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Fundamentos da sistemática e nomenclatura botanica

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Fundamentos de Sistemática Biológica
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Possíveis Ancestrais
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Biodiversidade
- 1.750.000 espécies descritas
- Possivelmente 12.000.000 espécies inéditas (não descritas) 
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Como a diversidade está distribuída?
422.000
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Como a diversidade está distribuída?
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Onde está a biodiversidade?
O Brasil é um dos 15 países megadiversos (*). Temos o DEVER de 
conhecermos bem o que existe aqui! 
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 Estima-se que o homem tenha usado cerca de 3.000
espécies de plantas para alimentação, remédio,
combustível ou matéria prima para vestuário.
 Dessas, somente 150 têm sido cultivadas em maior ou
menor escala.
 Em escala mundial, somente umas 15 espécies de plantas
constituem a fonte principal de alimento (Huaman, 1984).
 O desenvolvimento tecnológico da agricultura levou a
uma dramática redução da diversidade de espécies, assim
como da diversidade genética dentro das espécies
cultivadas.
É possível conservar a biodiversidade?
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Sistemática e áreas afins
Afinal de contas,
Sistemática = Taxonomia = Nomenclatura?
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Sistemática
Taxonomia Nomenclatura
Não!!!!!!
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Sistemática
 Simpson (1961):
A sistemática é o estudo científico dos tipos e da
diversidade dos organismos, e de todo e qualquer
parentesco entre eles.
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Taxonomia 
 Simpson (1961) e Mayr (1969):
É a teoria e a prática da delimitação dos tipos de
organismos e da sua classificação.
Refere-se à descrição e delimitação dos táxons, tem uma
abrangência menor do que a sistemática
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Táxon
 taxon pl. taxa
atualmente, já se usa também, em português, o plural
como “táxons” (cf. Amorim, 1997)
Qualquer unidade ou grupo de organismos que
recebe um nome.
Exemplos: Mirmecophaga tridactyla, Asparagales,
Platyhelminthes, Orchidaceae
Táxon = grupo específico  categoria
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Nomenclatura 
Refere-se às normas de aplicação de NOMES
aos táxons
As normas são estabelecidas por códigos
internacionais
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Classificação, um ato natural
 Índios Kayapó:
54 espécies de abelhas
80% de concordância com a
reconhecida hoje pela ciência
Maias:
nove grandes grupos de plantas
reconheciam “gêneros” e “espécies”,
muitos concordantes com a taxonomia
atual
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Nós todos somos sistematas!
A sistemática é praticada por todos nós, todo o tempo,
quando ordenamos alimentos, roupas, etc.
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A Sistemática é uma ciência?
Criar um sistema de classificação é uma
atividade científica?
 Organizar o conhecimento de forma sistemática;
descobrir padrões de afinidade entre fenômenos e
processos
 Fornecer explicações sobre a ocorrência dos fatos
 Propor hipóteses explicativas, que devem ser testadas
(Ayala, 1968 in Mayr, 1998)
Objetivos da Ciência
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A sistemática é ciência na medida em que tem uma
teoria que a explica e pode ser testada
“Iluminação Recíproca”
A Evolução é a teoria central
A mera classificação não é ciência. 
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Sistemática
Taxonomia
Nomenclatura
Evolução
Sistemática como ciência
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Importância da Sistemática
A sistemática baseia-se em todas as áreas da biologia.
Entretanto, seu resultado também é utilizado pelas
mesmas áreas.
O conhecimento sobre sistemática de plantas guia a busca
por plantas com potencial econômico.
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Importância da Sistemática
 Os sistematas tentam reconstruir a crônica inteira dos
eventos evolutivos.
 Uma finalidade secundária, porém crítica, da sistemática
é converter o conhecimento sobre a árvore da vida em um
sistema de classificação não ambíguo, que possa nortear a
compreensão de mundo que nos rodeia.
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Importância da Sistemática
 Pontos de vista diferentes (resumos de informações ou
ramos hipotéticos na árvore da vida)
Diagrama de ramificação Classificações
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Nomenclatura de plantas
 O que é nomenclatura?
• Nomeação de plantas utilizando um sistema
formal.
• Código Internacional de Nomenclatura Botânica
(CINB).
 Quais organismos estão cobertos pelo CINB?
•Angiospermas, Gimnospermas, Pteridófitas,
Briófitas, Algas, Fungos, Cianobactérias, Protistas
fotossintéticos, Fósseis e Híbridos
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 É um nome publicado em latim de acordo com o CINB
• Ex. Myrtales, Melastomataceae, Miconia
O que é um nome científico?
