a mesma utilize a entonação correta, ritmo, dicção e ênfase.
· Entonação   
A entonação é como a melodia de uma música. Provavelmente você já percebeu como duas palavras podem ganhar sentidos diferentes dentro de uma canção se a mesma for romântica ou agitada. A fala também funciona dessa forma, pois a maneira que você lê ou fala uma palavra é o que diferencia o significado dela. Logo, é importante que você passe emoção, honestidade e sinceridade na sua fala, mas sem exageros ou monotonia. O ideal é que você encaixe o seu tom de voz na situação em que se encontra. Se você precisa repreender alguém é necessário fazer isso com mais seriedade, sem brincadeiras. Mas se vai apresentar um trabalho é aconselhável que você faça isso de uma forma agradável, a fim de mostrar para as pessoas o quão interessante é o assunto em questão.   
Adequar o volume de sua voz ao seu públicoé fator essencial para obter a atenção necessária. Na prática, o volume da voz também traz algumas mensagens implícitas e deve ser ajustado de acordo com a quantidade de ouvintes. Falar muito rapidamente, em tom de voz baixo, quase inaudível, dará ao seu público a impressão de que lhe falta segurança e conhecimento do assunto. Por outro lado, falar alto demais, além de incomodar a audiência, desviará a atenção do assunto e o fará “perder” a plateia rapidamente. Assim, usar o volume correto da voz, além de demonstrar tranquilidade e segurança, facilitará a compreensão da mensagem por parte do público. Isso porque você transmitirá uma imagem profissional, mantendo a atenção da audiência naquilo que realmente interessa.
· Ritmo   
Bateu aquele nervosismo na hora de se apresentar e você começou a falar tudo muito rápido para terminar a apresentação. O medo de esquecer algum item e “tropeçar“ nas palavras fez com que você falasse demasiadamente devagar. Se identificou com algum dos exemplos citados acima? Se sim, isso não é um bom sinal. A fala muito acelerada faz com que você perca a voz e a pessoa que está te ouvindo fique cansada. Já a fala excessivamente pausada não prende o interesse do público, causando desinteresse no público ouvinte. Para melhorar a sua apresentação é necessário que as palavras ganhem um ritmo mais constante, logo é fundamental que você saiba o momento correto de utilizar a pausa. A pausa é responsável por te ajudar a manter o ritmo, melhorar a sua dicção, aumentar a compreensão do público e proporcionar mais lógica e elegância ao seu discurso. Portanto, faça pausas curtas, sem dar tempo para o outro desviar o olhar. Lembre-se que você deve articular a sua voz e chamar atenção das outras pessoas para a sua fala.   
· Dicção
A dicção é um dos elementos mais importantes na comunicação verbal, visto que é a parte da sua linguagem responsável por articular as palavras de forma clara e compreensiva. Muitas vezes a falta de desenvoltura com as palavras é um problema que as pessoas carregam desde a infância, há muitos adultos que costumam trocar a letra r pela l ou falar para dentro. Nesses casos, esse tipo de erro pode ser tratado, de uma forma muito eficiente, com os profissionais de fonoaudiologia. Saber articular as palavras pode mudar até mesmo o jeito com que as pessoas te tratam, pois quando você fala de uma maneira clara as pessoas têm mais interesse em prestar atenção em você. Então, se você quer potencializar a sua comunicação, que tal fazer um exercício de dicção? É algo bem simples, basta que você  coloque uma caneta na boca e repita 5 vezes a frase abaixo: “Comprei poucas capas pretas plásticas perto da praça Petrópolis.” Viu como que a caneta faz com que você comece a articular melhor suas palavras? Agora procure fazer o mesmo exercício sem a caneta na boca e veja como a sua dicção pode melhorar.   
A pronúncia também é fundamental. Boa dicção, excelente pronúncia das consoantes e uma fala pausada complementarão sua postura profissional e facilitarão o entendimento do conteúdo exposto. Você poderá melhorar sua dicção com exercícios relativamente fáceis, como ler em voz alta, gravar e depois ouvir a sua performance. Existem ainda exercícios que visam fortalecer a musculatura dos lábios e da língua, permitindo que você tenha maior domínio sobre eles, movendo-os da maneira correta para projetar a voz. Outra dica é evitar frases muito longas e fazer uma pausa ao final de cada uma delas.
· Ênfase   
A ênfase faz toda a diferença no seu discurso. Junto com a entonação, esse elemento faz com que o público entenda melhor a sua intenção com uma determinada mensagem. Se você quer ressaltar pontos positivos ou negativos de uma determinada situação utilize a ênfase, dessa maneira as pessoas terão maior facilidade de absorver o que foi proposto. 
Alguns conceitos são muito importantes quando falamos na produção vocal, sendo eles: 
• A respiração é um fator fundamental para a fala. A produção do som ocorre com a saída do ar dos pulmões através da laringe. Ali ficam as pregas vocais que vibram produzindo o som da fala.
• Após a saída do ar através das laringe nós articulamos os fonemas para produzir a fala. Isto ocorre através da movimentação da língua, lábios, véu palatino (a parte mole do céu da boca) e mandíbula, chamados de órgãos articulatórios.
• A inspiração (entrada do ar) seguida da expiração (saída do ar) com a movimentação dos órgãos articulatórios produz a fala.
· Altura da voz
O volume da voz frequentemente torna-se baixo por que o indivíduo não respira fundo o suficiente, não toma ar suficiente quando fala, ou não força a saída do ar com a fala. Antes de darmos início aos exercícios para aumentar o volume da voz propriamente dito, vamos procurar entender como é a respiração correta. Precisamos ocupar toda a nossa capacidade pulmonar para termos ar suficiente para uma fala sem desconforto. Utilizar toda a capacidade pulmonar significa utilizar os músculos responsáveis pela respiração adequadamente. Para tanto pratique o seguinte exercício, que deve ser feito num lugar confortável e silencioso: coloque um livro sob o seu diafragma na área do estômago; respire profundamente de maneira que o livro levante com a inspiração e abaixe com a expiração; repita o mesmo movimento, sentado com as mãos no lugar do livro; cada vez que for respirar para falar procure inspirar utilizando esta técnica.
· Para aumentar sua altura de voz:
• Preste atenção na postura; você é capaz de usar sua respiração mais eficientemente quando seu tronco é mantido ereto e a cabeça levantada.
• Preste atenção na respiração quando fala; a melhor fala acontece quando você silenciosamente toma o ar através do nariz e então começa a falar soltando o ar.
• Pratique tomando o ar várias vezes pelo nariz; concentre-se no movimento do seu diafragma, na área do estômago; inspire lentamente, novamente mantendo seus lábios fechados.
• Respire fundo; no momento de expirar, diga o som dos fonemas /a/ ou /e/; tente manter o som por 15 a 20 segundos.
• Diga palavras simples enquanto empurra o ar para fora dos pulmões; respire de novo para cada palavra ou frase.
• Mantenha a voz alta; não a deixe enfraquecer no fim da sentença; ao contrário, tome novo ar no meio do caminho para ter mais força de voz; você não conseguirá falar com voz forte se não tiver respirado profundamente antes de falar, lembre-se que a fala acontece com a saída de ar, e a fala alta e forte acontece com uma saída de ar também forte.
· Sons de fala precisos e claros
A fala de muitas pessoas é difícil de entender, pois os sons não são claros ou precisos. Isto pode ser devido a pessoa fazer movimentos lentos e imprecisos ou descoordenados dos lábios ou da língua. Tente os seguintes exercícios para melhorar a clareza de sons na fala:
• Pratique exercícios de força e flexibilidade do lábio.
• Pratique exercícios de força e flexibilidade da língua.
• Antes de começar a falar, engula todo o excesso de saliva da boca.
• Diga todos os sons claramente e firme, exagere nas sílabas e não deixe qualquer sílaba ou palavra de fora.
• Comece com palavras simples, depois duas ou três frases, sentenças curtas e parágrafos.
• Tenha certeza de que os lábios se encontrem firmemente para os sons /p/ /b/ /m/.
• Tente ‘explodir’ os sons do /t/ /d/ /k/ e /g/.
• Faça pausa entre as palavras e lembre de manter seu volume até o final da frase.
• Quando estiver falando, tente usar frases curtas.
• Simplifique sua mensagem para o ouvinte.
· Ritmo de fala lento e uniforme
Algumas vezes as pessoas tendem a falar muito rápido e num ritmo desequilibrado. É muito difícil manter sons precisos de pronúncia quando a fala é muito rápida. A fala torna-se difícil de entender. Tente manter seu ritmo lento e regular. Estes exercícios podem ajudar:
• Diga frases curtas enquanto faz um ritmo uniforme com seus dedos sobre a mesa, na cadeira ou em sua perna.
• Diga uma sílaba ou uma parte de uma palavra para cada batida.
• Diga frases curtas em tempo com marcação.
• Diga uma palavraou sílaba por batida.
• Desenhe uma fila de pontos coloridos numa folha de papel.
