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Pré e Pós Operatório de Cirurgias Plásticas Prof° Jhonattan Lopes Equipe Multidisciplinar � É uma área em amplo crescimento, havendo a necessidade de integração de uma equipe multidisciplinar, a fim de alcançar melhores resultados Planejamento Cirúrgico � A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico. A preocupação com os cuidados no pré e pós-operatório tem sido fator preventivo contra possíveis complicações e promotor de um resultado mais satisfatório. � Destaca a importância, para os profissionais que atuam com pré e pós-operatório de cirurgias plásticas, do domínio de alguns conceitos: EDEMA – SEROMA – EQUIMOSE – HEMATOMA – FIBROSE – DEISCÊNCIA É um acúmulo de líquidos intersticiais, localizado nos tecidos subcutâneos EDEMA EDEMA � Modifica os contornos do corpo, apresentando dilatação do tecido. � Podem ser generalizados ou localizados. � Formam-se primeiramente nos pés a nas pernas (correspondendo a força da gravidade) � Costas, nádegas e região posterior da coxa em pacientes acamados, podendo afetar o corpo todo. �No período de pós-operatório de cirurgia plástica, o edema sempre está presente, e geralmente, pode persistir durante até três meses. SEROMA � É o acúmulo de liquido constituído de plasma e linfa na área operada após grandes deslocamentos teciduais. SEROMA � É de difícil percepção, mas posicionando o paciente de pé, torna-se mais fácil de avaliar a presença do liquido. � Quando esse liquido é identificado o paciente deve ser encaminhado ao médico para que a sua remoção seja feita. EQUIMOSE � É o extravasamento de sangue resultante de um trauma em que ocorre rompimento de vasos subcutâneos e consequente extravasamento de hemácias que se infiltram no tecido superficial, formando uma mancha na pele. HEMATOMA � É uma coleção de sangue que, por ser em maior quantidade, em razão do rompimento de vasos de maior calibre, não consegue se espalhar-se pelos tecidos, permanecendo agrupado em algum espaço. FIBROSE � É um processo natural do organismo em reação a uma incisão ou trauma. � É a formação ou o desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo em um órgão ou tecido, como processo reparativo. DEISCÊNCIA � Ocorre a reabertura da ferida previamente fechada. � Essa complicação pode comprometer o resultado estético da futura cicatriz, além do risco de infecção CIRURGIAS FACIAIS � A cirurgia facial é um procedimento delicado, que deve levar em consideração muitos aspectos, pois não é somente a estética que está em jogo. É também uma plástica funcional, ou seja, pode corrigir deformidades genéticas ou traumas causados por acidentes, entre outros, ajudando a retomada do convívio social. A ritidoplastia é uma cirurgia cujo objetivo é o rejuvenescimento e o realce da aparência facial. RITIDOPLASTI A RITIDOPLASTIA � Ocorre através de técnicas cirúrgicas divididas em primeira, segunda e terceira geração. � A primeira é uma técnica onde somente se removia a pele. � A segunda veio para tornar o resultado da cirurgia mais duradouro. � E a terceira chegou para alcançar o sulco nasogeniano, que, até então, não era alterado por outras técnicas. � É uma cirurgia de elevação da face com expressão de cansaço gerada pela ptose tissular e muscular, devolvendo o contorno facial perdido, atenuando linhas e marcas de expressão faciais. RITIDOPLASTIA � Complicações: � Hematoma, � Seroma, � Deiscência de sutura � Cicatrização hipertrófica, � Alopecia, � Infecção,Necrose do retalho � Fístula salivar. BLEFAROPLAST IA � A blefaroplastia é uma cirurgia realizadas para o rejuvenescimento da região periorbicular em indivíduos com alterações estéticas das pálpebras BLEFAROPLASTIA �Com predisposição predominantemente familiar, ocorre o relaxamento do tecido subcutâneo da pálpebra superior e presença de bolsas inferiores. BLEFAROPLAST IA � Suas complicações podem ser permanentes ou temporárias, dentre as complicações permanentes destacam-se as seguintes: � Olhos secos; � Lesão da córnea. RINOPLASTIA � A rinoplastia permite alterar o tamanho do nariz, das narinas, refinar a ponta e alterar o ângulo entre o nariz e o lábio superior. RINOPLASTIA � Tem a finalidade de remover o excesso, corrigir desvios e assimetrias do nariz, moldando os tecidos de modo que formem um todo harmônico com o conjunto facial. � Estão incluídos desde intervenções mais difíceis e funcionais e até as cirurgias estéticas faciais com a finalidade de conseguir um bom resultado estético do nariz. PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS PRÉ-OPERATÓRIO � Devem ser tomadas as precauções que possibilitem o preparo da pele que será submetida a um procedimento de cirurgia plástica facial. � Tonicidade tissular e muscular, aumento da hidratação e melhora da elasticidade da pele, em geral