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Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 1 ENGENHARIA MECÂNICA MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO Tomo XI Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 2 Questão 1 Questão 1.1 Na figura a seguir, está representado um sistema de veículo ferroviário em que a potência de saída do motor é de 50kW e a rotação constante é de 1000rpm; o raio da engrenagem menor é de 60mm e da maior, 100mm. Considere que todo o torque será absorvido por um equipamento, simbolizado pelo volante na extremidade esquerda. Considere, ainda, que a engrenagem maior esteja localizada no centro de um eixo com distâncias iguais de 200mm até os mancais. Desconsidere as perdas no sistema. Com base nas informações apresentadas, determine: a) a velocidade angular do eixo em que está localizada a roda, dada em rad/s; b) a força aplicada nas engrenagens, dada em N, e os momentos fletor e torçor máximos no eixo em que está localizada a roda, dado em Nm. Observação: quando for o caso, deixe as respostas em função de . Questão 2 Questão 2.2 A figura a seguir representa um trem de engrenagens, em que cada uma delas está identificada por um número de 1 a 6. 1 2 3 5 4 6 1Questão Discursiva 3 – Enade 2017. 2Questão 28 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 3 Considerando que a engrenagem 1 seja a motora do trem e seus números de dentes sejam, respectivamente, z1=21, z2=63, z3=21, z4=84, z5=21, z6=63, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Desprezando-se as perdas, o torque na engrenagem 6 é 36 vezes maior que o torque na engrenagem 1. PORQUE II. Em um trem de engrenagens, o torque e a velocidade angular aumentam proporcionalmente à relação de transmissão. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é uma justificativa da I. C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II uma proposição falsa. D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II uma proposição verdadeira. E. As asserções I e II são proposições falsas. 1. Introdução teórica Transmissão por engrenagens Segundo Juvinall (2016), a transmissão de movimento entre duas engrenagens cilíndricas de dentes retos pode ser estudada por meio da transmissão entre duas circunferências, chamadas de circunferências primitivas, que representam dois cilindros pressionados, um contra o outro. Se não existe deslizamento entre os cilindros, a rotação de um causará a rotação do outro com a mesma velocidade periférica (BUDYNAS e NISSBETT, 2016). Considere a transmissão da figura 1, na qual dp é o diâmetro da circunferência primitiva da engrenagem motora e dc é o diâmetro da circunferência primitiva da engrenagem movida. Para essa situação, p é a velocidade angular da engrenagem motora e c é a velocidade angular da engrenagem movida. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 4 Figura 1. Transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes retos (JUVINALL, 2016 – com adaptações). Para um ponto em rotação, a velocidade tangencial (v) é igual ao produto entre a velocidade angular () e o raio de rotação (r). As velocidades (v) dos pontos pertencentes às circunferências primitivas das duas engrenagens da figura 1 são as mesmas, e seu valor pode ser determinado por: p c p c d d v 2 2 Dessa forma, pode-se obter uma relação entre as velocidades angulares e os diâmetros das engrenagens, conhecida como relação de transmissão e indicada por (i): p c c p d i d Conhecendo-se a frequência de rotação (n), a velocidade angular () pode ser determinada por: n 2 Assim, indicando a rotação da engrenagem motora por (np) e a rotação da engrenagem movida por (nc), a relação entre as velocidades angulares pode ser escrita como: p p p c c c n n i n n 2 2 Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 5 Com essa última expressão, é possível observar que, em uma transmissão por engrenagens, a relação existente para as velocidades angulares é a mesma para as frequências de rotação. Isto é: p p c c c p n d i n d Pela expressão anterior, é possível observar que relações de transmissão maiores do que 1 indicam redução de velocidade, isto é, a velocidade angular na engrenagem motora é maior do que a velocidade angular na engrenagem movida. Essa redução de velocidade é acompanhada pelo aumento no diâmetro, isto é, o diâmetro da engrenagem movida é maior do que o da motora. Com relação ao torque (T) que atua em cada engrenagem, sabendo que a potência disponível é P, temos: P T Considerando que não existam perdas na transmissão, o torque nas engrenagens pode ser escrito: p p P T c c P T Lembrando que p p P T e c c P T , a relação de transmissão pode ser escrita por: p p c c P T i P T c p T i T Isso significa que, nas relações de transmissão maiores do que 1, existe aumento do torque na mesma proporção da redução da velocidade. O sistema mais utilizado para a fabricação de engrenagens é o sistema módulo. Nele, as engrenagens de uma transmissão têm o mesmo módulo, que fornece as mesmas larguras Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 6 de dentes. Quando esse sistema é utilizado, o diâmetro de uma engrenagem pode ser obtido por (JUVINALL, 2016): Na expressão, m é o módulo e z é o número de dentes da engrenagem. Assim, considerando que dc=m em uma transmissão, a relação entre os diâmetros é igual à relação entre os números de dentes, podendo ser escritas as seguintes igualdades: p p c c c c p p n d z i n d z A relação entre as velocidades angulares e, por consequência, a relação entre as frequências de rotação, são inversas à relação entre os diâmetros e à relação entre os números de dentes. O conjunto de vários pares de engrenagens usados na transmissão simultânea de movimento entre eixos é conhecido como trens de engrenagens. De acordo com a disposição das engrenagens, os trens são classificados em: simples, compostos ou planetários. Os trens simples são aqueles em que as engrenagens estão dispostas de forma que a movida da primeira transmissão é a motora da segunda e assim sucessivamente. A figura 2 é um exemplo de um trem simples. Figura 2. Trem de engrenagens simples. BRAIN, 2016 (com adaptações). Indicando por i1,2 a relação de transmissão entre as engrenagens 1 e 2 e por i2,3 a relação entre as engrenagens 2 e 3, é possível escrever: Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 7 , n d i n d 1 21 2 2 1 e , n d i n d 2 32 3 3 2 , n n i 12 1 2 e , n n i 23 2 3 Como , n n i 12 1 2 , a rotação n3 fica: , , , , , , n i n n n i i i i i n 1 1 2 1 1 3 1 2 2 3 2 3 1 2 2 3 3 Pelaexpressão anterior, é possível observar que a relação entre a rotação da primeira engrenagem do trem e a última (itotal) é igual ao produto das relações de transmissão existente entre elas. Ou seja: , , total n i i i n 1 1 2 2 3 3 Quando as relações de transmissão são especificadas pela relação entre os diâmetros das engrenagens, pode-se escrever: total , , total total d d d i i i i i d d d 2 3 31 2 2 3 1 2 1 Ou seja, a relação de transmissão de um trem de engrenagens simples é igual ao resultado do quociente do diâmetro da última engrenagem pelo diâmetro da primeira. Nos trens compostos, cada transmissão tem seu próprio par de engrenagens, como mostra a figura 3. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 8 Figura 3. Trem de engrenagens composto. SCHWEBEL, 2016 (com adaptações). Indicando por i1,2 a relação de transmissão entre as engrenagens 1 e 2 e por i3,4 a relação entre as engrenagens 3 e 4, é possível escrever: , n d i n d 1 21 2 2 1 e , n d i n d 3 43 4 4 3 , n n i 12 1 2 e , n n i 34 3 4 Como n n2 3 , a rotação n4 fica: , , , , , , n i n n n i i i i i n 1 1 2 1 1 4 1 2 3 4 3 4 1 2 3 4 4 Assim, da mesma forma que nos trens simples, a relação entre a rotação da primeira engrenagem do trem e a última (itotal) é igual ao produto das relações de transmissão existente entre elas, ou seja: , , total n i i i n 1 1 2 3 4 4 Quando as relações de transmissão são especificadas pela relação entre os diâmetros das engrenagens, encontramos: Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 9 total , , total d d i i i i d d 2 41 2 3 4 1 3 Com relação aos torques, desconsiderada a perda entre a primeira e a última engrenagem do trem, e sabendo que para um par de engrenagens c p T i T a relação entre os torques da primeira e da última engrenagem do trem é obtida por: total , , T T i i i T T 2 41 2 3 4 1 3 Como as engrenagens 2 e 3 estão no mesmo eixo e, portanto, sujeitas ao mesmo torque, é possível obter: total , , T i i i T 41 2 3 4 1 Ou seja, a relação entre o torque da última engrenagem e o torque da primeira é igual ao produto das relações de transmissão existentes entre elas. Deve ser observado que essa relação também é válida para os trens de engrenagens simples. 2. Padrão de resposta do Inep e análise das asserções Questão 1. a) O estudante deve apresentar o desenvolvimento a seguir. Sabendo que a frequência de rotação do eixo do motor é (n), a velocidade angular do eixo motor (), expressa em rad/s, é rad n . , s 2 2 1 000 33 3 60 60 A rotação do eixo da roda (N) é igual à rotação do eixo do motor multiplicada pela relação de transmissão das engrenagens, isto é, mm mm N n . rpm rpm mm mm 60 60 1 000 600 100 100 Assim, a velocidade angular do eixo da roda () fica Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 10 rad N s 2 2 600 20 60 60 b) O estudante deve apresentar o desenvolvimento a seguir. O torque no eixo de saída do motor pode ser calculado pela potência como motor Nm . Pot .sT Nm , s 50 000 1 500 1 33 3 A força atuante entre os dentes das engrenagens pode ser calculada pelo quociente entre o torque no eixo do motor e o raio da engrenagem menor, isto é, motor . Nm T . F N r , m 1 500 25 000 0 06 Considerando a engrenagem maior acoplada ao centro geométrico de um eixo bi apoiado, de comprimento L, o diagrama de momentos fletores indicará exatamente no centro do eixo a seção transversal mais solicitada, como mostra a figura 1, em que o momento fletor (Mmáx) é dado como segue. F L F F/2 F/2 L/2 L/2 F/2 x L/2 Reação de apoioReação de apoio Figura 1. Diagrama de momentos fletores no eixo. máx . N F L . M , m Nm 25 000 2 500 0 200 2 2 2 Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 11 O torque transmitido ao eixo da roda (T) será igual à força atuante nos dentes da engrenagem maior multiplicada pelo raio dessa engrenagem, isto é, . . T F R N , m Nm 25 000 2 500 0 100 Disponível em <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2017/ Pad_Resp_Engenharia_Mecania.pdf>. Acesso em 12 mar. 2018. Questão 2. Pela figura apresentada no enunciado, é possível observar a existência de três pares de engrenagens (1 e 2; 3 e 4; 5 e 6), constituindo um trem composto. A relação de transmissão total (itotal) é igual ao produto das relações de transmissão existente entre elas, ou seja: total , , , T i i i i T 61 2 3 4 5 6 1 Como cada relação de transmissão é o resultado do quociente do diâmetro da movida pelo diâmetro da motora, é possível escrever: d d d T d d d T 2 4 6 6 1 3 5 1 Sabendo que cada diâmetro pode ser escrito como sendo o produto entre o módulo do par e o número de dentes da engrenagem (d=m.z), obtemos: z z z T z z z T 2 4 6 6 1 3 5 1 T T T T T T 6 6 6 1 1 1 63 84 63 3 4 3 36 21 21 21 Com base nisso, podemos analisar as asserções apresentadas na questão. I – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. A solução da questão mostra que a relação entre o torque da engrenagem 6 é 36 vezes o torque da engrenagem 1. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 12 II – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. Em um trem de engrenagens, o torque aumenta na mesma proporção em que a velocidade angular diminui, ou seja: n z z z T n z z z T 1 2 4 6 6 6 1 3 5 1 n T n T 1 6 6 1 Alternativa correta: E. 3. Indicações bibliográficas BRAIN, M. How gear ratios work. Disponível em <https://auto.howstuffworks.com/ gears4.htm>. Acesso em 20 mar. 2018. BUDYNAS, R. G.; NISSBETT, J. K. Elementos de máquinas de Shigley. Porto Alegre: AMGH, 2016. CUNHA, L. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2005. JUVINALL, R. C.; MARSHEK, K. M. Fundamentos do projeto de componentes de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2016. SCHWEBEL, W. Jogo de rodas dentadas para transmissão de movimentos e força. Disponível em <https://www.buzzero.com/tecnologia-e-ciencias-aplicadas-414/ mecanica-hidraulica-e-pneumatica-423/curso-online-engrenagem-com-certificado- 39600>. Acesso em 20 mar. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 13 Questão 3 Questão 3.3 O gráfico a seguir representa curvas do sistema de bombeamento, em que H é a altura manométrica total, dada em m de coluna d’agua, e Q é a vazão volumétrica, dada em L/s. Para atender a essa instalação, pode-se utilizar só uma bomba ou duas iguais, associadas em paralelo ou em série. Com base nas informações apresentadas no texto e na análise do gráfico, verifica-se que a curva A. “A” representa uma associação em paralelo, e o ponto de operação indica vazão de 145L/s e altura manométrica de 70m, aproximadamente. B. “B” representa uma associação em série, e o ponto de operaçãoindica vazão de 111L/s e altura manométrica de 56m, aproximadamente. C. “B” representa uma associação em paralelo, e o ponto de operação indica vazão de 111L/s e altura manométrica de 56m, aproximadamente. D. da bomba, sem estar associada, fornece ao sistema vazão de 160L/s para altura manométrica de 58m. aproximadamente. E. “A” representa uma associação em série, e o ponto de operação indica vazão de 92L/s e altura manométrica de 50m, aproximadamente. 3Questão 22 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 14 1. Introdução teórica Associação de máquinas de fluxo em série e paralelo Nas instalações com máquinas de fluxo (bombas ou compressores), dependendo da necessidade física ou da versatilidade desejada nas instalações, pode-se optar por conjuntos em série ou em paralelo. Quando o problema está relacionado à altura manométrica, a solução é o emprego de máquinas em série. Quando a dificuldade é a vazão necessária, a associação deve ser em paralelo. Basicamente, as máquinas em série somam alturas monométricas, e as máquinas em paralelo somam vazões (BRUSTOLINI, 2015). A figura 1 mostra uma associação em paralelo entre duas bombas que alimentam um tanque. Figura 1. Associação entre duas bombas em paralelo. IESB, 2018 (com adaptações). Caso as duas bombas sejam iguais, trabalhando na mesma rotação, a altura manométrica e a vazão são as mesmas. Assim, em uma instalação em paralelo, a altura manométrica total é igual à altura manométrica de uma das bombas, e a vazão total é igual à soma das vazões das bombas. A figura 2 apresenta a curva manométrica da bomba e a curva da associação em paralelo. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 15 Q H Ponto de operação da bomba H1 Q1 Curva da bomba Q H Q Curva da bomba Ponto de funcionamento da instalação Curva da associação em paralelo Q1 Figura 2. Curva característica de uma bomba e da associação entre duas bombas em paralelo. Quando a associação é em série, como mostrado na figura 3, a entrada da segunda bomba fica na saída da primeira bomba. Figura 3. Associação entre duas bombas em série. IESB, 2018 (com adaptações). Considerando que as duas bombas sejam iguais, trabalhando na mesma rotação, com mesma altura manométrica e mesma vazão, na associação em série a altura manométrica da instalação é a soma das alturas manométricas das bombas. Considerando que a vazão das duas bombas seja a mesma, a vazão na tubulação de descarga da segunda será igual à da primeira. A figura 4 apresenta a curva manométrica da bomba e a curva da associação em série. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 16 Q H Ponto de operação da bomba H1 Q1 Curva da bomba Q H1 Q1 Curva da bomba Ponto de funcionamento da instalação H H Curva da associação em série Figura 4. Curva característica de uma bomba e da associação entre duas bombas em série. 2. Solução da questão e análise das alternativas O gráfico que acompanha a questão mostra a curva da bomba, a curva do sistema, a curva A (que é a curva da associação em série) e a curva B (que é a curva da associação em paralelo). Na figura 5, estão indicadas essas associações. Figura 5. Curva característica da bomba e da associação em série e em paralelo. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 17 O ponto de funcionamento de uma instalação hidráulica está na interseção entre a curva da instalação (sistema) e a curva da bomba (ou da associação entre bombas). Na figura 6, estão destacados os pontos de funcionamento da instalação para a bomba e para as suas possíveis associações. Figura 6. Curva característica da bomba e da associação em série e em paralelo com o destaque para os pontos de operação. A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A curva A é curva da associação em série. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A curva B é curva da associação em paralelo. C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. A curva B é curva da associação em paralelo. Como o ponto de funcionamento está na interseção entre a curva da associação com a curva da instalação, a vazão é de aproximadamente 115L/s e a altura manométrica é de aproximadamente 56m, aproximadamente. Isso pode ser observado na figura 7. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 18 Figura 7. Ponto de operação da associação em paralelo. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A bomba sem estar associada oferece ao sistema uma vazão de aproximadamente 100 L/s, como pode ser observado na figura 8. Figura 8. Vazão da bomba. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora a curva “A” represente a associação em série, a vazão no ponto de operação é de aproximadamente 150 L/s, como pode ser visto na figura 9. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 19 Figura 9. Vazão com a associação em série. 3. Indicações bibliográficas BRUSTOLINI, E. J. L. Estudo da eficiência energética da estação elevatória de água bruta do ribeirão São Bartolomeu – Saae de Viçosa. Disponível em <https://pt.scribd.com/ document/320630941/90>. Acesso em 06 dez. 2017. IESB. Aula 8 - Tubulação de Sucção e Recalque. Disponível em <https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG258/nova/au la8.html>. Acesso em 12 mar. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 20 Questão 4 Questão 4.4 A figura a seguir representa o Círculo de Mohr para o estado plano de tensões, com tensões normais x e y , tensão de cisalhamento xy , plano principal p e tensões normais máxima e mínima, respectivamente máx e mín (tensões principais). Com base nesses dados, avalie as afirmativas. I. Para um elemento com cisalhamento puro, as tensões principais no estado plano de tensões são xy . II. Para um elemento com cisalhamento puro, a tensão de cisalhamento máxima no estado plano de tensões é xy2 . III. Para um elemento somente com tensão normal de tração x (com y e xy 0 ), as tensões principais para o estado plano de tensões são x . IV. Para um elemento somente com tensão normal de tração x (com y e xy 0 ), a tensão de cisalhamento máxima é x 2 . É correto apenas o que se afirma em A. I e III. B. I e IV. C. II e III. D. I, II e IV. E. II, III e IV. 4Questão 31 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 21 1. Introdução teórica 1.1. Estado plano de tensão Quando um ponto material está sujeito a um estado plano de tensões, como mostrado na figura 1, apenas as faces cujas normais são x e y estão sob a ação de tensões. Figura 1. Elemento em um estado plano de tensões. GERE, 2017 (com adaptações). A figura 2 mostra o mesmo elemento observado pela normal ao plano x, y. Figura 2. Vista bidimensional do elemento. GERE, 2017. Uma observação importante a ser feita é que, para o equilíbrio do elemento, as tensões de cisalhamento xy e yx devem ter a mesma intensidade e sinais contrários. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 22Tomada a direção x como referência, a tensão normal () e a tensão de cisalhamento () variam de acordo com a inclinação entre o elemento e a direção x, como mostrado na figura 3 (GERE, 2017). Deve ser observado que, para cada ângulo é , em uma das faces atua a tensão e, na face perpendicular, atua a tensão ’, que deve ter a mesma intensidade e sinal contrário a . Assim, é possível dizer que, em planos perpendiculares entre si, as tensões de cisalhamento são iguais e de sinais contrários (MORILLA, 2018). x y x x y y xy xy yx yx x y ' ' ' ' Figura 3. Elemento inclinado em relação à posição original. GERE, 2017. As tensões e podem ser determinadas pelas funções: x y xycos sen sen 2 2 2 y x xysen cos 2 2 2 Nas funções, é a tensão na direção que forma ângulo com relação à direção x, e é a tensão de cisalhamento atuante no plano cuja normal é a direção de (GERE, 2017). Por serem expressões cíclicas, elas apresentam valor de máximo e valor de mínimo. As tensões normais máxima e mínima são conhecidas como tensões principais, indicadas por 1 e 2, respectivamente, e determinadas por: x y x y xy 2 2 1 2 2 Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 23 x y x y xy 2 2 2 2 2 O ângulo que 1 faz com a direção x é determinado por: x xy arctg 1 1 A tensão de cisalhamento máxima (máx) é determinada por: x y máx xy 2 2 2 Fazendo-se um estudo das expressões que mostram a variação de e , podemos ainda concluir o que segue (MORILLA, 2018). No plano de 1 e no plano de 2, a tensão de cisalhamento é igual a zero. Dessa forma, para que uma tensão normal seja tensão principal, basta que, no plano em que ela atua, a tensão de cisalhamento seja nula. As tensões principais atuam em planos perpendiculares entre si. A tensão de