• Diga uma palavra ou sílaba enquanto você toca cada ponto em um ritmo lento e uniforme.
· Qualidade de voz
Algumas vezes as pessoas podem ter uma qualidade de voz rouca, abafada ou áspera. Isto é devido às pregas vocais na garganta não se encontrem firmemente em um ritmo regular quando a voz é produzida. Tente estas sugestões para melhorar a qualidade de voz:
• Tente produzir um ´staccato´ou som agudo de sua voz quando fala.
• Mantenha altura de voz em nível alto soltando ar do diafragma.
• Pratique os treinos enquanto faz o empuxo. Pare quando diz cada palavra ou frase.
• Proteja sua voz evitando tosse excessiva, limpeza de garganta ou gritos.
• Proteja sua voz mantendo o ar de sua casa úmido. Use umidificador, se necessário.
· Variação de Entonação
A fala de muitas pessoas frequentemente têm pouca melodia ou variação de entonação. Fala monótona, ou quase constantemente na mesma nota, carece de vivacidade e brilho. Isto pode ser chato para se escutar e algumas vezes difícil de entender. Tente colocar alterações na sua fala. Pense sobre a melodia de seu discurso enquanto você fala. Lembre destes princípios de inflexão de voz:
• Quando for fazer uma declaração, comece a sentença em um tom ligeiramente mais alto para que você possa trazer sua entonação para baixo no final da frase.
• Para fazer uma pergunta que pode ser respondida por ´sim´ ou ´não´, faça no oposto. Comece mais baixo e erga o tom no final.
• Para fazer uma pergunta que necessita mais do ´sim´ ou ´não´, abaixe seu tom no final da pergunta. Enfatize palavras importantes trazendo o tom para cima quando pronunciá-las.
• Quando você ler material prático de fala, desenhe flechas para lembrar a mudança de tom. Desenhe (flecha para cima) para mudar o tom para cima, e (flecha para baixo) para baixar o tom.
• Pratique mudanças de tom quando cantar. Exagere seu alcance de tom.
TÉCNICAS DE ORATÓRIA:
Oratória é, nada mais, nada menos, do que a arte de falar bem em público, aplicando técnicas que potencializam a forma com que a informação é transmitida. Em termos práticos, o que queremos dizer a você é que muitas vezes uma boa oratória não é apenas transmitir uma mensagem, mas torná-la algo original, memorável e emocionante para o público. Para tal desenvolvimento, é preciso que você tanto conheça as técnicas de oratória, como também esteja preparado para colocá-las em prática. 
Isso porque muitas pessoas já têm percebido que para manter e ascender em uma posição profissional e pessoal de destaque no mundo de hoje, a oratória passou a ser um passo fundamental (e cada vez mais exigido) para o alcance desse sucesso. Afinal, o medo de falar em público já atrapalhou e continua prejudicando muita gente que, apesar de ter uma evidente capacidade técnica, custa em defender e apresentar as suas ideias, têm dificuldades em se posicionar em reuniões e driblar o nervosismo em uma entrevista de emprego. Ou seja, a falta da oratória é percebida justamente em ocasiões únicas que você tem de se mostrar ao público um profissional de excelência. 
Vários estudiosos da comunicação dizem que a oratório nasceu muito tempo atrás, lá pelo século V a.C., e o curioso é que pouco dela mudou desde lá. Naquela época, na Sicília, ela surgiu para ajudar os advogados da época a conseguirem se preparar melhor para seus trabalhos. Na época, suas principais funções eram reaver propriedades e bens de quem os tenha contratado. Essas pessoas eram retiradas deles por tiranos e déspotas, o que fazia com o que o trabalho de convencimento fosse bem complicado. E isso resume bem a oratória, esse poder de tentar convencer o interlocutor. De ter argumentos e caminhos para qualquer possibilidade. Mas tudo isso conseguindo ser melhorado diante de prática e estudo. De acordo com essa oratória, ela se formava por uma estrutura:
· O modo como o apresentador se apresentava
· A postura com que fazia isso
· O modo como preparava sua imagem para aquele momento
· O poder que tinha para argumentar.
Quase 3.000 anos passaram e pouca coisa mudou. Ainda precisamos de todo o poder da oratória. Apenas adaptamos as técnicas para a realidade atual. Quando você consegue estar à vontade em todos esses detalhes da oratório tudo fica muito mais simples na hora de se apresentar em público. Principalmente, já que um discurso ou palestra não é muito mais que um modo de convencer seu público de algo, por mais que isso seja entregue embalado em um pacote de presente. É preciso passar um conteúdo, mas também é preciso fazer com que quem esteja na plateia tenha a vontade de seguir à risca aquilo que você está falando ou leve para casa tudo aquilo que você está falando.
Técnicas de oratória indispensáveis:
1 – O poder da síntese
Se ancore na máxima de que “menos é mais” sempre. Não escreva discursos enormes e cheios de detalhes e reviravoltas, opte sempre por passar suas informações de modo claro e objetivo, ainda que seja muito mais rápido. Tamanho não importa, o que importa é que o público entenda aquilo perfeitamente.
2 – As pessoas querem algo novo
Então dê isso a elas. Seja uma estatística que pouca gente conhece, uma curiosidade ou algum momento da história ligada ao assunto. Faça com que o público vá embora sabendo não só mais que quando entraram, mas também coisas que só você “ensinou”.
3 – Vá para casa com seu público
Não literalmente, mas faça com que eles deixem a palestra e cheguem em casa ainda pensando em algo que você falou. Seja um conselho prático e algo que possa ser usado no dia-a-dia ou alguma coisa que todos possam aplicar em suas vidas. Seja prático e mude a vida de seu público ainda no caminho de casa.
4 – Emocione
E falando em entrar na vida do público, procure histórias emocionantes para contar para seu público. Crie uma conexão com seu público. Seja por meio de uma situação vexatória que você passou ou uma tristeza e frustração que te marcou. E se você não passou por nada disso, crie narrativas e se encaixe nelas, o que o público quer é a experiência daquilo, a oportunidade de se ligar a você por meio disso.
5 – Enfatize o que importa
Se você sabe que aquela frase é algo importante dentro de sua palestra, repita-a. Vale aumentar o tom, criar uma pausa antes de repetir ou até desacelerar, o importante é deixar bem claro para seu público que aquilo é importante e eles devem prestar atenção. Ao mesmo tempo, faz com que quem esteja se dispersando volte a prestar atenção. Existem formas de destacar o texto na fala e uma das principais, por exemplo, é baixar o tom de voz.
6 – Nunca leia a apresentação
Tenha sempre em mente que o Powerpoint está lá só para auxiliar o público, não você. Você tem que ter sua apresentação decorada.
7 – Responda
Nunca fuja de uma pergunta no meio de sua apresentação. Se tem alguém perguntando é porque tem alguém prestando atenção, então se ligar a seu público nesses momentos é imprescindível, é uma oportunidade sem igual.
8 – Repita a pergunta
E quando for surpreendido por uma pergunta, antes que qualquer coisa, repita-a. Tanto para todos na plateia escutarem, quanto para te dar tempo de pensar em uma resposta.
9 – Plano B
Sempre tenha planos alternativos. Seja para o Powerpoint, para algum vídeo, internet e até eletricidade. Esteja preparado para tudo que possa dar errado. Se precisar dar a palestra à luz de velas, você é obrigado a conseguir e ainda fazer aquilo ser inesquecível.
10 – Conquiste a atenção
Hoje em dia é impossível fazer com que todos se desconectem ou desliguem os celulares, então, você precisa se mostrar mais interessante que qualquer distração. E não se preocupe seguindo todas essas dicas. Ninguém irá nem olhar para o celular enquanto você estiver falando.
POSTURA CORPORAL:
· Gestos e identidade corporal 
Corpo, este instrumento riquíssimo, que é preciso tê-lo mais, dar-se um tempo, associá-lo com a mente, com o cotidiano com este presente vívido e interino. As experiências desde o acordar de manhã até o dormir no fim do dia são múltiplas eúnicas, fazemos muito e este muito repleto das minúcias que só você faz; gestos e maneiras somente seus, executados de maneira mecânica na maioria das vezes, pois já é costume, já não se pensa mais em como fazê-lo e sim qual o tempo gasto para se vestir, tomar café, ministrar aquela reunião ou até mesmo responder aqueles e-mails. Qual a consciência e percepção sobre este executar de movimentos em seu dia? Compreende suas expressões diante de uma apresentação de negócios? A mensagem foi passada com confiança para o cliente? E a postura durante a reunião foi condizente à proposta? Como está sua personalidade? E sua identidade?
A busca de desenvolver o senso da capacidade de entender e reagir às mudanças, a consciência corporal de compreender diferentes formas de expressão, aplicando o recurso desta linguagem não-verbal, o corpo, determinando movimentos corporais que podem transmitir mensagens e intenções. Pesquisando como objetivo o auxílio da percepção de ritmo, postura, impostação, tempo e espaço. Com estas possibilidades a desenvoltura diante do outro, pode se tornar mais clara e viva, aproximando os sentidos corpóreos, proporcionando satisfação vital. Algumas condições levam a maior parte das pessoas a viver atrás de máscaras, a máscara da personalidade, que tenta apresentar aos outros e a si mesmo. A personalidade acaba se tornando tão ajustada a máscara que mecaniza muitas de suas ações e, sua identidade que é pessoal e social, acontece de forma interativa entre o indivíduo e o meio em que está inserido.
