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Aula 00
Conhecimentos Específicos p/ TJ-AM (Biblioteconomia) - Pós-Edital
Professor: Janaina Costa
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 Biblioteconomia para TJAM. 
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1 – INTRODUÇÃO À REVISÃO PARA O TJAM. ...................................................................... 2 
1.1 – BIBLIOTECONOMIA PARA O TJAM/2019. ................................................................................. 2 
2 – DOCUMENTAÇÃO GERAL E JURÍDICA: FINALIDADES. .................................................... 7 
2.1. – DOCUMENTAÇÃO GERAL. ....................................................................................................... 7 
2.2. – DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA. ................................................................................................. 27 
2 – BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. ....................................................... 38 
2.1. – ORIGENS E EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. ........................................................ 38 
2.3. – BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. ................................................................ 55 
2.3. – DESENVOLVIMENTO PELA INSTITUCIONALIZAÇÃO. ............................................................. 66 
2.4. – AS CINCO LEIS DA BIBLIOTECONOMIA. ................................................................................. 71 
3 – DISPOSIÇÕES FINAIS. .................................................................................................. 76 
3.1. – BIBLIOGRAFIA UTILIZADA. ..................................................................................................... 76 
3.2. – HORA DE PRATICAR. .............................................................................................................. 77 
3.3. – GABARITO. ............................................................................................................................. 78 
 
Janaina Costa
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Prof.ª JANAÍNA COSTA. 
Aula 00 INTRODUÇÃO À BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
 
 
 
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1 – INTRODUÇÃO À REVISÃO PARA O TJAM. 
1.1 – BIBLIOTECONOMIA PARA O TJAM/2019. 
 
Até mesmo os mais incrédulos se surpreenderam com o edital do TJAM para o cargo de bibli-
otecário! Ocorre que a banca CESPE sempre realiza de dois a três concursos anuais de bibliotecono-
mia de dimensões extraordinárias. No ano passado, por exemplo, foi ABIN e STJ. Aprecio bastante as 
provas elaboradas pelo CESPE, pois elas possuem um potencial inacreditável de conteúdos que po-
dem ser explorados para preparações de todas as naturezas. 
 
Este edital para o Tribunal de Justiça do Amazonas veio recheado de conteúdos. E na nossa 
revisão traremos o máximo de questões possíveis para a sua preparação. TJAM/2019, aí vamos nós! 
 
 
 
Fonte: Tribunal de Justiça do Amazonas, Google, 2019. 
 
 
 
 
Vamos explorar os conteúdos deste edital: 
 
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Documentação: conceitos básicos e finalidades da documentação geral e jurídica. Biblio-
teconomia e ciência da informação: conceitos básicos e finalidades. As cinco leis da Bibli-
oteconomia. 
 
O edital é interessantíssimo, pois traz tudo que há, ou já existiu, do CESPE. Memorável! Nesta 
aula 00 vamos revisar os conceitos básicos de documentação, as aplicações da documentação geral e 
jurídica, as comparações e desenvolvimentos lado a lado com a biblioteconomia e ciência da infor-
mação e, por fim, os postulados (as leis) da biblioteconomia. Esta é nossa aula demonstrativa. 
 
Identificação e conhecimento das principais fontes jurídicas de informação. Noções de 
informática para bibliotecas: dispositivos de memória, de entrada e saída de dados. 
 
Na aula 01, abordaremos uma importante lição sobre as principais fontes jurídicas de infor-
mação. Porém, para fazermos isto, teremos que revisar os conteúdos de aplicações e componentes 
de tecnologia da informação, para que eu possa entrar nas tipologias de fontes de informação jurídi-
cas que envolvem o uso de web e demais modalidades de redes. 
 
Normas técnicas para a área de documentação. Referência bibliográfica (de acordo com 
a norma da ABNT NBR 6.023), resumos, abreviação de títulos de periódicos e publicações 
seriadas, sumário, preparação de índices de publicações, preparação de guias de biblio-
tecas, centros de informação e de documentação. 
 
Na aula 02, faremos uma revisão da nova 6023:2018, detalhe por detalhe, uma revisão cam-
peã. Além de mapearmos um vasto aporte de questões da banca a respeito das outras normas que 
tem mudado constantemente. Essa revisão é importantíssima, não só para o concurso em pauta, 
como para futuras revisões e estudos. 
 
Indexação. Conceito, definição, linguagens, descritores, processos e tipos de indexação. 
Resumos e índices. Tipos e funções. 
 
Em indexação, linguagens, descritores, processos e outros temas, iremos fazer uma revisão 
estruturada dos conceitos para que possamos, então, resolver questões do CESPE com êxito. Nesta 
aula 03 aplicaremos teoria à resolução de questões de forma metodológica e organizada. 
 
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Classificação Decimal Universal (CDU). Estrutura, princípios e índices principais e empre-
go das tabelas auxiliares. 
 
A CDU não é um tema que apetece muito ao CESPE, mas quando cai, a banca cobra do candi-
dato conhecimentos práticos e soluções de situações hipotéticas. A CDU é uma linguagem que vem 
mudado constantemente, mas alguns conhecimentos a respeito do sistema ainda persistem como 
cláusulas pétreas da biblioteconomia. Na aula 04 iremos resolver muitas questões de situações hipo-
téticas apresentadas no livro de Silva (1995), entre outros autores. 
 
Catalogação (AACR-2): catalogação descritiva, entradas e cabeçalhos; catalogação de 
multimeios: CD-ROM, fitas de vídeos e fitas cassetes. Formato MARC21. Catálogos. Tipos 
e funções. 
 
Uma menção explícita a AACR2, e quase nenhuma, ou nenhuma à FRBR e RDA. Porém não 
deixaremos você na mão, alguma teoria existirá em nosso material, estamos pensando no seu futu-
ro. Na aula 05 faremos uma revisão da catalogação a contento para a sua prova. 
 
Organização e administração de bibliotecas. Princípios e funções administrativos em bi-
bliotecas, estrutura organizacional, as grandes áreas funcionais da biblioteca, marketing 
da informação, divulgação e promoção. 
 
Em organização e administração de bibliotecas iremos revisar os princípios e funções adminis-
trativas em bibliotecas, mas também utilizaremos outras bibliografias que são mais recorrentes no 
CESPE. Na aula 06, vamos revisar toda a complexidade do tema de marketing bibliotecário. 
 
Centros de documentação e serviços de informação: planejamento, redes e sistemas. 
Rede Virtual de Bibliotecas do Congresso Nacional (RVBI). Metabuscador. Metadados. 
Tesauro – Princípios e métodos. 
 
Em planejamento de sistemas e redes de bibliotecas, iremos estudar a Rede RVBI, seus produ-
tos e serviços, políticas e diretrizes para elaboração de metadados, aplicação de vocabulários contro-
lados, além de revisarmos um pouquinhodos mandamentos do planejamento. Na aula 07 iremos 
enriquecer o estudo com muitas questões. 
 
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Desenvolvimento de coleções: políticas de seleção e de aquisição, avaliação de coleções, 
fontes de informação. 
 
Na aula 08 iremos abordar os conteúdos aderentes à banca relativos à metodologia de Cons-
pectus, planejamento e desenvolvimento de coleções, políticas de seleção e aquisição, avaliação de 
coleções e fontes de informações. Você irá arrebentar! 
 
Estrutura e características das publicações. Diário Oficial da União (DOU), Diário da Justiça. 
 
Na aula 09, uma revisão bem rápida pois o tema é pertinente para a banca, iremos abordar as 
principais publicações oficiais, e irei te alertar a respeito de algo importante e que você não poderá 
deixar de observar! 
 
Serviço de referência. Organização de serviços de notificação corrente (serviços de alerta), 
disseminação seletiva da informação (DSI) — estratégia de busca de informação, planeja-
mento e etapas de elaboração, atendimento ao usuário. Estudo de usuário — entrevista. 
 
Finalmente chegou um dos conteúdos mais importantes da biblioteconomia! Neste edital do 
TJAM/2019, o CESPE quer pacote completo na revisão. Na aula 10, iremos abordar as duas publica-
ções mais importantes para concursos Accart (2012) e Grogan (2001), vai ser imperdível! 
 
Automação. Formato de intercâmbio, formato US MARC, banco de dados, base de dados, 
planejamento da automação, principais sistemas de informação automatizados nacionais 
e internacionais. Catálogos online (OPACs). Gerenciamento de documentos eletrônicos. 
Segurança da informação. 
 
Na aula 11, uma importante revisão das tecnologias para automação de bibliotecas. Aqui es-
tamos nos referindo a modelos robustos de automação, com uso de sistemas de gerenciamento de 
bibliotecas SGB, sistemas de gerenciamento de bases de dados SGBD, princípios de automação e uti-
lização de formatos. Note que no edital faz menção ao formato USMARC, o mesmo de Rowley 
(2002), ou seja, aderente à rede RVBI. 
 
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Bibliografia. Conceituação, teorias, classificação, histórico e objetivos. 
 
Pessoal, este tema é recorrente demais no CESPE! Na aula 12 não podemos deixar a popula-
ção manauara de fora disso! Em bibliografia iremos estudar todas as modalidades e fazer muita 
questão, fortificando nossos conhecimentos no tema. Vai ser uma aula rapidinha, mas importante. 
 
Bibliotecas digitais. Conceitos e definições; requisitos para implementação; softwares 
para construção. 
 
O edital do TJAM/2019 está incrível no que se refere à tecnologia da informação para biblio-
tecas. Na aula 13 iremos estudar os componentes básicos para construção de bibliotecas e repositó-
rios digitais. Iremos fazer muitas questões para que você possa estar ligado na tua prova. 
 
LEXML Brasil. Rede de Informação Legislativa e Jurídica. 
 
Na aula 14, nossa última aula, vamos estudar a rede LeXML, orgulho de todo bibliotecário de 
sistemas, pois é uma iniciativa muito aclamada no exterior. A rede de informação legislativa e jurídi-
ca utiliza-se de princípios de arquitetura da informação e websemântica. Vamos destrinchar este 
conteúdo para você estar afiado. 
 
... 
Para nos ajudar nessa empreitada, a Priscyla Patrício, do Papirvm Biblioteconomia, irá nos dar 
muitas dicas do método cognitivo dela. Em parceria traremos para você o que há de melhor na pre-
paração de biblioteconomia para concursos. 
Na nossa jornada irei contribuir com os comentários às questões, pois adoro resolver e co-
mentar questões. Vamos em frente, rumo ao TJAM! 
 
... 
Janaína Costa 
 
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2 – DOCUMENTAÇÃO GERAL E JURÍDICA: FINALIDADES. 
2.1. – DOCUMENTAÇÃO GERAL. 
 
Nosso foco de revisão será voltado para resolver uma questão desse tipo: 
 
(EBESERH/2018) A respeito de documentação e ciência da informação, julgue os itens. 
 
1. No âmbito da documentação, “informação como coisa” refere-se a uma classe restrita de 
objetos que formam os sistemas de informações documentais ou bibliográficas, razão por 
que objetos da natureza, artefatos, imagens e sons são excluídos dessa classe. 
Resposta: ERRADO. 
2. A documentação considera perfurações em série, sinais magnéticos, signos visuais e signos 
auditivos como documentos do tipo suporte de dados. 
Resposta: CERTO. 
3. Um dos princípios estabelecidos por Paul Otlet para a documentação preconiza o registro 
do pensamento humano e da realidade exterior em elementos de natureza material, isto é, 
documentos que possibilitem o acesso à informação e ao conhecimento. 
Resposta: CERTO. 
4. A proposta terminológico-epistemológica do conceito da ciência da informação, feita de 
forma clara e simples, contribuiu para a aceitação e disseminação da identidade dessa dis-
ciplina. 
Resposta: ERRADO. 
 
No item 01 utilizamos Briet (2016) para perceber que a informação como suporte, ou 
“como coisa” refere-se a uma classe ampla de objetos que formam os sistemas de in-
formação documentais ... Assim, objetos da natureza – vamos nos lembrar do antílope 
na lição da dama da documentação -, artefatos, imagens e sons estão incluídos nesta ca-
tegoria. Por isso, o item está incorreto. 
 
No item 03 utilizamos Otlet (2018) o que explica a mudança de paradigma da documen-
tação para a possibilidade que o novo conhecimento traz para nós. A documentação 
veio para solucionar problemas factíveis da explosão informacional e é um prenúncio da 
ciência da informação. A bifurcação inicial entre biblioteconomia e documentação é 
conciliada pelo surgimento da ciência da informação. Por isso, o item está correto. 
 
 
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Pessoal, como o nosso estudo é célere e estratégico, estamos lidando com um curso pós-edital, 
nós iremos colocar muitas questões sim, selecionaremos os melhores itens, e iremos comentar alguns 
itens, aqueles que serão decisivos para tua preparação. Portanto, não iremos comentar tudo. 
 
 
 
DOCUMENTAÇÃO – processo que consiste na criação, coleta, organização, armazena-
mento e disseminação de documentos ou informações. A teoria da documentação sur-
giu a partir de 1870, em decorrência do desenvolvimento da indústria gráfica. Paul Otlet 
e Henri La Fontaine foram seus grandes líderes. DOCUMENTO - A latinidade e sua he-
rança sempre deram à palavra ‘documento’ o sentido de lição e prova. O dicionário Ri-
chelet e o Littré trazem dois testemunhos franceses. Uma bibliografia contemporânea, 
ciosa de clareza, lançou esta breve definição: “um documento é uma prova em apoio a 
um fato”. Se aludirmos às definições ‘oficiais’ da Union Française des Organismes de 
Documentation (ufod), verifica-se que ‘documento’ é assim explicado: “toda base de 
conhecimento fixada materialmentee suscetível de ser utilizada para consulta, estudo 
ou prova” (...). Os documentos são reproduzidos (desenhos, aquarelas, pinturas, está-
tuas, fotos, filmes e microfilmes), depois selecionados, resumidos, descritos, traduzidos 
(produtos documentários). Os documentos relativos a esse fato são objeto de uma or-
denação científica (fauna) e ideológica (classificação). Enfim, sua conservação e utiliza-
ção são determinadas por técnicas gerais e métodos válidos para o conjunto dos docu-
mentos, métodos esses estudados em associações nacionais e congressos internacio-
nais. O antílope catalogado é um documento primário e os demais são documentos se-
cundários ou derivados (BRIET, 2016). 
Fonte: Papirvm Biblioteconomia. 
 
 Então, tome nota: a documentação surge a partir de 1870, em decorrência do desenvolvimen-
to da indústria gráfica (CUNHA, 20018). Crescimento este que insere também o contexto dos perió-
dicos. Paul Otlet e Henri La Fontaine foram os grandes idealizadores. O documento, para documen-
tação, é lição e prova (BRIET, 2016). O conceito de documento é infinitamente ampliado. 
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(ABIN/2017) Acerca de documentação e informação, julgue os próximos itens. 
 
5. O Tratado de Documentação é um dos primeiros textos da ciência da informação (CI). 
Resposta: CERTO. 
6. O campo da documentação e informação consiste em um conjunto de normativas que regu-
lam a organização de acervos de bibliotecas segundo códigos de catalogação e classificação, 
além de outros instrumentos técnicos. 
Resposta: CERTO. 
7. O vocábulo documentação é um neologismo criado por Paul Otlet. 
Resposta: CERTO. 
 
O surgimento da documentação é marcado pelo Tratado de Documentação de Paul 
Otlet. Neste importante documento, traduzido e disponível gratuitamente pelo editor 
Briquet de Lemos, consta as minúcias da teoria e do neologismo ‘documentação’. 
 
 
 
 
 
A CONCEPÇÃO OTLETIANA FUNDADORA DA DOCUMENTAÇÃO. Os advogados Paul Otlet 
(1868-1944) e Henri La Fontaine (1854-1943) foram os mentores do Instituto Internacional 
de Bibliografia IIB, criado em 1895 na Bélgica, e do Repertório Bibliográfico Universal 
RBU, cujo projeto foi proposto no mesmo ano e chegou a ter 16 milhões de fichas em 
1934. O sonho de Otlet era o de oferecer um índice de assuntos por meio do RBU que 
permitiria ir (por assunto) ao coração do conhecimento. 
 
ATENÇÃO! O IIB teve seu nome alterado para Instituto Internacional de Documentação 
IID em 1931, e para Federação Internacional de Documentação em 1937. A partir de 1986, 
recebeu a denominação Federação Internacional de Informação e Documentação, man-
tendo a sigla original. A FID foi dissolvida em 2002. 
 
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Documentação é usada para indicar o conjunto de técnicas de organização da informação visan-
do recuperação, acesso e uso, e a forma ‘Documentação’ para referir-se à área que estuda os funda-
mentos e métodos relacionados a estas técnicas. 
 
A documentação acompanha o documento desde o instante em que ele surge na da pena do 
autor até o momento em que impressiona o cérebro do leitor. == > surgimento da noção de ciclo 
documentário. Observe o diagrama abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estimativa Preliminar 
1 
Pesquisa da Informação 
2 
Pesquisa dos documentos 
Suportes da informação 
3 
Pesquisa das Informações 
Bibliográficas 
Aquisição 
Obtenção 
4 
5 
Tratamento da informação 
para um suporte 
6 
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Tratamento Material dos 
Documentos (registros) 
7 
Tratamento Intelectual dos 
Documentos 
Tratamento Material dos Do-
cumentos (armazenamento, 
Conservação, etc.) 
8 9 
Pesquisa dos documentos para 
a informação e confecção dos 
produtos informacionais 
10 
Reprodução Difusão seletiva da informação 
Publicação Consulta Empréstimo 
--- 
GUINCHAT, C.; MENOU, M. Introdução geral as ciências e técnicas da informação e documenta-
ção. 2. ed. rev. aum. Brasília: IBICT,1994. 
 
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Os pioneiros da documentação são os advogados belgas chamados Paul Otlet e Henri La Fon-
taine. Especificamente Paul Otlet (que necessitava consultar diversas fontes de informação na sua área 
do direito) iniciou os trabalhos de síntese e classificação com seus próprios materiais e acabou estabe-
lecendo as bases de conversão em sistemas de classificação biblioteco-bibliográfica. 
 
Ambos Otlet e La Fontaine foram os mentores do Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), 
criado em 1895 na Bélgica, e do Repertório Bibliográfico Universal (RBU), cujo projeto foi proposto no 
mesmo ano e chegou a ter 16 milhões de fichas em 1934. O sonho de Otlet era o de oferecer um índice 
de assuntos por meio do RBU que permitiria ir (por assunto) ao coração do conhecimento. Este sonho 
relacionava-se à ideia de que o acesso ao conhecimento por todos os povos levaria a uma maior com-
preensão da concepção de alteridade, no sentido do conhecimento das diferenças, o que possibilitaria 
a paz mundial. 
 
A obra fundamental de Otlet é o Tratado de Documentação, de 1934 que pode ser entendida 
como inauguradora da abordagem tríade ancorada nas atividades de organização e recuperação da 
informação bibliográfica, arquivística e museológica. Otlet considerou como documentos não somen-
te livros e manuscritos, mas também arquivos, mapas, esquemas, ideogramas, diagramas, desenhos e 
reproduções dos mesmos, fotografias de objetos reais, entre outros. Também no início do seu Tratado, 
consta a bandeira (ainda atual) da Documentação como a da necessidade de tornar acessível a quan-
tidade de informação publicada, produzindo “[...] um todo homogêneo destas massas incoerentes 
[...]”, para o que seriam necessários novos procedimentos, distintos da Biblioteconomia, conforme 
eram aplicados até aquele momento (OTLET, 1996, p.6) 
 
Otlet descreve a Documentação como sendo constituída por uma série de operações distribuí-
das, hoje, entre pessoas e organismos diferentes. O autor, o copista, o impressor, o editor, o livreiro, o 
bibliotecário, o documentador, o bibliógrafo, o crítico, o analista, o compilador, o leitor, o pesquisador, 
o trabalhador intelectual. A Documentação acompanha o documento desde o instante em que ele sur-
ge da pena do autor até o momento em que impressiona o cérebro do leitor (OTLET, 1937). 
 