cisalhamento mínima é igual a -máx e atua em um plano perpendicular ao plano de máx. O ângulo entre o plano de máx e o plano de 1 é sempre igual a 45o. Nos planos de máx e mín , a tensão normal que atua é determinada por: x y 2 A soma entre tensões normais de direções perpendiculares entre si é constante: x y 1 2 1.2. Círculo de Mohr Uma maneira gráfica de representar o estado plano de tensões é por meio do Círculo de Mohr. Nesse círculo, cada plano de tensões é representado por um ponto cujas Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 24 coordenadas são as tensões atuantes no plano. A figura 4 é a representação de um círculo de Mohr para um estado duplo de tensões (NORTON, 2013). xy y x yx Plano da face com normal na direção x Plano da face com normal na direção y máx mín Figura 4. Círculo de Mohr. NORTON, 2013 (com adaptações). O Círculo de Mohr apresenta algumas características, como as que seguem. Os planos das tensões principais são representados por pontos que se encontram no eixo , já que neles a tensão de cisalhamento é igual a zero. As tensões de cisalhamento, máxima e mínima, são representadas por pontos que são simétricos em relação ao eixo . Lembrar que nesses planos ocorre a mesma tensão normal e que as tensões de cisalhamento são iguais e de sinais opostos. Planos perpendiculares entre si são representados por pontos que estão à mesma distância do eixo , porém em lados opostos. Isto ocorre, pois, em planos perpendiculares entre si as tensões de cisalhamento são iguais e de sinais opostos. Note- se aqui que a tensão normal média dos dois planos é igual à tensão média das tensões principais Conhecidas as tensões em dois planos perpendiculares entre si, o centro do círculo de Mohr se encontra na média entre as tensões normais que atuam nestes planos, portanto, na intersecção entre a reta que une os dois pontos e o eixo . Planos perpendiculares entre si são representados por pontos que estão diametralmente opostos no círculo de Mohr. Assim, o centro do Círculo de Mohr encontra-se no eixo . A tensão principal 1 é determinada pela intersecção entre o eixo e o lado direito do círculo. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 25 A tensão principal 2 é determinada pela intersecção entre o eixo e o lado esquerdo do círculo. As tensões de cisalhamento máxima e mínima são determinadas pelas tangentes horizontais ao círculo. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O Círculo de Mohr para o cisalhamento puro fica como mostrado na figura 5. Nessa figura, é possível observar que as tensões principais têm o mesmo módulo de xy e sinais contrários. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Pelo Círculo de Mohr para o cisalhamento puro mostrado na figura 5, a tensão de cisalhamento máxima é igual a xy . 2=-xy máx=xy 1=xy mín=-xy Figura 5. Círculo de Mohr para o cisalhamento puro. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O Círculo de Mohr para um elemento somente com tensão normal de tração x é mostrado na figura 6. Nessa figura, é possível observar que as tensões principais são x e zero. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 26 2=0 máx=x/2 1=x mín=-x/2 Figura 6. Círculo de Mohr para a tração simples. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Pelo Círculo de Mohr para um elemento somente com tensão normal de tração x , mostrado na figura 6, a tensão de cisalhamento máxima é igual a x 2 . Alternativa correta: B. 3. Indicações bibliográficas GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage, 2017. MORILLA, J. C. Estado duplo de tensão. Disponível em <http://engenharia concursos.com.br/arquivos/resistencia/estado-duplo-tensao.pdf>. Acesso em 26 mar. 2018. NORTON, R. L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. Porto Alegre: Bookmann, 2013. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 27 Questão 5 Questão 5.5 Na figura a seguir, está representado um parafuso com diâmetro de 20mm, fabricado em aço carbono solicitado por carga F de 12kN. F F Com base nesses dados, conclui-se que a tensão de cisalhamento (em MPa) no parafuso corresponde a A. 15 B. 20 C. 24 D. 30 E. 40 1. Introdução teórica Relação entre tensão de cisalhamento e força cortante. Quando duas forças cortantes estão infinitesimalmente próximas, o efeito do momento existente entre elas pode ser desconsiderado. Dessa forma, as tensões provocadas nos pontos de uma seção podem ser atribuídas apenas a tais forças. A figura 1 mostra duas forças cortantes em equilíbrio e atuando em duas seções infinitesimalmente próximas. Figura 1. Forças cortantes que atuam em seções infinitesimalmente próximas. MORILLA, 2018. 5Questão 27 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 28 Desprezando o efeito do momento, o elemento de barra sofrerá deformação, fazendo com que as seções permaneçam planas e paralelas entre si. Podemos encararesse movimento como um escorregamento entre as seções (MORILLA, 2018). Para que as seções executem esse movimento, é necessário que nos pontos de cada uma atue uma tensão que provoque, em cada ponto, escorregamento em relação ao correspondente da outra. A esse tipo de tensão damos o nome de tensão de cisalhamento, representada pela letra grega tau (). Essa situação é chamada de cisalhamento puro. Podemos dizer que as seções, além de executarem movimento relativo, não sofrem alteração na forma e no tamanho. Com essa consideração, a tensão de cisalhamento provocada pela força cortante nada mais é do que a distribuição da força pelos pontos da área. Ou seja: A V Na expressão, V é a força cortante que atua na seção e A é a área da seção. 2. Resolução da questão e análise das alternativas A força F, que, em relação às seções transversais do parafuso, é uma força cortante, irá cisalhar seis seções. A figura 2 mostra essas seções. F F 1 2 3 4 5 6 Figura 2. Seções que serão cisalhadas pela força F. Assim, a força que irá cisalhar cada seção ( V ) é igual a F 6 . Sabendo que a tensão de cisalhamento nos pontos das seções ( ) é o quociente da força cortante ( V ) pela área da seção ( A ) e que a área da seção é a área de um círculo com 20mm de diâmetro, encontramos: Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 29 F kN V kN N dA mm mmmm 2 2 2 2 12 2 20006 6 100 10020 4 4 N MPa mm 2 20 20 A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que esse resultado fosse verdadeiro, uma possibilidade seria a consideração de cisalhamento em oito seções. B – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Veja a solução. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que esse resultado fosse verdadeiro, uma possibilidade seria a consideração de cisalhamento em cinco seções. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que esse resultado fosse verdadeiro, uma possibilidade seria a consideração de cisalhamento em quatro seções. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que esse resultado fosse verdadeiro, uma possibilidade seria a consideração de cisalhamento em três seções. 3. Indicações bibliográficas MORILLA, J. C. Cisalhamento. Disponível em <http://cursos.unisanta.br/mecanica/ ciclo4/cisalhamento.pdf>. Acesso em 26 mar. 2018. NORTON, R. L. Projeto de máquinas – uma abordagem integrada. Porto Alegre: Bookmann, 2013. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 30 Questão 6 Questão 6.6 Analise o diagrama a seguir. 12,5 kN 5 kN/m 5 kN/m 5 m 4 m 2 m A B C D + + - A B C D 22,5 -2,5 10 -15 Considerando o diagrama de esforço cortante da viga apresentado, é possível afirmar que o diagrama de momento fletor A. é igual a zero nos pontos A, C e D. B. é uma função descontínua no trecho BC. C. possui valor máximo no ponto B sob a carga de 12,5 kN. D. possui a mesma direção e o mesmo sentido nos trechos AB e CD. E. possui, no ponto C, valor igual à soma das áreas do trecho AB e BC, correspondente a -10 kNm. 1. Introdução teórica. Relação entre tensão de cisalhamento e força cortante Ao se estudar como variam os esforços solicitantes ao longo de uma barra, verifica-se que existe uma relação entre força cortante e momento fletor (GERE e GOODNO, 2017). Para que seja possível relacionar essas funções de variação, será estudado um trecho de barra em equilíbrio, como mostrado na figura 1. 6Questão 30 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 31 Figura 1. Esforços externos em uma barra prismática em equilíbrio. MORILLA, 2018. Quando se retira dessa barra um trecho reto, limitado por duas seções transversais infinitamente próximas, ele também fica em equilíbrio. Esse equilíbrio ocorre pela ação dos esforços solicitantes que atuam nas seções limítrofes do trecho. Com isso, os esforços que atuam neste trecho são os representados na figura 2. Figura 2. Trecho em equilíbrio. MORILLA, 2018. Note que não existem esforços horizontais no trecho em estudo, ou seja, a soma das forças horizontais é nula. Assim, para as forças horizontais, encontramos: FH 0 Quando tratamos das forças verticais: V q dx VF dVV 0 0 q dx dV dV q dx (1) Quando se aplica a condição de momento, obtemos: Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 32 A dx M M V dx q dx M dM 0 0 2 q dx M V dx M dM 2 0 2 Note que o termo q dx 2 2 é desprezível em relação aos demais, pois é um infinitésimo de segunda ordem enquanto os outros são de primeira ordem. Assim: M V dx M dM 0 V dx dM 0 dM V dx (2) Quando observamos as expressões (1) e (2), é possível afirmar que a derivada da função momento fletor de um trecho reto é a função força cortante que existe neste trecho. Derivando a expressão (2) em relação a x, encontramos: d M dV q dx dx 2 2 (3) A expressão (3) mostra a relação diferencial entre o momento fletor, a força cortante e a carga aplicada. O estudo das expressões (1), (2) e (3) permite escrever: dV q V qdx dx dM V M Vdx dx Isso permite concluir que a diferença entre os momentos de duas seções é igual à integral da função cortante existente entre essas seções. Como a integral de uma função entre dois pontos é numericamente igual à área sob a curva que representa a função, é possível dizer que a diferença entre os momentos de duas seções é igual à área sob a função cortante existente entre essas seções. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 33 2. Resolução da questão e análise das alternativas A figura 3 mostra o diagrama de momentos fletores para a viga da questão. Nela, é possível observar que existe um trecho em que a variação é linear (trecho BC) e dois trechos onde a variação respeita uma função do segundo grau (trechos AB e CD). A B C D 50,625 50 10 M (kNm) + + - 4,5 m Figura 3. Diagrama de momentos fletores para a viga. No trecho AB, na seção que se encontra a 4,5m da extremidade A, ocorre o máximo momento fletor que irá atuar na viga, que é 50,625kNm. Observa-se que esta é a seção em que a força cortante é nula. A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora o momento seja nulo nas seções A e D, na seção C ele vale -10kNm. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A função que rege a variação do momento no trecho BC é linear. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O momento máximo ocorre na seção que está 0,5m à esquerda do ponto B. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora as variações nos trechos AB e CD sejam positivas, os valores dos momentos nas seções do trecho AB são positivos, e os valores nas seções do trecho CD são negativos. E – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. O momento na seção C vale -10kNm e pode ser obtido pela soma das áreas das forças cortantes entre A e C. Na figura 5, estão indicadas as áreas entre os pontos A e C. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 34+ + - A B C D 22,5 -2,5 10 -15 4,5 m 0,5 m 4 m 2 m A1 A2 A3 Figura 5. Áreas entre os pontoas A e C no diagrama de forças cortantes. , kN , m A , kNm 22 5 4 5 1 50 625 2 , kN , m A , kNm 2 5 0 5 2 0 625 2 A kN kNm 3 15 40 60 cM A A A , , kNm 1 2 3 50 625 0 625 60 cM kNm 10 3. Indicações bibliográficas GERE, J. M.; GOODNO, B. J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage, 2017. MORILLA, J. C. Estática das estruturas. Disponível em <https://www.academia.edu/ 17744161/ =EST%C3%81TICA_NAS_ESTRUTURAS>. Acesso em 27 mar. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 35 Questão 7 Questão 7.7 Em grandes construções, principalmente em regiões de abalos sísmicos, há necessidade de uma avaliação criteriosa dos projetos de edifícios, em razão das frequências de excitação. A realização da avaliação busca evitar possíveis ressonâncias que provoquem elevadas amplitudes de vibrações e que podem levar a estrutura ao colapso. Os absorvedores dinâmicos de vibrações são muito úteis para minimizar esses efeitos, pois eliminam as vibrações do sistema principal e as transferem para um sistema secundário composto de massa m2 e rigidez k2. A laje do piso, mostrada na figura a seguir, possui massa m, duas colunas, cada uma com rigidez k, e é excitada por uma força harmônica f(t), com amplitude de 16N e frequência de excitação de 400rpm. Um absorvedor dinâmico de vibrações, acoplado na direção de x(t), possui amplitude limitada em 10mm. k k f(t) x(t) Laje do piso m BALACHANDRAN, B.; MAGRAB, E. Vibrações Mecânicas. São Paulo: Gengage Learning, 2011 (com adaptações). Considerando o sistema da laje com um grau de liberdade e 3 , conclui-se que os valores do coeficiente de rigidez k2 e massa m2 utilizados no absorvedor dinâmico de vibrações devem ser, respectivamente, A. 1.600N/m e 1kg. B. 2.000N/m e 1kg. C. 16.000N/m e 5kg. D. 32.000N/m e 20kg. E. 4.000N/m, independentemente da massa do absorvedor. 