facilitam o trabalho do cirurgião resultando em condições cicatriciais favoráveis para o tecido operado. Os procedimentos indicados para o preparo da pele para cirurgia plástica, segundo Sanches, são: � Limpeza de pele; � Hidratação em cabine; � Preparo da musculatura; � Ativação vascular sanguínea; � Drenagem linfática manual. LIMPEZA DE PELE � A limpeza de pele previne contra a proliferação bacteriana durante o próprio ato e no pós cirúrgico. � Auxilia na manutenção de menor produção sebácea e no aumento da oxigenação tissular, com destaque nas peles lipídicas HIDRATAÇÃO EM CABINE � início das hidratações é de 15 dias, antes da data da cirurgia, com no mínimo duas aplicações semanais e o uso de cosméticos específicos. � Quanto ao preparo para a cirurgia de blefaroplastia podem-se utilizar tratamentos específicos para a pele das pálpebras e região orbicular dos olhos. PREPARO DA MUSCULATURA � Acredita-se, por gerar melhor resultado final no contorno facial do paciente, que os estímulos musculares no pré-cirúrgico sejam uma forma importante de proporcionar resultados pós-operatórios mais favoráveis. ATIVAÇÃO VASCULAR SANGUÍNEA � Pode ser realizada através de massagens tipo pinçamento e vacuoterapia sem ultrapassar a pressão negativa de 70 mmHg para se evitar algum tipo de lesão em capilares linfáticos superficiais. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL � Preparar a região a ser operada em determinados aspectos como: � Estimular a circulação arteriovenosa para evitar riscos de necrose; � Ativar a circulação linfática, favorecendo o metabolismo celular; � Melhorar a cicatrização e a recuperação cutânea; � Estimular a circulação venolinfática para evitar edemas. PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS DA FACE 15 Dias antes � Limpeza de pele; � Peeling mecânico; � Peeling químico superficial; � Introdução do uso diário de substâncias hidratantes e fotoprotetor; � Drenagem linfática manual (a última sessão deve ser aplicada na véspera da cirurgia); � Ativação vascular sanguínea com uso de vacuoterapia ou massagem; 4 dias antes (se a pele for seborreica ou se o preparo for para rinoplastia) � Limpeza de pele; � Drenagem linfática manual. PÓS-OPERATÓRIO � Orientação do cirurgião responsável. � São destacadas, os seguintes procedimentos que podem ser realizados no pós-cirúrgico da face: � Drenagem linfática manual; � Fototerapia de baixa potência –LED; � Cuidados domésticos imediatos; � Utilização de Cosméticos; � Esforço físico e malhas compressivas. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL � Pode ser realizado a partir de 24 ou 48 horas posteriores à cirurgia facial. � Não deve serutilizado cosméticos para o procedimento. � As manobras são específicas de encaminhamento nos primeiros 21 dias da pós-operação. � Ultrassom de 3MHz e vácuo (A vacuoterapia ainda permite a realização de lifting facial, além do aumento da flexibilidade e tônus da pele), após 21 dias para eliminação de fibroses. FOTOTERAPIA DE BAIXA POTÊNCIA – LED � LED e as microcorrentes podem ser introduzidas, precocemente, em conjunto com as sessões de DLM, desde as sessões iniciais. � A aplicação de LED tem ação asséptica, não necessitar de contato direto com o operado, proporciona diversos benéficos na recuperação do paciente como, ação anti-inflamatória e analgesia. UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS � Depois de uma semana os riscos com a utilização de cosméticos ou fotoprotetores são minimizado. � Substância químico-cosmética de uso inicial deve ser submetida à orientação do médico responsável. � A aplicação de produtos específicos para cicatrização deve se iniciar após o 21° P.O. ESFORÇO FÍSICO E MALHAS COMPRESSIVAS � Orientações sobre a retomada das atividades físicas cabem ao médico, antes disso o paciente deve-se manter em repouso. � Malhas compressivas são usadas como complemento ao reposicionamento dos tecidos descolados, o uso e o tempo de utilização deste acessório ficam a critério médico. Cirurgias Plásticas Corporais MAMOPLASTI A � As mamas têm uma importância muito grande para as mulheres. � Estão relacionadas à satisfação pessoal, às relações sexuais, às relações mãe- filho durante a amamentação Mamoplastia � O tipo de cirurgia varia de acordo com o objetivo; � Mamoplastia de aumento, essa na maioria das vezes gera uma cicatriz quase invisível, pois a prótese pode ser colocada através de áreas como axilas e aréola. � Mamoplastia redutora ou elevação, utilizam das incisões na forma de um T invertido ou âncora. � Mastectomia e a cirurgia de remoção completa da mama e consiste um dos tratamentos cirúrgicos para o câncer de mama, para a ginecomastia (homens com mamas) ou como parte da cirurgia de redesignação sexual do homem trans. MAMOPLASTIA � As complicações nas cirurgias de