Copaifera langsdorffii
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O nome do autor é importante e em algumas situação deve
ser citado
Artemisia absinthium L.
Cecropia pachystachya Trécul
O nome do autor pode 
ser abreviado.
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Por que não usar nomes comuns?
 Erva cidreira
Lamiaceae Verbenaceae
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Somente nomes científicos são universais, têm o mesmo
significado em qualquer lugar do mundo.
 Nomes comuns não são consistentes:
• Um taxon pode ter mais de um nome comum;
Pau D’Álho do Campo e Pau Marfim (Agonandra brasiliensis)
• Um nome comum pode se referir a mais de um taxon.
Pau Pombo [(Tachigali rubiginosa) 
(= Sclerolobium paniculatum var rubiginosum)] e Tapirira 
guianensis
Por que não usar nomes comuns?
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Muitas plantas não têm um nome comum.
• Nomes comuns não dizem nada sobre rank.
• Diferenças nos idiomas.
Por que não usar nomes comuns?
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Nomenclatura de plantas
•Theophrastus foi o primeiro a tentar
organizar e classificar as plantas no
século 4 a.c.
• Classificou cerca de 500 plantas com
base em características de folhas
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 Idade Média - “Herbalistas” - Fase do “para que servem as
plantas”. Até aqui não foram estruturados Sistemas de
Classificação.
 Os nomes das plantas era polimonial: descrições, com 6 a
12 palavras em latim. Ex. Tulipa minor lutea italica folio
latiore (pequena tulipa amarela da Itália com folhas largas)
• De um autor para outro os nomes podiam se diferenciar,
pois os autores podiam escolher diferentes palavras.
• Com o descobrimento de novas espécies, principalmente
no Novo Mundo, o número de polinômios se tornou
impraticável.
Nomenclatura de plantas
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• Jean BAUHIN (1541-1631) e Gaspar BAUHIN (1566-1624)
História Plantarum Universalis
(3 Volumes)
4.000 plantas
PINAX
Nomes e
Sinônimos de
6.000 plantas
Reconhecerem Gênero e Espécie. Já 
utilizavam Binômios (nomes duplos) para 
as espécies vegetais – 100 anos antes de 
Lineu!
Nomenclatura de plantas
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• J. Ray (1627-1705)
 Agrupamento por semelhanças
morfológicas, classificação baseada
em caracteres florais
 Separou mono e dicotiledôneas.
• Definiu 6 regras.
Nomenclatura de plantas
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1. Nomes não devem ser mudados para se evitar
confusão e erros.
2. Características têm que ser exatamente e
distintivamente definidas, o que significa que aquelas
baseadas em relações relativas como altura não
devem ser usadas. Ex. “a planta é alta”.
3. Características devem ser facilmente encontradas
por qualquer um.
J. Ray (1627-1705)
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J. Ray (1627-1705)
4. Grupos que são aceitos pela maioria dos botânicos
devem ser mantidos.
5. Deve-se tomar cuidado que plantas relacionadas não
sejam separadas, grupos não naturais não devem ser
juntados.
6. Características que definem o táxon não devem ser
aumentadas em número desnecessariamente, mas
apenas o suficiente para fazer uma classificação
confiável.
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Sistema Binomial de Nomes de Plantas
 Criado por Carl Von Linné
(Carolus Linnaeus) (1707-1778)
– escreveu Species Plantarum
(1753).
 Dois nomes para cada
planta:
Gênero e epíteto específico
Mangifera indica L. = Manga
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Sistema Binomial de Nomes de Plantas
 Utilizando uma metodologia
bem amarrada, fundamentou as
bases da nomenclatura
biológica. Inventou a
classificação em Reino, classe,
ordem, gênero e espécie.
Carolus Linnaeus (1707-1778)
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114 anos depois...
1º Congresso Internacional de Botânica –
Paris 1867
Aprovação do LOIS DE NOMENCLATURE
BOTANIQUE (Alphonse de Candolle)
1º. Código Internacional de 
Nomenclatura Botânica
(Código de Paris)
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Após décadas de discussão, a partir de 1905 (Viena) o Código
International de Nomenclatura Botânica (CINB) passou a ser discutido
nos Congressos Internacionais de Botânica.
Último em Melbourne (Austrália, 2011).
Código Internacional de Nomenclatura Botânica
Próximo:
 Em Shenzengh, China, em julhode 2017
O Brasil poderá ser um forte candidato a sediar o XX 
Congresso Internacional de Botânica, em 2023
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As premissas básicas do CINB estão listadas
no preâmbulo:
1. Deve haver meios simples exatos, pelos
quais são dados nomes científicos as
plantas, que podem ser usados e aceitos
em todo o mundo.
