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Phthiraptera-Piolhos ❖ Filo: Arthropoda ❖ Classe: Insecta ❖ Ordem: Phthiraptera ❖ Subordem Amblycera ➔ Família Menoponi ➔ Família Boopidae ❖ Subordem Ischnocera ➔ Família Philopteridae ➔ Família Trichodectidae ❖ Subordem Anoplura ➔ Família Haematopini ➔ Família Linognathidae ➔ Família Pediculidae ➔ Família Pthiridae Os piolhos pertencentes a essa ordem são parasitos de aves e mamíferos. Eles são classificados em: mastigadores (malófagos) ou sugadores (hematófagos), dependendo do tipo de alimentação. MORFOLOGIA Característica Amblycera e Ischnocera Anoplura Cabeça Cabeça grande e arredondada Pequena e pontiaguda Aparelho Bucal Mastigador Picador-sugador Alimentação Células de descamação, penas e secreção sebácea Sangue Antenas 4 segmentos, escondidas em sucos (Amblycera); 3-5 segmentos, expostas (Ischnocera) 5 artículos, projetadas Pernas Delgadas, com 1 ou 2 garras Robustas, com 1 garra Hospedeiros Mamíferos e aves Mamíferos CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PIOLHOS MASTIGADORES (MALÓFAGOS) ❖ Possuem muitas cerdas pelo corpo; ❖ Ausência de asas; ❖ Passam a vida toda no hospedeiro(agarrados aos pelos ou penas) ❖ Fazem metamorfose incompleta (hemimetábolos); ❖ A fêmea produz uma substância cimentante nas suas glândulas coletéricas que permite que os ovos(lêndeas) fiquem cimentados (colados)aos pelos ou penas. ❖ A disseminação é feita através de contato direto;fora do hospedeiro morrem em três a sete dias. Sobre o hospedeiro podem viver de 20 a 40 dias. ESPECIFICIDADE São muito específicos, um mesmo hospedeiro pode ser parasitado por várias espécies de malófagos, mas dificilmente uma espécie adapta-se a outro hospedeiro que não o seu. Os piolhos também têm preferência por determinadas regiões do corpo. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA VETERINÁRIA As espécies que infectam aves são mais daninhas que as de mamíferos. Os piolhos mastigadores de animais não causam lesões no homem CICLO BIOLÓGICO Os ovos, após uma semana de postura dão origem às ninfas, que são parecidas com os adultos, porém menores, pouco quitinizadas, com os adultos, porém menores, pouco quitinizadas, com segmentos abdominais e torácicos não tão visíveis e não possuem edeago (órgão copulador) ou gonopódios. → as ninfas evoluem de ninfa 1 para ninfa 2 → 2 para 3 → de 3 para adulto → o desenvolvimento de todo ciclo se dá em 20 dias. SAZONALIDADE DOS PIOLHOS EM GERAL O aparecimento dos piolhos é mais frequente no inverno, pois o pelo cresce e forma um micro-habitat. Por causa do frio, os animais ficam mais próximos uns dos outros ou são estabulados, o que facilita a transmissão. IMPORTÂNCIA DOS PIOLHOS EM GERAL Os anopluras são mais patogênicos do que os mastigadores, pois provocam perda de sangue, tem capacidade de transmitir agentes patogênicos, abrem uma porta de entrada para infecções secundárias, causam enfraquecimento dos animais e irritações na pele. Família Boopidae Gênero Heterodoxus ❖ Ordem: Phthiraptera; ❖ Subordem: Amblycera - piolhos mastigadores (antena escondida) ❖ Família: Boopidae Heterodoxus spiniger ❖ Hospedeiro Definitivo: carnívoros (preferencialmente cães) ❖ Localização de Predileção: Pele ❖ Alimentação: restos celulares e queratina ❖ Distribuição Geográfica: regiões de clima tropicais e subtropicais MORFOLOGIA ❖ Piolho grande de coloração amarela; ➔ Adulto: 2,5 a 5mm ❖ Cabeça subtriangular; ❖ Têmporas estreitas; ❖ Palpos maxilares com 4 artículos; ❖ Fileira de cerdas espessas, médias e longas no abdômen; ❖ Possui dois processos