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Parasitologia Veterinária - piolhos

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Parasitologia Veterinária – Phthiraptera
FILO ARTHROPODA l CLASSE INSECTA 
Ordem Phthiraptera l Piolhos 
Piolhos pertencem a esta ordem e são parasito de aves e mamíferos. Classificam-se em piolhos mastigadores (malófagos) ou sugadores (hematófagos). 
A maneira mais fácil de diferenciá-los é o tamanho da cabeça em relação ao tórax. Os malófagos têm cabeça mais larga do que o tórax e os sugadores, estreitas em relação ao tórax. 
Seus ovos – operculados – são chamados de lêndeas e são presos por uma substância cimentante aos pelos, cabelos ou às penas. 
São divididos em quatro subordens: Amblycera – mastigadores com antenas escondidas; Ischnocera – mastigadores com antenas livre; Anoplura: hematófagos; Rynchophthrina: parasitam elefantes com somente uma espécie, Haematomyzus elephantis. 
Piolhos malófagos: muitas cerdas pelo corpo, ausência de asas, passam toda a vida no hospedeiro, agarrados aos pelos ou penas, metamorfose incompleta (hemimetábolos), maior infestação de piolhos no inverno pela aglomeração de indivíduos (por conta da temperatura; fêmeas produzem substância cimentante que possibilita os ovos ficarem presos aos pelos ou penas; ciclo biológico: ovo – ninfa 1 – ninfa 2 – ninfa 3 – adulto.
Ciclo biológico geral
Após uma semana da postura, os ovos dão origem às ninfas, e o desenvolvimento de todo o ciclo se dá em torno de 20 dias. 
Os piolhos mastigadores se alimentam de bárbulas de penas e células de descamação da pele; algumas espécies chegam a ingerir sangue que chega à superfície da pele. Sobre o hospedeiro podem viver de 20 a 40 dias e fora, somente 3 a 7 dias. 
Especificidade: são bastante específicos, um mesmo hospedeiro pode ser parasitado por várias espécies de malófagos, mas dificilmente uma espécie adapta-se a outro hospedeiro que não o seu, fora isso, também são território-específico. 
Subordem Amblycera: palpos maxilares presentes, antenas com quatro segmentos e fossetas antenais (depressão onde se guarda as antenas)
Subordem Ischnocera: palpos maxilares ausentes, antenas filiformes (três segmentos de antenas em piolhos que parasitam mamíferos e, em aves, cinco segmentos), sem fossetas antenais (antenas livres). 
Subordem Anoplura: garras grandes nos tarsos, cabeça menor do que o tórax, antenas com cinco segmentos, parasitos de mamíferos e sugadores de sangue. 
Sazonalidade dos piolhos no geral
Costumam aparecer com mais frequência no inverno, pois o pelo cresce e forma um micro-habitat. Por conta do frio, os animais tornam-se mais próximos um dos outros ou são estabulados, facilitando a transmissão. 
Referências bibliográficas 
MONTEIRO, Silvia G. Parasitologia na Medicina Veterinária, 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora ROCA, 2017.

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