Ortega (2009) fala que (...). a Documentação, por sua vez, consolidou-se como o conjunto de 
técnicas (e seus fundamentos) de representação de conteúdos de documentos, em suas diversas ti-
pologias e em qualquer suporte, visando recuperação,acesso e uso destes conteúdos. 
 
Observe na tabela a seguir a contribuição que cada autor trouxe para a Documentação: 
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Outros autores importantes: 
José López Yepes - Ele analisou o Tratado de Documentação de Otlet. Destaca que, na primeira 
parte do Tratado, Otlet expõe os fundamentos de seu conceito de Documentação, de Documento e 
das relações conexas. O livro é o termo convencional expresso para designar todo tipo de documento 
que, de outra parte, apresenta uma dupla face: a) como resultado de uma criação intelectual do ho-
mem, e b) uma vez reproduzido, como objeto de cultura e civilização. 
 
André Cannone - Na Bélgica, produziu uma edição fac-similar do Tratado de Documentação em 
1989 e buscou retomar os trabalhos de Otlet. 
 
Bradford (1951)
•Químico e bibliotecário, chegou a ser vice-presidente da FID, diretor da
Comissão Internacional da CDU. Sua obra principal é Documen-
tation (1948), grande continuador da obra de Otlet e contribuiu para o
aperfeiçoamento e ampliação das tabelas da CDU. Na parte teórica de sua
obra define a Documentação não como uma ciência mas como a técnica
que se encarrega de reunir e classificar os diferentes registros. Enquanto a
Bibliografia tradicional oferece meras listas de livros, a Documentação
dedica-se ao material mais efêmero (tese, publicações periódicas...), ele
fala do documentalista como analista desses documentos efêmeros.
Mantém que a Documentação é a técnica e a Biblioteconomia é a ciência
superior.
J. Shera (1966)
•Sua obra mais importante é Documentation (1951). Para este autor,
biblioteconomia e documentação começam por ser essencialmente a
mesma coisa, verificando-se, no entanto, com o tempo, um aperfei-
çoamento da técnica por parte dos documentalistas, com vistas à
organização, utilização e reprodução do seu "material" para proporcionar
um acesso rápido à informação, o que se traduziu numa separação entre
dois grupos de profissionais, considerando, contudo, que: "documentação
não sugere uma nova ciência que se sobrepõe aos bibliotecários (...)."
S. Briet (1951, 1960)
•A Documentação de1951, um dos tratados de Documentação sobre o
processo. Propõe-se a definição de conceito de Documentação como: “toda
informação conservada e registrada em qualquer tipo de suporte”. Entende
por documento “qualquer elemento concreto ou simbólico, conservado, ou
registrado para fins de representar, reconstituir ou provar um fenômeno
físico ou intelectual”
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Robert Hayes - Em sua obra, na que utiliza pela primeira vez o termo em inglês “Ciências da In-
formação” (1969), fala da necessidade de informação por parte da sociedade que podem assumir as 
bibliotecas, mas sempre vai unida ao desenvolvimento das tecnologias, nos Centros de Informação se 
geram os novos Centros de Informação: bancos de dados, embora parecesse que dá importância aos 
Centros de Documentação. Fala que estes e a Ciência da Informação são parte integrante de uma ciên-
cia maior que é a Biblioteconomia, para todos eles, a Documentação e a Ciência da Informação fazem 
parte dela. 
 
Rayward (1967, 1975) - Tem publicado em idioma inglês sobre a obra de Otlet, buscando identi-
ficar os possíveis significados deste tema nos contextos atuais. É um dos responsáveis pela divulgação 
da Documentação neste idioma no contexto de seus estudos históricos sobre Ciência da Informação. 
 
M. Buckland (1991) - Fala que os fundamentos e técnicas propostos por Otlet e sedimentados 
especialmente do final do Século XIX aos anos 1930 receberam várias contribuições no seio da Europa 
até os dias atuais, mas muitas delas foram perdidas na devastação deste continente durante a Segunda 
Guerra Mundial. Sua visão é da informação-como-coisa: livros, textos, fotografias, edifícios, pessoas, 
eventos apontam para alguma informação, logo constituem evidência física, documento, ou seja, “coi-
sa a partir da qual se pode aprender”. 
 
 
 
A literatura traz alguns autores (além dos pioneiros Paul Otlet e Henri La Fontaine) 
aos quais foram desenvolvendo o conceito de Documentação e tornando sua aborda-
gem mais ampla. É importante sabermos um pouco sobre o que cada um colaborou 
para a história e evolução dos conceitos de Documentação. 
 
 
 Então, tome nota: a documentação inicia-se entre 1870 e 1890 com o megaprojeto Repertório 
Bibliográfico Universal RBU que tinha a audaciosa intenção de reunir as fichas bibliográficas de todas 
as publicações globais. Por volta de 1930 o RBU possuía 16 milhões de fichas. Em 1934, Paul Otlet 
publica a memorável obra Tratado de Documentação. 
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 15 
 
(BASA/2012) Julgue os itens a seguir, relativos à documentação. 
8. Define-se documentação, em sentido amplo, como a reunião ou coleção de documentos de 
qualquer natureza, devidamente conservados e organizados para fins de consulta, estudo 
ou prova. 
9. Entre as mudanças ocorridas com o surgimento da documentação, destaca-se o fortaleci-
mento do papel das bibliotecas como unidades voltadas à conservação e preservação de 
documentos. 
10. A produção de documentação restringe-se a contextos e categorias de profissionais especí-
ficos de bibliotecas e centros de informação, uma vez que esses profissionais são os respon-
sáveis por tratar de temas relacionados à informação e aos suportes informacionais. 
A definição de documentação pode ser dada em dois sentidos: sentido amplo ou estrito. 
Em sentido amplo, utiliza-se a definição dada por Suzanne Briet, vista anteriormente. 
Em sentido estrito, é o que se refere aos documentos em si, a documentação de um ór-
gão ou centro de documentação. 
 
Quanto à relação controversa entre Biblioteconomia e Documentação, entendemos que 
esta contribui fortemente para a abrangência e generalização daquela para além da no-
ção de gestão de acervos, como busca expressar o termo Biblioteconomia e Documen-
tação. Os termos Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação representam 
a área, porém se manifestam a partir de significados distintos, uma vez que ocorreram 
em diversos tempos e espaços de constituição, sedimentação e transformação, como 
tratamos em (ORTEGA, 2004). 
 
 Adiante veremos o contexto de desenvolvimento da documentação para entender a relação 
controversa entre biblioteconomia e documentação mencionada no comentário. 
 
 
GABARITO: 
8. C 9. E 10. E 
 
 
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 16 
 
Para a elaboração do Repertório Bibliográfico Universal RBU foram definidas normas para registros 
bibliográficos, registros catalográficos internacionais, formato dos documentos (em particular, a ficha) e 
tipos de mobiliários. As normas foram redigidas por Charles Sustrac e o formato da ficha de 7,5 por 12 
cm foram inspiradas nas normas anglo-saxãs. A Classificação Decimal de Dewey CDD,publicada em 
1876 nos Estados Unidos, foi utilizada inicialmente em sua 5ª edição, de 1894. Em 1905, a CDD foi 
editada pela primeira vez em francês, mais tarde sendo revista e conduzindo a um novo instrumento 
documentário, a Classificação Decimal Universal CDU, utilizada na Europa até hoje. 
 
Otlet adotou a palavra documentação inicialmente em 1903, em artigo intitulado Les sciences 
bibliographiques et la documentation. A documentação reúne técnicas de produção, fabricação de 
material, distribuição, registro, estatística, conservação e utilização, por esta razão incluindo 
compilação, impressão, publicação, venda, bibliografia e biblioteconomia. Otlet considerou como 
documentos não somente livros e manuscritos, mas também arquivos, mapas, esquemas, ideogramas, 
diagramas, desenhos e reproduções dos mesmos, fotografias de objetos reais, entre outros. 
 
A biblioteca deixa de ser apenas uma instituição conservadora de livros e estes não são mais os 
únicos em torno dos quais poderiam ser identificados conhecimentos: a ideia de documento é criada, 
importando sua função menos que sua morfologia. Mais à frente, designando a atividade específica de 
coletar, processar, buscar e disseminar documentos, Otlet usou o termo documentação, em 1905, no 
artigo L’organisation rationelle de l’information et de la documentation en matières economique – 
observando-se o uso da palavra informação e documentação. 
 
Entre 1905 e 1917, Otlet foi abandonando a palavra bibliografia em suas publicações em 
proveito das palavras documentação e informação, ainda que muitas vezes empregue uma pela outra. 
No tratado de Documentação, ele fez uso da palavra Documentologia para designar o campo do 
conhecimento que propõe ultrapassando as palavras bibliografia, bibliologia e documentação. A 
concepção teórico-prática desta corrente foi sistematizada por Otlet no Tratado de Documentação, 
publicado em 1934. Em seu início consta a bandeira (ainda atual) da Documentação como a da 
necessidade de tornar acessível a quantidade de informação publicada, produzindo “um todo 
homogêneo destas massas incoerentes”, para o que seriam necessários novos procedimentos, 
distintos da Biblioteconomia, conforme eram aplicados até aquele momento (OTLET, 1996, p. 6). 
 
A documentação reintegra um novo ciclo que envolve diversas competências: 
O autor, o copista, o impressor, o editor, o livreiro, o bibliotecário, o documentador, o 
bibliógrafo, o crítico, o analista, o compilador, o leitor, o pesquisador, o trabalhador 
intelectual. 
 
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A documentação é: 
 
 Corrente teórica prática e profícua proposta no final do Séc. XIX; 
 Uma das origens da Ciência da Informação, as primeiras disciplinas; 
 Focada na representação do conteúdo dos diversos documentos; 
 Focada nas ações de promoção, difusão e uso da informação; 
 Voltada à ações e práticas profissionais identificadas na Europa; 
 Consolidadora de práticas específicas de condensamento; 
 Consolidadora de práticas específicas de reprodução de documentos. 
 
 
(MS/2013) Acerca da documentação, julgue os itens que se seguem. 
11. A documentação em sentido amplo trata não somente das três idades dos documentos — 
corrente, intermediária e permanente —, mas também dos instrumentos de gestão docu-
mental. 
12. No âmbito de atuação da documentação, estão o tratamento e a organização de documen-
tos arquivísticos, de documentos museológicos, de imagens, diagramas, mapas, figuras, 
símbolos, bem como as técnicas de microfilmagem. 
13. O objetivo da criação da Federação Internacional de Documentação (FID) foi resolver os 
problemas de acesso à documentação científica. 
 
(SEDUC-AM/2011) Considerando os conceitos básicos e as finalidades da documentação, julgue os 
itens a seguir. 
14. A doação de material bibliográfico pela comunidade constitui uma das formas mais comuns 
de captação de material para a formação de coleções que propiciam a preservação da he-
rança cultural de um país. 
15. A teoria da documentação surgiu em consequência do desenvolvimento da indústria gráfica 
no final do século XIX. 
 
GABARITO: 
11. E 12. E 13. C 14. E 15. C 
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 18 
 
(FUB/2015) A respeito dos conceitos de documentação e de biblioteconomia, julgue os itens 
subsequentes. 
16. As tecnologias mudaram, nos últimos anos, o conceito de informação, transformando a vi-
são do profissional bibliotecário, que se aproximou mais do trabalho coletivo com a pers-
pectiva do fluxo informacional. 
17. A documentação, como técnica de organização e análise de qualquer tipo de documento, 
surgiu com a implantação de sistemas automatizados, como o uso do computador pessoal. 
18. O tratado da documentação, escrito por Paul Otlet, sugere que os documentalistas elabo-
rem o seu próprio manual para aplicação em seu centro de documentação. 
19. A biblioteconomia expandiu-se com o aumento do número de bibliotecas públicas, no final 
do século XIX até o início do século XX. 
 
(SERPRO/2013) Julgue os próximos itens, relativos a documentação e a biblioteconomia. 
20. São considerados documentos: livro, revista, jornal, peça de arquivo, estampa, fotografia, 
medalha, música, filme e disco. 
21. Nos anos 30 do século passado, a documentação passou por uma grande mudança de para-
digma: deixou de considerar a informação em si para criar uma série de técnicas de organi-
zação, análise e descrição das práticas bibliográficas, em um esforço para uniformizar a or-
ganização e padronização da informação. 
 
(CADE/2014) Acerca de documentação geral e jurídica, julgue os itens a seguir. 
22. A documentação e a bibliografia possuem funções semelhantes no que se refere à prática 
de acompanhar o documento desde a sua produção até o seu uso. 
 
(TRT21/2010) Com relação aos conceitos básicos da documentação, julgue os itens. 
23. A documentação preconiza o uso da classificação de assuntos para possibilitar que a produ-
ção científica relacionada a determinado assunto seja organizada e encontrada quando ne-
cessária. 
 
 
GABARITO: 
16. C 17. E 18. C 19. C 
20. C 21. E 22. E 23. C 
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 19 
 
O TRATADO DE DOCUMENTAÇÃO – PAUL OTLET. 
Em 2018 a obra de Paul Otlet – o tratado de documentação – foi traduzida na íntegra pelo 
Prof. Agenor Briquet de Lemos. Este livro está disponível na página do Conselho Federal de 
Biblioteconomia. Sobre esta epopeia, o organizador: 
 
“Em janeiro de 2017, tendo a obra caído em domínio público, aproximava-se a possibilidade 
de Paul Otlet se dirigir a seus leitores em português, à semelhança de seus outros colegas 
do panteão dos clássicos, a saber, Naudé, Ortega y Gasset, Briet e Ranganathan. Afinal, fa-
zia tempos que o Traité de documentation fora apresentado a seus potenciais leitores brasi-
leiros” (DE LEMOS1, 2018). 
 
O objetivo aqui não é esgotar o estudo, até mesmo porque são 700 páginas. Vamos, por-
tanto, direcionar os principais tópicos da obra para concursos: 
 
A história de Otlet(1868–1944), de Henri La Fontaine (1854–1943) e das organizações que 
criaram é fascinante e tem sido contada e recontada muitas vezes. A primeira dessas orga-
nizações foi o Office International de Bibliographie (1895), depois Institut International de 
Bibliographie, com seus recursos, repertórios, coleções (bibliográficas, iconográficas e do-
cumentárias)2 e seus institutos-satélites: Institut International de Photographie (1905); Bi-
bliothèque Collective des Sociétés Savantes (1906); e Musée de la Presse (1907).3 O Office 
Central des Associations Internationales, 1907, tornou-se a secretaria da Union des Associa-
tions Internationales criada em Bruxelas em seguida a uma enorme conferência organizada 
por Otlet e La Fontaine e realizada com patrocínio real, em 1910, por ocasião da Feira Mun-
dial de Bruxelas. No mesmo ano foi formado o Musée International com coleções em gran-
de parte oriundas das exposições feitas na feira mundial (RAYWARD2, 2018). 
 
No entanto, passada a guerra, começou um rápido processo de perda de prestígio. Ele, que 
alcançara influência nacional e internacional, pelo menos em um círculo relativamente es-
pecializado, passou a ser visto como alguém difícil e pouco cooperativo, à medida que enve-
lhecia. Suas ideias e os extraordinários esquemas institucionais por meio dos quais elas vie-
ram a se expressar — o Palais Mondial ou Mundaneum —, pareciam grandiloquentes, fora 
de foco e passadistas. 
 
1 De Lemos, Agenor Briquet. Traduzindo Otlet. In: OTLET, P. Tratado de documentação: o livro sobre o livro: teoria 
e prática. Brasília: Briquet de Lemos, 2018. 
2 Rayward, W. B. Organização do conhecimento e um novo sistema político mundial. In: ______. Tratado de do-
cumentação. Brasília: Briquet de Lemos, 2018. 
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 20 
No início da década de 1930 foi travada, em surdina, uma luta dramática para despejar o 
Institut International de Bibliographie, que, finalmente, se transformara em Fédération In-
ternationale de Documentation, desse complexo institucional e do que era tido como mãos 
defuntas do passado — na realidade, as mãos envelhecidas do ainda bastante vivo Otlet. A 
partir de 1924, aproximadamente, com o primeiro despejo parcial, por um período relati-
vamente curto, do Palais du Cinquantenaire, o outro principal componente, a Union des As-
sociations Internationales, entraria em estado agônico. Ela foi ressuscitada depois da Se-
gunda Guerra Mundial quando ambos os fundadores — Otlet e seu colaborador e amigo da 
vida inteira, Henri La Fontaine — estavam mortos. As dependências ocupadas pelo Palais 
Mondial no Palais du Cinquan-tenaire foram fechadas por completo pelo governo, em 1934, 
porém, assim que a guerra se desencadeou, em 1939, as autoridades municipais de Bruxe-
las ofereceram a Otlet novas dependências no Parc Léopold. Ele denominou Mundaneum o 
local e o que sobrara das coleções e registros do Palais Mondial que ali ficariam até o início 
da década de 1970 [...] O que Otlet nos legou foi, de fato, muito mais do que os caóticos 
despojos de suas várias organizações. Sepultadas na montanha de seus escritos e de toda a 
documentação que a ele sobreviveram encontram-se importantes ideias e relações intelec-
tuais. La Fontaine era senador do parlamento belga fazia quase 40 anos. Figura de destaque 
do movimento pacifista internacional, conquistou o prêmio Nobel da Paz de 1913. Ironica-
mente, o desencadeamento da guerra impediu que ele fizesse o tradicional discurso de 
aceitação pronunciado pelos laureados com esse prêmio. Sua colaboração com Otlet teve 
início no começo da década de 1890 e perdurou até sua morte em 1943. Otlet, contudo, ao 
contrário de La Fontaine, pouco trabalhava no terreno da política ou da ação social direta. 
Isso foi particularmente verdadeiro depois da guerra, embora ele também, como La Fontai-
ne, tivesse participado incansavelmente do movimento que levou à criação, após a Primeira 
Guerra Mundial, de uma Liga de Nações, aquela fantasia de esperança que garantiria paz 
universal e duradoura (RAYWARD, 2018). 
 
O documento. No coração, no cerne dessas ideias e crenças, encontra-se o conceito de 
Otlet sobre documento. Para ele, o conhecimento achava-se engastado em documentos 
que o objetificavam e lhe davam uma espécie de status público. Os documentos, entretan-
to, consistiam não apenas em palavras escritas ou impressas. Objetos, figuras e ilustrações, 
partituras musicais — qualquer coisa que tivesse valor probatório, que ‘documentasse’ al-
go, era um documento. A pergunta candente era: como poderiam os documentos em suas 
muitas manifestações e formatos repassar o conhecimento que eles ‘contivessem’ ou re-
presentassem? Na visão de Otlet seria preciso reunir e inter-relacionar todos os documen-
tos em seus vários formatos. O objetivo era a universalidade. A biblioteca, o museu e o ar-
quivo deviam ser todos vistos como aspectos de uma única organização documentária. No 
caso de documentos textuais, Otlet sugeria que seria necessário identificar o que houvesse 
de novo e importante em documentos específicos. 
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 21 
Tudo que fosse simplesmente retórico ou duplicado ou estivesse errado teria de ser descar-
tado. O objetivo era, com efeito, adquirir, repertoriar e debulhar* de todos os documentos 
que fossem sendo publicados as informações válidas — os fatos — que contivessem, assim 
como se debulham as ervilhas de uma vagem. Se cada ‘fato’ fosse registrado separadamen-
te de forma padronizada, então esses registros poderiam ser sistematicamente ligados en-
tre si, arranjados e rearranjados segundo uma ordenação conceitual dos campos do conhe-
cimento representados pelas tabelas minuciosamente subdivididas e outros dispositivos da 
CDU. Para Otlet esse processo é um desiderato essencial do que eram efetivamente os sis-
temas ‘manuais’ hipertextuais e multimídias que ele contemplava. Para nós, hoje em dia, 
habitantes de uma era pós-moderna e com sua mentalité relativista e revisionista, esse pro-
cesso está repleto de todo tipo de dificuldade conceitual e ‘epistemológica’ (RAYWARD, 
2018). 
 
