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taxonomia e nomenclatura

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ZOOLOGIA
INVERTEBRADOS I
Riccardo Mugnai
- Recebimento ao estudante:
quinta feira das 09,00 as 10,00 hs sala ET 105
- Comunicação: via mail
- Celular e wattshap .....nem pensar!
Dicas
- comportamento em aula
- fazendo as provas
Frequência
Desligamento
Sandro Botticelli
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi
1445 – 1510
Objetivos:
Conhecer os diferentes grupos zoológicos, 
enfatizando os aspectos evolutivos, estruturais, 
fisiológicos e ecológicos que integram o 
conhecimento atual sobre os animais e suas 
relações com o meio ambiente;
Fornecer sustentação teórico-prático dos grupos 
zoológicos mais representativos para possibilitar 
ao estudante contextualizar conteúdos zoológicos 
em disciplinas afins.
Objetivos:
- Compreender os princípios da nomenclatura
• Compreender as diferentes arquiteturas 
corporais dos animais em uma escala evolutiva;
• - Conhecer de que forma a sistemática organiza 
a diversidade biológica;
• - Destacar de que forma os principais grupos 
zoológicos se originaram, evoluíram e como se dá 
a relação de parentesco entre eles;
• - Conhecer os principais grupos zoológicos 
recentes, suas adaptações e funcionalidades.
• Mostrar as principais características morfo-
anatomicas
• Pré-requisitos: nenhum
Textos para curso biologia
Parte introdutória
Parte especifica
vertebrados
invertebrados
Textos para curso zootecnia/agronomia
As primeiras tentativas bem sucedidas e 
documentadas de organizar o mundo dos 
viventes são do IV-III sec. A.C. atribuídas a 
Aristóteles, considerado o fundador da zoologia 
(a ele se deve a primeira divisão do reino 
animal), e a seu discípulo Teofrasto para 
botânica.
Persiste até o sec. XVIII
Aristóteles
Teofrasto 
Reino Animalia (Linnaeus, 1735)
do grego “Anima”, “alma”
“organisatione viva, nervis sentiunt, percipiunt, seque ex arbitrio 
movent motu possibili”
“organização viva, nervos que sentem, percebem, ao seu arbítrio 
segue os movimentos possíveis”
Reino Plantae (Linnaeus, 1735)
“objetos naturais que crescem, vivem e não sentem”
Reino Mineral (Linnaeus, 1735)
“objetos naturais que crescem, não vivem ou sentem”
Karl von Linné
No sec. XIX eram já conhecidos muitos microrganismos 
agrupados em:
Protozoa Goldfuss 1820
Protophyta
Phytozoa
Bacteria (descritas por Leuwenhoek como “animalicules”)
Surgia assim a exigência de inserir estes organismos no 
mundo dos viventes.
No sec. XVII a microscopia
surge como novo sistema de 
estudo.
Antonie van Leuwenhoek (1632 
– 1723) considerado o pai da 
microscopia.
Antonie van Leuwenhoek
Aristóteles
Hernst Haeckel
H. F. Copeland 
R.H. Whittaker
REINO METAZOA 
OU ANIMALIA
Seres eucarióticos, multicelulares e 
heterotróficos, com formação de 
embriões ocos.
Capazes de movimento (pelos menos
numa fase da vida).
Ciclo diplonte (com meiose terminal).
Mais de 1.700.000 de espécies descritas
(estimadas de 3 até 30).
A única apomorfia, em realidade, é
constituída pela presença de colágeno.
Classificação,
Nomenclatura,
Etimologia
e
Filogenia
A biodiversidade animal mundial é constituída por pelo
menos 1,75 milhões de espécies.
Entretanto, a estimativa do verdadeiro número de
espécies existentes varia de 3,6 para mais de 100 milhões.
Algumas estimativas indicam que a biodiversidade atual
representa apenas cerca de 1% da biodiversidade
produzida na história biológica.
Para entendermos toda esta diversidade é necessário nomeá-la e organizá-la.
Classificar
V.T. Dividir em grupos ou classes que possuam características parecidas. 
Determinar a classe de alguma coisa dentro de determinado grupo ou conjunto. 
Ordenar. Dar uma nota, qualificar. 
Na Biologia, consiste em determinar o grupo taxionômico a qual uma planta ou 
animal pertence. 
Os seres vivos são classificados por meio de critérios preestabelecidos, isto é, 
usamos regras de classificação de acordo com a necessidade e com o sistema 
de classificação adotado. 
O ramo da biologia que se ocupa descrever, ordenar, agrupar, compreender as 
relações filogenéticas e nomear os organismos é dito sistemática.
