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Logica_2011_2_Parte1-Introducao

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Lógica
Prof. Ms. Calixto Silva Neto - ‹nº›
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INTRODUÇÃO
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Utilizamos raciocínio lógico diariamente, desde as decisões mais simples até as mais complexas, afinal, classificamo-nos como racionais.
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O raciocínio lógico é fundamental para o sucesso em concursos públicos: na própria decisão de prestar o concurso e em todas as disciplinas como português, direito, matemática ou contabilidade.
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
 Para resolver problemas de raciocínio lógico é necessária muita atenção na leitura do enunciado, para identificar os dados e o que é pedido. Devemos utilizar somente as informações fornecidas no problema, independente de se considerar verdadeiras ou falsas. 
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
 
Sempre que possível, devemos fazer esquemas e ou tabelas para facilitar a resolução.
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Um pouco mais tarde...!
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OBJETIVO DA DISCIPLINA: 
Ao final desta disciplina o aluno deve ser capaz de: 
- concatenar, dar seqüência e ordem no discurso falado e escrito;
- desenvolver e trabalhar o raciocínio lógico-matemático;
- desenvolver uma mentalidade alicerçada no rigor e na observação;
- tornar eficiente e eficaz o seu pensamento;
- tornar-se capaz de aplicar esta tecnologia mental, nas diferentes áreas de conhecimento;
- praticar e aplicar os fundamentos do raciocínio lógico nas diversas operações da mente. 
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Prof. Ms. Calixto Silva Neto: Eletrônica Industrial, Administração de Empresas, Informática (Pós-Graduação), Ciência da Informação (Mestrado) 
Professor, Coordenador de Área, Coordenador do MBA – ESAMC Sorocaba, Coordenador de AudioVisuais 
Success Motivation International, Inc. 
Diretor de Desenvolvimento e Diretor de Vendas
Diretor Pedagógico
Gerente de Área, Gerente de Importação e Assessor de Logística
Gerente Filial São Paulo
Gerente Técnico, Gerente de Filial (RJ e SP)
Professor, Coordenador Técnico Pedagógico, Coordenador de Informática 
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Módulo A
Introdução à Lógica
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A Lógica é uma área de estudo compreendida na filosofia.
“Lógica é a ciência que estuda as leis gerais do pensamento e a arte de aplicá-las corretamente na investigação e demonstração da verdade dos fatos.”
Introdução à lógica de Nerci, Inmideo Giusepe, Editora Nobel, 9ª Edição.
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“Lógica é a arte que dirige o próprio ato da razão, isto é, que nos permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio ato da razão.”
Jacques Maritain.
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“O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto.”
 Introdução à Lógica de Irving M. Copi, 2ª edição. 
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“Ela [a Lógica] lhe dará clareza de pensamento, a habilidade de ver seu caminho através de um quebra-cabeça, o hábito de arranjar suas idéias numa forma acessível e ordenada, e, mais valioso que tudo, o poder de detectar falácias e despedaçar os argumentos ilógicos e inconsistentes que você encontrará tão facilmente nos livros, jornais, na linguagem quotidiana e mesmo nos sermões e que tão facilmente enganam aqueles que nunca tiveram o trabalho de instruir-se nesta fascinante arte.”
Lewis Carroll
(Alice no país das maravilhas)
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A lógica tem por finalidade dirigir os atos do pensamento para o verdadeiro, o que realiza sob dois aspectos:
 analisando as leis do pensamento.
 estudando a maneira de aplicá-las, na prática, na vida e na realidade.
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Todo conhecimento logicamente perfeito tem sempre alguma utilidade possível. Mesmo que ela nos escape no momento, pode ser que a posteridade a descubra.
Kant, A Lógica.
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Uma pessoa com conhecimento de Lógica tem mais probabilidade de raciocinar corretamente do que aquela que não se aprofundou nos princípios gerais implicados nessa atividade.
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Resumindo...
A lógica é a disciplina que trata das formas de pensamento, da linguagem descritiva do pensamento, das leis de argumentação e raciocínio corretos, dos métodos e dos princípios que regem o pensamento humano.