Otlet ressaltava a importância de criar novos tipos de documentos como parte desse pro-
cesso — mapas, tabelas e diagramas que correlacionassem, resumissem, ilustrassem e sim-
plificassem informações que, de outro modo, seriam volumosas e complexas. A ideia era re-
unir, correlacionar, integrar e criar múltiplas representações do conhecimento, que haviam 
sido produzidas e disseminadas aleatoriamente, e que por isso se mostravam fragmentadas, 
dispersas, repetitivas, sujeitas a erros e incompletas. Otlet chamava de codificação esse pro-
cesso de representar e reconstituir o conhecimento. Ele acreditava ser essa a função mais 
importante de uma nova espécie de enciclopédia que ele estava propondo. Exigia novos 
modos de comunicação, como o microfilme (ele escreveu bastante sobre seus experimentos 
com o microfilme desde 1906) o rádio, a televisão e o que era chamado cinescópio. Ele 
também antecipou a invenção de novas modalidades de máquinas que apoiariam e melho-
rariam o trabalho intelectual, o que hoje descreveríamos como estações de trabalho e redes 
(RAYWARD, 2018). 
 
A rede: Para que tudo isso fosseeficiente, os órgãos de informação, como bibliotecas e mu-
seus, teriam de ser transformados ou reinventados para que se tornassem centros de do-
cumentação interligados, e seu conteúdo de alguma forma fosse reproduzível, numa rede 
documentária universal. Todas as associações e sociedades que reunissem pessoas, com ba-
se em interesses especializados, e por intermédio das quais conhecimentos de todos os ti-
pos, desde os triviais e práticos até os eruditos e científicos, estivessem representados teri-
am de se acomodar também nessa rede. A necessária interligação teria de ser centralizada, 
segundo Otlet, em um arranjo hierárquico que levasse, por intermédio da rede, de um nível 
local, passando por várias formas de organização nacional e internacional, até o núcleo de 
uma central mundial. Aí, em um grande palácio mundial, o Mundaneum, estaria localizado 
o centro nervoso para administrar a aquisição e disseminação dos conhecimentos em escala 
global. 
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 22 
À sua volta seria desenvolvida uma cidade mundial representando simbolicamente uma no-
va organização política em que relações internacionais de todos os tipos poderiam ser orde-
nadas racionalmente em benefício da humanidade (RAYWARD, 2018). 
 
O Mundaneum: Nas páginas finais de Monde, sua última obra importante, é como se Otlet 
destilasse as décadas de evolução de seu pensamento até chegar ao que se tornou agora 
uma noção intrincadamente multifacetada do Mundaneum. Ele apresenta, em dez páginas, 
uma suma das crenças e ideias que se encontram atrás da obra de sua vida. O Mundaneum, 
conta-nos ele, é uma ideia de universalismo. É uma instituição em que são reunidos “o mu-
seu para ver, o cinema para assistir, a biblioteca, enciclopédias e arquivos para ler, o catálo-
go para consultar, a palestra, o rádio e os discos para ouvir, e a conferência para debater (Ad 
mundum, vivendum et legendum, et audiendum et discutiendum)”. * O latim, com seus ma-
tizes clássicos e litúrgicos, talvez se preste para acentuar a importância dessa litania de fun-
ções. O Mundaneum, porém, é mais do que isso. É um método que implica, entre outras 
coisas, “pesquisa e previsão, unificação e padronização, ordenação e classificação, coopera-
ção, planejamento e regulação, por fim, expressão, apresentação e reprodução”. É um edifí-
cio físico a ser realizado arquitetonicamente. É, afinal, uma rede. Idealmente, o Munda-
neum existiria como um protótipo central com uma escala descendente de exemplos deri-
vados: em nível nacional (o Mundaneum–França ou o Mundaneum–Itália) e níveis regionais 
e locais. Estaria representado em nível pessoal por um Studium–Mundaneum, um gabinete 
pessoal tecnologicamente sofisticado no qual as pessoas poderiam utilizar novos métodos 
de documentação que antecipavam “possibilidades tecnicamente ilimitadas” de “repertó-
rios analíticos e tabelas sintéticas que listassem e visualizassem fatos” [...] O novo imperati-
vo global do Mundaneum, l’idée mondiale et universelle, que estimulará as tecnologias e 
sistemas documen-tários do Studium– Mundaneum de cada pessoa terá efeitos de amplo 
alcance. Otlet acredita que isso teria impacto na “própria vida, nas ocupações, no trabalho e 
nas relações pessoais, familiares e sociais (Otlet emprega a palavra ‘aspirations’).” Seria pos-
sível pensar nessa afirmação como um resumo das questões acerca da natureza dinâmica da 
comunidade, de práticas baseadas no trabalho e relações sociais que depertaram tantos 
comentários e pesquisas em relação com a internet e com a World Wide Web (RAYWARD, 
2018). 
 
FID e UIA: A Federação Internacional de Documentação (FID), em Haia, que foi à falência em 
2001, e a União de Associações Internacionais (UIA), ainda muito atuante em Bruxelas, 
sempre incluíram em seu trabalho uma sombra da memória de seus fundadores. Ambas as 
organizações foram cedo responsáveis por bibliografias relativas à sua história que se torna-
ram comprovadamente indispensáveis.3 Um volume de ensaios comemorativos do 60º ani-
versário da UIA trata de uma ampla gama de assuntos (RAYWARD, 2018). 
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 23 
Documentação: Importante linha de interesse em muitos países do mundo refere-se às 
ideias de Otlet sobre documentação e a CDU e suas implicações para mudanças na bibliote-
conomia e aquilo que em inglês se chamava library science [ciência das bibliotecas]. Otlet 
cunhou o termo ‘documentação’ já em 1903.2 A colaboração internacional para o desenvol-
vimento da Classificação Decimal Universal (CDU) começou em 1896, nos vertiginosos dias 
de otimismo e experimentação da virada do século. A CDU tornou-se parte do arsenal de 
novas tecnologias e técnicas que Otlet e seus colaboradores projetaram para a documenta-
ção, tanto como campo de estudo quanto como prática profissional. Embora a FID haja dei-
xado de existir, a CDU continua sendo amplamente utilizada na Europa e seu permanente 
desenvolvimento é administrado por um consórcio de organizações interessadas. Na Ingla-
terra, onde a CDU foi finalmente adotada pelo British Standards Institute como norma ingle-
sa, os ensaios de S. C. Bradford sobre a CDU e a história da FID foram reunidos e publicados 
postumamente em 1948 em seu livro Documentation. Constituem um ponto de referência 
inicial em inglês para os estudos sobre Otlet, junto com alguns dos trabalhos de Frits Donker 
Duyvis, que havia trabalhado com Otlet e La Fontaine na década de 1920 e foi designado 
terceiro secretário-geral da FID em 1928. Continuou como secretário-geral até sua morte 
em 1961. 
 
Décadas de 1950 e 1960: Merecem ainda ser lembrados vários apanhados históricos iniciais 
sobre a organização internacional da bibliografia e da documentação.6 Nos anos de 1950 e 
1960, nos Estados Unidos, Jesse Shera reconheceu a importância das ideias de Otlet sobre 
classificação e documentação e ajudou a mantê-las vivas. Uma importante personalidade 
francesa, que escreveu extensamente sobre classificação e recuperação da informação nos 
anos de 1950 e nos trinta anos seguintes, foi Eric de Grolier. As críticas por ele feitas à CDU e 
os relatos sobre seu desenvolvimento formaram uma plataforma para trabalhos teóricos 
posteriores que contribuíram para avanços na ciência da informação. Uma bibliografia de 
seus trabalhos foi publicada em International Classification. Em 1968, um número da revista 
da Association Belge de Documentation foi dedicado como festschrift a Otlet por ocasião de 
seu centenário de nascimento. Durante muitos anos, o cabeçalho do papel de carta usado 
pelo American Documentation Institute (fundado em 1937) e hoje American Society for In-
formation Science, levava impressa (sem dar crédito à autoria) uma definição de documen-
tação de Otlet, a qual também aparecia no cabeçalho de sua revista, American Documenta-
tion (atualmente Journal of the American Society for Information Science). 
 
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 24 
No final dos anos de 1960 e 1970 o campo de estudo e prática profissional que era designa-
do, em geral, pelo termo ‘documentação’, cunhadopor Otlet, passou a ser rotulado cada 
vez mais como ‘ciência da informação’. Mas, para mim e outros que estudam as mudanças 
representadas pela evolução terminológica, as ideias de Otlet sobre tecnologia, informação 
e comunicação eram muito mais relevantes e estimulantes do que hoje. Mostrei que o Trai-
té de documentation, de Otlet, era de fato um dos primeiros grandes tratados de ciência da 
informação. (RAYWARD, 2018). 
 
Outros trabalhos das décadas de 1950 e 1960: Nos decênios posteriores à Segunda Guerra 
Mundial, relatos sobre o movimento pacifista, a Liga das Nações e sobre organização inter-
nacional fazem referência mais genérica à obra de Otlet e La Fontaine e à UIA. Dele se en-
contram também menções de passagem em outros trabalhos, como os estudos iniciais de-
dicados ao amigo de longa data de Otlet, o sociólogo e urbanista escocês Patrick Geddes. 
 
Na Bélgica longos verbetes sobre Otlet e também sobre La Fontaine foram elaborados para 
o dicionário biográfico nacional editado pela Académie Royale des Sciences, des Lettres et 
des Beaux Arts de Belgique, o que mostra um certo reconhecimento pelo menos para quem 
foi profeta em sua própria terra. Meus estudos de doutorado, baseados em pesquisas feitas 
em 1967–1968 no Mundaneum, quando estava sediado no Parc Léopold, em Bruxelas, tal-
vez tenham sido a primeira tentativa de fazer um relato abrangente sobre a vida e a obra de 
Otlet, embora deixando explícito que a vida ali se subordinava ao trabalho (RAYWARD, 
2018). 
 
A documentação nos anos de 1980 e 1990: O interesse pelas contribuições de Otlet à do-
cumentação e à história da ciência da informação tiveram continuidade nas décadas de 
1980 e 1990. Na universidade de Amsterdã, Paul Schneiders defendeu tese de doutorado 
que trata essencialmente de Otlet. Um importante acontecimento para os estudiosos de 
Otlet ocorreu na Bélgica, nos anos de 1980, quando André Canonne passou a defender a 
ideia de ressuscitar o Mundaneum como museu e arquivo que seria instalado em Liège.3 Ele 
conseguiu com que o Traité de documentation de Otlet fosse reimpresso, em 1989, em re-
conhecimento a sua importância e raridade (RAYWARD, 2018). 
 
Hipertexto e internet: Assim que a revolução da informação teve início, a obra de Otlet po-
dia ser vista em um novo tipo de contexto. Aquilo que parecera utópico, até mesmo mais 
parecido com ficção científica, em suas especulações sobre o que hoje denominamos tecno-
logia da informação, começou a parecer uma previsão deste mundo novo (RAYWARD, 
2018). 
 
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Paul Otlet e Henri La Fontaine são conhecidos no Brasil 
principalmente por serem os mentores da CLASSIFICA-
ÇÃO DECIMAL UNIVERSAL, que é baseada em Dewey, 
mas tem suas tabelas auxiliares expandidas. A CDU é 
amplamente utilizada nas bibliotecas brasileiras e mun-
diais. Os advogados pioneiros da Documentação, Paul 
Otlet e Henri La Fontaine também criaram a Federação 
Internacional de Documentação (FID), em Bruxelas. 
Eles a criaram em 1895 com sede em Haia e acabou 
herdando o Instituto Internacional de Bibliografia, ten-
do sido responsável pela mudança do termo Bibliogra-
fia por Documentação. 
 
 
Os advogados visavam criar 5 repertórios com a criação da FID. São eles: 
 
 Repertório Universal de Direito 
 Repertório Universal para as Ciências Sociais 
 Repertório de Direito Comparado 
 Repertório de Estatística Comparada 
 Repertório Geral por nome de autores (seu grande projeto) 
 
 A Federação Internacional de Documentação (uma vez formalizada) publicou estatutos onde se 
estabeleciam os seguintes fins: 
 Aperfeiçoar e unificar os métodos bibliográficos e em especial a classificação. 
 Organizar a cooperação para elaborar obras e coleções como o Repertório Bibliográ-
fico Universal. 
 Estabelecer um centro internacional de coordenação. 
 Permitir aos intelectuais utilizarem as coleções por meio de cópias e resumos. 
 Multiplicar os serviços bibliográficos e documentários em todos os países. 
 
 
 
Figura 1 Paul Otlet e sua equipe. 
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Podemos dizer que muito antes do Traité de Documentation, Otlet já havia apresentado seu 
conceito de documento. Isto porque em 1908, o Instituto Internacional de Bibliografia- IIB6 que, jun-
tamente com Henri La Fontaine, havia ajudado a criar, definiu documento como: 
 
 [...] tudo aquilo que representa ou expressa, por meio de sinais gráficos (escrita, 
pintura, diagramas, mapas, imagens, símbolos) um objeto, um feito, uma ideia, 
ou uma impressão. Textos impressos (livros, revistas, jornais) hoje constituem a 
mais numerosa categoria deles. (CLEVELAND apud RONDINELLI, 2011) 
 
 O objetivo da Federação Internacional de Documentação era promover a investigação e o de-
senvolvimento da documentação internacional. Isto compreende organizar, ordenar, registrar e di-
fundir a informação em qualquer suporte e em qualquer âmbito científico. 
 
 
 
 
Fizemos uma revisão básica dos conhecimentos necessários para resolver questões sobre 
a documentação geral em concursos públicos de biblio organizados pela banca CESPE. 
 
A dica que damos é prestar atenção em datas e movimentos da documentação, e princi-
palmente, na relação entre biblioteconomia, documentação e ciência da informação. 
 
Na sequencia iremos revisar o foco da documentação jurídica de Cecília Atienza. 
 
 
 
 
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2.2. – DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA. 
 
O direito surgiu junto com os primeiros agrupamentos humanos sob a forma de costumes, os 
quais, posteriormente, evoluíram para se tornarem normas obrigatórias. A sua evolução histórica está 
mesclada com a da sociedade como um todo, sendo, portanto, entendido como uma norma social. 
Nos seus primórdios, de forma paulatina, a sociedade foi criando regras relacionadas com a convivên-
cia dos seus membros, regulando a convivência entre pessoas e os componentes de seus grupos. (CU-
NHA, 2010). 
 
A ciência romana observou a necessidade de classificar o direito como forma de diferenciar os 
seus vários ramos de atuação. Passos e Barros (2009, p. 1) apresentam a divisão do direito, em direito 
público e privado. Pertence ao direito público interno: o direito constitucional, direito administrativo, 
direito financeiro, direito tributário, direito processual e direito penal. No direito público externo tem-
se o direito internacional público. No direito privado comum tem-se o direito civil e o direito privado 
especial que envolve o direito comercial, direito do trabalho e direito internacional privado. 
 
Passos e Barros (2009) explicam que a informação jurídica pode ser gerada, registrada e recu-
perada, em três formas distintas: 
 Analítica (por meio da doutrina); 
 Normativa (pela legislação) e 
 Interpretativa (com o emprego da jurisprudência). 
 
A documentação jurídica é entendida por Atienza (1979) como sendo: 
 
“a reunião, análise e indexação da doutrina, da legislação (leis, decretos,decre-
tos-leis, atos, resoluções, portarias, projetos de leis ou de decretos legislativos 
ou de resoluções legislativas, ordens internas, circulares, reposições de motivos, 
etc.) da jurisprudência (acórdãos, pareceres, recursos, decisões, etc.) e de todos 
os documentos oficiais relativos a atos normativos ou administrativos”. 
 
Cada uma das fontes do Direito produz, de forma peculiar, informação. E para que esta infor-
mação possa ser comunicada, é necessária sua materialização em um documento. 
 
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Para Nascimento e Guimarães (2004, p.33), por documento jurídico entende-se o “conjunto de 
espécies documentais geradas pelo e/ou para o Direito”, que “diz respeito às relações jurídicas existen-
tes entre os indivíduos ou destes para com o Estado e vice-versa”. A documentação jurídica é comu-
mente dividida em três categorias: Legislação, Jurisprudência e Doutrina (TORRES; ALMEIDA, 2013). 
 
Legislação. 
 
As Leis exercem papel primordial, pois, segundo Mendes & Foster Júnior (p. 77-78), tornam 
possível o exercício da Constituição, criando os fundamentos da justiça e segurança que assegurem um 
desenvolvimento social harmônico, e desempenhando as funções de: 
 Integração, ao “compensar as diferenças jurídico-políticas no quadro de formação da vontade 
do Estado”; 
 Planificação, sendo “o instrumento básico de organização, definição e distribuição de compe-
tências”; 
 Proteção “contra o arbítrio, ao vincular os próprios órgãos do Estado”; 
 Regulação, “ao direcionar condutas mediante modelos”; 
 Inovação “na ordem jurídica e no plano social”. 
 
Segundo Passos e Barros (2009), legislação é o conjunto de leis de um Estado, entendimento 
pelas leis de acordo com a finalidade, regras sociais obrigatórias, impostas por uma autoridade públi-
ca, de forma permanente e que são sancionadas pela força. 
 
A legislação, também denominada conjunto de leis, refere-se à reunião de atos normativos 
emanados de autoridade competente. Esses atos são de diversos tipos e possuem uma hierarquia. A 
seguir são mencionados e definidos os mais utilizados, segundo Cunha (2010). 
 
 Constituição: a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém as normas respeitantes à 
formação dos poderes públicos, forma de governo, distribuição de competências, direitos e de-
veres dos cidadãos. Sinônimo de carta constitucional, carta magna, lei maior. 
 Código: coleção de leis; conjunto metódico e sistemático de disposições legais relativas a um 
assunto ou a um ramo do direito. Sinônimo de regras e preceitos. 
 Decreto: ato administrativo da competência exclusiva do chefe do poder executivo destinado a 
prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo expresso ou implícito 
na lei. 
 Decreto legislativo: ato destinado a regular matérias de competência exclusiva do Congresso 
Nacional que tenha efeitos externos a ele. 
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 Decreto-lei: ato que chefe do poder executivo expede, com força de lei, por absorver, anor-
malmente, as funções próprias do legislativo. Essa norma legal vigorou antes da Constituição 
Federal de 1988. 
 Edital: ato escrito oficial em que há determinação, aviso, postura, citação, etc., e que se afixa 
em lugares públicos ou se anuncia na imprensa, para conhecimento geral, ou de alguns interes-
sados, ou, ainda, de pessoa determinada cujo destino se ignora. 
 Emenda constitucional: é uma modificação no texto da Constituição que deve ser aprovada pe-
la Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em votação nominal, por três quintos dos vo-
tos dos membros de cada casa legislativa. Estão autorizadas no art. 60 da Constituição, e são a 
forma legítima e secundária de alterar as disposições constitucionais vigentes. 
 Instrução normativa: ato normativo de um órgão governamental para certos ramos de ativida-
des; na área de telecomunicações, por exemplo, as instruções normativas da Agência Nacional 
de Telecomunicações (ANATEL). Ela é expedida no sentido de interpretar a lei. 
 Lei: regra geral e permanente a que todos estão submetidos. 
 Lei complementar: tipo de lei que ostenta a rigidez dos preceitos constitucionais, e tampouco 
comporta a revogação por força de qualquer lei ordinária superveniente; busca resguardar cer-
tas matérias de caráter para constitucional contra mudanças céleres ou apressadas, sem lhes 
imprimir uma rigidez exagerada, que dificultaria sua modificação. 
 Lei delegada: ato normativo editado pelo presidente da República em virtude de autorização do 
poder legislativo, expedida mediante resolução e dentro do limites nela traçados. 
 Lei ordinária: ato normativo ativo primário que contém, em regra, normas gerais e abstratas. 
 Medida provisória: ato normativo com força de lei que pode ser editado pelo Presidente da 
República em caso de relevância e urgência. 
 Portaria: documento emitido por autoridade administrativa contendo ordens e instruções so-
bre aplicação de leis, decretos ou recomendações. 
Observem os conceitos de cada um e suas características, segundo Passos (2004): 
CONSTITUIÇÃO: o primeiro na hierarquia, dispõe sobre a organização política, institui os 
poderes públicos, regula as suas funções e delineia os direitos e deveres essenciais dos ci-
dadãos de uma nação soberana. Nenhuma Lei pode contrariar, revogar ou modificar qual-
quer disposição da Constituição. Há, porém, normais constitucionais cuja aplicabilidade ou 
exequibilidade exigem regulamentação. Essa regulamentação expressa-se através de leis 
orgânicas ou de leis ordinárias. 
 