Esta não deve ser vista como algo estável e imutável, como se fosse uma armadura para a personalidade, mas como algo em constante movimento. Pela identidade nos apresentamos ao mundo. E, é na personalidade que estão todas as nossas qualidades e essas qualidades são expressas ao mundo através de nossa identidade. Hoje vivemos distantes do agora e, o sucesso está nos bons relacionamentos imediatos. O contato em negociações, no trato com a equipe, para estabelecer a relação com todas estas pessoas, se deve ter uma boa linguagem. E a linguagem não é apenas a fala. A sua postura e os movimentos do corpo são igualmente importantes. Linguagem corporal é uma forma de comunicação não-verbal, quando o indivíduo é capaz de se expressar utilizando o seu corpo, através de expressões faciais, posturas corporais, distâncias físicas e gestos que são de caráter inconsciente ao comunicador.
A linguagem corporal surgiu antes da linguagem verbal, e ainda hoje representa uma das mais importantes formas de comunicação do ser humano. Especialistas afirmam que aproximadamente 93% de toda a comunicação humana são não verbais. 55% da comunicação são feitas sem a utilização de palavras, ou seja, estão relacionadas com posturas, expressões faciais e gestos. A sonoridade e vocalização (tom de voz, ritmo e velocidade de fala) também são importantes e correspondem a 38% das mensagens transmitidas. A nossa postura não só pode mudar a opinião dos outros sobre nós, mas também influencia a visão que temos de nós mesmos. Posturas podem ter impacto positivo ou negativo na nossa auto-estima. Existem vários especialistas que se dedicam ao estudo da linguagem corporal, e podem identificar os verdadeiros sentimentos de uma pessoa, que muitas vezes não coincidem com o que a pessoa fala. 
Como a linguagem corporal e a mentira, linguagem corporal da atração, a linguagem corporal e a gestual; é importante não confundir linguagem corporal com linguagem gestual. A linguagem gestual é mais objetiva, sendo que cada gesto tem um significado próprio, que foi estabelecido por convenção. Na linguagem corporal, certa postura ou gesto são mais subjetivos, podendo ou não revelar uma atitude mental ou física. Normalmente, a comunicação verbal (principalmente através da fala) está atrelada com a não-verbal. Por exemplo, quando alguém está narrando uma história (linguagem verbal), inconscientemente, executa movimentos corporais, faciais e variações sonoras que ajudam a transmitir não apenas as informações da narrativa para o interlocutor, mas também as emoções e sensações.
Os estudos referentes à comunicação não-verbal estão relacionados com o espaço e ambiente que o ser humano utiliza ao seu redor para comunicar-se, trata-se também do impacto que as características físicas do comunicador podem provocar no receptor, ou seja, as “primeiras impressões”. Está relacionado com as características sonoras e como estas podem influenciar nos significados de um discurso, a intensidade, volume, velocidade, pausas, são alguns exemplos. Os movimentos executados pelo corpo, destacando as expressões faciais, os gestos e seus significados de acordo com a cultura e contexto de uma sociedade, por exemplo. É possível ter uma postura natural, basta dar-se um tempo de respiro entre si e seu corpo e uni-los, permitir se perceber e criar consciência de seu movimento. Movimentos de dizeres que se complementam, corpo que age e reage, sob muitos reflexos, sejam eles internos ou externos, por onde passar deixar registros, ditados de expressão, Ditado do Corpo.
Estratégias para melhorar o desempenho nas apresentações
1 – Organize o conteúdo em núcleos
As ideias e o argumento da apresentação ficam mais claros quando conectados. Uma boa preparação está totalmente ligada ao domínio do conteúdo. Faça um brainstorming, ou seja, coloque todas as informações no papel. Em seguida, organize-as por núcleos, de maneira a conectar todos esses blocos.
2- Liste informações extras
Tenha sempre informações suplementares, sobretudo, quando a apresentação está condicionada ao tempo. O nervosismo faz com que muitas pessoas falem mais rápido, esgotando o conteúdo antes da hora prevista. Você pode administrar a apresentação também usando bons exemplos.
3 – Ensaie a apresentação
No ensaio, você pode contar com uma plateia especial. É fundamental treinar a apresentação várias vezes em voz alta. Isso vai acertando a fala e dá uma certa tranquilidade ao orador. Avalie como pretende abrir e encerrar o discurso.
4 – Varie o ritmo ao falar- Fale com clareza, articulando bem as palavras. Não as acelere ou as atropele – isso pode atrapalhar totalmente o entendimento do conteúdo. Mas, atenção: para não manter um ritmo lento e monótono, porque dispersa os espectadores, o principal é ter energia, vigor e colorido vocal na hora da apresentação. Fala é música. É preciso usar diferentes ritmos, alturas, harmonias. Seja natural.
5 – Use as mãos em sincronia com a fala
Libere as mãos para dar ênfase à fala. Use as mãos com adequação ao conteúdo falado. E não de maneira repetitiva. Evite os gestos nervosos e não esconda as mãos nos bolsos ou fique de braços cruzados.
6 – Olhe para toda a plateia
Dirija o olhar para o público todo, ainda que não esteja vendo ninguém, e sim uma grande massa. Olhar para um ponto ou uma pessoa só dá a impressão de exclusão do restante dos participantes. Também não olhe para o teto ou para o chão: o olhar desviante demonstra insegurança.
7 – Priorize a fala à leitura do texto
Para manter a plateia atenta, priorize sua explicação espontânea em vez da leitura. Tente ao máximo não ler o que você preparou. Tenha em mãos apenas um esquema, um roteiro com palavras-chave para guiar sua apresentação. O uso da leitura cabe apenas quando se pretende citar alguma frase importante ou relatar datas ou informações estatísticas. Mantenha-se concentrado. E tenha fé e segurança de que tudo vai dar certo.
8 – Mantenha o microfone estável
Se for usar microfone, mantenha a boca sempre na direção dele, como se fosse uma extensão da boca. Muitas pessoas gesticulam com o microfone na mão, e o som fica quebrado.
9 – Use tópicos em slides em vez de textos
Textão no slide? Prefira tópicos concisos, números, citações. Quanto ao recurso do datashow, muitos utilizam-no de maneira equivocada. Escrevem um texto enorme e, no momento da apresentação, leem o que está escrito. Isso é um desperdício de tempo e de recurso, além de subestimar o público que lê o mesmo que o orador. Sem contar que, ao ler,o falante coloca-se de costas para o seu público, cortando o contato visual, necessário para uma boa persuasão. A apresentação que utiliza o datashow deve conter apenas tópicos básicos, citações e imagens ilustrativas.
10 – Não é só isso
Nunca encerre a fala com as expressões ‘É isso!’ e ‘É só!’. São pobres e redutoras. Dá a impressão de que o conteúdo apresentado foi ‘pouco’ ou ‘insuficiente’. Encerre com uma síntese geral, uma frase de efeito ou mesmo um questionamento que leve os ouvintes a refletirem. E cuidado com piadas – elas podem derrubar seu discurso.
11 - Cuidado com a postura
Os gestos e expressões faciais não são os únicos a desembocar significados durante uma apresentação. A maneira como você dispõe os outros membros do seu corpo também fala – e muito. Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo. 
12 - Busque a neutralidade
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementaridade. Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la. Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança. A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural.
POSICIONAMENTO DE PALCO:
Falar em público pode causar um frio na barriga em muitos profissionais. Os que ainda não se sentem à vontade nesse ambiente. Afinal, como trabalhar o seu posicionamento de palco? Assim, eles se justificam dizendo coisas como: “Eu não sou um orador nato”, ou “Eu não nasci para o palco”. Mas será mesmo que alguns foram escolhidos para o palco? E nasceram com habilidades como carisma definidas para essa função? Sabemos que se adaptar a um lugar, posição ou função é questão de tempo e dedicação. Assim sendo, quanto mais tempo permanecemos tentando, mais capaz de sobreviver e prosperar seremos. E mais entenderemos esse habitat.
Há estudos que esquimós percebem mais de 11 tonalidades de branco. Assim como índios tropicais enxergam mais de 40 tonalidades de verde. Isso porque esquimós se adaptaram a viver no branco do gelo e os índios a entender os diferentes verdes da floresta. No ambiente das apresentações profissionais também é assim. O que vale é a experiência. E a única maneira de adquiri-la é dando a cara a tapa. Só assim você vai entender o posicionamento de palco. Tentando, errando, acertando e o mais importante: aprendendo para se desenvolver. Você tem que colocar-se em situações que te proporcionam a experiência que deseja.