espinhosos recurvados para trás, inseridos junto a base dos palpos maxilares; ❖ Diferencial: Possuem duas garras nos tarsos. CICLO EVOLUTIVO *Assemelha-se ao ciclo geral *Hospedeiro intermediário do cestóide Dipylidium caninum e do nematóide Dipetalonema reconditum. SINAIS CLÍNICOS *Relacionada ao grau de infestação. *Infestação por piolhos: pediculose. ❖ Intenso prurido ❖ Dermatite secundária ❖ Escoriação, automutilação e estresse ❖ Alopecia (devido a mordedura intensa e ao prurido) ❖ Animais muito parasitados podem exalar um odor forte característico DIAGNÓSTICO O diagnóstico é feito mediante exame físico ou impressão com fita adesiva na pelagem, sendo os parasitas identificados microscopicamente. TRATAMENTO O tratamento pode ser feito através do uso de inseticidas tópicos, na forma de xampus, coleiras ou sprays. Tendo com principais princípios ativos: ❖ Piretroides (deltametrina, permetrina, fipronil, imidacloprid) ❖ Amitraz ❖ Organofosforados (malation e diazinon) *Os organofosforados e a permitrina não devem ser utilizados em gatos. Enquanto que, o amitraz deve ser utilizado com cuidado, na metade da dose aplicada em cães. *Deve-se eliminar ou tratar os travesseiros, cobertores, toalhas, pentes e escovas, simultaneamente para não haver possibilidade de reinfestação. PROFILAXIA ❖ Higienização das instalações ❖ Uso de produtos químicos em banhos de imersão ou aspersão com pressão.repetir em 10 a 14 dias. ❖ Escovar os pelos dos cães diariamente ❖ Manter animais infestado separados dos demais ❖ Uso de coleira, pipeta ou spray antiparasitários Família Trichodectidae Palpos maxilares ausentes; antena com três segmentos; tarso com uma garra; parasitos de mamíferos. Gênero Trichodectes Trichodectes canis ❖ Nome comum: Piolho mordedor de cão ❖ Hospedeiro Definitivo: Cães e canídeos silvestres ❖ Localização de Predileção: Pele, regiões da cabeça, do pescoço e da calda ❖ Alimentação: Restos celulares e queratina ❖ Distribuição Geográfica: Mundial MORFOLOGIA ❖ Piolho pequeno, largo e amarelado ➔ Adulto: 1 a 2mm ❖ Cabeça escura e corpo claro ❖ Cabeça mais larga do que longa (arredondada- hexagonal) ❖ Antenas com dimorfismo sexual (os machos possuem o primeiro segmento aumentado), trissegmentadas, curtas e expostas ❖ Têmporas sem lobos posteriores ❖ Possui seis pares de espiráculos abdominais ❖ Fileiras de cerdas grandes e espessas ❖ Pernas robustas e tarsos com garras únicas CICLO EVOLUTIVO *Assemelha-se ao ciclo geral *Hospedeiro intermediário do cestóide dipylidium caninum e do nematóide dipetalonema reconditum. SINAIS CLÍNICOS; DIAGNÓSTICO; TRATAMENTO; E PROFILAXIA Assemelha-se aos anteriores. Gênero Bovicola Hospedeiros: equinos e bovinos Espécies: Bovicola caprae, Bovicola bovis ( Damalinia bovis) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS → Cabeça separada com ‚bochechas‛ repartidas → Cerdas abdominais curtas, iguais e em filas transversais → Manchas nos tergidos (placas dorsais) → Cabeça larga e longa Gênero Fenicola Hospedeiros: felinos Espécie: Felicola subrostratus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS → Cabeça em formato pentagonal, com olhos atrás das antenas → Cerdas abdominais curtas → Antenas sem dimorfismo sexual → Três pares de estigmas respiratórios → Abdômen do macho com pequena saliência posterior, formada no último segmento TRATAMENTO → Amitraz (no dorso do animal) - em bovinos → Eprinomectina → Ciflutrina; Piriproxifen - em felinos Sintomas, ciclo evolutivo e diagnóstico iguais aos anteriores. Família Menoponidae Gênero Menacanthus ❖ Espécie: Menacanthus