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Perspectivas Profissionais em Serviço Social - Slides de Aula Unidade I

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Prévia do material em texto

Prof. Silvio Ribeiro
UNIDADE I
Perspectivas Profissionais 
em Serviço Social
 Interpretar os motivos que levaram ao surgimento da Questão Social, que é a 
matéria-prima do Serviço Social, bem como seus reflexos. 
 Compreender as estratégias criadas pelo Estado e pelo capital para instituir os 
mecanismos de controle da classe trabalhista e o refreamento dos conflitos entre 
trabalhadores e empresariado. 
 Analisar como o Estado vem intervindo na administração das expressões 
da Questão Social.
Objetivo da disciplina
 Marcou o fim do modelo de sociedade baseado no feudalismo, que começou a ruir 
em fins do século XVI.
 A característica central é a compra e venda da mão de obra humana, passagem 
do trabalho artesanal, de participação em todo o processo de produção, para a 
venda da mão de obra.
 Sistema de assalariamento;
 trabalhador sujeito às condições de mercado.
Trabalho no Capitalismo 
 Conforme Meksenas (1994) nos explica, a [...] sociedade capitalista é uma 
organização de trabalho que se caracteriza pela existência de, basicamente, duas 
classes sociais: os proprietários dos meios de produção e os proprietários apenas 
de sua capacidade de trabalho. Assim sendo, os trabalhadores trocam com os 
empresários (os donos dos meios de produção) a sua capacidade de trabalhar por 
um salário. Nessa sociedade, o trabalho industrial aparece como uma forma básica 
de produção de bens de consumo (MEKSENAS, 1994, p. 26).
Capitalismo
 Filósofo alemão (1818-1883).
 Estudou a sociedade capitalista de forma crítica.
 Fez críticas severas à exploração do capital sobre o trabalhador.
 O trabalhador vende sua força de trabalho ao capital, que paga quanto quiser.
 Existência de apenas duas classes sociais: a classe trabalhadora ou operária, que 
detém a força de trabalho, e a classe burguesa, que detém os meios de produção.
 Proletariado x Burguês.
Karl Marx
 Trabalho é a única forma de sobrevivência para o homem.
 Fruto da relação de compra e venda da força de trabalho. 
 Exploração da mão de obra.
 Capitalismo gera alienação do trabalhador: ele é separado do seu meio 
de produção e lhe falta conhecimento da realidade de exploração que 
está vivendo. 
Desigualdade Social
 No ano de 1936, a obra-prima de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, foi 
lançada para o mundo. O filme retrata a consolidação do capitalismo, após a 
Revolução Industrial, sob a ótica dos operários, ilustrando diversas contradições 
sociais por meio do protagonismo de Carlitos. O personagem é submetido a 
condições paupérrimas de trabalho, com carga horária elevada, pouco tempo de 
intervalo e assédios morais, sucumbindo a um esgotamento físico e um colapso 
nervoso. Depois de 82 anos da data de seu lançamento, as críticas feitas por 
Chaplin são atuais.
Filme: Tempos Modernos (Charles Chaplin)
Fonte: Arquivo pessoal do autor
 Na sociedade capitalista, a relação de trabalho é desigual e marcada pela 
exploração. Esta acontece para que o capitalista possa alcançar o lucro 
ou mais-valia.
 O salário pago ao trabalhador não corresponde ao tempo gasto no processo 
de produção. 
 O trabalho não pago é o lucro resultante, que fica em poder dos donos dos meios 
de produção, isto é, dos capitalistas.
Mais-valia
 Marx chamou essa diferença entre o valor pago pela mercadoria e o preço pelo 
qual ela é vendida de mais-valia. 
 As ideias apresentadas por Marx chamaram a atenção de muitas pessoas, 
trabalhadores e capitalistas; uns as defendiam, outros foram contra.
 A análise feita por Marx colocaria em risco o desenvolvimento 
do capitalismo.
Exemplo: confecção de sapatos.
Mais-valia
 O trabalho é um produto de compra e venda no capitalismo, nem sempre justo.
 A relação capital x trabalho gera conflito: de um lado está o capitalista, querendo 
atingir o maior lucro possível, às vezes até pela exploração, pelo desrespeito aos 
direitos do trabalhador; e de outro, o trabalhador, que tenta sair de uma situação 
de exploração.