E para se desenvolver nesse campo de apresentações (assim como em outros) é importante ser persistente. Quando se decide onde quer chegar, as limitações naturais se tornam irrelevantes. Assim, se você quiser fazer grandes apresentações, você tem que se colocar em posição de apresentar-se com frequência. Tem que se inserir nesse novo habitat e aprender com ele. E se ver dentro dele, se entender nesse novo lugar. O colunista do The New Yorker e autor do livro Outliers: The Story of Success, Malcolm Gladwell, estima que verdadeiros mestres em qualquer área tendem a ter realizado sua habilidade profissional mais de 10.000 vezes. Ronaldo pode ter seus dons naturais. E mesmo engordando não perde suas habilidades no futebol. Mas é muito mais comum vermos histórias de pessoas que se tornaram extraordinárias no que fazem por meio da prática e da repetição.
Portanto, pratique as suas apresentações. Pratique o seu posicionamento de palco. Saiba que dificilmente alguém nasceu para o palco. Concluindo, a maioria que dá show na hora de apresentar e encanta o público, está na luta do habitat das apresentações há muito tempo. Já ganhou, já perdeu, mas o mais importante: aprendeu ou está aprendendo a sobreviver nele, até o dia que poderá chamá-lo do seu habitat natural.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
· Cuidados para vestir-se na apresentação 
Aquela expressão “a primeira impressão é a que fica” está para lá de ultrapassada. Ainda mais no que diz respeito a estilos e modos de se vestir! Foi-se o tempo em que a aparência definia o caráter, a seriedade e a competência de uma pessoa, principalmente no âmbito profissional. Vai dar um curso, uma palestra ou mesmo passar por alguma entrevista de emprego? Veja, a seguir, dicas para equalizar o seu estilo pessoal, o lugar em que irá ministrar o curso e, principalmente, para estar de acordo com o público que irá te ver — tudo isso sem abrir mão do seu conforto e da sua personalidade!
Geralmente, a primeira coisa em que pensamos ao escolher uma roupa é em qual o lugar e em qual é a ocasião do evento em que iremos. Essa pergunta inicial é válida para todas as situações, mas é ainda mais importante para quando estamos falando de um evento profissional e, ainda mais, de um evento que será ministrado por você! Portanto, aproveite a vantagem de ser o criador, a atração principal e de dominar, mais do que ninguém, o tema que será abordado para, a partir disso, escolher o look do dia. Por exemplo, se o assunto que você vai tratar e a maneira que irá abordá-lo é mais coloquial, uma roupa mais informal estará super condizente com a situação e com quem irá fazer parte dela. Assim, se nessa apresentação você for com uma vestimenta muito formal, estará destoando do que é esperado nesse contexto, da mesma maneira que não caberia uma roupa despojada em um lugar e com um público extremamente formal.
Não se esqueça de que você será o centro das atenções e que, portanto, deverá estar à vontade com o que estará vestindo. Não adianta estar super bem vestido ou de acordo com o contexto se não se sente confortável e, principalmente, se não se sente você mesmo nessa roupa. Procure por algo que te permita movimentar, andar com facilidade e gesticular, sem que isso seja sinônimo de inconvenientes. Por exemplo, evite calças, saias ou blusas muito justas, pois assim, além de não se sentir confortável, você ainda corre o risco da sua “barriguinha saliente” chamar mais a atenção dos seus ouvintes do que o conteúdo que estará transmitindo.
Portanto, não use uma roupa somente porque ela aparenta ser mais chique ou mais adequada. Faça do conforto o seu aliado, certificando-se de se mostrar limpo e arrumado pois, caso contrário, pode passar uma impressão de desleixo e de não-profissionalismo, bem como de falta de respeito para com os seus ouvintes. Uma boa solução para dar um upgrade na vestimenta é o uso de acessórios. Você pode estar com uma roupa básica e, com um toque a mais, deixá-la elegante. Mas cuidado! Evite acessórios barulhentos que possam distrair o público a cada movimento seu.
Na verdade, antes de começar a sua fala, livre-se de qualquer acessório que possa distrair, tanto você quanto aqueles que estão lhe vendo e lhe ouvindo, como crachás, celulares e chapéus. O foco tem de estar em você e em seu conteúdo, não em superficialidades. Também, lembre-se de que você estará usando um microfone. Portanto, ao eleger uma roupa, pense onde poderá fixá-lo e evite colocar qualquer acessório próximo desse lugar, evitando interferências e mau funcionamento do aparelho.
Por fim, o objetivo deste texto não é reforçar que a vestimenta não importa, mas sim que o palestrante deve se encontrar naquilo que veste, bem como o seu público. Não existe uma receita e, muito menos, uma fórmula científica para escolher a roupa adequada. Mas, com certeza, pensando no seu conforto e no contexto em que estará, você saberá escolher muito bem o que usar. Além disso, no final das contas, o que vale é o conteúdo que está sendo transmitido e como você irá conquistar a empatia, o respeito e o reconhecimento das pessoas pelo o que faz!
A capacidade de construir a sua apresentação pessoal impactante pode ser desenvolvida. Por isso, existem dicas que podem ser seguidaspara melhorar a apresentação pessoal: 
1. Cuidado com o discurso automático
Após os primeiros processos seletivos, é comum construir um roteiro padrão para se apresentar. Então, cuidado para não cair no discurso automático! É comum que os candidatos façam uma reprodução automatizada do currículo, citando idade, curso, formação e as experiências profissionais. Porém, o que se espera do candidato é que ele vá além do senso comum e apresente ao recrutador os “frutos” de suas vivências. Permita-se criar narrativas diferentes e autênticas baseadas no real valor da sua história. A dica é criar um storytelling, que fuja dos clichês e seja capaz de “vender o seu peixe”.
2. Mostre quem você é por meio de suas experiências
Quais vivências te dão mais orgulho? O que essa experiência diz a seu respeito? Por que você escolheu o seu curso ou faculdade? Um exercício de sucesso é criar um mapa pessoal, que relacione: 
· Quais foram as suas experiências mais relevantes até aqui?
· Quais foram os seus maiores aprendizados e conquistas?
· Quais são as três ou quatro competências que você deseja transmitir?
Considere que se a sua apresentação pessoal for uma “receita de bolo”, esse mapa vai te ajudar a enxergar quais e quanto de cada ingrediente você deverá colocar!
3. Utilize as suas experiências na medida certa
Certamente, um dos desafios da apresentação pessoal é encontrar a medida certa de qual ou quais experiências estão mais relacionadas com a oportunidade. A dificuldade da maioria das pessoas encontra-se na administração do tempo versus a quantidade de informação. Algumas empresas pedem a apresentação pessoal em 5 minutos, enquanto outras pedem apenas em 1 minuto! 
+ TEMPO = + INFORMAÇÃO (aqui você pode fazer escolhas do que contar)
– TEMPO = – INFORMAÇÃO e + FOCO (aqui você precisa fazer escolhas)
O tempo limitado não é um desafio sem propósito, mas sim uma forma de avaliar a objetividade do candidato e como você lida com a gestão do tempo! Portanto, tenha em mente qual o foco que você deseja transmitir!
4. Formato da apresentação pessoal
Enquanto algumas empresas dão liberdade para que o candidato construa a sua apresentação pessoal, outras pedem uma tarefa específica, como por exemplo, se apresentar a partir de um produto ou serviço. Esse último desafio pressupõe o conhecimento sobre a empresa e seus produtos. Existem alguns sites, como o Prezi e Powtoon, que te ajudam a criar apresentações criativas. Se ficar puxado aprender sobre essas ferramentas, volte ao básico. O norte-americano utiliza uma expressão comum para isso chamada “go back to basics”! Utilize o Powerpoint para criar slides. Aqui a dica principal é layout clean ou design alinhado com a cara da empresa, informações claras e objetivas, alinhado ao que você irá falar. 
5. Sempre encontre maneiras de melhorar 
Se a prática leva à perfeição, um caminho para treinar e melhorar a sua apresentação pessoal é seguir exemplos e dicas de quem entende do assunto. 
O QUE NÃO FAZER NAS APRESENTAÇÕES E PALESTRAS:
Apresentações e palestras são excelentes oportunidades para compartilhar conhecimento, transmitir uma mensagem e até melhorar sua imagem profissional. Para que você brilhe nesse momento e faça uma apresentação de excelência, é preciso estar atento a certos detalhes e fugir de armadilhas bem comuns. Os grandes palestrantes e oradores da história sabem como fazer uma apresentação. Encantam a plateia com seus gestos dosados, o tom de voz adequado e um material de apoio rico e cativante. Vale apontar, entretanto, que a criação de uma palestra memorável independe de talento. Isso significa que, se você não sabe fazer uma apresentação corporativa, você ainda pode aprender.