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EMENDAS CONSTITUCIONAIS em sentido lato, têm o conceito de correção de defeito, de 
erro, de alteração do texto original, para melhor atender a uma situação criada. As Emen-
das Constitucionais são textos que alteram, parcialmente, disposições da Constituição vi-
gente, a fim de torná-la mais viável, ou de incorporar-lhe disposições apropriadas ao desen-
volvimento técnico e social da Nação. (...) todas as regras constitucionais são susceptíveis 
de serem emendadas. 
 
Lei Complementar, são espécies de leis ordinárias tendo valor infraconstitucional, destina-
se a completar os dispositivos não executórios da constituição. 
 
 
Lei Delegada: a elaboração dessas leis implica a delegação de poderes, atribuída pelo Con-
gresso Nacional ao presidente da República ou a comissão especial do próprio Parlamento. 
 
Lei Ordinária, é assim denominada no processo legislativo (arts. 59, III e 61 caput, da CF) 
para distingui-la da lei complementar ou delegada, já que na prática, é denominada sim-
plesmente lei. É votada mediante processo ordinário. 
 
MEDIDAS PROVISÓRIAS: É uma medida baixada pelo Presidente da República, com força de 
lei, porém diferente da Lei Delegada. A medida provisória é a sucessora velada do velho de-
creto-lei, previsto nos arts. 46, V, e 55, da Constituição de 1967, ora revogada. 
 
DECRETO: Ato administrativo emanado do Poder Executivo, com fim de regulamentar a lei 
propriamentedita, ou de ensejar, a tal Poder, a realização dos atos inerentes à sua compe-
tência. O decreto pode ser autônomo ou regulamentar. 
 
DECRETO LEGISLATIVO: Visa a regular matérias do Congresso Nacional no âmbito adminis-
trativo. O decreto legislativo é ato de natureza administrativa que traduz deliberação do 
Congresso Nacional sobre matéria de sua competência. O projeto de lei definitivamente 
aprovado no âmbito do Legislativo constitui um decreto legislativo, que somente transfor-
mar-se-á em lei se for sancionado pelo Presidente da República. 
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DECRETO RESERVADO: Há assuntos, especialmente na área militar, que devem ser regula-
dos pelo Poder Executivo, mas que não devem ser divulgados, por motivos de segurança 
nacional. 
 
DECRETO SEM NÚMERO: Atos do Poder Executivo, de caráter administrativo, mas interes-
sando apenas a um indivíduo ou grupo de indivíduos, como nomeações, designações, pro-
moções, exonerações, aposentadoria e reformas de funcionários, ministros ou secretários, 
embaixadores, delegados e militares; concessões de naturalização de perda de nacionalida-
de ou de direitos políticos e outros semelhantes. São sempre mencionados, quando no âm-
bito Federal, como “Decreto do Presidente da República”. 
 
RESOLUÇÃO: É assim que, geralmente, é empregado no sentido de extinção ou de revoga-
ção, quando se refere aos direitos ou obrigações. É resolução o desaparecimento, a resci-
são, a anulação ou o rompimento do que era feito ou ajustado. 
 
PORTARIA: Ato administrativo que consistente na determinação de providência para o bom 
andamento do serviço público. 
 
CÓDIGO: Na terminologia jurídica significa coleção de leis. E assim, é denominação que se 
dá a todo conjunto de leis compostas pela autoridade competente, normalmente pelo Po-
der Legislativo, enfaixadas num só corpo e destinadas a reger a matéria, que faz parte, ou 
que é objeto de um ramo de direito. 
 
CONSOLIDAÇÃO: Consolidar, tornar firme, fortificar. Reelaboração de material legislativo 
preexistente, dotado de nova redação e de unificação num só diploma legislativo. 
 
 
 
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ESTATUTO: Significa estabelecer, constituir, fundar, em sentido amplo, entende-se a lei ou 
regulamento, em que se fixam os princípios institucionais ou orgânicos de uma coletividade 
ou corporação pública ou particular. 
 
REGULAMENTO: O regulamento, revela-se o ato emanado do poder executivo com o obje-
tivo de ampliar ou estabelecer as medidas e providências indispensáveis ao cumprimento 
da lei. Pode designar também o conjunto de regras, de caráter legislativo, instituído pelo 
poder executivo. 
 
REGIMENTO: É juridicamente tomado na acepção de ordenação ou conjunto de regras que 
se dispõe como regime de alguma coisa, notadamente sobre o desempenho de cargos ou 
ofícios. 
 
ORDEM DE SERVIÇO: Ato administrativo de efeito interno representada por determinações 
especiais destinadas a regular procedimentos para a execução de serviços ou tarefas. 
 
CIRCULAR: Ato administrativo de caráter geral, uniforme, endereçado a todos os órgãos 
que tenham a mesma condição, a mesma função e que pertençam à mesma categoria, ten-
do caráter obrigatório somente para com os subordinados a uma autoridade e nenhuma in-
fluência exercem sobre os tribunais. 
 
DESPACHO: São atos de ordenação de processos, não têm carga decisória, não são objeto 
de recurso. Em sentido amplo, a decisão de autoridade judiciária ou administrativa compe-
tente, a respeito de ato ou fato que lhes sejam trazidos ao conhecimento. 
 
DELIBERAÇÃO: é aplicado e, para indicar toda resolução ou decisão, tomada por uma pes-
soa ou por uma assembleia, mediante prévia discussão e exame da matéria, assim submeti-
da a esse veredicto. 
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Jurisprudência. 
 
Em sentido amplo, é o conjunto de decisões proferidas pelos tribunais nos casos concretos sob 
sua responsabilidade; em sentido restrito, refere-se à decisão dos tribunais sobre um determinado 
ponto de direito. (CUNHA, 2010) 
 
Segundo Passos e Bastos (2009), jurisprudência é o modo pelo qual os tribunais interpretam e 
aplicam as leis. (SILVA, 1999, apud PASSOS, 2004). As obras de jurisprudência são imprescindíveis para 
uma biblioteca jurídica, pois é através destas que os usuários fundamentam seus pareceres e pesqui-
sas. 
 
Os tipos mais comuns de jurisprudência são: 
 Acórdão: decisão do tribunal; peça escrita com o resultado de julgamento proferido por um co-
legiado (grupo de juízes ou ministros). Compõe-se de relatório (exposição geral sobre o assun-
to), boto (fundamentação da decisão tomada) e dispositivo ( a decisão propriamente dita). Nos 
casos de dissídios coletivos, os acórdãos são também chamados de sentença normativa. 
 Decisão monocrática: decisão final em um processo, tomada por um juiz ou, no caso do Supre-
mo Tribunal Federal (STF), por um ministro. No STF, podem ser decididos monocraticamente 
pedidos ou recursos manifestamente intempestivos, incabíveis ou improcedentes, ou que con-
trariem a jurisprudência predominante no tribunal ou, ainda, em que for evidente sua incompe-
tência. 
 Sentença: decisão proferida por um juiz num processo. Na Justiça do Trabalho, existe, porém, a 
figura da sentença normativa, que não é proferida por juiz singular e, sim, por um colegiado, 
nos casos de dissídio coletivo. 
 Súmula: resumo da orientação jurisprudencial de um tribunal para casos análogos. 
 Súmula vinculante: súmula aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provoca-
ção, mediante decisão de dois terços dos seus membros, depois de reiteradas decisões sobre 
matéria constitucional, que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculan-
te em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à administração pública direta e indireta, 
nas esferas federal, estadual e municipal. Também poderá ser revisada ou cancelada pela su-
prema corte, na forma estabelecida em lei. 
 
 
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Doutrina. 
 
A produção documental na área de doutrina é registrada em livros, antigos de periódicos, tex-
tos diversos (impressos ou disponíveis na internet), vídeos e outras formas de registro do conhecimen-
to. Essa produção pode ser buscada nas bibliotecas, nas livrarias e na internet. (CUNHA, 2010) 
 
A informação jurídica talvez seja uma das maiores produtoras de documentos no Brasil. Esse 
volume de produção é motivado pelo número de advogados brasileiros, pela quantidade de cursos 
jurídicos e também pela rápida obsolescência desse tipo de informação. Por exemplo, após a publica-
ção, em 1988, da nova Constituição, as obras de direito tiveram que se adaptar a esse novo diploma. A 
mesma coisa ocorre quando os códigos sofremalterações. Assim, é comum o lançamento de nova edi-
ção de uma obra jurídica em pequenos intervalos de tempo. Portanto, é uma área que exige do biblio-
tecário uma constante atualização. (CUNHA, 2010) 
 
Segundo Passos e Bastos (2009), doutrina é o conjunto de princípios expostos nos livros de di-
reito, em que se firmam teorias ou se fazem interpretações sobre ciência jurídica. (PLÁCIDO ; SILVA, 
1999, apud PASSOS, 2004). (...) além de constituir espaço para análise, reflexão, e discussão da legisla-
ção e da jurisprudência, apontando suas virtudes e imperfeições, tem também por objetivo facilitar a 
compreensão dos textos e documentos legais, servindo como embasamento teórico para a própria 
atuação jurídico-legislativa. Se revela por meio de documentos como livros, artigos de pesquisas, te-
ses, etc. 
 
No contexto da Doutrina, a, além de livros e artigos, há uma tipologia documental que merece ser 
destacada, esta tipologia é o parecer jurídico. O parecer é utilizado pelos advogados quando ingressam 
com algum recurso e precisam sustentar a tese que pretendem defender em juízo. Quanto a estrutu-
ra, o parecer possui as seguintes partes: 
 
 Consulta: onde o parecerista diz o que os advogados X e Y solicitam sua opinião sobre determi-
nada questão jurídica. 
 Antecedentes ou Histórico: o parecerista faz um breve relato dos fatos ocorridos. 
 Quesitos ou Parecer: apresentam-se as perguntas para as quais os consulentes buscam respos-
tas; para cada pergunta segue a resposta do parecerista, que usa os artefatos da doutrina, legis-
lação e jurisprudência para responder às perguntas do consulente. 
 Conclusão ou Respostas: apresenta sucintamente cada resposta dada. Após a conclusão há a 
data e o nome do parecerista. 
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TRÊS PODERES 
 
Observem os conceitos dos termos de direito, segundo Passos (2004): 
 
Nos regimes democráticos, três poderes apresentam-se bem definidos e atuantes: o 
Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Ao Poder Executivo compete 
exercer o comando da nação, conforme aos limites estabelecidos pela Constituição ou 
Carta Magna do país. O Poder Judiciário tem a incumbência de aplicar a lei em casos 
concretos, para assegurar a justiça e a realização dos direitos individuais e coletivos no 
processo das relações sociais, além de velar pelo respeito e cumprimento do ordena-
mento constitucional. Quanto ao Poder Legislativo, a ele compete produzir e manter o 
sistema normativo, ou seja, o conjunto de leis que asseguram a soberania da justiça pa-
ra todos - cidadãos, instituições públicas e empresas privadas. 
 
 
24. (MIN.SAUDE/CESPE/2013) A documentação em sentido amplo trata não somente das 
três idades dos documentos - corrente, intermediária e permanente - mas também dos 
instrumentos de gestão documental. 
 
COMENTÁRIO: A banca quis confundir o candidato misturando as características de documentos em 
geral com documentos arquivísticos, pois os documentos classificados como correntes, intermediários e 
perma-nentes lembram características de documentos de Arquivo. 
Questão ERRADA. 
 
(...) teoria das três idades é representada pelas três fases do arquivamento por 
que passam os documentos em traslado por ARQUIVOS corrente, intermediário 
e permanente. (MEDEIROS; AMARAL, 2010). 
 
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25. (MPU/CESPE/2013) Em um ato legal, a referência ao enunciado de cada artigo, denomi-
nada de caput, é feita em algarismos romanos. 
 
COMENTÁRIO: A questão afirma que a referência ao enunciado de cada artigo, denominada de caput, 
é feita em algarismos romanos. Vimos na teoria que caput é o enunciado do artigo e não tem numera-
ção. Os desdobramentos do caput são os itens e esses são indicados por algarismos arábicos. 
A questão está ERRADA pois o caput não possui algarismos romanos. 
 
26. (TRT17/CESPE/2009) Os códigos reúnem, em uma só publicação, um conjunto de leis 
destinadas a reger matéria que faz parte ou é objeto de um ramo do direito. 
 
COMENTÁRIO: Código é todo conjunto de leis enfaixadas num só corpo e destinadas a reger a matéria, 
que faz parte, ou que é objeto de um ramo de direito. Essa definição é exatamente igual a da questão. 
Questão CORRETA. 
 
27. (CPRM/CESPE/2013) As medidas provisórias decorrem de atos legislativos de competên-
cia exclusiva do Congresso Nacional. 
 
COMENTÁRIO: Segundo Cunha (2010) a medida provisória é “ato normativo com força de lei que pode 
ser editado pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência”. Ou seja, a medida provisó-
ria é um ato unipessoal do Presidente da República e não do Congresso Nacional. 
Questão Errada. 
 
28. (TJDF/CESPE/2015) A doutrina, base para a formação de leis e da jurisprudência, é a fon-
te principal da informação jurídica. 
 
COMENTÁRIO: Segundo Barros (2004 apud PASSOS, 2004), a principal fonte de informação jurídica é a 
Legislação (a Lei), seguida da Jurisprudência (decisões de juízes e Tribunais) e a doutrina é aquela que 
traz interpretação de autores, juristas e escritores acerca de uma norma ou decisão jurídica. 
Questão Errada. 
 
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29. (STJ/CESPE/2012) Contratos, petições, relatórios, pareceres internos e respostas às con-
sultas de clientes são considerados fontes jurisprudenciais. 
 
COMENTÁRIO: Conforme teoria apresentada na página 25, as fontes jurisprudenciais são os acórdãos, 
as decisões monocráticas, as sentenças, as súmulas e as súmulas vinculantes. 
Questão Errada. 
 
30. (MPU/CESPE/2013) Entende-se por doutrina o pensamento jurídico sistematizado em 
que se teoriza acerca do conhecimento jurídico expresso em publicações. 
 
COMENTÁRIO: Vimos que a doutrina serve como embasamento teórico para a própria atuação jurídico-
legislativa e se revela por meio de documentos (publicações) como livros, artigos de pesquisas, teses, 
etc. Em outras palavras, a doutrina reflete o pensamento jurídico em teoria e expresso em publicações. 
Questão CORRETA. 
 
 
LEITURA OBRIGATÓRIA! 
 
 
PASSOS, Edilenice (Org.). Informação jurídica: teoria e prática. Brasília: The-
saurus, 2004. 
 
 
 
 
PASSOS, Edilenice; BARROS, Lucivaldo Vasconcelos. Fontes de informação 
para pesquisa em direito. Brasília: Briquet de Lemos, 2009. 
 
 
 
 
SILVA, Andréia Gonçalves. Fontes de informação jurídica: conceitos e técni-
cas de leitura para o profissional da informação. Rio de Janeiro: Interciência, 
2010. 
 
 
 
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2 – BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
2.1. – ORIGENS E EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
 
Existe uma vasta literatura a respeito da fundamentação teórica que sustenta a Ciência da In-
formação, e quanto àorigem desta, a qual reflete as diversas tentativas da comunidade da área de 
trazer a luz seus entendimentos sobre o que, propriamente, vem a ser Ciência da Informação, qual é o 
seu objeto de estudo (a informação) e quais as suas relações com outras disciplinas (interdisciplina-
ridade) (Oliveira, 20053). 
 
2.1.1. Antecedentes Sociais. 
 
Assim como outros campos interdisciplinares (Ciência da Computação, Comunicação Social, 
Ecologia), a Ciência da Informação nasceu no bojo da revolução científica e técnica que se seguiu à 
Segunda Guerra Mundial. Para alguns autores, a história da Ciência da Informação sofreu influências 
marcantes de duas disciplinas, que contribuíram não só para sua gênese, mas, também, para seu de-
senvolvimento: 
 
1) A Documentação, que trouxe novas conceituações; e, 
2) A Recuperação da Informação, que viabilizou o surgimento de sistemas automatizados de 
recuperação de informações. 
 
Alguns autores que consideram tais disciplinas como antecedentes da Ciência da Informação 
são Harmon (1971), Saracevic (1992) e Pinheiro (1997). A seguir, será apresentado um breve histórico 
ressaltando a importância de cada um desses pilares. 
 
Portanto, a partir de agora, iremos apresentar o contexto da Ciência da Informação na perspec-
tiva da documentação e da recuperação da informação: 
 
 
 
3 Oliveira, Marlene de (Coord.). Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de 
atuação. Belo Horizonte: UFMG, 2005. 
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Documentação e Ciência da Informação. 
 
 Com a Revolução Industrial deflagrada em toda Europa e nos Estados Unidos, no final do sécu-
lo XIX, a quantidade de informações registradas cresceu de forma assustadora, e várias tentati-
vas foram feitas para realizar um levantamento bibliográfico universal. Então, documentação é 
o contexto da revolução industrial. 
 
 A iniciativa mais importante foi assumida pelos advogados belgas Paul Otlet e Henri La Fontai-
ne, que acreditavam poder solucionar o problema que era o de levar ao conhecimento de cien-
tistas e interessados toda a literatura científica e todos os produtos do conhecimento gerados 
no mundo. 
 
 Para isso, planejaram a criação de uma biblioteca universal a fim de divulgar, em fichas, os da-
dos bibliográficos relativos a todos os documentos indexados. A biblioteca universal seria de 
referência dos produtos e não de reunião de acervos. 
 
 Para coordenar tais atividades foi criado o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), que co-
meçou a criar ferramentas para registrar, de forma sistemática e padronizada, as referências 
dos documentos. O controle dos registros é mecanizado. 
 
 Uma das primeiras preocupações do IIB era a de desenvolver um sistema de classificação úni-
co, a ser adotado por todos na indexação dos documentos, uma vez que a biblioteca universal 
seria uma biblioteca de referências. Assim surgiu a Classificação Decimal Universal (CDU), que 
oferecia a possibilidade de tratar outros tipos de documento além do livro e de outros produtos 
impressos. 
 
 Outro fato relevante foi a elaboração, por Paul Otlet, do conceito de documento, que passou a 
ser "o livro, a revista, o jornal, a peça de arquivo, a estampa, a fotografia, a medalha, a músi-
ca, o disco, o filme e toda a parte documentária que precede ou sucede a emissão radiofôni-
ca. São amostras, espécimes, modelos fac-símiles e, de maneira geral, o que tenha caráter re-
presentativo, com três dimensões e, eventualmente, em movimento". 
 