Importante: 
 Quando os trabalhadores tomam conhecimento de sua 
situação, encontram meios e se organizam, passam a 
lutar por seus direitos, contra a exploração, o que 
nem sempre conseguem.
Luta de Classes
A sociedade capitalista é estruturada em classes sociais antagônicas:
1. Os capitalistas, proprietários dos meios de produção, que buscam a todo custo 
manter-se na riqueza e na opulência à custa da exploração dos trabalhadores.
2. Os trabalhadores, que de todas as formas possíveis tentam, primeiramente, 
sobreviver, tornando-se alienados no processo de relações de produção. 
 Nessa relação, o trabalhador passa a ser uma mercadoria 
e, em muitas situações, trabalha demasiadamente e não 
recebe o salário justo.
As contradições do trabalho no Capitalismo 
(na visão dialética marxista)
Como Marx chamou a diferença entre o valor pago pela mercadoria e o preço pelo 
qual ela é vendida?
a) Lucro líquido.
b) Despesa variável.
c) Custo fixo.
d) Mais-valia.
e) Variação monetária.
Interatividade
 Quando o trabalho fica cada vez mais especializado e dividido, o trabalhador 
fica afastado daquilo que produz e incapaz de reconhecer-se no produto final 
de seu esforço. 
 Dessa forma, o que era antes um homem, acaba por tornar-se apenas 
uma máquina repetidora dos mesmos esforços.
 O trabalho deixa de ser uma condição, um instrumento 
para a realização plena do homem e de sua condição de 
humano e torna-se, pelo contrário, um instrumento de 
escravização, acabando por desumanizá-lo, tendo sua 
vida e seu próprio valor medidos pelo seu poder de 
acumular e possuir. 
Reflexão
 Levou à maior precarização da relação entre capital e trabalho.
 Substituição de ferramentas por máquinas.
 Substituição do sistema de trabalho artesanal e doméstico pelo sistema 
fabril (fábricas).
 Novas alternativas energéticas, como o uso do vapor para movimentar as 
máquinas, bem como para a produção de bens e transporte (trens, navios). 
A Revolução Industrial
 Aumento da população nas cidades, concentrando os trabalhadores nas fábricas.
 Aumento da produção. 
 Divisão técnica do trabalho, cada vez mais específica.
 Problemas básicos de que até hoje padecemos, tais como: miséria, fome, 
desemprego e falta de habitação.
Revolução Industrial e Urbanização das cidades
 Um dos fundadores da Sociologia, busca, em suas obras (“A divisão do trabalho 
social” e “O suicídio”), abordar o indivíduo e a sociedade. Para viver em sociedade 
há regras, ao tratar da divisão técnica do trabalho, apresentou o conceito de 
anomia social (situação em que há divergência ou conflito entre normas sociais, 
tornando-se difícil para o indivíduo respeitá-las igualmente). Uma nação sem 
regras e sem ética sempre será tutelada pelo caos.
Émile Durkheim (1851 – 1917)
 A divisão do trabalho é o fator preponderante de integração social na sociedade 
moderna. Na falta de regras específicas, as condições de cooperação deveriam 
ser rediscutidas e recorrentes, e a solidariedade seria mais virtual que real. Porém, 
é precisamente essa ausência de regras, ou seja, essa situação de anomia, o que 
se observa em importantes aspectos da vida econômica na sociedade moderna.
 Anomia é um estado da sociedade em que desaparecem os padrões normativos 
de conduta e de crença, e o indivíduo, em conflito íntimo, encontra dificuldade para 
conformar-se às contraditórias exigências das normas sociais.
Émile Durkheim (1851 – 1917)
 Os trabalhadores explorados organizam-se coletivamente por meio dos sindicatos, 
para reivindicar seus direitos, como a atenção à saúde do trabalhador, sua 
alimentação, assistência social extensiva à família, seguridadesocial, 
acesso aos serviços públicos, educação etc.
 Demanda social é a denominação técnica dada à necessidade social que, nessa 
situação, representa as necessidades dos trabalhadores, não atendidas por meio 
da remuneração de seu trabalho (a qual, na maioria das vezes, tem seu valor 
estabelecido para o atendimento das necessidades básicas, a fim de manter 
a sobrevivência).