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É ciência pois tem objeto definido
Ciência 	 objeto definido
As formas de pensamento
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A Lógica
A palavra “lógica” e “lógico” é usada frequentemente com o mesmo significado de “razoável”. 
Exemplos:
É lógico que sim.
Vou te dar um explicação lógica.
Este é um procedimento lógico.
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A Lógica
Assim, a lógica é caracterizada pelo uso de argumentos racionais.
O lógico está interessado em saber: a conclusão a que se chegou deriva das premissas usadas ou pressupostas?
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A lógica dividida em períodos
Forma clássica antiga ou lógica grega antiga
Entre os séculos IV a.C. até o século I d.C.
Principais nomes desta época:Platão, Aristóteles, Sócrates.
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A lógica dividida em períodos
Forma escolástica ou medieval
Entre os séculos XI e XV D.C.
Principais nomes desta época: Alberto Magno e Tomás de Aquino, Guilherme de Ockham
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A lógica dividida em períodos
Forma matemática
Início no século XVIII
Principais nomes desta época: Leibniz, Boole, Frege.
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A Lógica Formal trata das leis gerais do pensamento, no que elas tenham de igual e de comum, o que as torna universais e aplicáveis em todas as operações do intelecto.
Identificamos na Lógica Formal três partes distintas, que é o pensar humano.
Enquanto pensamento as partes são: Idéia (Conceito), Juízo e Raciocínio; enquanto representação sensível são: Termo, Proposição e Argumento (representação sensível e concreta, por sons orais ou símbolos representativos).
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LÓGICA FORMAL
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
(oral ou simbólica)
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Idéia (Conceito)
Conceito e noção são sinônimos de idéia, que é “a forma como um objeto é percebido pela nossa inteligência”. Idéia em grego significa forma, imagem, porém nem todas as idéias podem ser representadas por imagens. Algumas idéias são puramente intelectuais, nascidas a partir de abstrações, para as quais não existem imagens interiores. 
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Idéia (Conceito)
Quando pensamos em, por exemplo, automóvel, caneta, computador, nós criamos uma representação intelectual desses objetos, porém, quando pensamos em amor, existência, morte, não construímos representação mental alguma. Nestes casos, o quevalida a idéia é o sentido, a significação do que as mesmas são portadoras.
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Idéia (Conceito)
As idéias são recolhidas em planos diferentes partindo do concreto para o abstrato.
Em um primeiro plano temos as idéias totalmente concretas, para as quais temos imagens concretas. Em um segundo plano temos as idéias desmaterializadas, valendo como unidades, que são menos concretas e que irão permitir o desenvolvimento da Matemática e em um terceiro plano temos as idéias livres de matéria e de pura abstração que irão permitir as especulações puramente intelectuais.
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Termo
O termo é a expressão material da idéia e que permite a sua transmissão de um homem para outro e segue as mesmas linhas mestras da idéia, e não poderia ser diferente, uma vez que é a sua representação concreta.
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Juízo
O juízo representa o ato em que o espírito “afirma ou nega uma coisa de outra”. O juízo apreende no universo lógico, o conjunto de todas as idéias, duas idéias e as aproxima, procede a uma comparação que resultará em um julgamento de conveniência ou inconveniência entre as duas idéias. Este julgamento é a essência do juízo. O juízo processa-se em três fases:
Apreensão das idéias;
Comparação das mesmas;
Julgamento da conveniência ou inconveniência de uma com a outra. 
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Proposição
Proposição é a expressão verbal do juízo, ou, a oração que afirma ou nega qualquer coisa do sujeito.
É constituída materialmente pelos termos sujeito e predicado e formalmente pelo verbo. Têm sentido completo, é afirmativa e pode ser atribuído, sem dúvidas ou ambigüidade, um dos possíveis valores lógicos: verdadeiro(V) ou falso(F).
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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PROPOSIÇÃO
Para efetuarmos a comunicação, necessitamos de uma combinação de palavras que tenham uma relação entre si e que apresente um sentido completo, que chamamos de frase ou oração.
Existem diversos tipos de oração:
 DECLARATIVAS 	: “Hoje é Segunda-feira.”