2. Existe um grupo de princípios que devem
ser seguidos.
3. Haverá regras que governam a
nomeação das plantas.
4. Nomes que são contrários as regras não
podem ser mantidos.
Nomenclatura de plantas
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 Existem duas razões para o nome científico de
uma planta mudar:
1. O nome pode ser contrário às regras.
A nomenclatura é governada pelo código.
Código Internacional de Nomenclatura Botânica
2. Novos estudos que trazem um melhor
entendimento do grupo.
a. Divisão
b. União
c. Mudança de rank
d. Mudança de posição
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 Divisão
Rhus (Anacardiaceae) separado em Malosma, Rhus, e
Toxicodendron
 União
Diplacus e Mimulus (Phrymaceae) foram reunidos em
Mimulus
Mudança de posição
Sedum variegata transferido para o gênero Dudleya, a nova
espécie Dudleya variegata
Código Internacional de Nomenclatura Botânica
Mudança de rank
Larrea divaricata ssp. tridentata mudou para o rank de
espécie: Larrea tridentata
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Classificação hierárquica em que um rank superior é inclusivo
para todos os ranks inferiores.
O que é um rank?
Colocação como um membro de um taxon do próximo rank
suerior.
Ex., Aster & Rosa mesmo rank (gênero) mas diferentes
posições (Asteraceae & Rosaceae)
O que é um posição?
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Reino
Filo (ou Divisão)
Subfilo
Classe
Subclasse
Superordem
Ordem
Subordem
Superfamília
Família
Subfamília
Tribo
Subtribo
Gênero 
Espécie
Hierarquia das categorias taxonômicas aceitas pelo CINB
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Principais ranks
Order
Family
Subfamily
Tribe
Subtribe
Genus
Subgenus
Section
Species
Subspecies
Variety
- ales Asterales
-aceae Asteraceae
-oideae Asteroideae
-eae Heliantheae
-inae Helianthinae
(various) Helianthus
(various) Helianthus
(various) Helianthus
(various) Helianthus annuus
(various) Helianthus annuus ssp. annuus
(various) Helianthus annuus var. annuus
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Exceções – oito famílias possuem nomes alternativos
Leguminosae – Fabaceae
Gramineae – Poaceae
Compositae – Asteraceae
Guttiferae – Clusiaceae
Palmae – Arecaceae
Umbelliferae – Apiaceae
Labiatae – Lamiaceae
Cruciferae - Brassicaceae
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Nomenclatura supragenérica
Utiliza-se um gênero “tipo” para a montagem dos
nomes supragenéricos.
Exemplo – gênero “tipo”: Cucurbita
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Subfamília Cucurbitoideae
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Nome genérico: Emprega-se, para designá-lo, um
substantivo ou palavra substantivada, no singular, no caso
nominativo e escrito com a inicial maiúscula.
Nomenclatura binária: Gênero
Glyceria
Rhynchospora
Urochloa
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Nome dos gêneros pode ter origens variadas:
1. aparência ou qualquer caráter presente ou predominante nas
suas espécies
Nomenclatura binária: Gênero
Ex.: Bastardiopsis (opsis,
parecido), pela semelhança
com o gênero Bastardia
Phyllanthus (phyllon, folha 
e anthos, flor)
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2. Em homenagem a uma pessoa.
Ex.: Michelia, dedicado a P. A. Micheli)
Aylthonia, em homenagem a
Aylthon B. Joly
Nomenclatura binária: Gênero
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3. Referido a uma localidade ou a um acidente geográfico.
Cratylia, de Crato
Nomenclatura binária: Gênero
Ex. Tamarix, do rio Tamaris;
Lacunaria, de lagoa
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4. Nomes aborígenas
Nomenclatura binária: Gênero
Ex.: Mucuna, Butia, derivados respectivamente, de
Mucunã, Butiá
Inga
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Terminação para nomes genéricos:
Masculina: -us
 Feminina: -a
 Neutra: -um
Nomenclatura de plantas
Abreviações:
 Planta com determinação até o nível de gênero: sp. (plural spp.)
 Subespécie: ssp. ou subsp.
 variedade: var.
 Cultivar: cv.
 conferir: cf.
 Afim: aff.
 espécie nova: sp. nov.
 nova combinação: comb. nov.
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Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
Epíteto específico: Pode ser um adjetivo ou um
substantivo. Sempre escrito com letra minúscula,
mesmo nos casos de homenagem a pessoas, quer se
trate de adjetivo, quer se trate de substantivo.