Reivindicações Sociais
 Casas de correção – os trabalhadores que se recusavam a vender sua força de 
trabalho para os capitalistas podiam ser recolhidos nessas casas, que ofereciam 
como penalidade restrição alimentar e trabalhos forçados, entre outras.
 A jornada de trabalho, na época, chegava a 14 horas diárias. 
 O modo de produção capitalista foi mercantilizado, isto é, o trabalhador foi 
obrigado a vender sua mão de obra para os donos do capital e a submeter-se 
a todo o processo de exploração do trabalho. 
 Formação de sindicatos e movimentos 
sociais reivindicatórios.
Exploração da mão de obra no Brasil
 Eram mulheres pertencentes ao segmento de renda alta e limitavam-se, via de 
regra, a cuidar da casa, dos filhos e a participar dos grupos e trabalhos da Igreja.
 Foram fortes aliadas dos movimentos filantrópicos eclesiais.
 Eram voluntárias, utilizavam sua sensibilidade para chegar até os mais pobres e 
“supriam”, por meio de doações, as necessidades mais elementares destes, como 
alimentos, roupas e medicamentos. 
 Desempenharam um papel importante na diminuição do 
sofrimento, um papel de remediação da situação social, 
não de emancipação. 
Damas de Caridade
1. Junto às conferências São Vicente de Paulo, a partir da divisão territorial para 
visitas, ajudas em domicílio e apoio estruturado em programas para crianças, 
jovens e idosos.
2. Identificação das necessidades de cada pessoa e de sua família.
3. Estudo da melhor aplicação dos recursos disponíveis (racionalização dos gastos, 
priorizando as necessidades principais).
4. Visitas aos pobres para levar ajuda material 
e realizar aconselhamentos.
5. Busca de vagas de trabalho para os desempregados.
O trabalho das Damas de Caridade
 Idealizadora da Escola de Filantropia Aplicada.
 Foi proposta por Mary Richmond, da Sociedade de Organização da Caridade de 
Baltimore, durante a realização da Conferência Nacional de Caridade e Correção, 
em Toronto (1897). Essa escola realizava cursos de aprendizagem da aplicação 
científica da filantropia, visando desenvolver “a tarefa assistencial como 
eminentemente reintegradora e reformadora do caráter”: 
[...] Richmond contribuiu para desenvolver a concepção, dominante na sociedade 
capitalista, de que os problemas sociais estavam diretamente associados aos 
problemas de caráter.
 Trabalhar e reformar o caráter do indivíduo contribuiria 
para que este retornasse ao mercado de trabalho.
Mary Richmond
 Contribuiu para o surgimento do Serviço Social como profissão, a primeira escola, 
no final do século XIX, em Amsterdã, na Holanda.
 A primeira escola da América Latina foi criada em Santiago, no Chile, pelo médico 
Alejandro Del Rio. O Serviço Social era considerado como uma subprofissão da 
Medicina, pois auxiliava os médicos no atendimento aos pacientes. Resumia-se 
em fazer o bem ao próximo por amor a Deus, a partir de práticas imediatistas e 
assistencialistas. 
 No Brasil, o Serviço Social foi primeiramente implantado 
em São Paulo, em 1936; depois, no Rio de Janeiro, 
em 1938.
Pobreza: problema de caráter
 O objetivo das escolas era formar a personalidade dos profissionais. 
 Prática conservadora, fundamentada na caridade cristã, por meio de uma prática 
assistencialista relacionada à questão da ajuda.
 Após o Movimento de Reconceituação, pauta-se pela teoria de Karl Marx –
perspectiva da garantia dos direitos do cidadão. 
Primeiras escolas de Serviço Social
A exploração da força de trabalho ganhou maior dimensão a partir da ____________, 
que abriu caminho para que o processo de ___________ se tornasse permanente, 
demandando uma intensiva mão de obra até a contemporaneidade.
a) Revolução Industrial/ comercialização
b) Mercantilização/ comercialização
c) Mercantilização/ cooperativismo
d) Revolução Industrial/ cooperativismo
e) Revolução Industrial/ industrialização
Interatividade
 Deve desenvolver, na sociedade, funções intelectuais ou ideológicas, em 
organizações públicas ou privadas, por meio da prestação de serviços sociais para 
a classe trabalhadora. “Seu objetivo é transformar a maneira de ver, de agir, de se 
comportar e de sentir dos indivíduos em sua inserção na sociedade.” 