 IMPERATIVAS 		: “Vá agora!”
 INTERROGATIVAS	: “Onde você estuda?”
 EXCLAMATIVAS	: “Ótimo, você acertou!”
Note que em todas as frases existem dois elementos presente: Sujeito e Predicado.
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PROPOSIÇÃO
Uma pergunta pode ser respondida, uma ordem pode ser formulada e, uma exclamação proferida, mas nenhuma delas pode ser afirmada ou negada, nem é possível julgá-las como verdadeiras ou falsas.
A oração declarativa pode ser julgada como verdadeira ou falsa, então existem duas condições básicas para uma oração (segmento lingüístico) ser uma proposição:
Deve ter sentido completo;
Deve poder ser verdadeiro ou falso.
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Raciocínio
Raciocínio é a articulação de vários juízos.
Raciocínio é o ato pelo qual o espírito adquire um novo conhecimento com o que já conhece, assim raciocínio é um progresso feito através daquilo que já é conhecido. Todo raciocínio baseia-se no antecedente, ou seja, aquilo que é conhecido, para ir ao conseqüente, que é a novidade percebida pelo espírito. Formalmente, o raciocínio é o nexo, a relação, a razão de ser do antecedente com o conseqüente.
Operação mental, lógica e discursiva, que usa uma ou mais proposições para concluir se outra proposição é verdadeira, falsa ou provável.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Argumento
Argumento é a expressão material do raciocínio. Assim, argumento é qualquer grupo de proposições tal que se afirme ser uma delas, o conseqüente, derivada das outras, o antecedente. 
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Argumento
Na estrutura do argumento são usualmente empregados os termos “premissa” e “conclusão”.
A conclusão de um argumento é aquela proposição que se afirma, com base nas outras proposições desse mesmo argumento que são as premissas. As premissas são proposições enunciadas como prova ou razões para aceitar a conclusão.
Enquanto Pensamento
Enquanto Representação
Idéia (Conceito)
Termo
Juízo
Proposição
Raciocínio
Argumento
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Oração
Tem sentido completo?
Posso dizer que é V ou F
É Proposi-ção?
A árvore tem folhas
sim
sim
sim
Está chovendo
sim
sim
sim
Eu cortei-me
sim
sim
sim
Macaco
não
não
não
Eu vi um macaco na esquina
sim
sim
sim
Traga-me um ovo!
sim
não
não
Que horas são?
sim
não
não
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Oração
Tem sentido completo?
Posso dizer que é V ou F
É Proposi-ção?
O Brasil fica na Argentina
Os alunos fizeram as provas?
Brasília é a Capital do Brasil
2 + 5 = 7
O Chile faz divisa com o Brasil
2 + 7
Onde vamos?
sim
sim
sim
sim
sim
não
não
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
não
não
não
não
não
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Tudo que é predeterminado é necessário.
Todo evento é predeterminado.
Logo, todo evento é necessário.
Conclu-são
Premis-sas
Todo evento causado por outro evento é predeterminado.
Todo evento é causado por outros eventos.
Logo, todo evento é predeterminado.
Premis-sas
Conclu-são
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Nenhuma proposição, tomada em si mesma, isoladamente, é uma premissa ou conclusão. Só é premissa quando ocorre como pressuposição num argumento ou raciocínio. Só é conclusão quando ocorre num argumento em que se afirma decorrer das proposições pressupostas nesse argumento.
Assim, toda premissa ou conclusão é proposição, mas nem toda proposição é premissa ou conclusão.
Porém, quando combinamos proposições na forma de premissas e conclusão, então estamos diante de um argumento.
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Definimos um argumento como válido quando:
 É impossível que, sendo verdadeiras suas premissas, seja falsa sua conclusão.
 É impossível que, considerando as premissas como sendo verdadeiras, a conclusão não possa ser imediatamente deduzida dessas premissas.
Definimos um argumento como inválido quando:
Supondo que sejam verdadeiras as premissas, a conclusão pode ser falsa.
