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Profa. Dra. Priscila L. Mello CITOLOGIA E HISTOLOGIA GERAL E ORAL E a universidade, como vai? 2º Semestre - Matutino: Horário – 7h40 às 11h55 - Noturno: Horário – 18:25h às 22:40h Carga Horária: 100h/a Limite de Faltas: 25 EMENTA Métodos e técnicas para o estudo das células e dos tecidos. Estrutura e ultra-estrutura, composição e fisiologia dos componentes celulares. Estudo histológico e histofisiológico dos tecidos epitelial, conjuntivo, cartilaginoso, ósseo e neural. Odontogênese. Histologia do dente e do periodonto. CADA AULA: 5 FALTAS priscila.mello@prof.ung.br ❖ Aulas Teóricas expositivas com utilização de recursos de multimídia e lousa ❖ Aulas Práticas de Microscopia – Laboratório de Biociências ❖ Exercícios ❖ Relatórios das aulas práticas OBRIGATÓRIO USO DO AVENTAL BRANCO Critérios de Avaliação 1ª Avaliação Semestral – AV1 (04/10/17) ➢Avaliação Teórica Individual (= 7,0) ➢Exercício de Fixação do Conteúdo em Dupla (= 1,0) ➢Confecção de Relatórios Individuais das Aulas Práticas (=2,0) 2ª Avaliação Semestral – AV2 (29/11/1) ➢Avaliação Teórica Individual (= 8,0) – Todo conteúdo programático ➢Confecção de Relatórios Individuais das Aulas Práticas (=2,0) ❖ Avaliação de 2ª Chamada (06/12/17) – Todo conteúdo programático ❖ Avaliação Final do Semestre (13/12/17) (=10,0) – Todo conteúdo programático Bibliografia 1 -Katchburian, E.e Arana, V. Histologia e Embriologia Oral. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2012 2- Junqueira LCU , Carneiro J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro G. Koogan 2005 3- Junqueira LCU, Carneiro J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2013. HISTOLOGIA O que é uma célula? “... A célula é a unidade básica, estrutural e funcional de todos os seres vivos...” A área da Biologia que estuda a célula, no que diz respeito à sua estrutura e funcionamento. Citologia As células possuem formas muito variadas. Esta variedade de formas está relacionada com a função que as células desempenham nos organismos a que pertencem e ao contacto que existe entre elas. Células de organismos pluricelulares Células ósseas Células vegetais Células musculares Células nervosas Apesar de a maioria das células só ser visível ao microscópio, as células apresentam também dimensões muito variáveis. célula tecido Órgão Sistema Organismos Organização Celular Tecido epitelial; Tecido muscular; Tecido conjuntivo; Tecido nervoso Sistema digestório; Sistema respiratório; Sistema muscular; Sistema linfático; Etc. Existem certos níveis de hierarquia para o estudo dos seres vivos. Assim, iniciando pelo nível mais simples até chegar ao nível mais complexo, temos: Níveis de organização biológica O QUE É HISTOLOGIA? •A histologia é o estudo da estrutura do material biológico e das maneiras como os componentes individuais se relacionam estrutural e funcionalmente HISTOLOGIA • As células são unidades funcionais básicas • Os tecidos são arranjos celulares funcionais •Os organismos complexos possuem 4 tipos fundamentais de tecido: – Tecido Epitelial – Tecido Conjuntivo – Tecido Muscular – Tecido Nervoso •Os tecidos formam órgãos e sistemas HISTOLOGIA HISTOLOGIA Isto é um mamute O estudo da histologia se iniciou com microscópios simples.... Capilar ... e avançou com o desenvolvimento de microscópios mais complexos. HISTOLOGIA Microscópios Eletrônicos Microscópio Eletrônico de Transmissão permite visualizar detalhes das estruturas no interior da célula Capilar Microscópio Eletrônico de Varredura permite visualizar detalhes da superfície celular Vaso Sanguíneo Microscópios eletrônicos têm maior poder de resolução Preparação do Material ➢ Preparação a fresco ➢ Método muito simples: observação ao microscópio de células, pequenos