(IAMAMOTO, 1992, p. 40).
 Desenvolver consciência crítica para sair da alienação.
 Em prol da classe trabalhadora.
 Projeto ético-político: opção pela classe trabalhadora.
Serviço Social Contemporâneo
 Ao final da década de 1970, o Brasil iniciou uma nova fase econômica que, 
consequentemente, influenciou diretamente a vida social contemporânea.
 Nos países mais desenvolvidos ocorre a transição do modelo keynesiano 
para o neoliberal. 
 O keynesianismo surgiu após a Segunda Guerra Mundial e propunha alternativas 
ao papel do Estado, entre as quais, a intervenção desse órgão junto aos 
problemas sociais.
O Neoliberalismo e a Precarização nas Relações de Trabalho
 O Estado realizava intervenções nos problemas sociais junto às expressões 
da Questão Social, por meio da constituição dos serviços públicos, 
das políticas sociais. 
 Colaborava ainda para criar mecanismos a fim de incentivar o consumo, 
por exemplo, estimulando o pleno emprego.
 No entanto, essa forma de governança começou a entrar em declínio, 
visto que argumentava de forma contrária aos gastos sociais empreendidos 
com tal “objetivo”.
Keynesianismo
 Retrocesso no campo social para os diversos segmentos minoritários 
da sociedade, pois fortalece a exploração e a acumulação capitalista, bem como 
acirra as expressões da Questão Social, com uma expansão constante da 
desigualdade e do desemprego estrutural. 
 Reforça a competitividade entre as pessoas e as empresas, na busca de maior 
espaço para seus produtos no mercado, com o menor custo possível, o que expõe 
os trabalhadores a condições de maior exploração de sua mão de obra, a uma 
maior produção de mais-valia e à precarização das relações de trabalho.
Neoliberalismo
É uma política econômica que envolve vários aspectos, como: 
 privatizações de empresas estatais, 
 desresponsabilização da área social, 
 redução de gastos e cortes nas políticas públicas, 
 flexibilização das relações trabalhistas, ocasionando a precarização do trabalho, 
denominada de reestruturação produtiva. 
Neoliberalismo
 Tem seu fundamento nas contradições de classes e na exploração das minorias. 
No contexto histórico brasileiro, podemos constatar o crescimento da Questão 
Social, que se traduz em problemas sociais desde o período da escravização 
do indígena, passando por escravização do negro, discriminação da mulher, 
exploração da criança e do adolescente, até o trabalho escravo, que ainda permeia 
as comunidades rurais, a discriminação das pessoas idosas e os processos 
de exclusão. 
O significado contemporâneo da Questão Social no Brasil
 É resultado da contradição existente entre o trabalho e o capital 
na produção capitalista. 
 A exploração da mão de obra. 
 Falta de condições para a manutenção da sobrevivência da classe trabalhadora.
 Processo de desigualdade existente na contradição dessas duas expressões da 
sociedade contemporânea. 
 Novos modelos produtivos. 
 Novas tecnologias e, aos poucos, papel do Estado cada vez mais secundário na 
garantia dos direitos trabalhistas. 
Questão Social = Relação capital xtrabalho
 Os assistentes sociais atuarão diretamente nas diversas expressões da Questão 
Social e, por isso, precisam aprofundar seu conhecimento acerca de como elas se 
originam e se apresentam. 
 A nova Questão Social iniciou-se quando, já nos anos 1970, no Brasil, o capital 
passou por um novo estado de metamorfose, reorganizando suas formas 
e forças produtivas.
 Aumenta a precarização do trabalho com o avanço do 
neoliberalismo e da globalização.
O Serviço Social e a Questão Social
 As políticas sociais são formas organizadas de enfrentamento da Questão Social.
