Buscar

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
O direito coletivo do trabalho é o complexo de institutos, princípios e regras jurídicas que regulam as relações laborais entre empregadores, empregados e outros entes coletivos em âmbitos diversos do individual. Rege a existência e o desenvolvimento das entidades coletivas trabalhistas
A doutrina divide as funções do Direito Coletivo do Trabalho em:
Gerais – que visa a melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores, é uma função modernizante e progressista, além de conservadora, no sentido de garantir a manutenção dos direitos já adquiridos.
Específicas – Visam gerar novas normas coletivas, a pacificação de conflitos de natureza coletiva e possuem uma função social, econômica e política, buscando assim a justiça social.
Os conflitos coletivos são divididos em:
Conflito de natureza jurídica: Ocorre quando há divergência em relação à interpretação de regras e princípios existentes.
Conflito de natureza econômica: Surge da busca pela criação de normas e melhores condições de trabalho.
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Princípio da Liberdade Sindical: Tal princípio possui previsão na Constituição Federal em seu Art. 8º, V:  
“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
 V - Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;”
Que estabelece plena liberdade de associar-se ou não a sindicato, salvo na condição de militar:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
O princípio não é absoluto, pois guarda resquícios do direito corporativista italiano (nossa CLT vem da era Vargas, déspota claramente inspirado no regime fascista de Mussolini da década de 1930), como por exemplo a Unicidade Sindical.
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Modalidades de abuso do Poder sindical:
Closed shop ou Empresa Fechada: O empregador se obriga perante o sindicato, a contratar apenas empregados sindicalizados.
Union shop ou Empresa Preferencial: O empregador se compromete a garantir emprego por um período razoável aos empregados sindicalizados.
Preferencial Shop ou Empresa Preferencial: há o favorecimento da contratação de empregados sindicalizados 
Maintenance of Membership ou Manutenção de Filiação: cláusula que impõe ao empregado que permaneça filiado ao sindicato.
Agency shop ou Empresa Intermediária: Impõe aos Empregados não sindicalizados o pagamento das contribuições não obrigatórias.
Condutas Antissindicais:
Yellow dog contracts (Contrato de Cães Amarelos): O empregado se compromete com o Empregador a não se sindicalizar.
Company unions, Sindicato de Empresas ou Empresa Pelega: O próprio empregador administra o sindicato obreiro.
Mise a L’index ou Lista suja: Divulgação entre as empresas de Lista de nomes com empregados que possuem atuação sindical.
Liberdade sindical e a convenção 87 da OIT.
A convenção 87 da OIT trata da liberdade sindical e apresenta um rol de garantias que devem ser respeitadas. Tal norma não foi ratificada pelo Brasil por ser contraria a previsão constitucional da unidade sindical
Caso haja desrespeito à Liberdade sindical, é cabível queixa ao comitê de liberdade sindical da OIT
Além da convenção 87, cabe ressaltar: a convenção 98 que trata da sindicalização e da negociação coletiva; A convenção 135, que versa sobre a proteção dos representantes dos trabalhadores; a convenção 151, que trata sobre a liberdade sindical e a negociação coletiva no âmbito do serviço público.
Princípio da Autonomia Sindical: Ainda na C.F. este princípio nos diz que, a lei não poderá exigir a autorização do Estado para a criação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, sendo vedado ao poder público a Interferência ou intervenção na organização sindical
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
Segundo a Súmula 667, STF determina que o MTE (atualmente extinto) é quem zela pela unicidade e registro sindical até que lei regulamente a matéria.
Súmula 677, STF
“Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.”
Princípio da Interveniência Sindical Obrigatória na Normatização Coletiva: 
“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;”
É obrigatória a intervenção do sindicato profissional nas negociações coletivas, o que visa assegurar o equilíbrio na negociação. Qualquer ajuste feito entre o empregador e o empregado, ainda que este último esteja em grupo, sendo feito sem a interveniência da organização sindical, terá caráter de mera cláusula contratual, não criando norma jurídica coletiva.
 
Organização sindical
Introdução:
Sindicatos são entidades associativas permanentes que representam empregados e empregadores na busca de resolver os problemas coletivos e alcançar melhores condições de trabalho.
Direito de associação:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Categoria:
Os empregados e empregadores, dentro da organização sindical podem ser agregar em categorias, são elas:
Categoria Econômica – é a categoria dos empregadores (Sindicato Patronal), formada pela solidariedade de interesses econômicos de atividades idênticas, similares ou conexas.
CLT
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
Categoria Profissional – União dos empregados em razão da similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situações de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas.