 
 Essa nova visão de registros de conhecimento modificou a atuação do IIB, que foi transforma-
do, em 1931, em Instituto Internacional de Documentação (IID), já com a preocupação de for-
necer meios de controle para os novos tipos de suporte do conhecimento. Em 1938, esse insti-
tuto foi transformado em Federação Internacional de Documentação - FID, órgão máximo da 
área. 
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(CNJ/2013) Acerca de conceitos básicos de biblioteconomia, ciência da informação e documentação, 
julgue os itens subsequentes. 
31. 
No campo de biblioteconomia e documentação, podem-se distinguir pelo menos duas cor-
rentes teóricas cujas preocupações estão voltadas ao estudo da linguagem: a corrente que 
pesquisa a viabilidade da representação da informação via linguagem controlada e a corren-
te que trabalha no desenvolvimento de linguagens naturais de indexação. 
32. 
A cienciometria, que desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir os aspectos 
quantitativos de produção, disseminação e uso da informação registrada, é utilizada na to-
mada de decisões em bibliotecas. 
33. 
Em biblioteconomia e documentação, o termo documento pode ser empregado como equi-
valente ao termo suporte de dados. 
34. 
A ciência da informação tem sua origem situada na documentação, na bibliografia e na re-
cuperação da Informação, e sua natureza interdisciplinar se manifesta no relacionamento 
com outros campos do conhecimento, como a comunicação e a inteligência artificial. 
35. 
A bibliometria, que estuda os aspectos quantitativos da produção bibliográfica em um de-
terminado campo do conhecimento, é considerada um segmento da sociologia da ciência 
aplicada no desenvolvimento de políticas científicas. 
GABARITO: E-E-C-C-E 
 
 (CADE/2014) Acerca de documentação geral e jurídica, julgue os itens a seguir. 
36. 
O tesauro e o esquema de classificação são exemplos de metadocumentos; estes, por sua 
vez, são, em geral, utilizados na gestão de um centro de informação. 
37. 
As fontes de informação não convencionais, utilizadas para a realização de pesquisas espe-
cializadas, são conhecidas como literatura branca. 
38. 
A documentação e a bibliografia possuem funções semelhantes no que se refere à prática 
de acompanhar o documento desde a sua produção até o seu uso. 
GABARITO: C-E-E 
 
 
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O conceito de documento ampliou o campo de atuação dos profissionais da área ao ultrapassar 
os limites do espaço da biblioteca e agregar novas práticas de organização e novos serviços de docu-
mentação. Por isso, o Instituto Internacional de Bibliografia pode ser compreendido como aconteci-
mento importante na gênese da Ciência da Informação, do qual brota a ideia de bibliografia como re-
gistro, memória do conhecimento científico, desvinculada dos organismos como arquivos e bibliote-
cas, e de acervos. A ideia de criação da Biblioteca Universal de Paul Otlet e Henri La Fontaine não foi 
implementada, mas a iniciativa deixou como legado, para os profissionais de informação, novos con-
ceitos, como o de documento, de bibliografia e a Classificação Decimal Universal. 
 
O Surgimento dos Sistemas de Recuperação da Informação. 
 
Outro pilar, considerado sustentáculo para o surgimento da Ciência da Informação, é a Recupe-
ração da Informação: 
 
 A situação após a Segunda Guerra despertou, notadamente nos países desenvolvidos, um gran-
de interesse pelas atividades de ciência e tecnologia,ocasionando um aumento considerável de 
conhecimentos. O contexto é o da 2ª Guerra Mundial. 
 
 Este fenômeno, denominado como "explosão de informação" ou explosão de documentos, ca-
racterizou-se por um crescimento exponencial de registros de conhecimento, particularmente 
em ciência e tecnologia. 
 
 Tal fenômeno trazia em seu bojo um problema básico, que era a tarefa de tornar mais acessível 
um acervo crescente, proveniente daqueles registros. Novamente o problema de tornar acessí-
veis grandes massas de documentos. 
 
 Em artigo publicado em 1945 um respeitado cientista do MIT (Massachussets Institute of Tec-
nology - USA), Vanevar Bush, chefe do esforço científico americano durante a Segunda Guerra 
Mundial, identificou e definiu o problema de tornar acessível o acervo crescente de conheci-
mentos e propôs uma solução. 
 
 A proposta era a de usar as incipientes tecnologias de informação para combater tal problema. 
Ele chegou a propor uma máquina com capacidade de "associar ideias", que duplicaria os "pro-
cessos mentais artificialmente" [processo de indexação]. 
 
 Na década de 1950, muitos cientistas, engenheiros e empreendedores começaram a trabalhar 
sobre o problema e na solução apontada por Bush. Com efeito, naquela época, o emprego do 
computador no tratamento e na recuperação da informação de maneira sistemática trouxe no-
vas perspectivas para os serviços de biblioteca e de informação, notadamente, nas indústrias. 
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 42 
 
O termo recuperação da informação foi cunhado por Mooers (1951) como um termo que "en-
globa os aspectos intelectuais da descrição de informações e suas especificidades para a busca, além 
de quaisquer sistemas, técnicas ou máquinas empregados para o desempenho da operação". A con-
cepção de recuperação proposta por Mooers contém três perguntas básicas: 
 
• Como descrever intelectualmente a informação? 
• Como especificar intelectualmente a busca? 
• Que sistemas, técnicas ou máquinas devem ser empregados? 
 
As atividades desenvolvidas no âmbito da temática "recuperação da informação" conduziram a 
estudos teóricos e conceituais sobre a natureza da informação; a estrutura do conhecimento e seus 
registros (incluindo a bibliometria); os estudos relativos ao uso e aos usuários de informação; estudos 
do comportamento humano frente à informação a interação homem-computador, dentre outros. 
Enfim, a recuperação da informação possibilitou o surgimento dos sistemas automatizados de infor-
mação. 
 
A ênfase nessa atividade que veio a se denominar Ciência da Informação deve-se ao seu esforço 
para enfrentar os problemas de organização, crescimento e disseminação do conhecimento registra-
do, que vem ocorrendo em proporções geométricas, desde logo após a Segunda Grande Guerra 
Mundial. Nesse sentido, a Ciência da Informação nasceu para resolver um grande problema, que foi 
também a grande preocupação tanto da Documentação quanto da Recuperação da Informação, que é 
o de reunir, organizar e tornar acessível o conhecimento cultural, científico e tecnológico produzido 
em todo o mundo. 
 
Um evento importante é apontado por Meadows (1991) para o desenvolvimento da área. Se-
gundo ele, a disciplina passou por uma acentuada evolução após a Segunda Guerra Mundial, ocasiona-
da pelo surgimento da Teoria Matemática da Informação, descrita por Shanon e Weaver no final dos 
anos 1940. 
 
Essa teoria, adotada por muitas outras áreas, explica os problemas de transmissão de mensa-
gens através de canais mecânicos de comunicação. O princípio de toda comunicação implica na 
transmissão de uma mensagem entre uma fonte (emissor) e um destino (receptor) utilizando um 
canal. 
 
 O emissor ou fonte pode ser um indivíduo, um grupo ou uma empresa. 
 O receptor ou destinatário é quem recebe a mensagem. 
 
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Esse modelo de comunicação, elaborado por engenheiros para comunicação entre máquinas, 
não atendeu às necessidades teóricas da Ciência da Informação, uma vez que, ao se tratar de pesso-
as, o receptor é submetido a um fluxo de mensagens que chegam de todos os lados, sendo necessária 
uma seleção para compreender aquelas que interessam particularmente a um indivíduo. 
 
A contribuição da teoria para o desenvolvimento teórico da Ciência da Informação foi pequena, 
mas importante para a sua história, uma vez que atraiu a atenção para a necessidade de se definir cla-
ramente o caráter da informação com que os profissionais da área se preocupavam. 
 
A data de 1958 é assinalada como um dos marcos na formalização da nova disciplina, quando 
foi fundado, no Reino Unido, o Institute of Information Scientists (IIS). Alguns autores descrevem a 
origem da nova disciplina a partir das bibliotecas especializadas (em indústrias e outras organizações) e 
especialmente pela ênfase dada por estas à ideia de documentação. Na indústria moderna houve uma 
crescente demanda de informação para maior desempenho das organizações. Então, alguns cientistas 
qualificados se deslocaram para a área de pesquisa e desenvolvimento ou de produção com o intuito 
de estabelecer um serviço de informação ativo para seus colegas. 
 
Eles se consideravam como cientistas da informação, já que eram cientistas que pesquisavam 
para cientistas. Como a atividade se expandiu e se formalizou, houve necessidade de treinamento para 
aqueles que optavam por essa atividade. O conjunto desse treinamento passou a se chamar ciência 
da informação. O uso do termo cientista da informação pode ter tido a intenção de distinguir os ci-
entistas da informação dos cientistas de laboratório, uma vez que o interesse principal daqueles 
membros era a organização da informação científica e tecnológica (Ingwersen, 1992). Os membros 
denominados cientistas da informação eram profissionais de várias disciplinas que se dedicavam às 
atividades de organizar e suprir de informação científica seus colegas pesquisadores de P & D (Fos-
kett, 1969; Meadows, 1991; Ingwersen, 1992). 
 
Um ponto importante salientado por Meadows (1991) foi a intensidade com que o computa-
dor afetou a estrutura dentro da qual a Ciência da Informação opera. Como outros campos científicos 
de natureza semelhante, por exemplo, a Ciência da Computação, a Ciência da Informação tem sua ori-
gem na esteira da revolução científica e técnica que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. 
 
Segundo alguns autores, como Saracevic (1992), as novas tecnologias projetam-se sobre a Ci-
ência da Informação da mesma maneira que o fazem sobre muitos outros campos do conhecimento. 
 
No entanto, há consenso entre estudiosos da Ciência da Informação de que ela está inexora-
velmente conectada à tecnologia da informação. A recuperação da informação, que teve papel impor-
tante no surgimento da área, guarda em sua evolução as associações da ciência com a tecnologia da 
informação. 
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(FUB/2015) A respeito dos conceitos de documentação e de biblioteconomia, julgue os itens subse-
quentes.39. 
As tecnologias mudaram, nos últimos anos, o conceito de informação, transformando a vi-
são do profissional bibliotecário, que se aproximou mais do trabalho coletivo com a pers-
pectiva do fluxo informacional. 
40. 
A documentação, como técnica de organização e análise de qualquer tipo de documento, 
surgiu com a implantação de sistemas automatizados, como o uso do computador pessoal. 
41. 
O tratado da documentação, escrito por Paul Otlet, sugere que os documentalistas elabo-
rem o seu próprio manual para aplicação em seu centro de documentação. 
42. 
A biblioteconomia expandiu-se com o aumento do número de bibliotecas públicas, no final 
do século XIX até o início do século XX. 
GABARITO: C-E-C-C 
 
(SERPRO/2013) Julgue os próximos itens, relativos a documentação e a biblioteconomia. 
43. 
São considerados documentos: livro, revista, jornal, peça de arquivo, estampa, fotografia, 
medalha, música, filme e disco. 
44. 
A interdisciplinaridade é fator crítico de sucesso para a biblioteconomia, como no caso da 
sociologia, que contribui para a discussão biblioteconômica sobre temas relacionados à co-
munidade científica, às redes de comunicação e ao uso dessas redes. 
45. 
Nos anos 30 do século passado, a documentação passou por uma grande mudança de para-
digma: deixou de considerar a informação em si para criar uma série de técnicas de organi-
zação, análise e descrição das práticas bibliográficas, em um esforço para uniformizar a or-
ganização e padronização da informação. 
46. 
O ciclo informacional engloba quatro processos básicos: produção, distribuição, aquisição e 
uso. 
47. 
Cabe aos profissionais de biblioteconomia elaborar os dados científicos e técnicos relativos 
ao registro do pensamento humano e da realidade exterior, e organizá-los em elementos de 
natureza material chamados documentos. 
48. 
De acordo com o LISA (Library and Informations Science Abstracts), alguns dos assuntos re-
lacionados ao escopo da biblioteconomia são: administração, arquivo, descarte, edifícios, 
empréstimos, obras raras, orçamento e finanças. 
GABARITO: C-C-E-C-E-C 
 
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(DPU/2016) A respeito de biblioteconomia, de ciência da informação e de gestão da informação, jul-
gue os itens a seguir. 
49. 
Os modelos de gestão da informação têm como ponto de partida a disponibilidade de acer-
vo nas bibliotecas. 
50. 
A ciência da informação tem seu conteúdo apoiado na interdisciplinaridade: é uma área de 
conhecimento influenciada pelas ciências matemáticas, físicas, ciências sociais e humanas. 
51. 
Aquisição de conhecimentos e treinamento científico, que habilitam o pesquisador à produ-
ção de trabalhos científicos, é uma das possibilidades da ciência da informação. 
52. 
As finalidades da ciência da informação incluem o gerenciamento das informações registra-
das em documentos de arquivo. 
53. 
Sítios de redes sociais, além de possibilitarem às bibliotecas o desenvolvimento de redes de 
interação com os usuários, podem também servir de exemplos para modelos de gestão es-
tratégica da informação. 
GABARITO: E-C-E-E-C 
 
 (CADE/2014) Com relação aos conceitos de biblioteconomia e ciência da informação, julgue os itens 
subsequentes. 
54. 
Para resolver problemas a respeito da transferência do conhecimento organizado, a ciência 
da informação se utiliza das ciências da computação, da psicologia e da linguística. 
55. 
A teoria da informação, originariamente, teoria da recuperação da informação, se desenvol-
veu após a ciência da informação. 
56. 
O paradigma cognitivo da ciência da informação é visto como um modelo alternativo dos 
estudos de usuário. 
57. 
O acesso livre à literatura científica mundial é insuficiente para modificar o planejamento 
das publicações e suas avaliações. 
GABARITO: C-E-C-E 
 
 
Borko (1968) definiu a Ciência da Informação como uma disciplina que investiga as proprieda-
des e o comportamento da informação, as forças que governam seu fluxo e os meios de processa-
mento para otimizar sua acessibilidade e utilização. Relaciona-se com o corpo de conhecimento rela-
tivo à produção, coleta, organização, armazenagem, recuperação, interpretação, transmissão, trans-
formação e utilização da informação. 
 
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 46 
 
As ideias de Borko, ao conceituar a nova disciplina, apontam a essência do problema que orien-
ta o campo da Ciência da Informação: organizar e disponibilizar para uso as informações sobre o que 
é produzido culturalmente. 
 
O problema básico da Ciência da Informação foi estudado por Saracevic (1996) quanto à sua 
evolução e ao enfoque contemporâneo. Ele a redefiniu como: (...) um campo dedicado a questões ci-
entíficas e à prática profissional, voltadas para os problemas da efetiva comunicação do conheci-
mento e de registros de conhecimento entre seres humanos, no contexto social, institucional ou in-
dividual do uso e das necessidades de informação. No tratamento destas questões são consideradas 
de particular interesse as vantagens das modernas tecnologias informacionais (Saracevic, 1996, p. 
47). 
 
Ciência da Informação designa o campo mais amplo, de propósitos investigativos e analíticos, 
interdisciplinar por natureza, que tem por objetivo o estudo dos fenômenos ligados à produção, orga-
nização, difusão e utilização de informações em todos os campos do saber (CNPq. AVALIAÇÃO E PERS-
PECTIVA, 1983, p. 52). 
 
No entendimento daqueles consultores, a biblioteconomia e a arquivologia são disciplinas apli-
cadas, que tratam da coleta, da organização e da difusão de informações preservadas em diferentes 
tipos de suportes materiais. Diferenciam-se, basicamente, pelo fato de que as bibliotecas e outros ór-
gãos assemelhados lidam com a necessidade de prover os usuários com informações substantivas so-
bre o universo dos conhecimentos, ou parte deles, enquanto que os arquivos lidam com aqueles do-
cumentos que foram produzidos como resultado das atividades desenvolvidas por uma pessoa física 
ou jurídica e que, portanto, documentam essas atividades. (CNPq. AVALIAÇÃO E PERSPECTIVA, 1983). 
 
 
O CONCEITO DE INFORMAÇÃO. 
 
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que, na ótica da Ciência da Informação, o objeto "infor-
mação" é uma representação. Como é uma representação de conhecimento, que já é uma represen-
tação do real, ela se torna uma representação de representação. Por isso, a informação é um objeto 
complexo, flexível, mutável, de difícil apreensão, sendo que sua importância e relevância estão ligadas 
ao seu uso. 
 
Grande parte dos autores analisados enxerga a informação como conhecimento. Ela é algo que 
ajuda na resolução de um problema ou completa uma lacuna no conhecimento da pessoa, conforme 
cada necessidade. Nessa linha, Brooks (1980) afirma que informação produz efeitos no usuário e pro-
põe a seguinte equação como forma de sistematizar o processo de informação: 
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 47 
 
 
 
 
 
 
 
A equação exprime a passagem de um estado de conhecimento que é K(S) para outro de co-
nhecimento expressopor K(S + S). Os signos K significam a contribuição de um conhecimento 
extraído de uma informação que é expressa por I, então o efeito dessa modificação é S. Muitos 
autores consideram a informação como um resultado da interpretação do indivíduo. Isto é, o usuário é 
quem lhe confere importância e confiabilidade, sendo que a apreensão do dado e/ou fato se relaciona 
a um conhecimento preexistente do indivíduo. 
 
A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou nu-
mérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um elemento de sentido. É um signifi-
cado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem inscrita em um suporte 
espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc. Essa inscrição é feita graças a 
um sistema de signos (a linguagem), signos estes que são elementos da linguagem que as-
socia um significante a um significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação (Le Co-
adic, 1996). 
 
O objeto da área, a informação, conforme Pinheiro (2002) está imerso em um campo vasto e 
complexo de pesquisas que, por tradição, se relacionam a documentos impressos e a bibliotecas. No 
entanto, a informação de que trata a Ciência da Informação não se restringe a documentos impres-
sos, pode ser percebida em conversas entre cientistas e outros tipos de comunicação informal. 
 
Ela se apresenta também em uma inovação para o setor produtivo, na forma de patente, foto-
grafia ou objeto, no registro magnético de bases de dados, numa biblioteca virtual ou repositório na 
Internet. 
 
Para facilitar a tarefa sobre o entendimento do que venha a ser informação, Pinheiro (1997) ex-
traiu dos escritos de vários autores os seguintes atributos de informação: 
 
 A informação tem o efeito de transformar ou reforçar o que é conhecido, ou julgado 
conhecido, por um ser humano; 
 É utilizada como coadjuvante da decisão; 
 É a liberdade de escolha que se tem ao selecionar uma mensagem; 
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 48 
 É algo necessário quando enfrentamos uma escolha (a quantidade de informação re-
querida depende da complexidade da decisão a tomar); 
 É matéria-prima de que deriva o conhecimento; 
 É trocada com o mundo exterior, e não meramente recebida; 
 Pode ser definida em termos de seus efeitos no receptor. 
 
A informação é um fenômeno tão amplo que abrange todos os aspectos da vida em sociedade; 
pode ser abordado por diversas óticas, seja a comunicacional, a filosófica, a semiológica, a sociológica, 
a pragmática e outras. Essa multiplicidade de possibilidades de análise do fenômeno conduz a uma 
reflexão sobre a natureza interdisciplinar, ou até transdisciplinar, da área, uma vez que esta, se por 
um lado busca sua identidade científica, por outro, fragmenta-se ao abordar diferentes temáticas rela-
cionadas ao binômio informação / comunicação. 
 
 
CONEXÕES DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
 
Há unanimidade entre os praticantes e pesquisadores da Ciência da Informação sobre o fato de 
esta ser um campo interdisciplinar. Isso significa que os problemas da área, tanto os de natureza teó-
rica quanto os técnicos, têm sido equacionados com a participação de outros ramos do conhecimento 
(OLIVEIRA, 2005). 
 