Segundo alguns autores a Sistemática divide-se em dois ramos
A Taxonomia ou taxinomia (do latim taxon - grupo e nomos - normas) é a 
ciência responsável por nomear, descrever e classificar os seres vivos, e serve 
de base para disciplinas como a genética, ecologia, ou qualquer outra na 
área biológica.
Nomenclatura : ramo da biologia que se ocupa de prover regras para o 
estabelecimento de nomes dos táxons validas internacionalmente.
Nota:
Alguns autores (ex. Brusca & Brusca, 2005) consideram os 
termos sistemática e taxonomia como sinônimos.
A nomenclatura não fornece nome
Prove regras
Nomenclatura
Por que nomear?
Para facilitar a comunicação
Porque normas para dar nomes?
Para tornar estes nomes universais
Estáveis no tempo
Garantir a biunivocidade
Globo
Globo
Melro, na América do Sul, aplica-se ao Gnorimopsar chopi
(Emberizidae) e, na Europa, ao Turdus merula
(Muscicapidae).
Gnorimopsar chopi
Turdus merula
O nome barata aplica-se a todas as baratas, mas, em um
sentido mais amplo, aplica-se também a alguns besouros
... cerca de 5.000 espécies no mundo!
Os primeiros nomes dos organismos foram vernáculos ou nomes comuns e
não tinha regras.
Isso hoje têm seus inconvenientes:
- não são universais e somente são aplicados a uma língua ou a uma
área geográfica restrita;
- frequentemente duas ou mais organismos não relacionadas
possuem o mesmo nome;
- um mesmo organismo possui diferentes nomes comuns;
- os nomes muitas vezes são aplicados indistintamente a um conjunto
de organismos.
Tentou catalogar e dispor sistematicamente todos 
os organismos do mundo.
Agrupou espécies em gêneros.
. 
Desenvolveu um sistema 
de nomenclatura polinomial.
Na metade do século XVII John Ray
(sucessivamente John Wray) desenvolveu o
conceito moderno de espécie.
Cada espécie tinha um nome em latim constituído por uma 
sequência de termos que correspondiam a uma descrição desse 
organismo. 
Esta nomenclatura era longa, difícil e pouco cómoda.
O nome crescia a medida que se encontravam novas espécies 
semelhantes.
Início da nomenclatura moderna
Carlina acaulis L.
Carlina-branca (Asteraceae), do sudeste europeu
Carlina acule inifloro florae breviore
Apis mellifera L., 1758
Abelha-europeia
Apis, pubescens, thorace subgriseo, 
abdomine fusco, pedibus, posticis glabris
utrinque margine ciliatis. 
No começo do século XVII Gaspar Bauhin foi um dos
primeiros naturalistas a tentar conceber um sistema de
classificação natural das plantas com base na sua
morfologia.
Classificou várias espécies de plantas nativas 
da Suíça, atribuindo a cada espécie um nome 
científico, consistindo de um nome genérico e 
nome específico.
Foi o primeiro a adoptar um sistema binomial 
(de dois nomes).
Nos meados do sec. XVIII Carl von Linné (Carlos Lineu, 
Carolus Linnaeus; Caroli Linnaei) publica o Systema
Naturae (1735, de só dez páginas).
A X edição do Systema Naturae de 1758 marca o 
começo da nomenclatura zoológica moderna.
Nestas publicações, além da nomenclatura 
binominal, é proposto o uso de categorias de 
classificação (reino, classe, ordem, gênero, 
espécie), constituindo uma hierarquia.
Nos meados do sec. XVIII Carl von Linné (Carlos Lineu, 
Carolus Linnaeus; Caroli Linnaei) publica o Species
plantarum (1753).
O Species plantarum marca o começo da 
nomenclatura botânica moderna.
A nomenclatura é regida para Códigos Internacionais.
Código Internacional de Nomenclatura Botânica (rege plantas, algas, cianobactérias 
e fungos) (inglês: ICBN)
CódigoInternacional de Nomenclatura para Plantas Cultivadas (inglês: ICNCP)
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (inglês: ICZN)
Código Internacional de Nomenclatura de Bactéria (inglês: ICB)
Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus (inglês: ICVCN)
Os códigos são independentes e apresentam regras diferentes. 
NOTA: Nas últimas dois décadas foram realizados esforços para uniformizar os códigos. Ex. no código botânico foi adoptado o 
termo Filo em ligar de Divisão.
Zool. 
Pieris é um amplo gênero (35 spp.)de 
borboletas da família Pieridae.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Superfamília: Papilionoidea
Família: Pieridae
Género: Pieris
Bot.
Pieris é um género (5 spp.) pertencente à 
família Ericaceae.