CLT – Art. 511
§ 2º A similitude de condições de vidaoriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
Categoria Profissional Diferenciada – formada por empregados que exercem profissões ou funções diferenciadas, por força de estatuto ou em razão de condições de vida singulares.
CLT – Art. 511
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. (Sindicato Horizontal) 
*Sobre direito coletivo do trabalho: conceito, conteúdo, funções e conflitos coletivos.
* Princípios do Direito Coletivo do Trabalho.
* Liberdade Sindical e a Convenção 87 da OIT.
* Organização Sindical
* Prerrogativas do Sindicato
* Unicidade Sindical
* Central Sindical
* Representação dos Trabalhadores na Empresa
09/04/19
B2
Procedimento de criação de um Sindicato
É necessária a formação da personalidade jurídica do sindicato, o que ocorre pelo mero registro da associação no cartório de registro de títulos e documentos – art. 45, CC - após tal ato, deve se formar a personalidade sindical, por meio da inscrição e o posterior deferimento pelo Ministério do Trabalho, da Carta Sindical.
Obs.: Somente poderá representar efetivamente a categoria após autorização do Ministério do trabalho com a Carta Sindical.
Obs²:Não há que se falar em estabilidade do dirigente sindical, ou, contribuição sindical, enquanto não for expedida a autorização pelo Ministério do Trabalho (Carta Sindical).
Desmembramento e Dissociação de Categoria
Desmembramento é a fragmentação do Sindicato em função da base territorial. Exemplo: Sindicato representa 10 municípios, ocorre o desmembramento para que um Sindicato represente 3, e o outro 7 municípios.
Já a dissociação, é a fragmentação que ocorre em função da categoria representada.
Obs.: Em ambos os casos, é necessário o ato volitivo da fração da categoria que pretende ser desmembrada ou dissociada, deliberada em assembleia geral, amplamente divulgada, com antecedência e previamente notificada a entidade sindical originária.
Estrutura administrativa do Sindicato
O art. 522, CLT, estabelece que a administração do sindicato, é exercida por uma diretoria de, no máximo 7 e no mínimo 3 membros, e, de um conselho fiscal composto de 3 membros, todos eleitos pela assembleia geral.
Composição do Sindicato:
Assembleia Geral: Órgão deliberativo, composto por todos os membros, os quais equivalem à totalidade dos sindicalizados com direito a voto.;
Obs.: O aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações sindicais, Art. 8, VIII, CF;
Diretoria: Órgão gerencial, composto de 3 a 7 diretores, Súmula 369, II, TST, Prazo máx. do mandato de 3 anos, com garantia de emprego de até um ano após o final do mandato (Diretores e suplentes).
Conselho Fiscal (Não tem garantia de emprego): é órgão de fiscalização financeira, 3 conselheiros, e um mandato igual ao mandato da diretoria.
Obs.: Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade, Súmula 369, IV, TST;
Obs²: O empregado de categoria diferenciada, eleito dirigente sindical, só goza de estabilidade, se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual for eleito dirigente.
Obs³: Nos termos do Art. 523, CLT, os delegados sindicais não são eleitos pela assembleia geral, mas designados pela diretoria, e por tal razão, não possuem estabilidade.
Súmula nº 369 do TST
 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
 II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
 III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
16/04/2019
Receitas Sindicais
Espécies: Contribuição sindical; Contribuição Associativa e Contribuição Confederativa.
Contribuição Sindical: (Artigo 8, IV, CF)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
deixou de ter natureza tributária e obrigatória.
Profissional e econômica. Obs.: Facultativa.
Valor: (Artigo 580, CLT)
Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente e consistirá: 
I - Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração;                        
Il - para os agentes ou trabalhadores autônomos e para os profissionais liberais, numa importância correspondente a 30% (trinta por cento) do maior valor-de-referência fixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a contribuição sindical, arredondada para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a fração porventura existente;           
III - para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva:                           
§ 1º A contribuição sindical prevista na tabela constante do item III deste artigo corresponderá à soma da aplicação das alíquotas sobre a porção do capital distribuído em cada classe, observados os respectivos limites.                  
§ 2º Para efeito do cálculo de que trata a tabela progressiva inserta no item III deste artigo, considerar-se-á o valor de referência fixado pelo Poder Executivo, vigente à data de competência da contribuição, arredondando-se para Cr$1,00 (um cruzeiro) a fração porventura existente.                   