organismos vivos ou fragmentos de tecidos vivos, num meio líquido o mais próximo possível do meio natural desses organismos. A finalidade desse método é permitir a observação de estruturas “in vivo”, de modo a poder observar manifestações funcionais. ➢ Preparação Permanente ➢ São feitos para durarem muitos anos, dependendo de como foram tratados os objetos (fatias, células etc.) da lâmina. (Rattus norvergicus) Etapas na preparação de lâminas histológicas permanentes contendo tecidos ou órgãos 1ª etapa- COLETA do material ou amostra ➢ Biópsia: Coleta realizada por meio de cirurgia, quando o animal está vivo. ➢ Necrópsia: Coleta realizada após a morte do animal. ➢Vivissecção: é o ato de dissecar um animal vivo com o propósito de realizar estudos Consiste em remover amostras de tecido de um determinado organismo. RATO EM DECÚBITO DORSAL (FÊMEA) VISÃO GERAL DOS ÓRGÃOS INTERNOS a fresco INCISÃO INICIAL http://faculty.orangecoastcollege.edu/mperkins/zoo- review/rat-abdomen/index1.html http://mcb.berkeley.edu/courses/bio1a/Lab/ http://mcb.berkeley.edu/courses/bio1a/Lab/ Vivissecção 2ª etapa – FIXAÇÃO da amostra Deve ser realizada o mais rápido possível, após a retirada da amostra Evitar a autólise Impedir a atividade e proliferação de bactérias Endurecer as células para que elas resistam melhor as etapas seguintes da técnica FÍSICA – calor ou frio (congelamento) QUÍMICA (Formol, glutaraldeído): é obtida quando se utilizam substâncias químicas capazes de formar reações com os sítios das biomoléculas, estabilizando-as e impedindo a alteração tecidual, tanto química quanto física. 2ª etapa – FIXAÇÃO da amostra A desidratação consiste na remoção da água dos tecidos, pois as substâncias previamente utilizadas para inclusão em parafina não se combinam homogeneamente com a água. 3ª etapa – DESIDRATAÇÃO da amostra 4ª etapa – DIAFANIZAÇÃO OU CLAREAMENTO da amostra A clarificação visa remover completamente o álcool do interior dos tecidos, preparando-os para as etapas subsequentes. A remoção do álcool é de extrema importância, pois a parafina não se mistura homogeneamente com o álcool. Para remover o álcool e preparar o tecido para a penetração da parafina utiliza-se, nessa etapa, o xilol. Conforme o xilol penetra o tecido, em substituição ao álcool, o material se torna mais claro, transparente. Por essa razão, essa etapa é denominada clarificação. O material em recipientes contendo parafina líquida a 60ºC é colocado em estufa na mesma temperatura, num total de 3 banhos de parafina, cada um com duração de 30 minutos cada. Em seguida, faz-se a inclusão propriamente dita, derramando-se numa forma plástica a parafina com o material. Peças dentro de fracos de vidro contendo parafina líquida e mantidas na estufa a 60º C. Peça em molde de papel sendo incluída em parafina líquida. 5ª etapa – IMPREGNAÇÃO E INCLUSÃO da amostra 6ª etapa – MICROTOMIA da amostra Para permitir a análise dos tecidos ao microscópio de luz, eles devem ser seccionados em fatias bem finas e uniformes. Os cortes são distendidos em água aquecida a 56º C em aparelho aquecedor com termostato para evitar micro dobras no material. Cortes do material pronto para serem distendidos em água aquecida. Cortes sobre a água aquecida em "Banho Maria" 7ª etapa – BANHO MARIA da amostra Consiste em mergulhar a lâmina na água e coletar o material esticado sobre a lâmina. Em seguida a lâmina é colocada sobre uma platina aquecedora para que seja feita a secagem, a fusão da parafina impregnada no tecido e evitar o aparecimento de micro dobras. Corte sendo pescado sobre a lâmina de vidro. Lâminas de vidro com os cortes já distendidos sobre a platina aquecedora.8ª etapa – PESCAGEM da amostra A maioria dos tecidos é incolor, o que torna difícil sua observação ao microscópio óptico. Devido a isso foram introduzidos métodos para a coloração dos tecidos, de modo a tornar seus componentes visíveis e destacados uns dos outros. 