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ericaceae
Género: Pieris
1758 10º ed. Systema Naturae (1757 Aranei Svecici)
1842 Código de Strickland (botânica e zoologia)
1889 Primeiro ICZ meeting (Paris), tentativa de adoção de regras
1901 Primeiro ICZ meeting (Berlin) adoção das regras de nomenclatura
1961 - Primeira edição
1964 - Segunda edição
1985 - Terceira edição
1999 - Quarta edição
OBJETIVO PRINCIPAL DOS CÓDIGOS
Promover:
ESTABILIDADE
UNIVERSALIDADE
assegurar 
que cada nome seja único e distinto.
Pela independência dos códigos plantas e animais podem ter o mesmo nome.
A Classificação Zoológica Atual
A classificação atual é uma adaptação dos sistema de Lineu.
Arranjo ordenado dos organismos com caracteres similares e separados daqueles 
dissimilares em grupos denominados de “taxa” (no singular, “táxon”).
O sistema proposto por Lineu continua sendo usado, acrescido de mais duas 
categorias: filo e família.
ESPÉCIE
GÊNERO
FAMÍLIA
ORDEM
CLASSE
FILO
REINO
6 obrigatórias: Phylum, Classe, Ordem, Família,
Gênero e Espécie.
Facultativas: Subphylum, Superclasse,
Subclasse, Infraclasse, Coorte, Superordem,
Subordem, Infraordem, Superfamília, Tribo,
Subtribo, Subgênero, Subespécie.
TÁXON:
grupo de organismos reconhecidos como uma unidade em algum nível 
da classificação hierárquica (Animalia, Chordata, Primates, Homo 
sapiens).
CATEGORIA:
é determinado nível hierárquico em que certos taxa são classificados 
(filo, classe, ordem, família, gênero, espécie).
Terminações dos nome dos táxons
Zoologia Botânica Bacteriologia
phylum/divisão * - phyta/-mycota1
classe * - opsida/-mycetes1/ -phyceae²
subclasse * - idea/-mycetidae1/-phycidae2
superordem * - anae
ordem * - ales - ales
subordem * - ineae - ineae
superfamília - oidea (não utilizado) (não utilizado)
família - idae - aceae - aceae
subfamília - inae - oideae - oideae
tribo - ini - eae - eae
subtribo - ina - inae - inae
1: fungi; ²: algae
Pronuncia de nomes científicos
Os ditongos ae e oe se lêem como e.
Ex. laevis; rhoeas
A combinação ch se lê k
Ex. Chenopodium
A combinação ph se lê f
Ex. Phaseolus vulgaris
O sistema lineano baseia-se no conceito de 
espécie.
O conceito proposto por John Ray na metade 
do século XVII foi em parte modificado. 
Biológico (Mayr, 1953). Grupo natural de populações ativa ou
potencialmente entrecruzantes e reprodutivamente isolado de
todos os demais grupos similares.
Paleontológico (Simpson, 1945). É uma população em que a
extensão e a natureza de sua variação e suas diferenças de outras
populações conhecidas são análogas àquelas das espécies
genéticas estabelecidas.
A espécie
Grupo da espécie (caso binomial)
Espécie: 
binômio (nome genérico + nome específico ou epíteto)
Ex: Sus scrofa
Nomenclatura binomial (de dois nomes).
Alguns autores preferem o termo binominal (nome de dois nomes).
O nome do autor e a data não forma parte do nome, recomenda-se o uso, pelo menos, 
uma vez nas publicações.
Deve ser destacado: grifo, itálico ou sublinhado.
virgula 
(Não obrigatório para ICBN)
O nome do autor e a data não forma parte do nome, recomenda-se o uso, pelo menos, 
uma vez nas publicações.
Deve ser destacado: grifo, itálico ou sublinhado.
virgula 
(Não obrigatório para ICBN)
( )
Grupo da espécie (casos trinomiais)
Casos trinomiais
Subespécie:
Sus scrofa scrofa
Sus scrofa domesticus
Sus scrofa scrofaSus scrofa domesticus
Grupo do gênero (casos trinomiais)
Espécie indicando o subgênero:
Glenea (Paraglenea) relicta 
Glenea (Acronioglenea) besucheti
Glenea relicta Glenea besucheti
Nota bem: o caso tetranomial (ex. Pavero, 
1981) não existe sendo que o nome do 
subgênero não faz parte do nome da espécie.
Glenea (Acronioglenea) besucheti besucheti
Nota bem: o caso tetranomial (ex. Pavero, 
1981) não existe sendo que o nome do 
subgênero não faz parte do nome da espécie.
Glenea (Acronioglenea) besucheti besucheti
Grupo do gênero (casos uninomiais)
Casos uninomiais
Gênero Glenea
Glenea (Paraglenea) relicta 
Glenea (Acronioglenea) besucheti
Glenea relicta Glenea besucheti
Grupo da família (casos uninomiais)
substantivo, plural valido para criar uma categoria supragenérica.