Dicas para uma boa palestra
1. Escolha locais adequados, ou adapte sua apresentação ao ambiente
Isso pode até parecer bobagem, mas é imprescindível saber o local onde você irá realizar sua apresentação. Muitas vezes, o tipo de palestra que você pretende realizar não será favorecido pelo local escolhido. Por exemplo, se é um auditório muito grande e verticalizado, provavelmente será difícil interagir com o público. Por outro lado, se o lugar é muito intimista e com poucos assentos, talvez sua palestra não precise ser tão formal e tradicional. Na verdade, esses detalhes também são importantes para você verificar se há a possibilidade de utilizar recursos audiovisuais, calcular o número de ouvintes, entre outros detalhes que fazem toda a diferença no dia da apresentação. Não deixe para verificar esses aspectos na última hora, pois eles podem mudar os rumos de sua preparação.
2. Pense no seu público
Por falar em público, é essencial ter em mente o perfil de seus ouvintes. Essa informação vai muito além de calcular o público estimado. Você precisa verificar quem será o público-alvo em termos de gênero, idade, interesses, preferências, nível de instrução, etc. Todas essas diferentes características de um público podem dizer muito sobre o tom de linguagem que você irá adotar, os tópicos abordados, o nível  técnico da apresentação, entre outros aspectos. Procure saber essa informação com antecedência, para já elaborar uma apresentação adequada para o público esperado.
3. Atenção à linguagem
A partir do momento em que você tem a definição de um público esperado, fica mais fácil se atentar à linguagem ideal para esses ouvintes. Por exemplo, é muito diferente dar uma palestra motivacional sobre empreendedorismo para um grupo de jovens e para um grupo de empresários seniores. Cada um desses públicos exige não apenas tons de linguagem diferentes, como também diferentes formas de abordagem. Com um grupo de jovens, por exemplo, utilizar um meme pode render interesse, engajamento e maior impacto, enquanto essa estratégia pode simplesmente não funcionar com um grupo mais formal de outra geração.
4. Vai usar recursos visuais? Evite textos
Se você estiver pensando em utilizar recursos visuais em sua apresentação (slides), atente-se para o fato de que uma palestra não é uma aula. Dificilmente as pessoas vão prestar atenção naquilo que você quer dizer se são encorajadas a decifrar slides cheios de textos, detalhes e informações. Tudo bem inserir gráficos, informações pontuais e outros tipos de tópicos, mas é preciso focar nas imagens. Muitas vezes, elas são mais efetivas para conduzir sua fala e estimular o público a prestar atenção no que realmente importa: o conteúdo apresentado. Aproveite também para escolher fontes mais sofisticadas e fugir do lugar comum!
5. Deixe as imagens guiar sua palestra
Ao optar por recursos visuais, é uma boa regra deixar que as imagens guiem sua palestra. Na prática, o que isso significa? Basicamente, que elas serão seu roteiro. É como se você tivesse um guia de fala durante toda a apresentação, mas focado em fotos, gráficos e outras imagens, e não em textos, tópicos e mensagens. Assim, sua apresentação fica mais literal, dinâmica e interessante para o público. Vale a pena experimentar essa estratégia!
6. Defina seus objetivos
Quais são suas metas? Que objetivos você pretende atingir por meio dessa palestra? É necessário ter as respostas para essas perguntas, já que ela define o conteúdo de cada palestra. Você pode abordar um mesmo tema por meio de perspectivas diferentes, a depender do objetivo traçado inicialmente. Por exemplo, se seu objetivo é sensibilizar o público acerca de um problema, ou tema que acaba de surgir, não é necessário fazer uma abordagem tão profunda. Por outro lado, se sua audiência consiste de especialistas sobre o tema, é importante que você traga informações novas, específicas e aprofundadas.
7. Treine sinônimos e vocabulário da área
Quando estamos fazendo uma apresentação, por mais que a gente já esteja familiarizado com o tema, acabamos ficando ainda um pouco nervosos. Isso pode se traduzir de diversas formas. Algumas pessoas gaguejam, mexem no cabelo, têm “brancos”, etc. Outra forma comum de nervosismo é a insistência em uma palavras-chave só. Você esquece seus sinônimos e repete a mesma palavra diversas vezes, o quepassa uma imagem de amadorismo e falta de preparo. Para evitar que isso aconteça com você, vale a pena treinar alguns sinônimos dessas palavras-chave. Faça uma lista de palavras relacionadas com o tema da apresentação, que podem ser estrategicamente substituídas para que você demonstra ter domínio de vocabulário. Aliás, essa dica vale também para textos, projetos e outros tipos de conteúdo.
8. Ensaie antes
De nada adianta você dominar o tema da palestra se, na hora de apresentá-lo, esquece a ordem dos argumentos e dos pontos a serem apresentados. Principalmente para quem fica nervoso ao apresentar em público, é preciso treinar bastante a ordem de sua fala, suas explicações, exemplos que não podem ser esquecidos, etc. Se possível, conte com a ajuda de algum colega de trabalho ou amigo para avaliar sua apresentação e fazer críticas construtivas. Nesses momentos, eles poderão avaliar se o conteúdo está bem explicado, se você abordou todos os temas necessários e se há fluidez entre uma fala e outra.
9. Prepare materiais auxiliares
Se possível, conte com a ajuda de materiais auxiliares para sua apresentação. Por exemplo, se você vai apresentar diversos gráficos, por que não imprimi-los previamente e distribuir entre os ouvintes, para que eles guardem essas informações após a palestra? Ou então, se sua apresentação conta com um pitch de ideia, ou de um produto/serviço, vale a pena que seus ouvintes saiam da sala com as informações sobre como o produto e como contactar você. Uma boa dica é usar cartões profissionais e folders.
10. Conte com a ajuda de outras pessoas
Quanto maior o porte de sua apresentação, mais importante será contar com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo, no preparo de slides, revisão ortográfica e gramatical do conteúdo, preparo e distribuição de folders, verificação de equipamento de imagem e de áudio, entre outros detalhes. Poder contar com a ajuda de alguém como suporte será uma grande ajuda, antes e durante a palestra!
Erros para nunca cometer durante a palestra
1 - Não preparar um roteiro
Não, improvisar na hora não dá certo. Deixar para descobrir o que você irá falar no momento que já está diante da plateia é uma péssima ideia, já que a inspiração pode simplesmente não aparecer. Isso sem falar que, sem planejamento, você com certeza irá esquecer de falar sobre algum ponto importante da sua palestra. Por isso, bem antes da apresentação, prepare um roteiro com todos os temas que você irá abordar e quanto tempo você irá dedicar a cada um deles.
2 - Esquecer a pontualidade
Se você terá à sua disposição meia hora para falar, faça uma apresentação condizente com esse espaço de tempo. Lembre que ser pontual é o mínimo e que, caso você atrase, poderá comprometer a agenda dos seus ouvintes e até do evento que você está participando. Além disso, palestras muito longas tendem a ser cansativas e dispersivas, ou seja, improdutivas. 
3 - Exagerar na quantidade de textos em um slide
Lembre-se que as lâminas da apresentação estão ali apenas para guiar a sua fala e ajudar a plateia a te acompanhar. Um erro muito comum, no entanto, é colocar todo o conteúdo que será falado dentro de um slide. Essa solução não funciona: se tudo que será visto na palestra está na tela, porque seus interlocutores irão te escutar? Portanto, lembre-se de utilizar os slides para ilustrar suas ideias, apresentar dados importantes e guiar a plateia durante o seu raciocínio. Da mesma forma, cuide para que o texto em cada uma das lâminas esteja em uma fonte grande e legível. Lembre-se de usar apenas um gráfico por slide, caso precise fazer uma comparação, dois gráficos por slide são aceitáveis.
4 - Não se expressar bem
Tudo bem, você fez uma apresentação de slides impecável, linda e objetiva. Mas de que isso servirá se sua plateia não te ouvir bem ou entender o que você fala? Por isso, cuide bem da sua voz antes de iniciar a apresentação: faça um aquecimento vocal, mantenha seu corpo hidratado e procure falar de maneira alta e sem ser rápido ou lento demais. Outra dica é mudar a entonação e o volume da voz de acordo com o que está sendo falado para que sua apresentação não fique monótona. Caso você tenha dificuldades, não hesite em procurar a ajuda especializada de um fonoaudiólogo ou mesmo cursos de expressão oral.
5 - Esquecer a plateia
Muitas pessoas gastam tanto tempo e energia planejando sua palestra, montando os slides e fazendo um bom roteiro que, no momento da apresentação, simplesmente deixam seu foco apenas naquilo que estão falando e mostrando. Sem, no entanto, olhar para a plateia e analisar a reação das pessoas para saber se elas estão entendendo a mensagem passada ou não. Se você sentir que um ponto não foi bem assimilado, poderá voltar a ele e explicá-lo com mais calma. É importantíssimo que você abra espaços para questionamentos, dúvidas e comentários e responda a todos de maneira clara e objetiva.
O PODER DA APRESENTAÇÃO DE SUCESSO:
· Como apresentar bem suas ideias 
Diante de uma grande plateia ou de poucas pessoas em uma sala de reunião, mais cedo ou mais tarde todos passarão pelo desafio de apresentar com eficiência ideias, projetos e pontos de vista – desafios que podem colocar em jogo decisões empresariais e trajetórias de carreira. Ficar atento a algumas técnicas pode ajudar a evitar gafes nesses momentos-chave. Eu diria que uma boa apresentação tem de ser clean, leve e objetiva. Ela tem de ir direto ao ponto e precisa fazer sentido para a audiência. 