§ 3º - É fixada em 60% (sessenta por cento) do maior valor-de-referência, a que alude o parágrafo anterior, a contribuição mínima devida pelos empregadores, independentemente do capital social da firma ou empresa, ficando, do mesmo modo, estabelecido o capital equivalente a 800.000 (oitocentas mil) vezes o maior valor-de-referência, para efeito do cálculo da contribuição máxima, respeitada a Tabela progressiva constante do item III.                  
§ 4º Os agentes ou trabalhadores autônomos e os profissionais liberais, organizados em firma ou empresa, com capital social registrado, recolherão a contribuição sindical de acordo com a tabela progressiva a que se refere o item III.                    
§ 5º As entidades ou instituições que não estejam obrigadas ao registro de capital social, consideração, como capital, para efeito do cálculo de que trata a tabela progressiva constante do item III deste artigo, o valor resultante da aplicação do percentual de 40% (quarenta por cento) sobreo movimento econômico registrado no exercício imediatamente anterior, do que darão conhecimento à respectiva entidade sindical ou à Delegacia Regional do Trabalho, observados os limites estabelecidos no § 3º deste artigo.
§ 6º Excluem-se da regra do § 5º as entidades ou instituições que comprovarem, através de requerimento dirigido ao Ministério do Trabalho, que não exercem atividade econômica com fins lucrativos. 
Único recolhimento anual: 
Para os empregados = 1 dia de trabalho (1/30 do mês).
Valor baseado em percentual fixo para autônomos e profissionais liberais.
Valor proporcional ao capital social para os empregadores.
Pagamento em:
Janeiro para os empregadores;
Fevereiro para os liberais e autônomos. 
Março para os empregados;
Abril para os avulsos;
Destinatário:
Pelos empregadores:
5% - Confederação;
15% - Federação;
60% - Sindicato;
20% - Conta Especial – F.A.T.
Pelos trabalhadores:
5% - Confederação;
15% - Federação;
60% - Sindicato;
10% - Conta Especial – F.A.T.;
10% - Central Sindical.
Em caso de ausência:
Na falta do Sindicato, fica:
20% - Confederação;
60% - Federação;
Na falta de Central Sindical:
20% - Conta Especial – F.A.T.
Caso não haja nenhum ente:
100% - Conta Especial – F.A.T.
Contribuição associativa ou assistencial (Artigo 545, CLT) – “taxa de sociedade ao sindicato”
Destinadas às:
Despesas com negociação Coletiva;
Atividades assistenciais (Judiciária e médica);
Benefícios oferecidos pelo sindicato
É o desconto pelo empregador, na folha de pagamento, desde que devidamente autorizado pelo empregado (necessidade de autorização específica).
OBS.: Exigível somente dos sindicalizados – OJ nº 17, SBDC do TST. 
Contribuição Confederativa (Artigo 8, IV, CF)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Destina-se ao custeio e a manutenção do sistema confederativo, sendo fixada também em assembleia. Não é exigível dos não sindicalizados – Súmula 666, STF.
OBS.: É considerável ilícito, o desconto das contribuições assistencial e confederativa do empregado não sindicalizado.
23/04/2019
NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Método de solução de conflito;
Autocomposição (acordo de vontades);
CCT e ACT;
Art. 7º, XXVI, CF;
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;”
Art. 114, § 2º, CF:
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.”
Funções da Negociação Coletiva:
Normativa – cria norma coletiva;
Compositiva – Diálogo entre as partes;
Obrigacional – Cláusulas obrigatórias para as partes;
Política – Democratização das relações sociais;
Econômico-social – Possibilidade de melhoria das condições de trabalho.
Níveis de negociação:
OJ 23, SDC – Representação sindical abrange toda a categoria, não comporta separação na maior ou menor dimensão de cada ramo da Empresa;
“23 - Legitimidade ad causam. Sindicato representativo de segmento profissional ou patronal. Impossibilidade. (Inserida em 25.05.1998)
A representação sindical abrange toda a categoria, não comportando separação fundada na maior ou menor dimensão de cada ramo ou empresa. “
OBS.: Adm. Pública – não fazem, somente para cláusulas sociais;
OBS.²: Convenção supracional (?) – (em mais países) existem entendimentos para ambos os lados, temos como um exemplo o acordo supranacional da Volkswagen – Chile/Brasil – portanto é possível, mas quem diz é a doutrina, não existe lei dispondo sobre.
Espécies:
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – é um acordo de caráter normativo formado entre o Sindicato Profissional e o Sindicato da Categoria Econômica Art. 611, “caput”, CLT.
“Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.”
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – acordo de caráter normativo firmado por uma ou mais empresas com o sindicato profissional Art. 611, §1º, CLT.
“Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.”