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Adjetivo: concorda gramaticalmente com o nome genérico
e usualmente indica um caráter diferencial da espécie ou,
pelo menos, presente nos indivíduos que a constituem.
Ex.: Rosa alba (Rosa branca), Cedrella odorata (Cedro),
Centrosema sagittatum (Trepadeira), Calliandra spinosa
(Umari Bravo ou Marizeira).
Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
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 Outras vezes é referido o nome de pessoa - adjetivo
personativo: Cassia duckeana.
Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
cerca de 30 espécies
descritas em alusão ao seu
nome.
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Os nomes específicos dados em homenagem a uma pessoa,
sofrem no seu radical um acréscimo de ii (masculino) ou iae
(feminino), se termina em consoante. Se a terminação for er,
o acréscimo é somente de i ou ae. Se termina em vogal,
acrescenta-se i (masculino) ou ae (feminino). Quando
termina com a, acrescenta-se apenas e
Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
 Ou a localidade – adjetivo patrimônico: Centrosema
brasilianum, Dalbergia cearensis.
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Substantivo: ocorre, normalmente, quando se trata de
nome em aposto ou caso genitivo. Um substantivo em
aposto vem sempre no caso nominativo e não concorda
necessariamente em gênero gramatical com o nome do
qual é aposto.
Ex.: Allium cepa (Cebola),
Daucus carota (Cenoura)
Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
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Nomenclatura Binária - Epíteto Específico
Phaseolus martii
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Princípios da Nomenclatura Botânica
1- A nomenclatura botânica é independente da zoológica e
bacterológica.
Ficus
Morus
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Pieris oleracea
Pieris japonica
Princípios da Nomenclatura Botânica
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Quantos códigos em operação?
 Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (2000)
 Código Internacional de Nomenclatura Botânica (2011)
Angiospermas, Gimnospermas, Pteridófitas, Briófitas, Algas, 
Fungos, Cianobactérias, Protistas fotossintéticos, Fósseis e 
Híbridos
 Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas 
(2004)
 Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias (1992)
 Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus 
(2002)
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 No geral, os códigos tratam de 
 Nome de espécie
 Critérios de validade
 Prioridade 
 Nome de táxons superiores
 Tipificação
 Os códigos tem muitos aspectos em comum
 Existem particularidades próprias para cada tipo de 
organismo
Sobre o que versam os códigos?
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2- A aplicação de nomes aos grupos taxonômicos é realizada
através de tipos nomenclaturais.
Designação de tipos:
- O tipo deve ser claramente indicado usando a palavra
“typus” ou “holotypus”. Depois de Jan. 2001 a desiginação
pode ser feita incluindo a frase “aqui designado”.
- O trabalho deve ser efetivamente publicado.
- A designação se aplica somente ao taxon que está sendo
publicado.
Princípios da Nomenclatura Botânica
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Em biologia, o tipo ou typus é
aquilo que define o nome de um
taxon. Dependendo do código de
nomenclatura aplicado ao
organismo em questão, o tipo
pode ser uma espécie, cultura,
ilustração, descrição ou taxon
Tipo nomenclatural
Archivea kewensis
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Tipo: Ilustração ou Exsicata ao qual um nome está
permanentemente ligado
Holótipo: espécime único, designado pelo autor na
publicação original
Isótipos: Duplicata do Holótipo
Parátipos: qualquer exemplar citado ao lado do holótipo na
descrição original, mas não da mesma série
Síntipos: Qualquer exemplar citado originalmente pelo autor,
na hipótese de não ser designado o holótipo
Princípios da Nomenclatura Botânica
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Lectótipo: Selecionado entre os Síntipos por um botânico
atual como referência do nome.
Neótipo: Selecionado para substituir o Holótipo na falta de
Holótipo, Isótipos, Síntipos e Parátipos. Resultado de uma
nova coleta botânica de um material pertencente ao mesmo
táxon
Epitipo: Criado para permitir aplicação do nome quando o
holótipo é ambiguo ou não- informativo.
Princípios da Nomenclatura Botânica
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3- A nomenclatura de um grupotaxonômico é baseada na
prioridade de publicação.
Vale o nome que tiver sido publicado primeiro.
Princípios da Nomenclatura Botânica
4- Cada taxon de uma circunscrição em particular, posição, e
rank possui apenas um nome correto, o primeiro de acordo
com as regras.
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5. Nomes de grupos taxonômicos são considerados em latim,
independente de sua etimologia.
• O nome do gênero é um substantivo latinizado, maiúsculo,
e pode ser de qualquer origem
• O epíteto específico pode ser derivado de qualquer fonte,
frequentemente uma adjetivo, sempre Latinizado
Exemplos:
Pouteria, nome popular da espécie nas Guianas “Pouteri”
Casearia, homenagem a Casearius
Eriotheca, do grego erion = lã + theke = estojo.