Na opinião de Saracevic (1992), a interdisciplinaridade foi introduzida na Ciência da Informa-
ção pela variedade de antecedentes de todas as pessoas que se ocuparam com seus problemas (já 
descritos). Entre os pioneiros havia engenheiros, bibliotecários, químicos, linguistas, filósofos, psicó-
logos, matemáticos, cientistas da computação, homens de negócios e outros, oriundos de diferentes 
profissões ou ciências. Nem todas as disciplinas das quais tais pessoas se originaram tiveram contri-
buição relevante, mas essa multiplicidade de visões na construção da área foi responsável pela intro-
dução e pela permanência do objetivo interdisciplinar na Ciência da Informação. 
 
A participação de outros campos do conhecimento na Ciência da Informação permanece em 
função da complexidade dos problemas a serem equacionados pela área, o que exige a contribuição de 
diferentes profissionais e/ou pesquisadores. Dentre as disciplinas com as quais a Ciência da Informação 
tem trabalhado distinguem-se: Biblioteconomia, Ciência da Computação, Comunicação Social. Admi-
nistração, Linguística, Psicologia, Lógica, Matemática, Filosofia/Epistemologia. 
 
A aproximação dos praticantes da área com outros campos de conhecimento, segundo Ingwer-
sen (1992), foi motivada pela necessidade de se resolverem problemas teóricos da Ciência da Informa-
ção. Na opinião do autor, contudo, houve um exagero na busca de aproximação com outras disciplinas 
por parte da Ciência da Informação. 
 
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 49 
 
Ao tentar resolver problemas teóricos, a comunidade tem trabalhado em demasia os espaços 
fronteiriços da Ciência da Informação. Dessa maneira, a busca da interdisciplinaridade, sem muita re-
flexão, pode estar tornando-a vulnerável em vez de resolver sua fragmentação. 
 
 
• As primeiras disciplinas; 
• As profissões da informação; 
• A interdisciplinaridade; 
• A multidisciplinaridade. 
 
AS PRIMEIRAS DISCIPLINAS. 
 
Segundo Le Coadic (1996, p. 14) o que caracteriza as quatro disciplinas que foram atuantes até 
o momento, no campo da informação – a biblioteconomia, a museoconomia, a documentação e o 
jornalismo é que todas atribuíram interesse particularmente grande aos suportes da informação. 
O livro na biblioteca e o objeto no museu foram durante muito tempo, recolhidos, armazenados 
e preservados por um conservador, com o fim único da preservação patrimonial (LE COADIC, 1996). 
 
AS PROFISSÕES DA INFORMAÇÃO. 
 
 São profissões regulamentadas em Lei, no Brasil: 
 
 ARQUIVOLOGIA, 
Lei n. 6.546, de 04 de julho de 1978. 
 
 BIBLIOTECONOMIA, 
Lei n. 9.674, de 25 de junho de 1998. 
 
 
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 50 
 MUSEOLOGIA, 
Lei n. 7.287, de 18 de dezembro de 1984. 
 
 
Em relação às profissões da informação, Araújo (2014) afirma que: 
BIBLIOTECONOMIA ARQUIVOLOGIA MUSEOLOGIA 
Funcionalista. 
Século XVIII; Bibliotecas públi-
cas; 5 leis da biblioteconomia 
(Ranganathan); Dinâmica e uso 
de bibliotecas; Tipologias de 
bibliotecas; Suportes informa-
cionais. 
Funcionalista. 
Jenkinson, de 1922, e de Casa-
nova, de 1928; Arquivos e efi-
cácia organizacional; Schellen-
berg e Brooks; Valor primário/ 
secundário dos documentos; 
Destinação final. 
Funcionalista. 
Museum Education; museolo-
gia “verbal” ou nominalista, 
exemplo: Museu do Louvre; 
Museu do imaginário. 
Crítico. 
Processos de redemocratiza-
ção; incentivo à leitura, biblio-
teca comunitária, “carro livro”, 
ação cultural; Dinâmicas dife-
rentes da funcionalista: contra 
a desinformação, alienação, 
etc. 
Crítico. 
Bautier e os interesses ideoló-
gicos; Custódia documental; 
Políticas nacionais de informa-
ção, direito de acesso à infor-
mação e transparência do Es-
tado; Arquivologia canadense; 
TerryCook e poder, Estado e 
arquivos. 
Crítico. 
Pensamento crítico de ensaís-
tas Zola, Valery e manrinetti; 
“Mausoleu” estruturas de po-
der sobre outras culturas; So-
ciologia da cultura; Capital cul-
tural; Construção ideológica; 
Museologia critica. 
Estudo de usuários. 
“Estudos de Comunidade” Uni-
versidade de Chicago; Diagnos-
tico de bibliotecas; Avaliação 
de coleções; Necessidades de 
informação; Biblioteca escolar 
e cognitivismo. 
Estudo de usuários. 
Década de 1960; Acesso aos 
arquivos, reuniões do Conselho 
Nacional de Arquivos; Dinami-
zação cultural; Cidadãos, histó-
ria das famílias, ensino, etc. 
Estudo de usuários. 
Mudança de paradigma: de 
depósitos de objetos para am-
bientes de aprendizagem; Es-
tudo de visitantes; Medidas de 
aprendizagem e base cogniti-
vista; Modelo contextual; Ex-
periências. 
 
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 51 
Representação. 
Século XIX primeiras regras e 
princípios de catalogação; 1960 
MARC; Conceito ‘Metadados’; 
Sistemas de classificação bibli-
ográfica ‘Dewey, Otlet, Bliss e 
Brown’; Classificação facetada 
Ranganathan; ‘Classification 
Research Group; Foskett, Vic-
kery e Pendleton ‘sistemas fa-
cetados’; Tesauros facetados, 
teoria do conceito de Dahl-
berg; Linguagens de indexação, 
Autin e Farradane. 
Representação. 
1898 manuais holandeses; 
Schellenberg; ‘record group’; 
Princípio da proveniência; Pre-
servação digital; Indexação. 
Representação. 
Problemática da representação 
do gênero; Museologia critica. 
Contemporâneo. 
Mediação; “Information Lite-
racy”; Bibliotecas eletrônicas e 
digitais. 
Contemporâneo. 
“Pós-custodial”; Gestão docu-
mental; Fluxos organizacionais, 
processos, workflow. 
Contemporâneo. 
Ecomuseus; ‘musealização do 
patrimônio imaterial’; “Mu-
seum Informatics”. Museu do 
amanhã. 
 
 
(MS/2013) Com relação à biblioteconomia e à ciência da informação, julgue os itens a seguir. 
58. 
Os processos de comunicação científica, de modo geral, extrapolam o âmbito de estudo da 
ciência da informação, pois são incompatíveis com as preocupações acerca do armazena-
mento e do uso da informação. 
59. 
O problema do custo de acesso às fontes de informação e dos usos privados de técnicas de 
produção, processamento e difusão da memória escrita e audiovisual cria preocupações 
econômicas e culturais cada vez mais importantes na biblioteconomia. 
60. 
Um dos campos de estudo mais tradicionais na biblioteconomia é o das necessidades infor-
macionais dos usuários de bibliotecas, centros de documentação e sistemas de informação. 
61. 
O objetivo da ciência da informação confunde-se em grande medida com as atividades e as 
preocupações da biblioteconomia, ou seja, com o armazenamento e o uso da informação. 
GABARITO: E-C-C-C 
 
 
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 52 
 
 
INTERDISCIPLINARIDADE. 
 
“A biblioteconomia, a documentação e a ciência da informação têm objetivos diferentes. Den-
tre os da primeira, podemos salientar a democratização da cultura através das bibliotecas públicas, a 
preservação e a difusão do patrimônio bibliográfico de cada nação, tarefa das bibliotecas nacionais e 
das bibliografias nacionais correntes e retrospectivas, o apoio documental ao ensino e a pesquisa ofe-
recido pelas bibliotecas universitárias; a documentação compete fornecer resumos de pesquisas, em 
processo ou já concluídas, tanto quanto de artigos, comunicações a congressos, relatórios, teses, pa-
tentes, etc.” (ROBREDO, 2003). 
 
ATENÇÃO! O termo interdisciplinaridade aqui empregado trata da síntese de duas ou várias 
disciplinas, instaurando um novo nível de discurso, caracterizado por uma nova linguagem. 
 
 
MULTIDISCIPLINARIDADE OU TRANSDISCIPLINARIDADE. 
 
A transdisciplinaridade é o reconhecimento da interdependência de todos os aspectos da reali-
dade, É consequência normal da síntese provocada pela interdisciplinaridade, quando esta for bem-
sucedida (Weeil, 1993). 
 
 
ATENÇÃO! O termo transdisciplinaridade aqui empregado trata da relação de duas ou várias 
interdisciplinas, instaurando um meta nível de discurso. 
 
 
 
 
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(ANTT/2013) Verifica-se uma mudança de paradigma na área de biblioteconomia, ocorrida com a 
passagem da concepção de documento/volume, própria da biblioteconomia tradicional, para a con-
cepção conteúdo/informação, própria da consolidação da documentação. Acerca desse assunto, jul-
gue os itens que se seguem. 
62. 
Os cabeçalhos de assuntos dos catálogos das bibliotecas são elementos que contêm o tema 
principal do documento e constituem um dos recursos disponíveis para localizá-lo. 
63. 
Por intermédio das técnicas de representação pode-se identificar a frequência dos termos 
significativos e a probabilidade relativa de associação destes com outros termos em um do-
mínio especializado, bem como se pode acrescentar lista de termos de indexação que repre-
sentam o conteúdo temático de um documento. 
64. 
A classificação decimal universal foi concebida como sistema de classificação exclusiva para 
livros, sendo atualmente empregada para indexar e organizar grandes acervos. 
65. 
A indexação pode ser desconsiderada para a organização e a arquitetura de dados, informa-
ções e conhecimentos nos armazéns de dados (data warehouses). 
66. 
O ciclo documentário completa-se com a realização das etapas de reunião, classificação e 
difusão de um documento, as quais determinam a existência de um conjunto de serviços 
para uma documentação geral ou especializada organizada para ficar à disposição dos inte-
ressados. 
GABARITO: C-E-E-E-C 
 
 
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 54 
 
(TJ-RR/2012) Com relação à biblioteconomia e à ciência da informação, julgue os itens subsequentes. 
67. 
A recuperação da informação por meio de sistemas automatizados — surgidos após a Se-
gunda Guerra Mundial — constituiu novo cenário na revolução científica e técnica que ocor-
ria, no qual se originou a ciência da informação. 
68. 
As novas tecnologias de comunicação e informação possibilitaram o desenvolvimento de 
ferramentas tecnológicas que, embora tenham impulsionado a criação de publicações digi-
tais e bibliotecas virtuais, mantiveram a necessidade de deslocamento do usuário ao local 
do acervo para consulta às versões completas das obras. 
69. 
O UNITERM, criado em 1953, foi um dos primeiros sistemas automatizados de recuperação 
da informação. No Brasil, os sistemas automatizados passaram a ser utilizados na década de 
70 do século XX. 
70. 
A área técnica da biblioteconomia ocupa-se das formas de aquisição, catalogação, classifica-
ção e ordenação das obras que compõem os acervos. 
71. 
As atividades de informática documentária integram a área administrativa da biblioteco-
nomia. 
72. 
A definição de espaços físicos, mobiliários, equipamentos, regulamentos,recursos orçamen-
tários e financeiros é realizada pela área administrativa da biblioteca. 
GABARITO: C-E-C-C-E-C 
 
(SUFRAMA/2014) Considerando os conceitos de biblioteconomia e de ciência da informação, julgue 
os itens seguintes. 
73. 
O livre acesso à literatura científica mundial não é suficiente para que se modifique o plane-
jamento das publicações e suas avaliações. 
74. 
A ciência da informação tem por objeto de estudo a informação em seus processos de co-
municação e uso, mas não em seu processo de construção. 
75. 
Na ciência da informação, utilizam-se as tecnologias principalmente com o intuito de orga-
nizar a informação para a utilização do usuário final. 
76. 
Informações recentes e não comprovadas são elementos informais da comunicação da in-
formação. 
77. 
Os colégios invisíveis são uma estrutura de trabalho científico em que os cientistas não se 
comunicam entre si. 
GABARITO: E-E-C-C-E 
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 55 
 
2.3. – BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
 
BIBLIOTECONOMIA – Parte da bibliologia que trata das atividades relativas à organização, ad-
ministração, legislação e regulamentação das bibliotecas. Conhecimento e prática da organização de 
documentos em bibliotecas, tendo por finalidade a sua utilização. É o conjunto dos conhecimentos 
profissionais referentes aos documentos, aos livros e à biblioteca. Relaciona-se à ciência da informa-
ção, e à documentação. 
 
Distingue-se da arquivologia e da museologia pela natureza do objeto: nos arquivos, documen-
tos textuais e visuais [documentos em multimeios] os quais existem exemplares únicos; nos museus, 
documentos visuais [bidimensionais, tridimensionais] dos quais também existem documentos únicos; 
nas bibliotecas, documentos textuais e audiovisuais dos quais existem exemplares múltiplos (CUNHA, 
20084). As bibliotecas podem ser de acordo com sua missão institucional e público-alvo: escolares, 
infantis, públicas, nacionais, especializadas, jurídicas e universitárias, etc. Ou, podem ser de acordo 
com a tecnologia empregada: virtuais, digitais, etc. 
 
Ciência da Informação e Biblioteconomia. 
 
Como já foi dito, a Ciência da Informação é um conjunto de teorias e práticas e, como campo 
científico, produz intercâmbio com outras disciplinas. Uma delas é a Biblioteconomia, área com a qual 
ela tem falado mais de perto, pelo menos na realidade brasileira (OLIVEIRA, 2005). 
 
A Ciência da Informação não é uma evolução da Biblioteconomia, conforme a crença de alguns 
autores, uma vez que cada uma delas se baseia em orientações paradigmáticas diferenciadas. As teori-
as da Ciência da Informação aliadas às novas tecnologias de informação vêm contribuindo com novas 
práticas e serviços bibliotecários. Como já mencionado, a Biblioteconomia e a Ciência da Informação 
trabalham juntas na busca de solução para o mesmo problema que orienta a área; contudo, repre-
sentam campos científicos norteados por paradigmas diferentes. 
 
Vale salientar que o conceito de paradigma aqui utilizado se sustenta nas ideias de Thomas 
Kuhn. Segundo esse historiador da Ciência, o paradigma é visto como um modelo ou padrão de ciência 
que é compartilhado por uma determinada comunidade. Dentro desse conceito não caberiam, portan-
to, as propostas de teorias, caminhos teóricos e metodológicos ainda não compartilhados. 
 
4 CUNHA, M. B. Dicionário de arquivologia e biblioteconomia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. 
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 56 
 
O PARADIGMA DA BIBLIOTECONOMIA. 
 
A abordagem dada a este tópico se fixa em autores que buscaram os paradigmas da área por 
meio do exame da literatura produzida. Um desses autores é Francis Miksa (1992). Conforme seus 
achados, a Biblioteconomia e a Ciência da Informação representam campos científicos orientados por 
paradigmas diferentes. 
 
O paradigma da Biblioteconomia, segundo o autor, consiste em um grupo de ideias relaciona-
das com a biblioteca, então considerada como uma instituição social. Suas origens encontram-se nos 
trabalhos de estudiosos da Escola de Biblioteconomia de Chicago, durante os anos 1920 e 1930. 
 
Tal paradigma desenvolveu-se usando ideias e metodologias buscadas nos campos da Sociolo-
gia e da Educação. O ponto focal desse paradigma é a biblioteca em si mesma. Através dele, ela é vis-
ta como uma instituição social e, mais especificamente, como uma organização social bem definida e 
única. Como toda organização social, a biblioteca tem material organizacional e características intelec-
tuais que servem como significado para expressar suas funções em uma estrutura social. 
 
Nesta visão é possível identificar, nas funções da biblioteca, três propriedades, que pressupõem 
as bases: material, profissional e organizacional, as quais efetivam o exercício de tais funções. 
 
1. Propriedades materiais: incluem coleções de objetos representando o conhecimento 
(documentos) e equipamentos especializados. 
2. Propriedades organizacionais: referem-se ao conjunto de estruturas administrativas e de pes-
soal. 
3. Propriedades intelectuais: englobam a ideia de sistema, como, por exemplo, sistema 
de classificação, estrutura de catalogação, política de seleção. 
 
Dentre as funções da biblioteca, no entanto, a mais importante é a de dar acesso à sua coleção 
de documentos. 
 
Sob o enfoque deste paradigma, a biblioteca existe, principalmente, para tornar possível o uso, 
por um dado público, de suas coleções de documentos. Para isso, ela exerce várias tarefas, tais como 
aquisição, organização e arranjo físico dos materiais coletados. O exercício dessas tarefas exige ferra-
mentas apropriadas e pessoal especializado, o que vai desde a seleção e a aquisição até a recuperação 
das coleções e o seu uso. 
 
 
 
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 57 
 
Em resumo, o paradigma da biblioteca como uma instituição social conhecida – a biblioteca - é 
caracterizado em termos de sua propriedade institucional e de suas funções. Tal paradigma abarca 
também a instituição em um contexto amplo, envolvendo um processo de mudança social em que in-
divíduos, embora apenas lendo, usam o estoque de conhecimento social na condução de suas vidas, 
facilitando, assim, o processo social geral. 
 
A função social da biblioteca enquanto uma instituição social está, principalmente, em ser o fio 
condutor entre indivíduos e o conhecimento do que eles necessitam. É importante ressaltar dois pon-
tos principais que fragilizaram a manutenção do paradigma em questão. O primeiro diz respeito à pre-
ocupação excessiva das bibliotecas em armazenar e manter acervos para uma possível utilização con-
siderando o documento mais importante que as muitas informações nele contidas. 
 
Outro ponto foi sua preocupação menor com os usuários. Apesar das muitas pesquisas existen-
tes sobre usuários, a metodologia utilizada esteve sempre centrada na avaliação dos serviços da biblio-
teca, e não nos problemas desses usuários. Essa posição equivocada dos estudos de usuáriostem difi-
cultado a concretização da tão almejada função social da biblioteca. As mudanças ocorridas na institui-
ção, nas últimas décadas, segundo Almeida Júnior (2002), ativeram-se ao mínimo imprescindível para 
atender aos reclamos da sociedade. Presume-se que tais mudanças não tenham sido profundas e nem 
consensuais, concretizando apenas o suficiente para não sofrerem um rompimento paradigmático. 
 
O PARADIGMA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. 
 
O paradigma da Ciência da Informação compõe-se de um grupo de ideias relativas ao processo 
que envolve o movimento da informação em um sistema de comunicação humana. Este paradigma 
surgiu nos anos 1950, quando as ideias da engenharia de comunicações e teorias cibernéticas obtive-
ram êxito na representação das propriedades do sistema de transmissão de sinais em termos matemá-
ticos. Tornou-se, então, a base das tentativas para caracterizar e modelar o processo de recuperação 
da informação e/ou do documento. 
 
 Este paradigma tem influenciado profundamente o campo da Biblioteconomia, contribuindo 
não só com a palavra "informação" para denominar o novo campo, mas, também, suprindo a área com 
um conjunto completamente novo de termos com os quais os praticantes caracterizaram suas ativida-
des. O paradigma evidencia particularmente o fluxo de informação que ocorre em um sistema no qual 
objetos de representação do conhecimento (documentos) são buscados e recuperados em resposta à 
pergunta iniciada pelo usuário. 
 
 
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 58 
 
Isso pressupõe uma grande extensão de assuntos específicos envolvendo processos também 
específicos - por exemplo, a criação e o crescimento do volume de documentos na sociedade, a organi-
zação e a recuperação desses documentos e/ou da sua representação e também o seu uso. Esse mode-
lo de sistema de informação tem origem em um contexto mais geral, que é a teoria matemática da 
comunicação. A teoria consiste em um ponto de origem (emissor), um canal pelo qual passa a informa-
ção e um ponto de destino (receptor), com possibilidade de codificação e decodificação para fins de 
retroalimentação. 
 