9ª etapa – COLORAÇÃO da amostra Corantes são compostos orgânicos aromáticos e coram seletivamente os componentes teciduais, como as células e a matriz extracelular. De acordo com a carga iônica, os corantes podem ser: Ácidos ou básicos . Corantes ácidos: possuem auxocromo aniônico (carga elétrica negativa (-), com afinidade por componentes básicos do tecido (catiônico (+). As estruturas coradas pelos corantes ácidos são chamadas acidófilas, como, por exemplo, o citoplasma e matriz extracelular. Um exemplo de corante ácido é a eosina. . Corantes básicos: possuem auxocromo catiônico (+) com afinidade por componentes ácidos dos tecidos (aniônico (-). As estruturas coradas pelos corantes básicos são chamadas basófilas, como o núcleo. A hematoxilina é um exemplo clássico de corante básico. 9ª etapa – COLORAÇÃO da amostra Hematoxilina: cora os núcleos (corante básico) Eosina: cora citoplasma e matriz celular (corante ácido) Coloca-se uma gota de resina sintética (Entelan®) sobre o corte ou sobre uma lamínula. Esta é então, colocada e comprimida sobre o corte, de modo a espalhar-se a resina em fina camada entre a lâmina e lamínula. Lâmina e lamínula ( menor) limpas. Demonstração da adição da resina sintética sobre a lâmina para a montagem. 10ª etapa – MONTAGEM da amostra Tem a finalidade de secar a resina fixando a lâmina sobre a lamínula. Esta etapa pode ser feita em estufa a 37º C ou deixada em temperatura ambiente. 11ª etapa – SELAGEM da amostra Unidades de medida utilizadas na Microscopia Microscopia de Luz 1 μm (micrômetro) = 0,001 mm Microscopia eletrônica 1nm (nanômetro) = 0,001 μm A microscopia eletrônica é usada para análise de detalhes da estrutura celular Dois tipos de microscopia eletrônica – transmissão e varredura – são amplamente utilizados para estudar células. A microscopia eletrônica de transmissão é similar à observação de células coradas . As amostras são fixadas e coradas com sais de metais pesados, que fornecem contraste pelos elétrons dispersados Microscópio eletrônico O microscópio eletrônico possibilitou a observação direta de aspectos ultraestruturais dos espécimes Através de um feixe de elétrons, emitido por um filamento de tungstênio, um campo eletromagnético concentra-o sobre o espécime, que por sua vez será analisado dentro de uma câmara de vácuo, para que os elétrons não sofram desvios ocasionados pelo contato com as moléculas existentes no ar. Microscopia Eletrônica de Transmissão • O Microscópio Eletrônico de Transmissão permite o estudo da morfologia e ultraestrutura celular, como organelas, bactérias e vírus. Forma-se uma imagem bidimensional do interior celular sobre uma tela, pela passagem do feixe de elétrons através de cortes ultrafinos da amostra. A imagem é formada diretamente a partir da impressão do feixe de elétrons na tela de observação, após a passagem pela amostra. Microscopia Eletrônica de Varredura Formam-se imagens tridimensionais da topografia superficial de amostras macroscópicas (organismos inteiros, partes de vegetais e animais, órgãos isolados, células em cultura), até o estudo de macromoléculas orgânicas, bactérias ou frações celulares. A microscopia eletrônica de varredura, é usado para dar uma imagem tridimensional das células O uso é geralmente restrito ao estudo de células inteiras em vez de organelas subcelulares e macromoléculas Microscopia Eletrônica de Varredura Imagem da bactéria E. coli Piolho agarrado a um fio de cabelo Ciências, 8º Série Características gerais da célula e suas estruturasMicroscopia Eletrônica de Varredura
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