stramineus,M. pallidulus,M. cornutus. ❖ Hospedeiro: Aves,perus,faisões e excepcionalmente pombos. O Menacanthus stramineus e o M. cornutus tem preferência pela região da cloaca,onde se podem encontrar micro-hemorragias.Já o M. pallidulus prefere a região da cabeça. Menacanthus stramineus → Nome comum: piolho amarelo ou piolho do corpo de frangos → Localização de predileção: pele → Distribuição: mundial MORFOLOGIA MACROSCÓPICA: É um piolho amarelo relativamente grande; o macho mede cerca de 2,8 mm de comprimento e afêmea 3,3 mm DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA: A cabeça é quase triangular e a parte ventral da frente é armada com um par de processos em forma de espinho.Os palpos e as antenas de quatro segmentos são característicos.As antenas têm forma de clava e ficam quase totalmente escondidas sob a cabeça.O abdome achatado é alongado e bem mais largo posteriormente,com duas fileiras dorsais de cerdas em cada segmento abdominal.Há três pares de pernas curtas com duas garras.Os ovos têm filamentos característicos na metade anterior da casca e sobre o opérculo. PATOGENIA: É o piolho mais patogênico de aves adultas e pode causar fatalidades em pintos.É uma espécie extremamente ativa que deposita os ovos em grupos principalmente na região anal.As populações de piolhos podem chegar a 35.000 por ave. EPIDEMIOLOGIA: É a espécie mais comum e destrutiva de piolho de frango doméstico. É mais comum no peito, nas coxas e em torno da cloaca. Em infestações maciças podem ser também encontrados nas asas e em outras partes do corpo incluindo cabeça. Grandes populações são particularmente comuns em poedeiras criadas em gaiolas. BIOLOGIA: Parasita extremamente ativo;todo o ciclo biológico ocorre no hospedeiro e dura de 2 a 3 semanas;os ovos são colados na base das penas,principalmente na região do ventre;os ovos eclodem entre 4 e 7 dias passando por 3 estádios ninfais;alimentam -se de barbas e bárbulas das penas;perfura a base das penas e pode se alimentar do sangue que flui;encontrados sobre a pele,em regiões com poucas penas como a região ventral. DIAGNÓSTICOS DOS PIOLHOS → Aparência quebradiça de pelos ou penas; → Presença dos parasitas nas penas; → Presença de ovos aderidos nas penas SINAIS CLÍNICOS: Coceira, penas com aspectos quebradiço, perda de apetite/peso, irritação na pele (descamação cutânea), coágulos sanguíneos localizados na região da cloaca. TRATAMENTO: Aves criadas sobre cama funda ou de forma extensiva podem ser tratadas com maior facilidade aspergindo-se inseticidas.No entanto,como os inseticidas não matam os ovos,são necessárias duas aplicações com um intervalo de 10 a 14 dias. CONTROLE: → Verificação e aspersão regulares das aves → Restrição de contato de aves de granjas com aves silvestres. → Higienizar alojamentos e ninhos *Debicar as aves aumenta a infestação,pois a ave usa o bico para se livrar do parasita. Família philopteridae → É uma característica dessa família cinco segmentos antenais com duas garras para fixação nos hospedeiros. PRINCIPAIS GÊNEROS Goniodes- H: aves; Chelopistes- H: perus; Lipeurus- H:galinhas; Columbicola-H: pombos; Distribuição mundial. Parasitas importantes de aves domésticas. Gênero Lipeurus PRINCIPAIS ESPÉCIES: Lipeurus caponis, Lipeurus heterographus, Lipeurus tropicalis ; → Baixo efeito patogênico; → Conhecido como piolho das asas; → Hospedeiros: Frangos; BIOLOGIA Piolho pouco ágil. LOCALIZAÇÃO: Pele, penas das asas e da cauda; Ovos são depositados nas asas ou na cauda (grandes penas) e eclodem em 4 ou 5 dias. Fêmeas produzem de 30 a 35 ovos. Adultos