Essa estrutura tem sido aplicada em bibliotecas como modelo de recuperação de documentos e 
para caracterizar agências que se dedicam às atividades tanto de Biblioteconomia quanto de Ciência da 
Informação. O modelo permitiu estudo sobre fluxos de informação em agências públicas e privadas, 
entre membros de uma disciplina, profissões, especialistas, etc. 
 
A importância desse paradigma para a área, segundo Miksa (1992), se expressa em três ideias 
básicas: 
 
1. Permitiu a formalização da ideia de que informação é algo que flui dentro de um sistema. A 
partir daí, surgiram os conceitos de entropia e incerteza, redundância, retroalimentação, sinal para 
taxas de ruídos; 
2. A informação passou a ser entendida como algo divisível dentro de unidades feitas em par-
tes, num sistema; 
3. A ideia de movimento da informação tem intensificado a busca de entendimento da infor-
mação em si mesma. 
 
A princípio tal movimento foi discutido como fenômeno físico - isto é, como a transmissão de 
sinais mensuráveis -, o que tornou flexível o conceito principal do paradigma. Depois foram acrescen-
tados outros domínios do movimento da informação, por exemplo, aqueles relacionados ao fluxo de 
ideias, significados, ou mensagens cheias de significados envolvidos com a semiótica e a semântica. 
 
No campo da Ciência da Informação e da Biblioteconomia, este paradigma tem, então, como 
fenômeno central o movimento da informação em um sistema de comunicação. O processo é mode-
lado em termos de fluxo da informação entre dois pontos através de um canal, permitindo, para con-
trole, a incorporação do feedback. 
 
Este paradigma também contém fragilidades que não puderam ser superadas. O fato de origi-
nar-se da Teoria Matemática da Comunicação, idealizada para transmissão de sinais, ao ser transposto 
para o ambiente da Ciência da Informação, não permitiu considerar os aspectos cognitivos da infor-
mação e nem o desejo do usuário como componentes que alteram significativamente o processo de 
recuperação da informação dentro de um sistema. 
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 59 
 
À luz dos estudos de Kuhn (1975) parece ser este um momento de transição da área, quando 
ela testa uma nova teoria na busca de solução para uma crise. Essa crise coincide com o surgimento 
das novas tecnologias de processamento, armazenamento e disseminação da informação, principal-
mente deslocando os catálogos de bibliotecas de seus locais de origem, levando-os para perto dos 
usuários através das bases de dados. A unidade de análise da Biblioteconomia não é mais somente o 
livro, mas também a informação; e suas atividades, agora automatizadas, ultrapassam o espaço da 
biblioteca. 
 
Isso conduz à percepção de que as atividades profissionais de ensino e pesquisa, na área, estão 
sendo orientadas por paradigmas diferentes. A literatura produzida na Ciência da Informação e na Bi-
blioteconomia não expressa conflitos existentes na comunidade profissional ou científica, apesar da 
formação nessas duas áreas ser oferecida em diferentes níveis. O perfil do bibliotecário é formado em 
cursos de graduação, já os mestres e doutores em Ciência da Informação são titulados em cursos de 
pós-graduação stricto sensu. 
 
Esse compartilhamento de paradigmas, conforme as ideias de Kuhn permanecerão até o forta-
lecimento de um dos dois e/ou o surgimento de um terceiro paradigma. Resumindo, esta é uma área 
em construção, uma vez que é um campo disciplinar muito recente. Suas teorias e conceituações para 
o crescimento de seu campo teórico e de suas práticas profissionais dependem de uma boa formação 
acadêmica e compromisso por parte dos profissionais. 
 
ETIMOLOGIA BIBLIOTECONÔMICA. 
 
A PALAVRA biblioteconomia é composta por três elementos gregos – bíblion (livro) + théke (caixa) + 
nomos (regra) – aos quais juntou-se o sufixo ia. Etimologicamente, portanto, biblioteconomia é o con-
junto de regras de acordo com as quais os livros são organizados em espaços apropriados: estantes, 
salas, edifícios. Organizar livros implica tanto ordená-los segundo um sistema lógico de classificação 
dos conhecimentos e conservá-los para que resistam a condições desfavoráveis de espaço e de tempo, 
como torna-los conhecidos – por meio de catálogos, bibliografias, resumos, notícias, exposições, etc. – 
para que sejam utilizados pelo maior número possível de pessoas interessadas nos elementos formati-
vos, informativos, estéticos ou simplesmente lúdicos neles contidos. A organização começa antes 
mesmo do ingresso dos livros nas bibliotecas – que se faz por compra, doação ou permuta – através de 
uma seleção cuidadosamente atenta aos perfis dos respectivos usuários (FONSECA, 2007, p. 1). 
 
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 60 
 
No Vocabularium bibliothecarii da Unesco estão indicadas as seguintes palavras ou expressões 
correspondentes ao português biblioteconomia em cinco línguas: librarianship naInglaterra e library 
science nos Estados Unidos da América; bibliothéconomie na França; Bibliotheckswissenchaft, Biblio-
thekwesen ou Bibliotheksfach na Alemanha; bibliotecología na Espanha e em países hispano-
americanos; e bibliotekovedenie ou bibliotechnoe delo na Rússia (transliteração do cirílico 
. Em relação à palavra bibliotecologia impõe-se o esclarecimento 
de que é usada mais na América hispânica do que na Espanha, onde biblioteconomia está consagrada 
em títulos de livros, revistas e instituições. O bibliotecário argentino Domingo Buonocore tem razão ao 
proclamar que, etimologicamente, bibliotecología é denominação mais abrangente que bibliotecono-
mía, pois em grego o logos é muito mais amplo do que o nomos (FONSECA, 2007, p. 1). 
 
O que me leva a pensar [...] como não há lógica na tradição linguística, a palavra bibliotecono-
mia consagrou-se, tanto na Espanha e em Portugal, como no Brasil, como ramo da bibliologia que trata 
da organização e administração de bibliotecas. A disciplina Introdução à Biblioteconomia não figurava 
nos cursos brasileiros de formação de bibliotecários, que se graduava, consequentemente, com uma 
visão fragmentária do fazer biblioteconômico: aquisição, classificação, catalogação, referência, etc. É 
verdade que nas disciplinas História do Livro e Organização e Administração de Bibliotecas poderia o 
estudante captar o elemento unificador. Mas dependia dele mesmo ou do professor (FONSECA, 2007, 
p. 1-2). 
 
Coube à Universidade de Brasília a primazia em considerar Organização e Administração de Bi-
bliotecas menos como disciplina do que como matéria, desdobrada esta em tantas disciplinas quantas 
são exigidas pelo aumento da produção bibliográfica e consequente complexificação dos serviços bi-
bliotecários: Documentação é uma delas; Reprografia outra; e Introdução à Biblioteconomia, da qual 
nos encarregamos. Disciplina cujo objetivo é mostrar ao futuro bibliotecário as relações tanto entre os 
diferentes processos técnicos e informativos – relações interdisciplinares – como entre ela e as demais 
disciplinas bibliológicas – relações transdisciplinares – e até entre a bibliologia e os conhecimentos ci-
entíficos e humanísticos – relações interdisciplinares (FONSECA, 2007, p. 2). 
 
Trata-se, portanto, de uma disciplina integradora, que procura unificar o que na prática admi-
nistrativa e didática se oferece de modo disperso; que procura uma visão de conjunto e, portanto, uma 
filosofia da biblioteconomia. 
 
 
 
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 61 
 
A biblioteconomia existe desde a Antiguidade, ou seja, desde que existem bibliotecas 
(SOUZA, 1986; FONSECA, 1987, 2007). São definições: a) prática profissional; e/ou b) ciência 
biblioteconômica. 
 
 
A Ciência Biblioteconômica tem um caráter filosófico. 
DICA: o campo de pesquisa de Letramento Informacional IL é responsável por dar à Ciência Biblioteco-
nômica discussões de caráter de filosofia da ciência e do acesso à informação. 
 
BIBLIOTECONOMIA – segundo Edson Nery da Fonseca5, é o conhecimento e prática da organização de 
documentos em bibliotecas. Por organização entendem-se as atividades desenvolvidas na condução 
dos serviços prestados, os quais podem ser divididos em duas categorias: serviços-meio (processos 
técnicos) e serviços-fim (processos informativos). Seus objetos são documentos textuais dos quais 
existem exemplares múltiplos (difere, neste ponto, da arquivologia e da museologia, cujos objetos são 
únicos). Nitecki citado por SOUZA6 (1986), define biblioteconomia como o estudo empírico 
(conhecimento das experiências atuais e passadas), racional (conceitos e postulados visando a 
formalizar um conhecimento conforme a razão) e pragmático (consequências verificadas no uso da 
informação) das relações entre o livro, o usuário e o conhecimento (FCI, 2001). 
 
 
EMPÍRICO – RACIONAL – PRAGMÁTICO 
 
 
 
5 FONSECA, Edson Nery. Introdução à biblioteconomia. Briquet de Lemos Livros, 2007. 
_____. Ciência da informação e prática bibliotecária. Ciência da informação, v. 16, n. 2, 1987. 
6 SOUZA, S. Fundamentos filosóficos da biblioteconomia. Revista de biblioteconomia de Brasília, v. 14, 
n. 2, p. 189-196, 1986. 
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 62 
 
(MPU/2013) Com relação à biblioteconomia e ciência da informação, julgue os itens. 
78. 
A detecção de deficiência no estado de conhecimento e a consequente busca e obtenção de 
informação para corrigir essa anomalia resultam em novo estado de conhecimento e são 
procedimentos que estão na essência da ciência da informação. 
79. 
Os paradigmas do trabalho coletivo, do fluxo e do usuário afetam o tempo de produção, de 
comunicação e de uso da informação. Os sítios da Internet, por exemplo, estão incluídos no 
paradigma do fluxo. 
80. 
Conhecida por sua interdisciplinaridade, a ciência da informação mantém relações com ou-
tras áreas de pesquisa, tais como comunicação humana, necessidade informacional e con-
texto social. 
GABARITO: C-C-X 
 
(CPRM/2013) Acerca de biblioteconomia e ciência da informação, julgue os itens. 
81. 
Atualmente, as atividades de pesquisa têm-se intensificado, delas advindo novos conheci-
mentos, que, por sua vez, originam novas informações científicas e técnicas. 
82. 
A ciência da informação compõe-se de duas áreas, biblioteconomia e documentação, nesta 
sendo adotadas técnicas de organização e análise para qualquer tipo de documento. 
83. 
O aumento quantitativo de informação relaciona-se à crescente necessidade de registro e 
memória da comunicação humana. 
GABARITO: C-E-C 
 
 
 
 
A ciência da informação compõe-se de áreas interdisciplinares que estudam o comporta-
mento informacional e as implicações do fluxo da informação por Vannevar Bush. 
 
As disciplinas que originaram a ciência da informação foram a documentação e a recupe-
ração da informação. A ciência da informação tem aplicação nas profissões que lidam di-
retamente com a informação, mas em si, ela é um campo de pesquisa acadêmico. 
 
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 63 
 
(BASA/2012) Julgue os próximos itens, relativos à biblioteconomia e à ciência da informação. 
84. 
O desenvolvimento de coleções, uma das tarefas realizadas por uma unidade de informa-
ção, compreende as seguintes atividades: registro, classificação, catalogação, indexação, 
preparo físico e atualização de base de dados. 
85. 
A padronização de registros bibliográficos, bem como a racionalização do trabalho em bibli-
oteca, no que se refere à aquisição, à catalogação e ao atendimento ao cliente, deve-se ba-
sear em softwares estruturados nos formatos de intercâmbio e padrões internacionais, co-
mo MARC21, UNIMARC, AACR2 e Protocolo Z39.50. 
86. 
Quando utilizadas em bibliotecas digitais, as regras de catalogação diferenciam-se das de 
indexação e metadados, por se aplicarem a quaisquer tipos de documentos bibliográficos e 
suportes, e não a tipos específicos, como os em formato papel, por exemplo. 
87. 
Segundo o conceito tradicional, biblioteca consiste em coleção públicaou privada de livros e 
documentos congêneres, organizados para estudo, leitura e consulta, podendo ser classifi-
cada em pública, especializada, escolar e universitária. 
GABARITO: E-C-E-C 
 
(SEDUC-AM/2011) Julgue os itens que se seguem, relativos aos conceitos básicos e às finalidades da 
biblioteconomia e da ciência da informação. 
88. 
Priorizar a preservação das informações em detrimento do acesso a ela constitui uma das 
barreiras ao pleno desenvolvimento dos serviços de informação nas bibliotecas. 
89. 
Constituem objetos de estudo da ciência da informação as propriedades da informação, 
como natureza, gênese e efeitos, e os processos e sistemas de construção, comunicação e 
uso dessa informação. 
90. 
Entre as características principais da ciência da informação, destaca-se a prevalência de con-
teúdos das ciências sociais e humanas, entre elas a biblioteconomia. 
91. 
É consensual o entendimento de que a ciência da informação resultou da evolução progres-
siva do conceito de documentação. 
GABARITO: C C E E 
 
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(SEGER-ES/2011) Acerca da biblioteconomia e da ciência da informação, julgue os próximos itens. 
92. 
Entre os aspectos que diferenciam a biblioteconomia e a ciência da informação, destacam-
se a seleção dos problemas propostos e a forma de sua definição, as questões teóricas 
apresentadas e os modelos explicativos introduzidos, a natureza e o grau de experimenta-
ção e desenvolvimento empírico, os instrumentos e enfoques usados e a natureza e a força 
das relações interdisciplinares estabelecidas. 
93. 
A ciência da informação pode ser considerada uma ciência social, por se preocupar em es-
clarecer um problema social concreto — o da informação — e por estar voltada para o ser 
social que procura tal informação. 
94. 
A informação científica e tecnológica, tanto a que resulta das atividades de pesquisa e de-
senvolvimento quanto a que delas se alimenta, constitui a informação que interessa à ciên-
cia da informação. 
95. 
A biblioteconomia diferencia-se da arquivologia e da museologia pela natureza de seu obje-
to. A arquivologia ocupa-se de documentos textuais e visuais (multimeios) que constituem 
exemplares únicos; a museologia lida com documentos visuais (bidimensionais e tridimen-
sionais) que também constituem documentos únicos; e a biblioteconomia, por sua vez, tra-
balha com documentos textuais e audiovisuais que podem existir em exemplares múltiplos. 
96. 
Natureza interdisciplinar, conexão inexorável à tecnologia da informação e participação 
ativa e deliberada na evolução da sociedade da informação são características comuns à 
biblioteconomia e à ciência da informação. 
GABARITO: C C E C E 
 
 
 
 
 
Fizemos um estudo completo sobre a interdisciplinaridade, objeto e paradigma da ciência 
da informação. Também é importante discernir a ciência da informação em relação à bi-
blioteconomia e a documentação, o que de fato poderá cair na tua prova. 
 
 
 
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(TRE-BA/2010) Com relação à biblioteconomia e à ciência da informação, julgue os itens. 
97. 
A biblioteconomia é a disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da in-
formação, as forças que governam o fluxo da informação e os meios de processamento 
para seu acesso e seu uso otimizados. 
98. 
A ciência da informação e a biblioteconomia constituem a mesma disciplina, porém a pri-
meira é ensinada no nível de pós-graduação e a segunda, apenas na graduação. 
99. 
A seleção dos problemas propostos e a forma de sua definição, questões teóricas apresen-
tadas e modelos explicativos, natureza e grau de experimentação e desenvolvimento em-
pírico, instrumentos e enfoques usados e natureza e força das relações interdisciplinares 
estabelecidas constituem aspectos que tornam a biblioteconomia e a ciência da informa-
ção disciplinas semelhantes. 
100. 
A ciência da informação é um campo devotado à investigação científica e à prática profis-
sional, que se ocupa dos problemas da efetiva comunicação de conhecimentos e de regis-
tro do conhecimento entre seres humanos, no contexto de usos e necessidades sociais, 
institucionais e(ou) individuais de informação. 
GABARITO: E-E-E-C 
 
 
 
 
Equivoca-se quem pensa que a biblioteconomia e a ciência da informação são a mesma 
coisa, o que não é! A biblioteconomia possui práticas e técnicas gerenciais voltadas para 
unidades de informação, produtos e serviços de acordo com cada tipo de clientela. 
 
A ciência da informação, por sua vez, nasce da investigação de alguns fenômenos da in-
formação, tais como: a transferência entre comunicador e receptor, o ciclo informacional, 
a equação do conhecimento e outras aplicações metodológicas e científicas. 
 
Os primeiros cientistas da informação eram chamados de pesquisadores dos fluxos e fe-
nômenos da comunicação científica e estavam alinhados a outros objetivos e propósitos. 
 
 
 
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2.3. – DESENVOLVIMENTO PELA INSTITUCIONALIZAÇÃO. 
 
 HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO7 
 
Uma cronologia de eventos foram decisivos para o surgimento da Ciência da Informação; o 
pensamento funcionalista da biblioteconomia, como etapa de transição das ciências biblioteconômicas, 
deu lugar ao pensamento crítico, assumindo a interdisciplinaridade voltadas para a comunicação 
científica, como forma de pensar epistemologicamente uma metafísica da informação; e, por fim, a 
problemática da recuperação da informação, resgatada da idealização de Paul Otlet. (ROBREDO, 2003; 
LE COADIC, 2004; OLIVEIRA, 2005; FONSECA, 2007). 
 
- Fase preliminar ou das ciências documentárias: 
 
 Em 1930, John C. Dana formou, com um grupo de dissidentes da American Library Association 
(ALA), a Special Libraries Association, com a consequente criação da American Documentation 
Institute (ADI); 
 Em 1931, Otlet e La Fontaine criam o Instituto Internacional de Documentação (IID); Em 1937, 
realizou-se o Congresso Mundial de Documentação; 
 Em 1938, como consequência dessa realização, o IID foi transformado em Federação 
Internacional de Documentação (FID); 
 Em 1945 V. Bush publica ‘As we may think’; Término da 2 Guerra Mundial: surgimento da 
cibernética, pesquisa operacional, teoria dos jogos e ciência da informação; 
 
- A partir de 1950 houve uma acentuada separação entre a biblioteconomia e a documentação; 
 
 Ranganathan havia publicado importantes obras: as cinco leis da biblioteconomia (1931); Cólon 
Classification (1933) ; Prolegomena (1937) ; Headings and Canons (1955) e a escola de Chicago 
dedica-se a profissionalizar a biblioteconomia. 
 
 
 
 
7 PINHEIRO, Lena Vania Ribeiro. Processo evolutivo e tendências contemporâneas da Ciência da Informação. Informacao & 
Sociedade, v. 15, n. 1, 2005. 
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 67 
 Biblioteconomia – movimento 1 – Estados Unidos e Inglaterra – democratização do acesso a 
informação; Biblioteconomia – movimento 2 – Europa e demais países – sofisticação, erudição e 
conservadorismo; continuam os estudos da Classificação Decimal Universal; 
 Criação da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1946; 
Implantação do Sistemas Nacionais de Informação (National Information Systems – NATIS) pela 
Unesco; 
 A partir de 1950, o uso sistemático do computador contribuiu para agilizar os trabalhos da 
bibliografia, documentação e das bibliotecas especializadas; Surgimento do termo ‘information 
retrieval’; 
 American Library Association (ALA) negou-se a usar o nome documentação em sua nova divisão, 
chamando-a de ‘Division of Information Science and Automarion’; 
 O American Documentation Institute (ADI) passou a chamar-se American Society for 
Information Science (ASIS); No Brasil, em 1954, surge o Instituto Brasileiro de Bibliografia e 
Documentação – IBBD, sendo extinto em 1976. 
 ‘Conferência de Paris’ sobre os princípios da descrição bibliográfica, regras ISAD(G), e outros 
aspectos das Classificações Decimais sendo reunidas e consolidadas em instrumentos as 
sociedades bibliotecarias, em 1974; 
 Unisist e o Natis como catalizadores dos eventos na área. 
 