 Devem ser planejadas as ações, respeitando as variáveis regionais, os recursos 
disponíveis e os parceiros institucionais como aspectos que podem conduzir
o processo a um maior ou menor grau de eficiência.
 Ação e controle sobre as necessidades sociais básicas das pessoas, 
não satisfeitas pelo modo capitalista de produção.
 É uma política de mediação entre as necessidades de 
valorização e acumulação do capital e as necessidades de 
manutenção da força de trabalho disponível para ele.
Políticas Sociais
Na contradição entre a lógica do capital e a lógica do trabalho, ________________ 
representa não só as desigualdades, mas também o processo de resistência e luta 
dos trabalhadores. Por isso, é uma categoria que reflete a luta dos trabalhadores, da 
população excluída e subalternizada na luta pelos seus direitos econômicos, sociais, 
políticos e culturais. 
a) globalização
b) desigualdade
c) proletário
d) assistente social
e) questão social
Interatividade
 É na tensão entre produção da desigualdade, da rebeldia e do conformismo que 
trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses 
sociais distintos, dos quais não é possível abstrair – ou deles fugir –, pois tecem a 
trama da vida em sociedade. 
Reflexão
 Para os assistentes sociais fica cada vez mais difícil trabalhar na dinâmica 
excludente do neoliberalismo. Aumentam as expressões da questão social e 
diminui a ação do Estado frente às políticas públicas. A questão social é o 
substrato do trabalho do assistente social, e as políticas públicas são recursos do 
Estado para suprir as necessidades sociais básicas para a sobrevivência, assim 
como o desenvolvimento intelectual para a efetivação da diminuição das 
desigualdades sociais.
Reflexão
 Participação dos três níveis do governo (União, Estados e Municípios) na atenção 
às políticas sociais. 
 Movimentos sociais – Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e de Organizações 
não Governamentais (ONGs). 
 Participação de empresas que atuam no atendimento às demandas sociais.
 Segundo e terceiro setores, que servem como 
complemento da ação estatal e nunca como 
substitutos dos serviços públicos.
Rede de atendimento das expressões da Questão Social no Brasil
 Atuam por meio dos programas sociais.
 Fragilidade diante da limitação de recursos (por fatores diversos, como o alto custo 
político das estruturas governamentais e as metas de redução de gastos públicos 
definidas pelos credores internacionais).
 Programas acabam se tornando, mais uma vez, compensatórios e não 
universalistas.
 SUS (Sistema Único de Saúde).
 SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
 Habitação.
 Educação.
Políticas públicas
 A expressão exclusão social é recente. 
 França, por volta de 1992, compreendida como a própria Questão Social.
 A exclusão social não é arbitrária nem acidental. 
 Emana de uma ordem de razões proclamadas e sua legitimidade é dada 
pela sociedade.
 Relacionada a aspectos econômicos (desemprego etc.), sociais (pobreza, 
perda de status etc.), psicológicos (autoestima etc.), físicos (doenças) e 
culturais (valores).
 Um dos fatores que contribui para a exclusão nas relações 
sociais e a alimenta é o preconceito. 
Exclusão social
 Trata-se de incluir socialmente aqueles que estão privados de qualquer tipo de 
convivência social (SAWAIA, 2006, p. 108). 
 Foucault descreve a inclusão social como um “processo de controle social e 
manutenção da ordem na desigualdade social”, desde que partamos do raciocínio 
dos indivíduos que são excluídos da sociedade capitalista. A partir disso, por meio 
de projetos de inclusão, a sociedade procura incluir as vítimas da exclusão social.
Inclusão social
 A prática profissional do assistente social é considerada trabalho.
 É um trabalhador assalariado. 
 “Também sofre todas as injunções decorrentes da divisão social do trabalho, 
da reestruturação produtiva e das reformas por que vem passando o Estado” 
(ABESS/CEDEPESS, 1996, p. 163-4).
Serviço Social e trabalho
 O assistente social detém as condições intelectuais, de conhecimento formativo, 
mas depende, na organização do seu trabalho, do Estado, da empresa, das 
entidades não governamentais que viabilizam aos usuários o acesso 
aos seus serviços. 
 Fornece os meios e os recursos necessários para a realização da atividade em si, 
estabelece prioridades, rotinas a serem cumpridas; interfere na definição de papéis 
e atribuições que compõem o cotidiano do trabalho institucional.