Princípios da Nomenclatura Botânica
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6- As regras e recomendações do CINB têm efeito retroativo.
• Assim como a prioridade é retroativa a primeiro de Maio
de 1753, várias outras regras são retroativas a outras datas.
As novas regras muitas vezes têm uma data inicial moderna
Exemplo:
“Article 35.1. Um novo nome ou uma combinação publicada
em ou depois de primeiro de Janeiro de 1953 sem uma
indicação clara da hierarquia do rank do taxon não será
validamente publicado”.
Princípios da Nomenclatura Botânica
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• Publicação de novos taxa (passado)
Antes de 1 jan 1908: era aceitável apenas ilustração
analítica
Antes de 1 jan 1935: era aceitável diagnose em outras
línguas
Antes de 1 jan 1958 algas não-fósseis não precisavam ser
ilustradas
Princípios da Nomenclatura Botânica
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Regras para o uso da nomenclatura
Copaifera langsdorffii
 Os nomes científicos são sempre em latim ou em vernáculo 
latinizado. POR ISSO DEVEM SER SEMPRE GRAFADOS EM 
ITÁLICO OU SUBLINHADOS.
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Regras para o uso da nomenclatura
C. langsdorffii
 Uma vez citado por extenso no texto, o nome do gênero 
pode ser abreviado, apenas colocando a primeira letra. O 
epíteto específico NUNCA é abreviado!!!!
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Categorias infra-específicas
Colocasia esculenta var. aquatilis
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Categorias infra-específicas
Brassica oleracea var. acephala (couve)
Brassica oleracea var. capitata (repolho)
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O nome do autor é importante e em algumas 
situação deve ser citado
Artemisia absinthium L.
Cecropia pachystachya Trécul
O nome do autor pode ser 
abreviado.
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Nomes com mudança de gênero
Baccharis trimera (Less.) DC.
 Originalmente descrita como Molina trimera
Less. (por Christian Lessing) depois
transferida para o gênero Baccharis por
Augustin De Candolle (ou DC.)
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Como ocorre mudança de gênero?
Philodendron striatipes Kunth (1848)
Acontias striatipes (Kunth) Schott (1850)
Caladium heterotypicum S.Moore (1895)
Caladium angustifolium Engl. (1920)
Em 1981, Madison definiu que esta espécie
deveria pertencer ao gênero Xanthosoma.
Qual seria o nome então?
Xanthosoma striatipes (Kunth) Madison
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Outras regras
 O segundo autor publicou um nome que tinha sido proposto
(mas nunca publicado) pelo primeiro autor
Capparis lasiantha R.Br. ex DC
 o autor publicou validamente o nome de uma espécie em um
trabalho ou publicação de outro autor
Viburnum ternatum Rehder in Sargent
 De acordo com ICBN os autores antes de ex ou depois de in não
precisam ser citados
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IMPORTANTE
 Cada espécie deve ter somente um nome científico correto.
E se ocorrer?
 Homonímia
 Quando se atribui o mesmo nome a duas espécies diferentes
 Sinonímia
 Quando se atribui dois ou mais nomes a uma mesma espécie
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Vale o nome que tiver sido publicado
primeiro!
Regra da prioridade:
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Novas espécies
 Esse material foi coletado em
Tabatinga (AM), e não se parecia com
nenhuma espécie conhecida.
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Novas espécies
Em 2002, esta espécie foi descrita
como Philodendron nullinervium
E.G.Gonç.
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Como publicar uma nova espécie?
 Diagnose e/ou descrição em latim
Designação dos tipos (espécimens em museu)
Em qualquer publicação seriada, em papel, com múltiplas cópias
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Como publicar uma nova espécie?
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Nomes de híbridos
Os híbridos entre duas espécies do gêneros deve ser designados
pela listagem alfabética dos nomes das espécies:
Verbascum lychnitis x V. nigrum
Os híbridos pode ser descritos:
Verbascum x schiedeanum (Verbascum lychnitis x V. nigrum)
Os híbridos entre espécies de gêneros diferentes:
X Dialaeliocattleya (um híbrido intergenérico entre Diacrium,
Laelia e Cattleya)
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Novas propostas
 Tentativas de se ter um código para todos os organismos
 BioCode 
primeira proposta (Draft BioCode) publicada em 1996; 
versão eletrônica em 1997
 Phylocode
nomenclatura baseada no método filogenético, 
elaborada em workshop na Universidade de Harvard 
(1998) e detalhada na Systematic Biology (1999)

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