- basear-se em um gênero tipo
- derivar o nome do nome do gênero tipo
- começa com maiúscula
Família e subfamília: devem ser tratados como femininos
Terminações:
- OIDEA: superfamílias (recomendação)
- IDAE: família
- INAE: subfamília
- INI: tribos (recomendação)
Terminações dos nome dos táxons
Zoologia Botânica Bacteriologia
phylum/divisão * - phyta/-mycota1
classe * - opsida/-mycetes1/ -phyceae²
subclasse * - idea/-mycetidae1/-phycidae2
superordem * - anae
ordem * - ales - ales
subordem * - ineae - ineae
superfamília - oidea (não utilizado) (não utilizado)
família - idae - aceae - aceae
subfamília - inae - oideae - oideae
tribo - ini - eae - eae
subtribo - ina - inae - inae
1: fungi; ²: algae
Apis IDAE Família 
Gênero + sufixo = apidae
Tribo → ini (Hominini)
Subfamília → inae (Homininae)
Familia → idea (Hominidae)
Superfamília → oidea (Hominoidea)
Subordem → ina/dina (Hominina)
Podem ocorrer complicações na composição do nome do grupo de família. 
Nem sempre a raiz de um nome (no genitivo singular) pode ser obtida pela 
eliminação de sua terminação.
Coluber – Colubridae.
Homo – Hominidae.
Threskiornis – Threskiornithidae.
Termes – Termitidae.
Tubifex – Tubificidae.
Homónimo (ou Sinónimo) sênior
Homónimo (ou Sinónimo) júnior
Adota-se para cada gênero e cada espécie, o nome mais antigo pelo 
qual foi designado.
Lei da prioridade
No caso de publicação simultânea ou vários 
nomes na mesma publicação, o primeiro 
revisor decide qual utilizará.
Deve pensar na estabilidade e universalidade.
O nome do autor e a data não forma parte do nome, recomenda-se o uso, pelo menos, 
uma vez nas publicações.
Deve ser destacado: grifo, itálico ou sublinhado.
virgula 
(Não obrigatório para ICBN)
( )
A nomenclatura ajuda os estudantes de idiomas latinos................
PORIFERA, do latim porus = poro, conduto, passagem + fero (verbo) = trazer, 
portar, ter.
ANNELIDA, do latim: annelus = anel.
OLIGOCHAETA, do grego: olígos = pouco + chaíte = cerda.
BIVALVIA, do latim bi = dois, duplo + valvae, nominativo plural valvarum = porta 
(dupla).
DECAPODA, do grego: déka = dez + pous, genitivo singular podós = pé; 
nominativo plural:
podá.
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ISOPODA, do grego: isós = iguais + pous, genitivo singular podós = pé; 
nominativo plural:
podá.
INSECTA, do latim insectum = cortado; nominativo plural: insecta.
ETEROPTERA, do grego héteros = diferente, contrário + pterón = asa; nominativo 
plural:
pterá.
MEGALOPTERA, do grego megálos = grande+ pterón = asa; nominativo plural: 
pterá.
TRICHOPTERA, do grego: trichos = pelo + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DIPTERA, do grego dí-pteros, com duas asas.
Filogenia 
Filogenia
filogenia (ou filogênese) é o estudo da relação evolutiva 
entre grupos de organismos (por exemplo, espécies, 
populações) no tempo e no espaço.
Hennig (1950) Theorie der phylogenetischen
systematik
Hennig (1966)
Homologia
◼ FERRAMENTA BÁSICA para a 
comparação dos indivíduos distintos .
◼ Um dos conceitos mais fundamentais 
da biologia comparada.
Homologia
Exemplos:
Órgãos homólogos – asas de morcego e mãos de humanos (mesma origem)
Órgãos similares – asas de morcego e asas de borboleta (mesma função)
Homoplasia
Semelhança adquirida independentemente 
em dois ou mais grupos
HOMOPLASIA
A B C D E F
Convergência
Paralelismo
Reversão
Cladograma filogenético realizado a partir de caracteres morfológicos e 
genéticos de primatas e parasitos. As lineas não continuas indicam 
relação parasito-hospedeiro. Fonte Weiss, 2009 (Reed et al., 2007).
Zoonoses 
Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas do animal para o homem e vice-
versa. 
Fatores que influenciam as 
zoonoses:
-espécie considerada;
-densidade da espécie;
-área geográfica;
-relação de parentesco 
com o homem.
Resumo
Característica de animália
Sistemática: Nomenclatura e Taxonomia
Regras básicas de nomenclatura
Conceito de Filogenia

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