7Questão 29 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 36 1. Introdução teórica Vibrações Vibração é todo movimento periódico de um corpo, ou de um sistema de corpos interligados, em torno de uma posição de equilíbrio. As vibrações podem ser classificadas em livres e forçadas (HIBBELER, 2017). As vibrações livres são aquelas que ocorrem quando o movimento se mantém por forças restauradoras gravitacionais ou elásticas. As vibrações forçadas são aquelas nas quais o movimento se mantém mediante a aplicação de força periódica ou intermitente. Sejam livres ou forçadas, as vibrações podem ser amortecidas ou não. A ideia central é que a vibração não amortecida pode continuar indefinidamente, enquanto a vibração amortecida tende a se extinguir. A figura 1 mostra um corpo de massa m em vibração livre sem amortecimento, sujeito à força restauradora linear F. F x m x kx F mg N Figura 1. Corpo em vibração livre sem amortecimento. MERIAM, 2016 (com adaptações). A equação do movimento do corpo da figura 1 é 0xxk 2n , sendo que m k n . Logo: Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 37 0x m k xk 0kxxm Nas equações anteriores, x é a posição do corpo, que depende do tempo t, k é a constante elástica da mola, e x é a derivada de segunda ordem da função posição, ou seja, é a aceleração do corpo. A constante n é chamada de frequência angular natural, ou pulsação natural, e é expressa em rad/s. A ela, é possível associar uma frequência, conhecida como frequência natural (fn), dada em Hertz (Hz), pela expressão: nn f2 m k No caso de a vibração ser excitada por uma massa desbalanceada com velocidade angular ω e excentricidade h, a força de desbalanceamento é dada por: tsenhmtF 20 Na expressão, m0 é a massa desbalanceada, e h é a distância de m0 ao centro de rotação (excentricidade). Como f2 , sendo f a frequência de excitação do corpo, podemos escrever: F t m h sen f t 20 2 Com isso, a equação do movimento fica: mx kx m h sen f t 20 2 2. Resolução da questão e análise das alternativas O problema informa que a frequência de excitação é 400 rpm. Com isso, a frequência angular fica: f 2 Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 38 min s s 1 1 1 2 400 2 400 40 60 Hz40 Tomando a expressão que relaciona a força de excitação e a frequência, lembrando que a força é máxima (16N) quando sen t 1 e sabendo que a amplitude máxima é 10mm (0,01m), encontramos: F t m h sen t 20 F máx m h N m , m . s 2 2 0 0 1 1 16 0 01 40 1 N m , m . s 0 2 16 1 0 01 40 1 m kg0 1 Da figura 1, é possível escrever: F(t ) k x(t ) F(t ) k x(t ) N k , m 16 0 01 N k m 1600 A – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. Veja a solução. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora a massa esteja correta, a constante da mola não está. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 39 C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que a constante da mola fosse a resposta da alternativa, a amplitude deveria estar limitada a 1mm. Nessa situação, a massa é igual a 10kg. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Para que a constante da mola fosse a resposta da alternativa, a amplitude deveria estar limitada a 0,5mm. Nessa situação, a massa é a apresentada na alternativa, ou seja, igual a 20kg. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não há como a força independer da massa. 3. Indicações bibliográficas HIBBELER, R. C. Dinâmica – Mecânica para Engenharia. São Paulo: Pearson, 2017. MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica para Engenharia– Dinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2016. RAO, S. S. Vibrações mecânicas. São Paulo: Prentice Hall, 2016. SILVA, S. Vibrações mecânicas. Disponível em <http://www.joinville.ifsc.edu.br/ ~pauloboni/MECANISMOS/DIN%C3%82MICA%20DE%20M%C3%81QUINAS/Apostila%2 0-%20Samuel%20da%20SIlva%20-%20MUITO%20BOA%20-20Did%C3%A1tica.pdf> Acesso em 27 mar. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 40 Questão 8 Questão 8.8 Considere a situação em que uma nova empresa de fundição tenha recebido uma proposta para fornecer mensalmente comandos de válvulas em ferro fundido nodular perlítico. Efetuada a análise técnica pelo setor de engenharia da empresa, foi definido que as peças deveriam ser produzidas por modelos gêmeos, com duas peças por molde, na linha de produção por moldagem em casca. O setor de planejamento e controle de produção, em reunião com os setores de vendas, engenharia e contabilidade, estimou os principais dados para o projeto de investimento, conforme descrito a seguir. Investimento total de R$800.000,00, a ser aplicado integralmente no início do projeto, sendo R$650.000,00 em ativo fixo e R$150.000,00em capital de giro. Conforme o prazo da proposta recebida, a duração para o projeto será de cinco anos. Os bens fixos serão depreciadospelo método linear, com valor residual desprezível, e o capital de giro terá retorno ao fim do projeto. A alíquota de imposto de renda a ser aplicada é de 34% sobre os resultados líquidos. O gerente geral consultado informou que será usado capital próprio. Os resultados previstos para o projeto de investimento são: Em R$ x 1.000 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Receita de vendas 1.300,00 1.500,00 1.800,00 2.400,00 3.200,00 Custo do produto vendido 700,00 850,00 980,00 1.150,00 1.500,00 Despesas operacionais 280,00 350,00 420,00 490,00 620,00 WOILER, S.; MATHIAS, W. F. Projetos: planejamento elaboração e análise. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008 (com adaptações). Com base nas informações apresentadas, conclui-se que, utilizando o método do payback simples, em que se consideram os valores de lucro líquido após o pagamento de imposto de renda, o retorno do investimento será obtido no A. primeiro ano, quando a receita de R$1.300,000,00 será maior que o investimento total (R$800.000,00). B. terceiro ano, quando a receita líquida acumulada, após o pagamento do imposto de renda ultrapassará R$650.000,00. C. quarto ano, quando a receita líquida acumulada, após o pagamento do imposto de renda ultrapassará o investimento total de R$800.000,00. 8Questão 33 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 41 D. quinto ano, quando os bens fixos terão valor residual desprezível, devido à depreciação linear e ao retorno do capital de giro, com a conclusão do projeto. E. segundo ano, quando a receita acumulada (R$2.800.000,00) menos o custo dos produtos (R$1.550.000,00) será igual a R$1.250.000,00 ou R$825.000,00, após o pagamento do imposto de renda. 1. Introdução teórica Análise de investimento Considerando que todo investimento deve gerar valor para o investidor, é necessário analisar cautelosamente um possível investimento antes de sua efetivação. Dentre os métodos de análise, os mais conhecidos são o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Payback (BRIGHAM, 2016). A técnica de análise de investimento denominada Payback contabiliza o tempo necessário para o retorno de um investimento. Segundo Gitman (2010), os períodos de Payback são comumente utilizados na avaliação de investimentos, visto que essa técnica mostra o tempo necessário para que a empresa recupere seu investimento inicial em um projeto. O período de Payback pode ser encontrado dividindo-se o investimento inicial pela entrada de caixa em intervalos de tempo determinados. Quando o período de Payback é utilizado na tomada de decisão entre aceitar ou não aceitar um projeto, os critérios a serem considerados são os que seguem. Se o período de Payback for menor do que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto deve ser aceito. Se o período de Payback for maior do que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto deve ser rejeitado. Existem dois tipos de Payback: o simples, que considera apenas o retorno do investimento; o descontado, que considera a taxa de juros para trazer o valor do fluxo de caixa para o valor presente. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 42 2. Resolução da questão e análise das alternativas Para resolvermos a questão, será construído o quadro 1, no qual é mostrado o resultado líquido em cada ano de operação. Esse resultado é igual à diferença entre a receita de vendas e a soma do custo do produto vendido com as despesas operacionais. Quadro 1. Resultado líquido de cada ano do projeto Em R$ x 1.000 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Receita de vendas 1.300,00 1.500,00 1.800,00 2.400,00 3.200,00 Custo do produto vendido 700,00 850,00 980,00 1.150,00 1.500,00 Despesas operacionais 280,00 350,00 420,00 490,00 620,00 Resultado líquido 320,00 300,00 400,00 760,00 1.080,00 No quadro 2, são apresentadas, em cada ano, as receitas líquidas (resultado líquido menos o imposto de renda a ser pago em cada ano) e a receita líquida acumulada. Quadro 2. Receitas líquidas e acumuladas ao final de cada ano após o pagamento do imposto de renda. Em R$ x 1.000 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Resultado líquido 320,00 300,00 400,00 760,00 1.080,00 Imposto de renda 108,80 102,00 136,00 258,40 367,20 Receita líquida 211,20 198,00 264,00 501,60 712,80 Acumulado 211,20 409,20 673,20 1.174,80 1.887,60 O gráfico da figura 1 é uma representação gráfica dos valores apresentados no quadro 2. Nele, é possível observar que o retorno do investimento dar-se-á durante o quarto ano do projeto. Figura 1. Receitas acumuladas ao final de cada ano após o pagamento do imposto de renda. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 43 A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora a receita de vendas do primeiro ano seja maior do que o investimento, a receita líquida é de R$211.200,00, menor do que o total do investimento (R$800.000,00). B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. No final do terceiro ano, a receita líquida é de R$673.200,00, menor do que o total do investimento (R$800.000,00). C – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. No final do quarto ano, a receita líquida é de R$1.174.800,00, maior do que o total do investimento (R$800.000,00). Como no final do terceiro ano a receita líquida acumulada é de R$673.200,00, isso significa que durante o quarto ano a receita acumulada atingirá o valor do investimento. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Embora no final do quinto ano os bens fixos terão valor residual desprezível, e será feito o retorno do capital de giro, o retorno do investimento ocorre durante o quarto ano. E – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. No final do segundo ano, a receita líquida é de R$409.200,00, menor do que o total do investimento (R$800.000,00). 3. Indicações bibliográficas BRIGHAM, E. F. Administração financeira – teoria e prática. São Paulo: Cengage, 2016. DAVIS, M. M.; AQUILANO, N. J.; CHASE, R. B. Fundamentos da administração da produção. São Paulo: Bookman, 2006. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2010. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 44 Questão 9 Questão 9.9 Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual que se destina a proteger o trabalhador de possíveis riscos que ameaçam sua saúde e segurança no trabalho. Disponível em <http://www.blog.inbep.com.br>. Acesso em 28 jul. 2017 (com adaptações). Com relação aos equipamentos de proteção individual (EPI), avalie as afirmativas. I. O EPI não previne a ocorrência de acidentes de trabalho, apenas evita ou atenua a gravidade de lesões. II. O EPI só poderá ser posto à venda com a indicação do certificado de aprovação, expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. III. O certificado de aprovação do EPI indica que ele foi submetido a testes laboratoriais que comprovaram a satisfação de requisitos e de características para as quais se destina. IV. É dever dos empregados adquirir EPI com certificado de aprovação, assim como guardar e conservar os equipamentos. É correto apenas o que se afirma em A. I e III. B. I e IV. C. II e IV. D. I, II e III. E. II, III e IV. 1. Introduçãoteórica Riscos no trabalho A Segurança no Trabalho é um conjunto de ciências e tecnologias que buscam a proteção do trabalhador em seu local de trabalho, referente às questões da segurança e da higiene. As Normas Regulamentadoras (NR) relativas à segurança e à medicina do trabalho são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que tenham empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (SZABÓ JR, 2017). 9Questão 34 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 45 São 33 NRs que visam a dar ao trabalhador toda a proteção de que ele necessita, para que, assim, ele possa exercer suas funções com o maior conforto possível e com a eficácia necessária. Segundo o artigo 19 da Lei N° 8.213/1991, acidente de trabalho é o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Segundo o artigo 20 dessa lei, são acidentes de trabalho as doenças profissionais desencadeadas pelo exercício do trabalho, adquiridas em função das condições de trabalho (CAMPOS, 2014). Para evitar acidentes de trabalho, a empresa deve adotar medidas coletivas e individuais de proteção e de segurança do trabalhador, como (CAMPOS, 2014): fornecer equipamentos de proteção; dotar máquinas e equipamentos de trabalho de dispositivos de segurança eficientes; treinar os empregados; prestar informações sobre os riscos das operações e da manipulação de produtos. Em toda atividade, estão previstos equipamentos de proteção laboral de caráter individual (EPI) para proteger o trabalhador e equipamentos de caráter coletivo (EPC) para proteger todos aqueles que se encontram no ambiente de trabalho (SZABÓ JR., 2017). Os EPIs são regulamentados pela norma NR-6, que considera EPI todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a fornecê-los gratuitamente aos empregados (MTE, 2018). Na alínea c do item 6.6.1 da NR 6, está expresso que é vedado ao empregador o fornecimento de EPI que não tenha Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho (BRASIL, 2018). Essa exigência tem a finalidade de garantir que, antes de chegar nos pontos de venda, um EPI tenha sido submetido a testes que possam garantir a eficácia de sua proteção, a durabilidade do equipamento e o conforto na hora da utilização. O CA é a garantia dada pelo MTE de que o EPI é considerado apto para uso (WALDHELM NETO, 2018). O EPI deve ser utilizado em lugares onde exista risco no serviço que não possa ser removido por outros meios (ou em situações emergenciais) tais como locais nos quais houver fumos; névoas e vapores tóxicos ou irritantes; manuseio de cáusticos, corrosivos, ácidos, materiais inflamáveis; calor excessivo; perigo de impacto de partículas ou estilhaços que voam; perigo de queda de objetos sobre os pés; perigo de queimaduras; ruído etc. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 46 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O EPI deve ser utilizado em lugares onde exista risco no serviço que não possa ser removido por outros meios. Isso significa que o EPI não previne a ocorrência de acidentes: ele apenas evita ou atenua uma lesão. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a alínea c do item 6.6.1 da NR 6, um EPI só pode ser utilizado desde que ele tenha o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. De acordo com Waldhelm Neto (2018), o CA busca garantir que, antes de chegar nos pontos de venda, um EPI tenha sido submetido a testes que possam garantir a eficácia de sua proteção a durabilidade do equipamento e o conforto na hora da utilização. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O EPI deve ser fornecido gratuitamente pela empresa aos empregados. Alternativa correta: D. 3. Indicações bibliográficas BRASIL – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE). Equipamentos de proteção individual. Disponível em <http://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/programa- de-protecao-do-emprego-ppe/perguntas-frequentes/equipamentos-de-protecao- individual/>. Acesso em 02 abr. 2018 CAMPOS, A. A. M. Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: uma nova abordagem. São Paulo: SENAC, 2014. COSTA, A. T. Manual de segurança e saúde no trabalho. São Paulo: Difusão, 2014. SZABÓ JR, A. M. Manual de segurança, higiene e medicina do trabalho. São Paulo: Rideel, 2017. WALDHELM NETO, N. O que é certificado de aprovação – CA. Disponível em <https://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-certificado-de-aprovacao-ca/>. Acesso em 02 abr. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 47 Questão 10 Questão 10.10 Os micrômetros possuem um sistema de parafuso e porca em que, a cada volta do tambor, ocorre um deslocamento de comprimento equivalente ao passo do parafuso. Possuem também uma escala auxiliar móvel (nônio ou vernier), que ajuda a dividir a escala principal fixa. A figura a seguir representa as escalas de um micrômetro com passo de rosca de 0,5 mm e tambor com 50 divisões. As indicações em A, B, C e D devem ser consideradas para leitura. ALVES, C. C. Apostila de Metrologia. Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus de Guarulhos, 2012 (com adaptações). A partir das informações apresentadas avalie as informações a seguir. I. A leitura final é de 20,618 mm. II. A resolução do nônio é de 0,001 mm. III. A existência do nônio exclui a utilização centesimal do tambor. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 1. Introdução teórica Instrumentos de medição - micrômetros Os instrumentos mais comuns usados nas medições de diâmetros de peças usinadas são os paquímetros e os micrômetros. 10Questão 25 – Enade 2017. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 48 O paquímetro é um instrumento utilizado para medir dimensões. Ele consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor. Em geral, a precisão da medição é décimo de milímetro (0,1mm). Na figura 1 (a), está representado um paquímetro com a indicação de suas partes. Figura 1. Paquímetro (a) e micrômetro (b). Disponíveis em <http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro> e <http://www.industriahoje.com.br/o-que-e- um-paquimetro>. Acesso em 18 abr. 2018. O micrômetro é um instrumento usado em medições nas quais se deseja precisão maior do que a obtida com um paquímetro. Os micrômetros comuns têm precisão de centésimo de milímetro (0,01mm), podendo chegar a milésimo de milímetro (0,001mm). Na figura 1(b), está representado um micrômetro com a indicação de suas partes. Segundo Valentina (2018), o micrômetro tem como porta-medida um fuso roscado, sobre o qual gira o tambor, cujo passo satisfaz em precisão e grandeza aos objetivos da medição. Em geral, os micrômetros têm um passo de 0,5 mm. Isso significa que a cada volta do tambor as faces de medição distanciam-se entre si de 0,5mm. No corpo do micrômetro (bainha), está gravada uma escala que marca o número de voltas do tambor. Na figura 2, essa escala está em destaque.Figura 2. Escala gravada no corpo do micrômetro. FERRAMENTAS GERAIS, 2018 (com adaptações). Note que cada marcação na bainha indica uma volta do tambor, que significa variação de 0,5 mm na distância entre as faces de medição. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 49 A fim de determinar o deslocamento longitudinal do fuso de medição, na parte dianteira do tambor acha-se gravada uma escala que subdivide uma rotação em 50 partes. O deslocamento de uma divisão de escala no tambor corresponde a um deslocamento longitudinal da face de medição que está no encosto móvel de 0,01 mm. O nônio, gravado no corpo do micrômetro, indica o valor a ser acrescentado à leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de divisões do nônio. Figura 3. Nônio gravado no corpo do micrômetro. FERRAMENTAS GERAIS, 2018 (com adaptações). A leitura de uma medida nesse tipo de micrômetro é feita da maneira ordenada a seguir. 1. Leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha. 2. Leitura dos meios milímetros na mesma escala. 3. Leitura dos centésimos na escala do tambor. 4. Leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A leitura a ser efetuada é: A = 20,000 mm B = 0,500 mm C = 0,110 mm D = 0,008 mm Total = 20,618 mm Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 50 II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A resolução do nônio é um décimo da resolução do tambor. Como a resolução do tambor é 0,01 (um centésimo), a resolução do nônio é 0,001 (um milésimo). III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O nônio fornece a resolução de um décimo da obtida no tambor. Isso não exclui a leitura feita no tambor. Alternativa correta: C. 3. Indicações bibliográficas ABAKERLI, A. J. et al. Metrologia para a qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. FERRAMENTAS GERAIS. Micrômetro externo analógico 0 a 25mm - resolução 0,001mm. Disponível em <http://www.fg.com.br/micrometro-externo-analogico-0-a-25mm- resolucao-0001mm/p>. Acesso em 02 abr. 2018. GONÇALVES, J. F. S. Sistema de medição – Micrômetro. Disponível em <http://paginapessoal.utfpr.edu.br/janainaf/metrologia/aulas/AULA_11.pdf/at_download/ file>. Acesso em 02 abr. 2018. INDÚSTRIA HOJE. O que é um micrômetro? Disponível em <http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-micrometro>. Acesso em 30 ago. 2017. _________________. O que é um paquímetro? Disponível em <http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-um-paquimetro>. Acesso em 30 ago. 2017. SILVA NETO, J. C. Metrologia e controle dimensional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. VALENTINA, L. V. O. D. Micrômetros. Disponível em <http://www.joinville.udesc.br/ portal/professores/veriano/materiais/04_Micrometros.pdf>. Acesso em 02 abr. 2018. Material Específico – Engenharia Mecânica – Tomo XI – CQA/UNIP 51 ÍNDICE REMISSIVO Questão 1 Projeto de máquinas. Mecânica aplicada. Transmissão mecânica. Mecânica dos sólidos. Esforços solicitantes. Questão 2 Projeto de máquinas. Mecânica aplicada. Transmissão mecânica. Trens de transmissão. Questão 3 Máquinas de fluxo. Associação de máquinas de fluxo. Ponto de operação de instalações hidráulicas. Questão 4 Mecânica dos sólidos. Estado duplo de tensão. Círculo de Mohr. Questão 5 Mecânica dos sólidos. Força cortante e tensão de cisalhamento. Questão 6 Mecânica geral. Estática. Esforços internos solicitantes. Questão 7 Dinâmica de sistemas mecânicos. Vibrações. Amortecedores dinâmicos. Questão 8 Gestão de projetos. Análise de viabilidade econômica de projetos. Payback. Questão 9 Segurança do trabalho. Equipamentos de proteção individual. NR 6. Certificado de aprovação para EPI. Questão 10 Metrologia. Instrumentos de medição. Micrômetros.
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