Legitimidade
Regra geral – conforme o Art. 611, CLT., os sindicatos são os legitimados para firmar Acordo e Convenção Coletiva, lembrando que o Acordo Coletivo terá em um dos polos uma Empresa.
Contudo, conforme o §1º, do Art. 611, CLT., havendo recusa injustificada ou ausência de sindicato, a Federação poderá firmar a negociação e, na falta desta, ou havendo recusa injustificada, a Confederação poderá assumir.
Na hipótese de recusa de todos os entes (Sindicato, Federação e Confederação), os empregados, poderão seguir na negociação coletiva desde que tenha dado ciência por escrito ao ente sindical para que assumisse a negociação em 8 (oito) dias, e este, não tenha se manifestado. Transcorrido tal prazo, os empregados podem prosseguir.
07/05/2019
Limite da Negociação Coletiva – Art. 611-A e 611-B, CLT.
Art. 611-A.  A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:     
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;                      
II - banco de horas anual;                            
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;                           
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015;               
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;                         
VI - regulamento empresarial;                          
 VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;                             
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;                            
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;                         
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;                        
XI - troca do dia de feriado;                       
XII - enquadramento do grau de insalubridade;           
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;                    
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo;                          
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.                        
§ 1o  No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no § 3o do art. 8o desta Consolidação.§ 2o  A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico.                      
§ 3o  Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.                      
§ 4o  Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente anulada, sem repetição do indébito.                        
§ 5o  Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos.         
Art. 611-B.  Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:                       
I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;                      
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;                       
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);                       
IV - salário mínimo;                      
V - valor nominal do décimo terceiro salário;                     
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;                       
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;                        
VIII - salário-família;                        
IX - repouso semanal remunerado;                       
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal;                       
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;                    
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;                     
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias;    
XIV - licença-paternidade nos termos fixados em lei;                            
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;                           
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;                     
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho;                    
XVIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas;                      
XIX - aposentadoria;                          
XX - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;                        
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;           
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência;                     
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;                    
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;                        
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;                       
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;                             
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;                      
 XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;                         
XXIX - tributos e outros créditos de terceiros;                    
XXX - as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação.                     
Parágrafo único.  Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo.        
            
Forma e Procedimento da Negociação Coletiva
Art. 612 - Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembleia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo, e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos mesmos.          
Parágrafo único. O "quórum" de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados.                      
Negociação do ACT e do CCT por assembleia geral;
Convocação conforme estatuto;
Quórum para aprovação:
1ª Convocação:
2/3 dos associados para CCT;
2/3 dos interessados da entidade para ACT;
2ª Convocação:
1/3 dos associados para CCT;
1/3 dos interessados da entidade para ACT;
Se o sindicato possuir mais de 5k associados, quórum será de 1/8 dos associados;
Ato formal escrito (sem rasuras ou emendas) em tantas vias quanto os convenentes ou acordantes, mais uma via para registro no MTE;
Conteúdo Obrigatório – Art. 613, CLT.
Designação dos Sindicatos Convenentes ou dos Sindicatos e Empresas Acordantes.
Categorias ou classes trabalhadoras abrangidos pelos respectivos dispositivos.
Prazo de vigência – não superior a 2 anos.
Condições ajustadas para reger as Relações individuais durante sua vigência.
Normas para conciliação das divergências sugeridas entre os Convergentes por motivos da aplicação de seus dispositivos 
 Mediação; - cara a cara
 Arbitragem; - terceiro
 Comissão de Conciliação Prévia. – chama geral e a gente aceita.
Disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão dos dispositivos
Direitos e deveres dos empregados e empresas;
Penalidades em caso de violação (nunca superior ao principal)
Após a sua celebração – 8 dias para depósito ao MTE, sendo que, em 3 dias entra em vigor e em 5 dias há a publicidade do ACT ou CCT.
Art. 614 - Os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes promoverão, conjunta ou separadamente, dentro de 8 (oito) dias da assinatura da Convenção ou Acordo, o depósito de uma via do mesmo, para fins de registro e arquivo, no Departamento Nacional do Trabalho, em se tratando de instrumento de caráter nacional ou interestadual, ou nos órgãos regionais do Ministério do Trabalho e Previdência Social, nos demais casos.                   
§ 1º As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data da entrega dos mesmos no órgão referido neste artigo.                          
§ 2º Cópias autênticas das Convenções e dos Acordos deverão ser afixados de modo visível, pelos Sindicatos convenentes, nas respectivas sedes e nos estabelecimentos das empresas compreendidas no seu campo de aplicação, dentro de 5 (cinco) dias da data do depósito previsto neste artigo.                      
 § 3o Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalhosuperior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.