- Fase conceitual e de reconhecimento interdisciplinar 1961/1969: 
 
 2a reunião no Georgia Institute of Technology, realizada no período de 12 e 13 de abril de 1962; 
foram indicados 5 perfis profissionais – bibliotecário (Librarian); bibliotecário especializado 
(Special Librarian); bibliotecário especializado em ciência (Science Librarian); analista de 
publicações técnicas (Technical Literature Analyst) e o cientista da informação (Information 
Scientist); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 68 
 Em 1966, passou a ser editado o Annual Review of Information Science and Automation 
(ARIST); reunião de 1968, em Moscou, não realizada, e é fruto da FID-RI, Comitê instituído três 
anos antes, em 1965; 
 Mikhailow publica ‘fundamentos da informação cientifica’; A Library of Congress (LC) começa a 
vender suas fichas catalográficas, sendo considerado os ‘rudimentos da catalogação 
cooperativa’ e da elaboração de metadados; Nesta época nascem diversas consolidações neste 
sentido. 
 
- Fase de delimitação do terreno epistemológico 1970/1989: 
 
 Em 1970 foi consolidado o Sistema Nacional de Informações sobre Ciência e Tecnologia – SICT e 
criado o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq); 
 Em 1971 foi criado o programa UNISIST; Seminário Interamericano de Integração dos Serviços 
de Informação de Arquivos, Bibliotecas e Centros de Documentação organizado pela Unesco; 
 Em Paris, no ano de 1974, a UNESCO organizou, junto com a Federação de Documentação (FID), 
Federação Internacional das Associações Bibliotecárias (IFLA/FIAD) e o Conselho Internacional 
de Arquivos (CIA), a Conferência Intergovernamental sobre o Planejamento de Infraestrutura 
Nacionais de documentação, Bibliotecas e Arquivos; 
 Em 1976, os programas Unisist e Natis foram fundidos no Programa Geral de Informação (PGI) 
da Unesco; 
 Em 1976 é criado o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. 
 Current Contents, do Science Citation Index e do Social Science Citation Index; Roger Summit, da 
Lockheed, considerado o “pai dos sistemas”; 
 A National Library of Medicine que desenvolveu o Medlar’s (Medical Literature Analysis and 
Retrieval System); 
 Coletânea de estudos do Massachusetts Institute of Technology (MIT), organizados por Machlup 
e Mansfield (1983); Os ensaios foram distribuídos por nove seções, algumas mais diretamente 
relacionadas à Ciência da Informação, nos seus diferentes aspectos interdisciplinares, em 
especial com a Informática, Ciência Cognitiva, e a linguística. Os ensaios 8 9 10 subsidiaram a 
organização da enciclopédia MITECS. 
 
 
 
8 Montanari, U. (1974). Networks of constraints: fundamental properties and applications to picture processing. Information 
Sciences 7(66): 95–132. 
 
9 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1987). Rhetorical Structure Theory: A Theory of Text Organization. Information Sciences 
Institute, University of Southern California. 
 
10 Mann, W. C., and S. A. Thompson. (1988). Rhetorical structure theory: Toward a functional theory of text organization. Text 8: 
243–281. Also available as USC/Information Sciences Institute Research Report RR-87-190. 
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 69 
 
- Fase de consolidação/delimitação com outras áreas 1990-2000: 
 
 Reunião alusiva ao vigésimo aniversário do Departamento de Estudos de Informação da 
Universidade de Tampere, em 1991; 
 Nos Estados Unidos, também é adotada a denominação de Ciência da Informação e da 
Biblioteca (Library and Information Science), e não exatamente Biblioteconomia (Librarianship), 
da mesma forma que Ciência e Tecnologia da Informação (Information Science and Technology), 
denominação inclusive utilizada desde o seu início pelo ARIST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A razão dessa reflexão está na “institucionalização social e cognitiva da disciplina, a primeira 
relacionada ao grau de organização interna e definição de fronteiras”, manifestada em associações 
científicas e periódicos, e também no “grau de integração em estruturas sociais predominantes de 
legitimação e alocação de recursos”. 
 
Nos anos 1990 começam a discutir o termo profissional da informação como uma 
profissionalização da Ciência da Informação. Porém, o termo bibliotecário continua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 70 
 MARCOS, TEMPOS E MOVIMENTOS Fonseca (2007): 
 
 Mudança de denominação da American Society for Information Science ASIS para American So-
ciety for Information Science and Technology ASIS&T. 
 Encyclopedia of Library and Information Science – ELIS; 
 J. Shera – uma ponte entre a biblioteconomia e a ciência da informação – declara: “Há vinte 
anos, eu achava que aquilo que hoje se chama ciência da informação proporcionava as bases in-
telectuais e teóricas da biblioteconomia agora, porém, estou convencido de que estava errado”. 
 The foundations of the public library, primeiro livro de Jesse Shera; 
 Em 1953, em colaboração com Margaret Egan, escreve a introdução da obra de S. C. Bradford, 
Documentation, J. Shera recrimina as bibliotecas públicas por terem negligenciado os proble-
mas bibliográficos da ciência e tecnologia, para cuidar apenas da cultura popular; 
 Em 1953, J. Shera deixa a cátedra da Graduate Library School da University of Chicago – uma 
escola de orientação tradicionalmente humanística – para di-rigir a School of Library and Infor-
mation Science. 
 Center for Documentation and Communication Research; 
 Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação IBBD; 
 Eugene Garfield, Institutefor Scientific Information; 
 Em 1963, os produtos do Institute of Scientific Information: o Science Citation Index (1963--), o 
Social Science Citation Index (1973--) e o Arts and Humani-ties Citation Index (1978--). 
 Manuais de biblioteconomia – Naudé (1627) e Namur (1834); Petzholdt (1866) e Graesel (1863); 
e os atuais da mexicana Juana Manrique de Lara e da brasileira Heloísa de Almeida Prado. 
 Introduções gerais à biblioteconomia – Pierce Butler (1933); A. Broadfield (1949); e S. R. Ranga-
nathan (1949); e, mais recentemente, A. K. Mukherjee (1966), Jesse H. Shera (1976) e Donald 
Urquhardt (1981). 
 
 
 
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 71 
 
2.4. – AS CINCO LEIS DA BIBLIOTECONOMIA. 
 
 
1. Os livros são para usar. 
Os livros são para usar, ou seja, é necessário entender que o bibliotecário não é um guardião do 
saber, mas um facilitador. A negligência dessa lei implica em ‘entesourar’ os livros. As estantes de-
vem estar vazias, ou seja, deve haver circulação do material. O problema do bibliotecário não é rea-
lizar um inventário perfeito com livros precificados e extremamente valorizados, mas dadas as pro-
porções e o bom senso, fazer o acervo ser utilizado ao máximo, mesmo que custe o desgaste do 
mesmo. A localização da biblioteca tem impacto direto por esta lei, assim como, acessibilidade, ho-
rário de funcionamento e pessoal bem capacitado a atender às demandas da comunidade. 
 
 
São estágios da 1ª Lei: 1) “o acesso continuava limitado aos poucos eleitos”; 2) “o uso dos livros 
foi permitido a quem podia pagar por isso”; 3) “os livros tornam-se acessíveis a todos, mas somente 
para uso no recinto da biblioteca”; 4) “depois passou a ser feito o empréstimo aos poucos favorecidos, 
posteriormente aos que pagavam uma taxa” e 5) “finalmente, o empréstimo gratuito para todos”. 
Ranganathan traz iniciativas de biblioteca bairro, carro biblioteca e outros projetos que integraram o 
uso do livro para toda a sociedade. O livro era, ainda no final do século XIX e início do século XX, um 
artigo de luxo. Além disso, “a localização de uma biblioteca pode, em geral, ser tomada como um índice 
do grau de confiança que os órgãos responsáveis por bibliotecas têm na Lei “os livros são para usar” 
(RANGANATHAN, 2009, p. 10). 
 
Porém, ainda assim, percebemos em nossa sociedade bolsões de irregularidade no acesso aos 
livros. Algumas sociedades na Ásia, África e América do Sul, em determinadas localidades, não 
possuem acesso ao livro e as bibliotecas. O desenvolvimento de uma sociedade é medido, portanto, 
pelo acesso ao livro e às bibliotecas públicas como prática consolidadora do letramento. 
 
 
 
 
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2. Para cada leitor o seu livro. 
O século XIX significou profundas mudanças no padrão de ensino da nossa sociedade. Era necessá-
ria a formação profissionalizante e um padrão mínimo de formação e letramento da população, 
para que a revolução industrial pudesse alcançar o seu apogeu. As bibliotecas públicas foram os 
primeiros equipamentos culturais utilizados nesse propósito. Uma interesante implicação para esta 
lei esta ligada ao sistema de classificação utilizado que permite ao leitor o acesso direto ao acervo 
arranjado por assunto. 
 
 
A segunda Lei da biblioteconomia surge no encalço da primeira Lei para que essa revolução 
avance mais. Se a primeira substituiu o conceito os livros existem para serem preservados, a segunda 
dilata o conceito os livros são para poucos eleitos. Se o grito revolucionário da primeira era os livros 
são para usar, o da segunda é os livros são para todos. Se a abordagem da primeira se fazia pelo lado 
dos livros, a da segunda se faz pelo lado dos usuários de livros. Se a primeira vivificava a biblioteca, a 
segunda amplia-a para um problema nacional. Se a primeira escancarou as bibliotecas existentes, a 
segunda cria novas bibliotecas e faz surgir a cultura de novas espécies de bibliotecas. Se havia relutân-
cia em proceder de acordo com a primeira, encontra-se, em suas etapas iniciais, oposição categórica à 
segunda. Assim, a revolução causada pela segunda lei é de natureza mais avançada e aproxima mais a 
humanidade de seu objetivo (RANGANATHAN, 2009, p. 50). 
 
Para cada leitor o seu livro nos remete aos tipos de bibliotecas: biblioteca escolar, biblioteca 
pública, biblioteca nacional, biblioteca universitária, biblioteca especializada, biblioteca jurídica, etc. Na 
acepção de públicos de usuários distintos para os seus livros, a biblioteca assume um papel participati-
vo no letramento informacional de sua comunidade. Assim, homens, mulheres, jovens, crianças, pro-
fissionais de todos os tipos, tem o direito ao acesso à informação. A biblioteca deve assumir um com-
promisso com a acessibilidade de todos. 
 
 
 
 
 
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3. Para cada livro o seu leitor. 
S. R. Ranganathan foi um dos maiores críticos da Classificação Decimal de Dewey e dos sistemas de 
classificação anteriores que não permitiam o adequado facetamento da informação. A sua forma-
ção inicial como matemático permitiu a ele o desenvolvimento de um sistema lógico e avançado, a 
Cólon Classification, que foi eternizada pelos enunciados de seus Prolegomena. Mesmo em tempos 
remotos, Ranganathan acreditava que o acesso ao conhecimento científico e tecnológico deveria 
ser livre, e o meio para se chegar ao acesso livre desse conhecimento seria por meio do seu siste-
ma facetado. 
 
 
Embora se assemelhe à primeira Lei ao adotar o ponto de vista dos livros, é, em certo sentido, 
um complemento da segunda. Enquanto esta se preocupava com a tarefa de encontrar cada leitor o 
livro que lhe fosse apropriado, a terceira Lei trata de se esforçar para que um leitor apropriado seja 
encontrado para cada livro. Na realidade, a terceira Lei diz para cada livro o seu leitor. Enquanto a pri-
meira Lei revolucionou o panorama das bibliotecas, a terceira Lei tornou esta revolução a mais comple-
ta possível. As implicações da terceira Lei não são menos exigentes do que as da segunda. [...] O recur-
so mais evidente usado pelas bibliotecas para satisfazer à terceira Lei é o sistema de livre acesso. Os 
outros instrumentos dizem respeito ao arranjo das estantes, às entradas do catálogo, ao serviço de 
referência, à abertura de certos departamentos populares, aos métodos de publicidade e ao serviço de 
extensão (RANGANATHAN, 2009, p. 189). 
 
Ranganathan (2009) define “por livre acesso entende-se a oportunidade de ver e examinar o 
acervo de livros com a mesma liberdade que temos em nossa própria biblioteca particular”. Numa bi-
blioteca de livre acesso, permite-se ao leitor que ande à vontade entre os livros e pegue qualquer deles 
conforme for de seu agrado. Desta forma, a preocupação do arranjo do acervo justifica a empreitada 
da Cólon Classification e o desenvolvimento de sistemas sofisticados para tal. 
 
 
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4. Poupe o tempo do leitor. 
A difusão do conhecimento por meio de sua representação foi uma das missões da documentação. 
Porém, devemos lembrar que S. R. Ranganathan estará ao passo dessa concepção Otletiana da or-
ganização da informação. Poderíamos dizer que o bibliotecário indiano se assemelhava às idealiza-
ções do Memex de Vannevar Bush. Essa organização ideográfica do conhecimento possibilitou en-
xergar o bibliotecário como um curador de domínio público intelectual. Poupar o tempo do leitor 
com serviços e produtos informacionais otimizados e pessoal capacitado. 
 
 
Vimos, nos cinco capítulos anteriores, que a preocupação principal das três primeiras leis da bi-
blioteconomia consiste em fazer com que os livros da biblioteca sejam usados tão intensamente e por 
tantas pessoas quanto possível. Vimos também que, por mais axiomáticas que pareçam ser essas leis 
começaram realmente a se afirmar como conceitos correntes somente nas últimas décadas. Além dis-
so, examinamos algumas de suas implicações e descrevemos as mudanças que estão provocando na 
perspectiva das bibliotecas e nos vários aspectos da política e da administração bibliotecária (RANGA-
NATHAN, 2009, p. 211). 
 
Ranganathan (2009) continua “veremos neste capítulo que a Quarta Lei da biblioteconomia es-
clarece mais alguns desses problemas. Ela faz sua abordagem pelo lado dos leitores, do mesmo modo 
que a segunda Lei”. O idealizador das cinco leis afirma que a quarta Lei está centrada quase exclusiva-
mente nos leitores. Assim, resulta que se projete a administração da biblioteca de modo compatível. 
Na companhia da quinta Lei, a quarta Lei se preocupa com a situação que surge à proporção que são 
atendidos os requisitos das três primeiras leis. A proposta da quarta Lei é acompanhar um leitor desde 
quando ele entra na biblioteca até o momento que sai, tendo um impacto direto na avaliação dos ser-
viços e na coerência gerencial dos processos informacionais. 
 
 
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5. A biblioteca é um organismo em crescimento. 
A biblioteca, assim como o conhecimento humano, está em constante crescimento. Assim, o conhe-
cimento vai se especializando e se inter-relacionando, de modo que somente um sistema de classifi-
cação facetado possa dar conta dessa superespecialização. A biblioteca enquanto instituição tam-
bém deverá estar preparada para isso. 
 
 
Reza a quinta Lei: a biblioteca é um organismo em crescimento. É um fato biológico indiscutível 
que somente o organismo que se desenvolve é o que sobrevive. Um organismo que pare de se desen-
volver acabará por se paralisar e perecer. A quinta Lei nos chama a atenção para o fato de a biblioteca, 
como instituição, possuir todos os atributos de um organismo em crescimento. Um organismo em 
crescimento absorve matéria nova, elimina matéria antiga, muda de tamanho e assume novas aparên-
cias e formas (RANGANATHAN, 2009, p. 241). A biblioteca é formada por uma tríade: livros, leitores e o 
pessoal, os três em harmonia. 
 
---- 
(STJ/2018) Com relação às cinco leis da biblioteconomia, propostas por Ranganathan, julgue os itens: 
1. 
O CRM (Customer Relationship Management) é uma abordagem que garante a premissa pre-
vista na segunda lei de Ranganathan: “Todo leitor tem seu livro” 
2. 
Localização da biblioteca, horário de funcionamento, iluminação, disposição de estantes são 
fatores críticos de sucesso para o cumprimento da primeira lei de Ranganathan: “Os livros 
são para usar”. 
3. 
Ranganathan reconhece a limitação de abrangência da quinta lei, qual seja: “Uma biblioteca 
é um organismo em crescimento”, uma vez que as áreas do conhecimento já estavam devi-
damente categorizadas em instrumentos, como a Classificação Decimal de Dewey (CDD). 
4. 
A quarta lei — “Poupe o tempo do leitor” — impacta a organização e os métodos utilizados 
no serviço de referência, que passa a ser estruturado em duas categorias: o serviço de refe-
rência rápida e o serviço de referência de longo alcance. 
GABARITO: C-C-E-C 
 
 
 
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3 – DISPOSIÇÕES FINAIS. 
3.1. – BIBLIOGRAFIA UTILIZADA. 
 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA. 
 
ARAUJO, C. A. A. Arquivologia, biblioteconomia, museologia e ciência da informação: o dialo-
go possível. Brasília, DF: Briquet de Lemos; São Paulo: ABRAINFO, 2014. 
ARAÚJO, C. A. Ciência da informação, biblioteconomia, arquivologia e museologia: relações 
institucionais e teóricas. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., ISSN 1518-2924, Florianópolis, 
v. 16, n. 31, p.110-130, 2011. 
CUNHA, M. B. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. 
FONSECA, E. N. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2007. 
LE COADIC, I. F. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996. 
MCGARRY. O contexto dinâmico da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1999. 
MEADOWS. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos, 1999. 
OLIVEIRA, Marlene. (Coord.). Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteúdos e 
espaços de atuação. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005. 
ORTEGA, C. D. Surgimento e consolidação da documentação: subsídios para compreensão da 
história da ciência da informação no Brasil. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 14, 
número especial, p. 59-79, 2009. 
RUSSO, Marisa. Fundamentos da Biblioteconomia e Ciência da Informação. Rio de Janeiro: 
Editora E-papers, 2010. 
VIEIRA, R. Introdução à teoria geral da biblioteconomia. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. 
 
 
 
 
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3.2. – HORA DE PRATICAR. 
 
 
Um dos paradigmas da ciência da informação é justamente medir o fluxo informacional, o 
que possui uma vasta quantidade de leis e métodos. O presente tema será fruto de aula futura, 
mas você saberia responder as questões a seguir? 
 
(FUB/2015) Acerca da bibliometria, julgue os itens a seguir. 
 
1. Conforme a lei do quadrado inverso, em uma especialidade científica coexiste pequeno 
número de pesquisadores extremamente produtivos com uma grande quantidade de ci-
entistas menos produtivos. 
2. A bibliometria é um campo de pesquisa que contempla tanto aspectos da infometria 
quanto da cientometria. 
3. Bibliometria é o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da 
informação registrada. 
4. A lei de Lotka permite, mediante a medição da produtividade das revistas, estabelecer o 
núcleo e as áreas de dispersão de um determinado assunto em um mesmo conjunto de 
revistas. 
5. A lei de Bradford também é conhecida como lei da produtividade de autores. 
6. A lei de Zipf, também conhecida como lei do menor esforço, consiste em medir a fre-
quência do aparecimento das palavras em vários textos, de modo a gerar uma lista or-
denada de termos de uma determinada disciplina ou assunto. 
7. Por meio do fator de impacto mede-se a relevânciados periódicos a partir da frequência 
com que, durante um ano, o artigo médio de um periódico é citado. 
8. O Google Acadêmico fornece o índice h e o fator de impacto dos periódicos. 
9. O índice h é útil como critério para avaliação de coleções de periódicos científicos. 
10. O JCR (Journal Citation Reports) registra o fator de impacto tanto de periódicos científi-
cos quanto de livros. 
11. A bibliometria é útil para a avaliação dos aspectos estatísticos da linguagem, das pala-
vras e das frases. 
 
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3.3. – GABARITO. 
1. CERTO 
2. ERRADO 
3. CERTO 
4. ERRADO 
5. ERRADO 
6. CERTO 
7. CERTO 
8. ERRADO 
9. ERRADO 
10. ERRADO 
11. CERTO 
 
 
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