mamoplastia são cada vez menos frequentes, sendo as mais encontradas: � Edema � Hematoma � Equimose � Fibrose � Deiscência de sutura � Cicatrizes hipertróficas PRÉ-OPERATÓRIO MAMOPLASTIA � 15 Dias antes: � Introdução do uso diário de cremes com substâncias hidratantes e regeneradoras � Inicio de programa de tratamento da pele e músculo – mínimo de quatro aplicações em dias alternados. � Drenagem linfática manual em dias alternados, com a última sessão coincidindo com a véspera da cirurgia. PÓS- OPERATÓRIO MAMOPLASTIA � 24 a 48 horas após: � Drenagem linfática manual, sessões em dias alternados até o 21° P.O., associadas com laserterapia/LED. � 7° P.O.: Retomada do uso de hidratantes. � Na presença de esparadrapos, não aplicar nestes. � 21° P.O.:Alteração da aplicação de DLM para semanal. (qualquer outra técnica deve ser agendada em dias distintos ao da DLM). � 45° P.O.: Inicio de tratamento especifico para cicatrizes: Aplicar alta-frequência em toda cicatriz com intensidade baixa, sem deslizar e sem faiscar sobre a lesão por 3 minutos; � A partir de dois meses da cirurgia: Programa de tratamento da pele com hidratações e peelings superficiais Lipoaspiração � É a remoção cirúrgica de gordura subcutânea por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzidas por pequenas incisões na pele. COMPLICAÇÕES � Hoje, a lipoaspiração é considerada um procedimento seguro, se realizado por cirurgião bem treinado, mas não significa que seja isento de complicações, sejam elas maiores ou menores, que podem ocorrer em qualquer outra cirurgia. Complicações frequentes da lipoaspiração � Irregularidades � Equimoses � Seromas � Hipercromias � Fibroses � Queimaduras da pele � Fadiga e cefaleia por anemia � Hematomas � Infecções � Anestesia temporária da pele � Edema Complicações raras e graves da lipoaspiração � Embolia � Trombose venosa profunda � Perfuração de órgãos � Necrose Pré-operatório � Hidratação � Ativação muscular com massagens tonificante � Ativação linfática: aplicar drenagem linfática manual, uma semana antes da cirurgia � Tonificação muscular eletrônica: o uso de corrente russa � Vacuoterapia: contribui para a uniformização da camada adiposa Pós- operatório Lipoaspiração � 24 a 48 horas: � Iniciar sessões de drenagem linfática em dias alternados, associados com o LED � Antes do 21° P.O.:Aplicar ultra-som 3 Mhz, nas áreas edemaciadas ou com presença de hematomas, sendo 4 minutos em cada quadrante com movimentos lentos e circulares. Abdominoplastia � abdominoplastia consiste na retirada de tecido subcutâneo excedente na região do abdômen, por meio de uma incisão suprapúbica com transposição do umbigo e com plicatura dos músculos retoabdominais Abdominoplastia � A cirurgia que propõe a retirada do excesso de pele do abdômen e realizada em homens e mulheres com ptose de pele ou flacidez pós-aumento, com conseguinte redução do volume corporal abdominal. � A abdominoplastia é indicada para indivíduos que apresentam gordura localizada abdominal, flacidez decorrente de emagrecimento ou gravidez e diástase abdominal Pré-operatório � Seguem-se os mesmos procedimentos das cirurgias corporais, como a lipoaspiração. Pós-operatório � Drenagem linfática: é necessário respeitar o novo posicionamento dos tecidos deslocados e realocados, para que ela surta resultados efetivos. � Equipamentos auxiliares: fica restrito o uso de equipamentos de correntes farádicas durante o primeiro ano de pós-operatório, ou até que haja liberação médica. � Com exceção do LED, a ser utilizado nas primeiras sessões de P.O., a introdução de equipamentos eletroestéticos, varia de acordo com a experiência do profissional de estética e o protocolo desenvolvido junto ao médico. � Ultrassom: vale uma avaliação minuciosa antes que seja introduzida no pós-operatório imediato, pois há uma grande porção de tecido deslocado que necessita da formação fibrosa para se adaptar a nova posição. Pós- operatório abdominoplastia � A partir da liberação médica ou 4° dia P.O.: Iniciar sessões de drenagem linfática e ledterapia em dias alternados. � Desde que autorizada, pode-se iniciar as microcorrentes. Após, mantém-se a drenagem + laserterapia + microcorrentes, uma ou duas vezes por semana até o 30° dia. � Caso haja formação de fibrose, sugere-se o seguinte protocolo, à partir do 30° P.O.: Aplicar ultra-som 3 Mhz , dividindo o abdômen em 6 quadrantes, sendo 4 minutos em cada quadrante com intensidade iniciando com potencia 0,8 cm2 em movimentos lentos e circulares. � Caso não obtenha resultado aumentar a intensidade para 1,0 W/cm2. � Vacuoterapia , com ventosa de vidro corporal. Passar uma pequena quantidade de óleo para massagem. Realizar movimentos de deslizamento com pressão de -150 a 200mmHg, de forma rápida e constante.
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