Apesar das premissas serem consideradas como verdadeiras, a conclusão não pode ser deduzida destas premissas porque a conclusão contrária ou é logicamente possível ou é logicamente necessária.
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Então, para avaliar a validade ou a invalidade de um argumento, é importante a suposição da verdade das premissas e a relação desta suposição com a conclusão.
Isto pode depender do contexto, da cultura, da época, dos valores, etc. 
Então, supondo que as premissas sejam verdadeiras, se o que concluímos pode ser imediatamente derivado (conseqüente) destas premissas (antecedente), então o argumento é válido. Se, por outro lado, supomos que as premissas sejam verdadeiras, se o que concluímos não pode ser derivado destas premissas, então o argumento é inválido.
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Resumo:
Tem Verbo?
Tem Sujeito?
É afirmativa?
Tem sentido completo?
Posso avaliar como Falsa ou Verdadeira?
É oração
É Proposição
Premissa
Conclusão
É argumento
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Módulo B
Meios de convencimento
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Meios de Convencimento
Os argumentos: existem diversas maneiras de se convencer alguém. Tais modos de convencimento são chamados de argumentos, que podem ser corretos ou legítimos e outros podem ser incorretos ou ilegítimos.
Quando os meios de convencimentosão incorretos ou ilegítimos, fazendo a inteligência titubear, chamamos de falácias (parece verdadeiro mas não é).
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Meios de Convencimento
As Falácias ou sofismas: são raciocínios que pretendem demonstrar como verdadeiros os argumentos que logicamente são falsos. Sua eficiência consiste em transferir a argumentação do plano lógico para o psicológico ou lingüístico, servindo-se da linguagem, visando despertar emoções e sentimentos que dão anuência a uma conclusão, mas não convencem logicamente.
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Falácias ou Sofismas
Grupo Psicológico (Relevância)
1. Conclusão irrelevante
2. Petição de princípio
3. Círculo vicioso
4. Falsa causa
5. Causa comum
6. Generalização apressada
7. Acidente
8. Contra o homem
9. Recurso à força
10. Apelo à ignorância
11. Apelo à piedade
12. Populismo
13. Apelo à autoridade
14. Pergunta complexa
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Grupo linguístico (Ambiguidade)
	1. Equívoco
	2. Anfibologia
	3. Ênfase
	4. Composição
	5. Divisão
Falácias ou Sofismas
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Falácias – Grupo psicológico
1. Conclusão irrelevante: 
quando se conduz a argumentação para uma conclusão, intencionalmente ou não, que não é garantida pelas considerações em questão. Conclui-se algo que não tem nada a ver com o contexto em questão.
exemplo:
	discurso utilizado para incriminar alguém, tratando-se demoradamente do horror do delito sem considerar os atenuantes e as exceções que possa haver em determinados casos.
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2. Petição de princípio:
Quando se pressupõe como certo o que se deveria ter demonstrado, ou seja, a conclusão a que leva um raciocínio é extraída de um ponto de partida, sendo que o que se quer provar é exatamente a veracidade deste ponto de partida.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
A criança pergunta: a cegonha existe?
O pai responde: Ora, se não existisse você não estaria aqui!
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3. Círculo vicioso:
O ponto de partida e a conclusão carecem de demonstração. Um é demonstrado pelo outro formando um círculo.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
a inflação, aumento generalizado de preços, corrói o poder aquisitivo dos salários, que precisam ser aumentados. Este aumento de salários, por sua vez, gera a necessidade de se elevar os preços dos produtos (característica da inflação) para o pagamento dos mesmos salários.
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4. Falsa causa:
Consiste no sofisma de atribuir a um fenômeno uma falsa causa ou concluir como sendo causa dele aquilo que somente o antecedeu.
Também é comum atribuir causalidade à aquilo que é mera sucessão.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
Muitos dos pensamentos supersticiosos: 
Espelho quebrado causa sete anos de azar; cruzar com um gato preto ou passar por debaixo de escadas dá azar.
Tomar um chá durante tantos dias curou o resfriado
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5. Causa comum:
Quando dois acontecimentos relacionados entre si são tomados um como causa do outro, sem considerar que ambos são causados por um terceiro.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
	Os programas de televisão causam a decadência moral da sociedade.