podem viver mais de 45 dias. Possuem maior dependência de contato com a luz solar. Lipeurus caponis MORFOLOGIA → O abdome possui poucos pelos; → Tamanho: 0,2 a 0,4 cm; → Corpo e cabeça alongados → Cabeça mais longa que larga; → Fronte larga, arredondada no ápice; CICLO BIOLÓGICO A fêmea realiza a postura nas penas das asas ou da cauda.Ovos eclodem cerca de 4 a 7 dias.O primeiro estádio tem duração de 6 a 18 dias (ninfa 1);Segundo de 5 a 16 dias (ninfa 2); Terceiro de 6 a 27 dias (ninfa 3); SINAIS CLÍNICOS Aves inquietas; Lesões na pele; Perda de penas;Diminuição da capacidade reprodutiva; Pode ocorrer infecções secundárias (invasão bacteriana);Infestações intensas podem levar a morte. PROFILAXIA Evitar a criação de aves em gaiolas; Controlar a entrada e saída de veículos nas propriedades; Evitar a presença de aves de outras propriedades; Descartar aves mais velhas (mais susceptíveis). Optar por linhagens de aves menos susceptíveis. TRATAMENTO Talco piolhicida ( permetrina e enxofre); Pó antipulgas (Cipermetrina; Piretróide); Gênero Columbicola ESPÉCIES PRINCIPAIS: Columbicola columbae; Columbicola wolffhuegeli; Columbicola masoni; Hospedeiro: Pombos urbanos (Columba livia); Conhecidos como ‘piolhos-da-pena’; MORFOLOGIA → Tamanho: 0,15 a 0,25 cm; → Cabeça com duas cerdas na extremidade posterior. → Corpo e cabeça alongados; → Clipeo armado com dois pares de espinhos; CICLO BIOLÓGICO Uma fêmea deposita até 9 ovos por dia a cada 3-5 dias. Ele prossegue através de três fases ninfais para alcançar seu estágio final (adulto) em um mês. O período de vida adulta de C. columbae é de 4 a 7 semanas ; TRATAMENTO Piretróides sintéticos (d- fenotrina e a deltametrina);Óleos essenciais ( Cânfora, Cinnamomum camphora); PROFILAXIA Eliminar os habitat , principalmente em instalações hospitalares (evitar a contaminação de pacientes);Controlar a população de pombos. Subordem Anoplura CARACTERÍSTICAS → Garras grandes; → Cabeça menor que o tórax; → Hospedeiros: Mamíferos; Família Pediculidae Gênero Pediculus PRINCIPAIS ESPÉCIES: Pediculus humanus: corpo; Pediculus capitis: cabeça; Gênero Pediculus MORFOLOGIA → Tamanho: 0,3 a 0,4 cm ; → Cinco segmentos de antenas; → Presença de rostelo ou dentes pré estomacais; Placas pleurais bem quitinizadas; → Presença de gonopódios (fêmeas) CICLO BIOLÓGICO A fêmea põe ovos operculados; A fixação ocorre por uma substância secretadas por glândulas coletéricas; 7 à 10 ovos diariamente; O adulto vive de 9 a 10 dias; O ciclo completa dura 18 dias; São mais ativos à noite ou durante o descanso; Pthirus pubis Nome comum: Piolho do púbis; Localização: púbis, axilas, sobrancelhas e cílios; MORFOLOGIA Tamanho:macho mede 0,15 a 0,2 cm; Formato achatado , ‚chato‛; Tórax mais largo que o abdômen; CICLO BIOLÓGICO O parasito fica fixado no pêlo vários dias; Período de incubação: 7 a 8 dias;O ciclo dura cerca de 30 dias;Os adultos permanecem 30 dias no hospedeiro;Precisam da temperatura; Adultos e ninfas sobrevivem dois a três dias fora do hospedeiro. TRANSMISSÃO Via sexual;Através de toalhas,roupas; SINTOMAS Manchas azuladas na pele;Prurido na região infestada; DIAGNÓSTICO Exame dos pelos púbicos (lêndeas, ninfas e adultos); Identificação dos parasitas (uso de lupas, ou microscópio); TRATAMENTO Loções inseticidas (Permetrina ou a Piretrina); Ivermectina por via oral; Família Haematopinus Gênero: Haematopinus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS → Sugadores, hematófagos e parasitam exclusivamente mamíferos → Antenas com 5 cinco segmentos e palpos ausentes → Cabeça estreita, alongada