Integração da norma coletiva
Existem três correntes sobre a integração das cláusulas previstas em norma coletiva no contrato de trabalho:
Teoria da ultratividade plena/absoluta/irrestrita: a norma coletiva sempre integrará o contrato independentemente do prazo de vigência ou da existência de outra norma posterior.
Teoria da aderência limitada pelo tempo/ao prazo: a norma coletiva integra o contrato de trabalho apenas durante o período de sua vigência, ou seja, apenas durante o período máximo de dois anos. É a teoria adotada atualmente pela Legislação brasileira (art. 614, § 3º, CLT)
§ 3o Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.
Teoria da aderência limitada por revogação ou teoria da ultratividade condicionada/relativa: a norma coletiva integra o contrato até que sobrevenha outra norma coletiva para revoga-la, ainda que ultrapassado o período de vigência.
21/05/2019
GREVE
Lei nº 783/1989
CF, artigo 9
 Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
CLT, Art. 611-B, XXVII
611-B.  Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender;
Conceito – Suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços ao empregador.
OBS.: Havendo abusos será cabível a reparação pelos grevistas – Art. 15
Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal.
Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de delito.
Requisitos para o exercício da greve
Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Frustração da negociação coletiva ou impossibilidade do uso da arbitragem;
Assembleia geral p/ definir as reivindicações da categoria e deliberar sobre a greve;
Notificação da entidade patronal ou do empregador (diretamente), com antecedência mínima de 48 horas (se for atividade essencial deve ser com no mínimo 72 horas antes). 
Direitos dos grevistas
Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve;
II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.
§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.
§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
Uso de meios pacíficos para persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderir à greve.
Arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento 
Efeitos da greve no contrato de trabalho
Interrupção ou suspensão do contrato de trabalho – nos termos do art. 7º - Lei da Greve, a paralisação gera a suspensão do contrato - o contrato é suspenso (SuspenSão = SS – Sem Salário) - entretanto, se a greve for considerada válida, e o empregador pagar os dias parados, considera-se que houve a interrupção
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.
Rescisão – nos termos do Art. 7º - lei de greve, é proibida a rescisão do contrato de trabalho durante a greve.
OBS.: Na hipótese de falta grave praticada durante a greve, o empregador poderá efetuar a dispensa por justa causa após o termino da greve.
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.
Contratação de substitutos – Também nos termos do art. 7º, é proibido a contratação de trabalhadores substitutos durante a greve, salvo em duas hipóteses: 
se o sindicato não garantiu uma equipe de empregados para assegurar o serviço cuja paralização resulta em prejuízo irreparável pela deterioração irreversível de bens, maquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa após a cessação da greve; 
Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.
Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.
Quando caracterizado abuso do direito de greve nos termos do art. 14 da lei de greve
Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.
Atividades e/ou serviços essenciais:
Tratamento e abastecimento de água, energia elétrica, gás e combustíveis;
Assistência médica e hospitalar;
Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
Serviços funerários;
Transporte coletivo;
Captação e tratamento de esgoto e lixo;
Telecomunicações;
Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
Processamento de dados ligados à serviços essenciais;
Controle de trafego aéreo; e,
Compensação bancária.
 Greve abusiva – O artigo 14 da Lei da Greve caracteriza o abuso, o não cumprimento das regras previstas na lei de greve, bem como a manutenção da paralização após a celebração de acordo ou convenção coletiva ou decisão da justiça do trabalho. Sendo abusiva a greve, não haverá pagamento dos dias da paralização e ainda será atribuída multa ao sindicato grevista. O artigo 611-B, XXVII, CLT, diz que, constitui objeto ilícito de convenção coletiva ou acordo coletivo supressão ou redução do direito à greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo, e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
 Greve dos militares – de acordo com o artigo 142, § 3º, IV, CF, é proibido a sindicalização e a greve dos militares, uma vez que observam regime militar próprio;
 Lockout – O artigo 17 da lei da greve, veda a paralização das atividades por iniciativa do empregador com o objetivo de frustrar a negociação ou dificultar o atendimento das reivindicações dos empregados. Caso ocorra o lockout, é assegurado aos empregados o pagamento dos salários durante a paralização.
 Greve do Servidor Público – o artigo 37, VII, CF, deixa claro que, o direito de greve do servidor público será exercidonos termos e limites de lei específica. Referida lei nunca foi promulgada, em razão disso, o STF, em mandado de injunção, aplicou a teoria concretista e determinou a aplicação da lei do âmbito privado ao servidor público até que venha a ser editada a lei específica (MI, 670, STF).

Continue navegando