Os discursos, ainda que informais, são baseados em três aspectos fundamentais: o roteiro, os recursos visuais e a performance do apresentador. O grande desafio das apresentações é manter esses três aspectos equilibrados – claro que respeitando as características de cada evento. As melhores palestras são aquelas em que o assunto sobressai. E, quando você tem um o público variado, é preciso fazer o mínimo ruído possível para não atrapalhar. Pode acreditar: tem gente que não consegue prestar atenção até quando a pessoa que está falando tem pelos saindo pelo nariz. 
A falta de um objetivo bem definido para enfrentar os momentos decisivos são alguns dos principais erros cometidos nas apresentações. Ter um objetivo claro ajuda a estabelecer a prioridade para chegar ao que se quer. E esse é o primeiro ponto. O segundo é focar no interlocutor. Montar um discurso que esteja voltado aos interesses do outro vai dar a você mais chances de sucesso. A insegurança, evidente em alguns comportamentos, também podem comprometer as apresentações. 
Estaria entre as atitudes evitáveis o excesso de movimentação do corpo durante os eventos, como gesticular, andar ou balançar a pernas demais no decorrer dos discursos. Essas mensagens que passamos sem querer mostram ansiedade e distraem a audiência. Preencher os vazios com palavras vazias como “né” ou repetir frases enquanto se pensa na próxima sentença também não ajudam a segurar a atenção dos interlocutores. Não manter alguma conexão visual com a audiência, não olhar para uma pessoa de cada vez, é outro erro comum.
Treinar os discursos em voz alta também ajudaria a organizar verbalmente o fluxo dos pensamentos, evitando gaguejadas. Os materiais de apoio são outros pontos que merecem atenção. Os recursos visuais não podem substituir a fala do palestrante, apenas devem complementá-la. Algumas pessoas, no medo, colocam informações demais nos slides. Se tudo estiver escrito, para que as pessoas vão precisar ouvir o apresentador? Também é necessário ter moderação em nome da objetividade. Se o que pode ser colocado em dez slides, estiver em 150, o presidente da empresa vai dizer: ‘Será que não dá para passar para o último? 
CUIDADOS COM OS VÍCIOS DE LINGUAGEM:
Em uma apresentação em público, a audiência, inevitavelmente, faz avaliações, interpretações e, assim, cria imagens a respeito do apresentador. Por isso, o comportamento e a comunicação durante uma apresentação em público interfere diretamente na imagem a ser formada. Um aspecto da comunicação verbal que deve ser levado consideração sempre é o usocorreto da língua portuguesa. Ainda que seja uma exposição mais informal e “amigável”, a linguagem merece cuidado e deve ser usada de forma precisa. Isso significa ser fluente, escolher palavras adequadas e demonstrar domínio no vocabulário.
Os vícios de linguagem podem trazer vários resultados negativos para o palestrante, dentre eles:
– Perder autoridade e/ou comprometer sua reputação;
– Não ser levado a sério;
– Distrair as pessoas, impedindo-as de se conectarem com sua mensagem;
– Causar perda significativa no possível impacto das palestras.
Classificação dos Vícios de Linguagem
Uma vez que já analisamos os aspectos mais práticos e que você pode começar a aplicar ainda hoje, vejamos agora a classificação (segundo a língua portuguesa) dos vícios de linguagem. Esta visão ampliada reforçará a necessidade de implementar logo as sugestões já abordadas neste artigo. São as seguintes: Pleonasmo, Gerundismo, Solecismo, Barbarismo, Plebeísmo, Preciosismo, Arcaísmo, Neologismo, Ambiguidade, e Cacofonia. Nota: A cada dia surgem novas classificações. Mas, em geral, são apenas derivações dessas principais já mencionadas.
· Pleonasmo
“Pleonasmo” vem de uma palavra grega (pleonasein) que significa “ser mais do que suficiente”. Portanto, este vício de linguagem é caracterizado por uma repetição desnecessária de palavras com significado semelhante. Exemplos:
“Vou Entrar para Dentro” – O correto seria apenas: “Vou entrar”
“Vamos descer para Baixo” – O correto seria apenas: “Vamos descer”
Pleonasmo é sinônimo de “Redundância”. Redundância vem do latim “redundare”, que basicamente significa “voltar”. Sim, o praticante do pleonasmo está como que constantemente voltando na mesma coisa.
· Gerundismo
Tá na moda o gerundismo. Mas isto não o isenta de ser um vício de linguagem. Na língua Portuguesa, o gerúndio é uma conjugação verbal que indica uma causa ou efeito verbal em andamento. Exemplo: o gerúndio do verbo ganhar é “ganhando”; do verbo apresentar é “apresentando”, e assim por diante.
Exemplos do gerúndio mal empregado (gerundismo):
“Vou estar ligando pra você depois”. – O correto seria apenas: “Vou ligar pra você depois”.
“Vamos estar concluindo o trabalho hoje”. – O correto seria apenas: “Vamos concluir o trabalho hoje”.
Pessoas que tem o vício do gerundismo costumam utilizar verbos conjugados no tempo presente para aplicá-las ao passado, presente e futuro. É uma forte tendência nos dias atuais.
· Solecismo
A palavra “Solecismo” vem do Grego “Soloikismós”, que significa “erro contra as regras do idioma”. Originou-se em Sóloi, uma cidade da Cilícia onde se cometiam muitos pecados contra a língua grega. Na língua Portuguesa, o Solecismo define um vício de linguagem em relação à sintaxe, ou seja, à coerência das palavras numa frase e das frases no discurso. Então, quando você diz expressões gramaticalmente incorretas, está cometendo o vício de linguagem denominado Solecismo. O Solecismo, por sua vez, é subdividido em três formatos: Em relação à Concordância, em relação à Regência e em relação à Colocação.
– Solecismo em relação à Concordância. Este tipo é o mais facilmente notado, até por quem conhece bem a nossa língua portuguesa. Exemplos:
“Nós era terrível”. O correto seria: “Nós éramos terríveis.”
“A gente fomos passear”. O correto seria: “A gente foi passear”.
Perceba que, aprendendo a usar com coerência o modo plural e o modo singular, podemos evitar bastante este tipo de vício de linguagem.
– Solecismo em relação à Regência. Este tipo é mais discreto. É percebido pelos que possuem bom conhecimento do português. Regência é a parte da gramática que estuda a relação de subordinação entre os verbos, ou nomes, e as palavras complementares inter-relacionadas. Exemplos:
“Você vai no médico?” O correto seria: “Você vai ao médico?”.
“José assistiu o filme.” O correto seria: “José assistiu ao filme”.
– Solecismo em relação à Colocação. Com os exemplos abaixo, você vai perceber que o Solecismo em relação à colocação também é um tanto discreto. É muito fácil cometer este tipo de erro; nós o escutamos diariamente nas músicas e nos diálogos.
“Me arrumei à toa”. O correto seria: “Arrumei-me à toa”
“Não contive-me de tantas risadas.” O correto seria: “Não me contive de tantas risadas.”
É bem perdoável; mas quem passa a conhecer o padrão correto costuma fazer ajustes.
· Barbarismo
Basicamente, o Barbarismo envolve falar ou escrever uma palavra erroneamente. A linguagem popular está repleta de barbarismos. Algumas palavras “erradas” são tão constantemente pronunciadas e repetidas, que aos poucos se incorporam no vocabulário de uma geração. Mas a popularidade do Barbarismo não o torna gramaticalmente correto. A única exceção é que, se usado propositalmente, pode ser considerado uma figura de linguagem.
Assim como no Solecismo, podemos dividir este vício de linguagem em algumas categorias: 
1) Quanto à Pronúncia; 2) Quanto à Morfologia; 3) Quanto à Semântica e 4) Estrangeirismos.
– 1 ) Pronúncia:
Como o nome diz, se trata de pronunciar uma palavra incorretamente. Exemplos: Estrupo (correto: estupro); poblema (correto: problema); probrema (correto: problema). Este aspecto do Barbarismo também é conhecido como Cacoepia. Cacoepia significa “pronúncia errada, viciosa”. Ainda no que se refere a este campo, existem os erros de pronúncia em relação à sílaba tônica. Sílaba tônica é a sílaba com som mais forte dentro uma palavra. Quando não se respeita a sílaba tônica (quer acentuada quer não), cometemos um erro de pronúncia. Este aspecto do Barbarismo também é chamado de “Silabada”.
Exemplos de Silabada: “Faça este curso gratuíto”. (A palavra “gratuito” não leva acento. A pronúncia correta é “gratuito”, como se houvesse um acento agudo na letra “u”, e não na letra “i”.)
Outro exemplo: “Você tomou as pilúlas?” (A palavra “pílula é acentuada. Deve-se respeitar a sílaba tônica “pí”, e não a sílaba “lu”.)