e pequena → Abdômen e tórax largos e quitinizados → Placas pleurais e parapleurais → Olhos reduzidos ou ausentes e tubérculos pós-antenais → Três pares de patas de tamanho de igual (garras- adaptação) → garras tarsais → Coxim tibial entre a base da tíbia e tarso (esporão tibial) → Machos possuem pênis ou edeago → Três estádios ninfais (mudas de 3 a 4 dias cada uma) → Hemimetabólicos, apresentam metamorfose incompleta → Ninfas se assemelham aos adultos, diferenciando pelo tamanho e coloração mais clara → Fêmeas faz postura de 3 a 6 ovos por dia → Postura dos ovos → pelos dos hospedeiros com substância cimetante → Todo o ciclo acontece no hospedeiro e transmissão geralmente por contato direto → Fêmeas maiores que os machos e estão em maior quantidade Haematopinus eurysternus NOME COMUM; Piolho de nariz curto HOSPEDEIROS: bovinos TROPISMOS: base dos chifres e cauda, ao redor de olhos e narinas (↑ carga parasitária, parasitose se alastra por todo o corpo) Mais frequência em bovinos adultos Um dosmaiores piolhos encontrados Inverno → fator limitante Verão → ocorrências raras (tropismo → pelos longos) No Brasil, não muito significante Haematopinus suis NOME COMUM: Piolho de suínos HOSPEDEIROS: suínos (única espécie que parasita) TROPISMOS: pregas cutâneas do pescoço (dobras) e base das orelhas Maior piolho hematófago dos animais domésticos → 5 a 6 mm Ocorre no Brasil e apresenta distribuição mundial Coloração castanho-acinzentado Vetor da peste suína africana (Eperythrozoon suis) e varíola suína Haematopinus quadripertusus NOME COMUM: Piolho da cauda HOSPEDEIROS: bovinos, comumente zebu (Bos indicus) TROPISMOS: cauda e períneo (↑ carga parasitária, parasitose se alastra) Grande e sem olhos → 4 a 5 mm Mais prevalente nos trópicos e o ocorre no Brasil Mais frequente no verão e climas quentes Placa esternal torácica bem desenvolvida Haematopinus asini NOME COMUM: Piolho sugador do equino HOSPEDEIROS: equinos e asininos TROPISMOS: base da crina e da cauda Surtos maiores no início da primavera Olhos ausentes, distribuição mundial e amarelo acastanhados quando alimentados (3 a 3,5 mm) Animais debilitados e idosos → mais suscetíveis Manejo inadequado, toaletes precários e selas compartilhadas → causas Haematopinus tuberculatus NOME COMUM: Piolho do búfalo HOSPEDEIROS: búfalos e bovinos Medem 5,5 mm e olhos ausentes Inverno → fator limitante Importância clínica bem pouca Originalmente → búfalos, recentemente → bovinos na África CICLO BIOLÓGICO Fêmea faz postura de ovos operculados (lêndeas), 1 a 6 por dia, esbranquiçados →ficam aderidos aos pelos e podem ser visualizados→ eclosão de ninfas (1 a 3 semanas) → três estádios ninfais (cerca de 12 a 14 dias) → formação dos adultos → alimentação e cópula das fêmeas (4 dias)à início da postura → reinicia o ciclo •OBS 1: adultos morrem após 10-15 dias de postura e vivem até 30-40 dias no hospedeiro •OBS 2: fêmea põe em média 24 ovos operculados •OBS 3: ciclo se completa em 20-40 dias (espécie e fatores ambientais) •0BS 4: ovos não se desenvolvem em temperaturas inferiores a 25ºC Família Linognathidae Gênero: Linognathus CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS +Sugadores, hematófagos e presença de placas pleurais +Cinco segmentos nas antenas +Abdômen membranoso, sem placas quitinizadas +Primeiro par de patas (garras) é menor se comparado ao segundo e terceiro +Três estádios ninfais → apresentam metamorfose incompleta +Fêmeas depositam ovos nos pelos dos hospedeiros +Ausência de olhos e placas paratergais +Presença de esporão tibial nas garras +Aparelho bucal