 Entendemos a profissão como dependente das instituições 
para disponibilizar os recursos necessários à realização de 
projetos, programas e atividades desenvolvidos por esse 
profissional. Dessa forma, o assistente social tem seu 
trabalho ligado às entidades empregadoras de seus 
serviços, onde realiza sua intervenção.
O Serviço Social
 O assistente social é um profissional de formação genérica crítica, visto que se 
apropria de matrizes teórico-explicativas de outras áreas do saber, buscando 
uma visão de homem e de mundo na perspectiva da totalidade.
 Precisamos compreender as técnicas associadas a um referencial 
teórico-metodológico. 
A formação profissional do assistente social
 A matéria-prima do trabalho do assistente social (ou da equipe interprofissional 
em que se insere) encontra-se no âmbito da questão social em suas múltiplas 
manifestações – saúde da mulher, relações de gênero, pobreza, habitação 
popular, urbanização de favelas etc. 
 Necessário conhecer profundamente a realidade sobre a qual irá atuar. 
Com o que trabalha o Serviço Social?
Processo de trabalho/dialética
Matéria-prima do 
Serviço Social
Questão Social
Meios e instrumentais
Bagagem 
teórica e 
instrumental
Trabalho
Ação que possui 
uma finalidade
Intervenção
Trabalhador
Demanda excluída 
 A dimensão ético-política é o compromisso que a profissão tem com a classe 
trabalhadora e com a transformação social.
 A dimensão teórico-metodológica remete ao embasamento do referencial teórico. 
Ter conhecimento da teoria que orienta a prática, ou seja, vai direcionar 
a sua intervenção no sentido de como fazer.
 A dimensão técnico-operativa é domínio dos instrumentos 
disponíveis para o exercício profissional e não só os 
instrumentais técnicos, mas também dominar os aportes 
legais e normativos que subsidiam a profissão. 
Projeto ético-político teórico-metodológico
 Entende-se como Serviço Social tradicional “a prática empirista, reiterativa, 
paliativa e burocratizada” dos profissionais que tinham como base uma ética 
liberal-burguesa e cuja teleologia consistia em uma atuação psicossocial como 
ferramenta para o que consistia uma “correção” – partindo de um ponto de vista 
funcionalista – sobre o que estava indesejado e inadequado sobre a concepção 
ideal e mecanicista da dinâmica social do ponto de vista do ordenamento da 
sociabilidade do capital.
 Reconceitualização da década de 1970 e o novo olhar da 
profissão frente às questões sociais.
Serviço Social tradicional e conservador
 Para Iamamoto (2004), oprofissional precisa manter-se informado e atualizado 
de forma crítica. Ele precisa, ainda, compreender com total clareza o instrumental 
técnico-operativo que, como vimos, não comporta apenas a dimensão técnica, ou 
seja, não significa que precisamos conhecer apenas o “arsenal de técnicas”, mas 
sim dominar também os aspectos teórico-metodológicos que devem orientar 
nossa ação.
 Para que possamos intervir nessas expressões, é fundamental que 
conheçamos a Questão Social, que sejamos engajados na pesquisa 
e na atualização permanentes.
Profissional crítico
 Setor público e privado.
 Instituições e Organizações não Governamentais.
 Junto aos Conselhos de Direitos.
 Abrigos.
 CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).
 Hospitais.
 Educação.
 Habitação.
 Consultoria.
 Assessoria.
Campos de atuação 
O assistente social da atualidade deve desenvolver funções _______ para a classe 
trabalhadora. Esse profissional atua na administração de recursos institucionais. Sua 
função intelectual resulta na distribuição e no controle desses recursos junto à 
população que se encontra em situação de______________, intervindo em suas 
necessidades básicas de sobrevivência.
a) intelectuais ou ideológicas/ caridade
b) administrativas/ vulnerabilidade socioeconômica e cultural
c) intelectuais ou ideológicas/ vulnerabilidade educacional
d) intelectuais ou ideológicas/ vulnerabilidade 
socioeconômica e cultural
e) administrativas/ vulnerabilidade educacional
Interatividade
ATÉ A PRÓXIMA!

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