Finalizando esta questão da pronúncia, ainda temos a Cacografia, que se refere aos erros de escrita, ou, grafia. O modo de escrever muitas vezes é relacionado ao modo de falar. Quem escreve errado, fala errado. Exemplos:
“Vou falar com o meu adevogado”. Trata-se de um erro na grafia e na pronúncia. (Correto: “Vou falar com meu advogado”)
“Ele usa muita perçuasão”. Trata-se de um erro na grafia. (Correto: “Ele usa muita persuasão”).
– 2) Morfologia:
Como categoria do Barbarismo, este aspecto se refere a erros na flexão e composição das palavras. Quando se muda um contexto, muda-se também a estrutura da palavra na frase. “Morfologia” vem do grego “morphe” (morfo = forma) e (logia = estudo). Exemplos:
“Você se manteu com o pouco que tinha”. Trata-se de um erro na flexão da palavra (Correto: Você se manteve com o pouco que tinha).
“Ele trazeu muita carne.” (Correto: “Ele trouxe muita carne”)
– 3) Semântica:
Na língua portuguesa, a semântica se refere ao estudo dos significados das palavras e sentidos das frases do discurso. Uma pequena mudança em uma palavra pode mudar completamente o sentido de uma frase. Exemplos:
“A profecia teve seu comprimento”. (Correto: “A profecia teve seu cumprimento”. Note que uma letra pode mudar tudo).
“Esta ferramenta se tornou absoleta.” (Correto: “Esta ferramenta se tornou obsoleta.”)
– 4) Estrangeirismos:
Muitos consideram o Estrangeirismo como um vício de linguagem vinculado ao Barbarismo. Como o nome sugere, significa usar palavras de um idioma estrangeiro no meio da sua conversa. Culturalmente falando, é compreensível. Gramaticalmente, porém, nem sempre uma palavra estrangeira tem seu uso liberado num certo idioma. Exemplos:
“Você tá sendo muito bad com ele”. (Correto: “Você está sendo muito mal com ele”).
“Este tom de azul está muito dark.” (Correto: “Este tom de azul está muito escuro.”)
Detalhe: Não é considerado um vício de linguagem quando uma palavra estrangeira já foi oficialmente incorporada num idioma (Ex.: Verbo “Deletar”), ou quando não há uma correspondência exata (Ex.: “Marketing”).
· Plebeísmo
O termo plebeísmo basicamente se refere ao modo de falar como plebeu,ou seja, como um membro da parte mais popular da sociedade. Dentro do seu significado podemos incluir os maneirismos e as gírias. Também está incluído o modo de falar “chulo”, ou pobre de instrução.
Exemplos:
“Bora botar sebo nas canelas que os trem estão chegando.”
“Cola na grade pra gente resolver essa fita, sangue bom.”
Nota: A linguagem popular faz parte da cultura de uma nação e de uma geração. Não deve haver discriminação. Porém, se quiser ser um ótimo orador público, terá também de evitar este vício de linguagem, principalmente nos ambientes formais.
· Preciosismo
Preciosismo (como vício de linguagem) é o hábito de tornar desnecessariamente complexas as estruturas das frases. Já ouviu aquela frase: “Este fulano fala difícil!”? É considerado vício de linguagem, pois a comunicação clara da linguagem deve ser limpa e assertiva. Qualquer dificuldade desnecessária se torna um obstáculo na sua comunicação. Quando usado propositalmente, pode se tratar de um estilo literário/poético.
Exemplos:
“Foi sua intrepidez de coração que o fez vencê-lo sem pusilanimidade, já que lhe faltava o fulgor juvenil dos tempos de outrora.”
Poderia ser: “Sua coragem de coração que o fez vencer sem medo, já que não tinha a força da juventude.” Note que este vício de linguagem muitas vezes está relacionado ao uso de palavras desconhecidas. Envolve também um uso mais constante dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes).
· Arcaísmo
O nome “Arcaísmo” também é bastante sugestivo. Lembra algo arcaico, ou velho demais.
Este vício de linguagem basicamente se refere ao uso de palavras muito antigas (às vezes inadequadas) e/ou ao uso de estruturas que deixaram de ser usadas pelo idioma.
Há quem acredite que o arcaísmo não devesse ser considerado vício de linguagem. É compreensível pensar assim, pois palavras antigas podem ser belamente usadas numa comunicação mais culta e tradicional. Porem, o problema é que algumas palavras adormeceram tanto que se tornaram desconhecidas para as gerações atuais. Caíram em desuso.
Exemplos:
“Em suma, contarei – a guisa de exemplo – uma história final para vossa mercê.”
Note que não há nada de errado nesta frase. Mas as palavras “suma” e “guisa” são expressões mais antigas. Simplesmente caíram em desuso. Sem contar a antiga estrutura do termo você (“vossa mercê”), que não é mais necessária. Então, se as palavras e/ou estruturas antigas dificultam a compreensão na atualidade, a solução é nos adaptarmos e usarmos uma linguagem mais moderna e que atinja os objetivos da sua comunicação.
Lembrando que existe o arcaísmo literário, usado de propósito para embelezar muitas obras da nossa literatura portuguesa. Mas o arcaísmo linguístico pode ser facilmente combatido por se usar palavras simples e atuais, garantindo uma comunicação eficiente e compreensível. Não discrimine quem usa palavras mais antigas. Lembre-se de que os termos antigos foram o alicerce para os termos novos. Quando necessário, use um dicionário para compreender o que um patriarca lhe disse. (rss…) Amplie seu conhecimento conhecendo “novas palavras antigas”. Em contrapartida, certifique-se de que seu público esteja familiarizado com o seu vocabulário.
· Neologismo
Os neologismos também são classificados como vício de linguagem, pois se tratam de novas palavras e/ou estruturas que ainda não foram incorporadas no idioma. A palavra “neologismo” vem do grego neo+logos (“neo” significa “novo”; “logos” significa “palavra, estudo”). É uma forte tendência criar e recriar termos na comunicação. Mas se estas palavras não são oficiais, se tornam um vício de linguagem. Muitas vezes o neologismo surge em uma improvisação na linguagem do dia a dia. E um bom improviso acaba se tornando frequentemente usado, encaixando-se gradativamente no vocabulário. 
Exemplos: “Estou falando isto apenas esmaticamente.” (“esmaticamente” vem de “esmo”)
“Agora consigo linkar uma coisa com a outra”. (“linkar” vem da palavra inglesa “link”, que basicamente significa “ligar”)
Perde-se a conta de quantos neologismos são criados diariamente. O idioma falado é submetido a constantes mudanças com a passar do tempo. Não há limites para novas criações e adaptações.
· Ambiguidade
“Ambiguidade” é uma derivação de “ambos”. Ocorre quando uma frase pode ter dupla interpretação. A ambiguidade é um vício de linguagem proveniente de uma distração ou precipitação no modo de falar. Na maioria das vezes, a pessoa só percebe que cometeu uma ambiguidade após ter falado a frase. Trata-se de um duplo sentido na interpretação.
Exemplo:
Maria expulsou Ana de dentro de sua casa. (Note que esta frase causa uma dupla interpretação; afinal, Ana foi expulsa de sua própria casa ou da casa de Maria?)
O que ajuda a dissolver uma ambiguidade é o contexto da informação. Mas, e quando a pessoa não tem acesso ao contexto? Portanto, o melhor a se fazer para evitar a ambiguidade é pensar antes de falar, e formular uma frase bem assertiva. Ambiguidade também é chamada de Anfibologia.
· Cacofonia
Cacofonia é um vício de linguagem caracterizado pelo som desagradável proveniente da junção e/ou repetição de certas sílabas numa frase. A palavra cacofonia provavelmente tem raiz no grego, a partir das palavras kako+phone, que juntas significam malsonância, ou, som desagradável. Outra possibilidade de tradução é “arruinar o som” (“kakos” é do grego arruinar, destruir, queimar). Este vício de linguagem pode ser dividido por formas de ocorrência: a colisão, o eco, o hiato e o cacófato.
Exemplo de Colisão: “Vou deixa-la lá.” (Neste caso, a Cacofonia foi o: “LaLa”. A colisão acontece quando sílabas idênticas se juntam formando um som estranho)
Exemplo de Eco: “A Associação não deu a aprovação da transmissão da programação na televisão”
Neste caso, a Cacofonia foi o “ão-ão-ão-ão”. O eco foi formado pela repetição de sílabas iguais em diversas palavras na frase, formando um som esquisito. 
Obs: O “eco” também pode ser chamado de Assonância.
Exemplo de Hiato: “Foi interligada à área.”
Neste caso, a Cacofonia foi o “a-à-á”. Leia esta frase um pouco mais rápido, e perceberá o desastre. Hiato significa “encontro de vogais em palavras diferentes”.
Exemplo de Cacófato: “Vou-me já que a pressa em mim abunda”.