do tipo picador-sugador e cabeça mais estreita que o protórax +Placa esternal torácica pouco desenvolvida ou ausente Linognathus vituli NOME COMUM: Piolho bovino de ‚nariz longo‛ HOSPEDEIROS: bovinos, principalmente de leite e jovens PRINCIPAIS TROPISMOS: pele da cabeça, pescoço e períneo Ausência de olhos e coloração azul-escuro Ovos escuros → difíceis de se observar nos pelos Hábitos gregários → agrupamentos densos isolados OBS: pode transmitir anaplasmose bovina e teileriose Final de inverno e início de primavera → infestação maciça Linognathus pedalis NOME COMUM: Piolho do pé do ovino HOSPEDEIROS: ovinos PRINCIPAIS TROPISMOS: pernas, barriga e pés (menos lãs) Coloração cinza-azulada → até 2 mm quando ingurgitados Ausência de olhos Distribuição: EUA, América do Sul, África do Sul e Australásia ↑ carga parasitária → se dissemina por todo o corpo Pode viver fora do hospedeiro e nos pastos (1 semana) → consequências Linognathus setosus NOME COMUM: Piolho sugador do cão HOSPEDEIROS: cães (pelo longo) e canídeos PRINCIPAIS TROPISMOS: Regiões da cabeça e pescoço (inclusive coleiras) Até 2 mm quando alimentados Distribuição mundial Principalmente os de orelhas longas e jovens Linognathus ovillus NOME COMUM: Piolho da face do ovino HOSPEDEIROS: ovinos TROPISMOS: regiões da face Medem até 2,5 mm e coloração azul escura Ovos difíceis de visualizar Distribuição mundial (Austrália e Nova Zelândia) Vetor da Eperythrozoon ovis Lã ficam amareladas → intensa secreção gordurosa e cutânea Linognathus stenopsis HOSPEDEIROS: caprinos PRINCIPAIS TROPISMOS: pele Até 2 mm quando alimentados Distribuição mundial CICLO BIOLÓGICO Fêmeas adultas depositam 1 único ovo operculado por dia → fixação nos pelos, visíveis a olho nu→ eclosão dos ovos de 10 a 15 dias→ origem das ninfas →três estádios ninfais, duas semanas → formação dos adultos Ciclo se completa em 30 a 40 dias (2 a 3 semanas). SINAIS E SINTOMAS Penas e pelos com aspecto quebradiço Irritação na pele Coceira e prurido na região infestada → automutilação (inoculação de saliva irritante) Perda de apetite e emagrecimento Pele seca com aspecto de sarna Estresse e agitação Fraqueza e anemia (sugadores) Dermatite alérgica DIAGNÓSTICO Clínico → Sintomatológico Macroscópico (identificação a olho nu) Exame microscópico de material obtido pelo raspado de pele Diagnóstico estabelecido → tratamento de todo o plantel, em suínos TRATAMENTO Lactonas macrocíclicas (endectocidas) → Avermectinas (ivermectina) e Milbemicinas (moxidectina), doses baixas Piretróides (deltametrina, cipermetrina) → efeito repelente Amitraz → spray ou banhos de imersão (rebanhos), eficaz em suínos Organofosforados (malation, fosmet) → pour-on PROFILAXIA Diagnóstico precoce Uso do pente fino Limpeza e esterilização dos fômites Ivermectinas para piolhos sugadores Produtos pour-on → Cipermetrina Segregação dos animais infestados dos animais saudáveis → contaminação altíssima Evitar superpopulação *Cuidados redobrados no inverno* IMPORTÂNCIA PARA MEDICINA VETERINÁRIA Ocasiona a perda da produtividade dos animais e prejuízo para fazendeiros Formação de feridas se agrava pela invasão de patógenos secundários Aparecimento mais frequente → inverno → pelos crescem e formam micro hábitat, animais mais próximos uns dos outros → transmissão facilitada •Os anopluras são + patogênicos que os mastigadores → perda de sangue, transmissão de agentes patógenos, porta de entrada para infecções secundárias, enfraquecimento e irritações •Piolhos → parasitos espécie-específica
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