Neste caso, a Cacofonia foi o significado obscuro formado apenas pelo som, não pela escrita desta frase. Ou seja, a junção de sons formou um sentido esquisito. O contrário de cacofonia é Eufonia (efeito acústico agradável produzido pela combinação de sons numa palavra ou numa frase).
1. PROLONGAMENTOS
Ãah, éééh… Essas são vogais ditas de maneira prolongada para preencher o vazio entre uma palavra e outra. Deve-se evitar fazer prolongamentos, pois eles quebram o ritmo da apresentação, podem sinalizar falta de domínio do assunto ou falha no planejamento. Para evitar prolongamentos ou “brancos”, ensaie a apresentação e planeje como será feita a transição entre as ideias.
2. ESTEREÓTIPOS DE APOIO
“Né”, “tá”, “ok”, “certo” são alguns exemplos de expressões típicas da comunicação oral, mas que, se faladas repetidas vezes em uma apresentação em público, tornam-se estereótipos de apoio e passam a chamar mais atenção do que a própria mensagem (provavelmente, as pessoas contarão quantos “nés” o apresentador falou, mas não saberão resumir o conteúdo da mensagem apresentada).
Qualquer palavra usada repetidamente, a cada começo ou fim de frase, vira um estereótipo de apoio. Pode ser “aí”, “assim”, “tipo assim”, “no caso”, “então”. Preste atenção na sua fala no dia a dia para evitar qualquer repetição excessiva durante uma exposição em público.
3. VÍCIOS DE LINGUAGEM
– Gerundismo: construções como “vou estar falando” ou “estarei falando” (sentido de futuro) são usos errados do gerúndio. Troque por “vou falar”, “falarei”. O gerúndio só pode ser utilizado se indicar uma ação contínua, no presente: “estou fazendo um treinamento”.
– “A nível de”: essa combinação de palavras está errada. Em vez de dizer “o problema é a nível de qualidade”, diga “o problema é de qualidade” ou “o problemaé do setor de qualidade”.
– “Onde”: só pode ser usado para se referir a lugares, como em “a cidade onde moro”, “a empresa onde trabalho”. Cuidado com frases como “o problema de crédito pessoal foi identificado onde deve ser resolvido”. Nesse caso, “onde” está sendo usada de maneira incorreta, pois não se refere a um espaço físico.
– Futuro do pretérito: use “seria”, “faria”, “indicaria” se estiver se referindo a algo hipotético. Há quem diga “minha apresentação seria sobre meio ambiente” ou “vou falar sobre o que seria um sistema de informática”, quando o correto é “minha apresentação é sobre meio ambiente”, “vou falar sobre o que é um sistema de informática”. Afinal, não há hipóteses nessas frases e sim certezas.
4. ERROS GRAMATICAIS
Um apresentador que comete erros gramaticais, principalmente no uso das concordâncias verbais e nominais, pode passar uma imagem negativa ao público: a de que não domina a língua portuguesa. E, como a forma de usar as concordâncias é um indicador de nível de instrução, a credibilidade do apresentador pode ser colocada em xeque. Não deixe de revisar também os conteúdos escritos (slides, banners) que podem ser usados na apresentação.
5. PALAVRAS IMPRECISAS
– “Coisa” e “cara” são exemplos de palavras ditas frequentemente em apresentações – das mais formais às mais informais. São termos genéricos e bastante usados no dia a dia, mas passam uma imagem de extrema informalidade e generalizam a informação. Evite se referir a um projeto, uma ideia, como “uma coisa” ou falar sobre um cliente, um colaborador ou um diretor como “o cara”.
– “A gente/nós”: sempre especifique a quem se refere o “a gente” ou o “nós”, complementando a informação: “a gente que faz muitas apresentações”, “a gente da área de qualidade”, “nós da área de RH”. Dessa forma, o receptor sabe a que se refere o “a gente”, o “nós”, caso contrário, a mensagem pode se tornar ambígua e imprecisa.
– Diminutivo: o uso desse recurso pode significar a infantilização ou o desprezo em relação a uma ideia: “esse processinho”, “essa listinha”, “essa equipezinha”. Como infantilizar ou menosprezar uma informação não é valorizado em uma comunicação em público, evite usar o diminutivo.
Saber as causas dos vícios de linguagem também nos ajuda a evitá-los. Segue abaixo algumas causas principais.
– Desconhecer as regras gramaticais;
– Convivência com pessoas que já possuem vícios de linguagem;
– Má preparação para falar em público;
– Hábito de preencher o Vazio;
– Vocabulário Pobre;
– Não organizar sua matéria de forma lógica, para facilitar o proferimento;
– Improviso mal elaborado ao falar em público.
Talvez apenas por ler estas causas, sua mente já imaginou várias formas de começar a combatê-las. E, como evitar os vícios de linguagem? A ciência reconhece, a cada dia que passa, os incríveis benefícios que a leitura traz para o desenvolvimento mental. E um dos benefícios é ajudar a corrigir maus hábitos de linguagem. Mas como assim?
A pessoa que lê regularmente se acostuma a pensar e se expressar de modo correto. Entendeu a lógica? Parece mais comum errar falando do que errar escrevendo. E os livros sérios evitam ao máximo cometer erros na escrita. Portanto, alimentando a mente com estes corretos padrões, logo eles estarão presentes em sua fala também!
Para começar, reserve 15 minutos por dia para fazer uma boa leitura (de preferência em voz alta). Procure fazer desses 15 minutos um hábito, por não falhar em cumprir este compromisso. Preste atenção na construção de cada frase. Também escolha um ambiente com pouca ou nenhuma distração. O livro não precisa ser acadêmico. Fique a vontade para ler algo que você goste, talvez até uma ficção científica ou um romance policial.
O maior segredo por detrás dessa técnica é que os padrões gramaticalmente corretos da linguagem escrita serão familiares para você. E, com este poder, sua linguagem falada irá refletir esses padrões. Isto, por consequência, diminuirá consideravelmente a possibilidade de erros.
A precipitação em falar causa diversos erros na linguagem. Então, é importante aprender a raciocinar antes de falar. E como podemos fazer isso? Primeiramente, saiba que não é feio falar pausadamente. Muito pelo contrário, o uso correto de pausas é uma importante técnica de oratória. Acostume-se com o silêncio das pausas. Isso não significa que elas devam ser tão longas a ponto de deixar seu discurso monótono. Significa que elas terão o seu lugar, farão sua palestra respirar e te ajudarão a evitar erros.
É claro que o ensaio também é importante nesse aspecto. Mas quando se acostuma a raciocinar antes de falar, o resultado é que as ideias sairão completas, eliminando a suposta necessidade de preencher o vazio. É certo que muitas falhas na linguagem falada se devem a um pobre vocabulário. A ausência de opções de palavras faz com que os erros aflorem.
O passo abordado anteriormente, a leitura, pode ajudar bastante, pois quanto mais se lê, mais se aprende palavras. Como passo adicional, comece a prestar atenção a palavras que você desconhece e use-as no dia a dia. Mas para usar palavras novas, deve-se primeiro conhecer seu significado. Então, seja amigo do dicionário. Sempre que ler ou ouvir uma palavra nova, procure seu significado e incorpore esta palavra no seu vocabulário. Conheça e use termos conectivos de ideias, como por exemplo: “mas, então, porém, no entanto, todavia, portanto, entretanto, em vista disto”, e assim por diante.
Uma palavra de cautela: certas palavras caíram em desuso. Cuidado para não começar a ter uma linguagem que ninguém conhece (por ser antiga ou desconhecida) ou antiquada para os dias atuais. A gíria faz parte da cultura de uma geração. Podemos definir gíria como “um acidente linguístico”, ou seja, uma palavra usada apenas em caráter popular. Pode ser uma palavra que literalmente não significaria o que a pessoa realmente quis dizer. Maneirismos são expressões de estilo próprio de algumas pessoas, composta de palavras nem sempre incorretas, porém de uso repetitivo. Às vezes são “frases feitas”.
Não precisamos ser muito rígidos quanto a definir gírias e maneirismos, pois o significado de um pode ser parte do outro. Ambos são extremamente comuns nas conversas informais entre amigos e nas interações sociais em geral. Porém, quando seu uso é extremo, as gírias e maneirismos começam a sair em ambientes em que não são apropriadas. O segredo é não se acomodar. A preguiça de pensar faz com que usemos a gíria como muleta. Mas como comunicadores, precisamos desenvolver a arte de falar, se fosse preciso, sem usar nenhuma gíria. Isto leva treino e esforço consciente.
Não precisa usar a linguagem extremamente séria e formal enquanto estiver tomando cerveja com seus amigos. Em contrapartida, não abuse tanto das gírias e maneirismos como se não soubesse se comunicar sem elas. Tomar esses cuidados com sua comunicação não significa que você não usará, em hipótese alguma, as gírias e maneirismos ao falar em público. Desde que sejam singelos, respeitosos e usados com moderação, podem até fazer parte de uma estratégia de oratória (ênfase, por exemplo). O grande segredo é dosá-los com equilíbrio e bom senso, para que eles não se tornem um vício de linguagem.

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