	Não levando em conta que tanto a programação como os próprios valores morais são frutos de outros fatores como ideias filosóficas, disputa de poder, interesses econômicos-políticos.
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6. Generalização apressada:
Acontece quando se atribui ao todo o que é próprio de uma parte. A exceção é considerada como regra.
exemplos: piadas de sogras, portugueses, mulheres loiras.
Falácias – Grupo psicológico
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7. Acidente:
Acontece quando se recorre a regras gerais, não levando em consideração as possíveis exceções às quais a regra não se aplicaria.
	
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
Exemplo: a regra “não matar”. Há casos, em circunstâncias especiais, em que tais regras não se aplicam ou até mesmo exigem uma regra contrária.
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8. Contra o homem:
Utilizado para refutar uma posição ou afirmação de alguém. A estratégia consiste em atacar diretamente a pessoa em questão ou atacá-la pela circunstância especial em que ela se encontra.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
inviabilizar a candidatura de alguém apoiando-se no fato de estar com idade avançada ou ter saúde precária.
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9. Recurso à força:
	recorre à ameaça do uso da força na tentativa de convencer alguém.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
numa negociação salarial, o patrão pode lembrar sutilmente que existem muitas pessoas desempregadas, que trabalhariam de bom grado por tal salário.
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10. Apelo à ignorância:
Baseia-se na suposição de que uma tese é verdadeira ou falsa, porque ainda não se demonstrou claramente a sua contrária.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
“Como não há conhecimento e registro de transmissão de AIDS em consultório dentário, se conclui que não há perigo de contaminação.”
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11. Apelo à piedade:
É a utilização de chantagem emocional para forçar a adesão de alguém a certo ponto.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
um pai diz ao filho: “pode viajar, não tem problema, talvez você não me encontre vivo quando voltar”.
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12. Populismo:
A falácia do populismo tenta atingir a massa. Busca conseguir a concordância da multidão para o que intenta, normalmente valendo-se de outras falácias.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
campanhas publicitárias que tentam convencer o consumidor sobre as qualidades deste ou daquele produto através de associação psicológica com as cores nacionais, liberdade, status, esnobismo, etc.
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13. Apelo à autoridade:
É critério válido para sustentar uma posição e apelar para o testemunho de alguém, que se constitui como autoridade reconhecida no específico campo do conhecimento a que tal posição se refere.
Entretanto, valer-se do testemunho de outrem, reconhecida autoridade em um determinado campo do saber, pelo simples fato de ser uma autoridade, para apoiar posições que estão fora de sua especialização, é cometer a falácia do recurso à autoridade.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
comerciais com artistas que garantem as propriedades fabulosas do produto em questão, valendo-se da sua imagem.
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14. Pergunta complexa:
Pela combinação de duas ou mais perguntas em uma só, procura-se confundir o interlocutor.
Falácias – Grupo psicológico
exemplo:
Um repórter pergunta a um acusado: está arrependido do que fez?
Se o acusado responde sim, conclui-se que o acusado cometeu o roubo. Se o acusado responde não, conclui-se que além de não admitir o delito, o acusado nem ao menos se arrepende.
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Falácias ou Sofismas
Grupo linguístico
	1. Equívoco
	2. Anfibologia
	3. Ênfase
	4. Composição
	5. Divisão
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Falácias – Grupo Linguístico
1. Equívoco:
Trata-se da utilização de uma mesma palavra, que tem sentidos totalmente diferentes para coisas diferentes. Consiste em utilizar-se de um termo que, por ser polivalente, pode provocar no ouvinte, intencionalmente, uma representação mental diversa, levando-o a concluir falsamente.
exemplo:
“um prisioneiro não pode agir contra a lei, porque, pelo fato de já ser prisioneiro, ele não tem liberdade; e quem é privado de liberdade é justamente aquele que não pode agir”.
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2. Anfibologia:
Trata-se de um jogo de palavras que dá a falsa impressão de estar no contexto correto.
Falácias – Grupo Linguístico
exemplo:
O Rei Creso, antes de atacar Ciro (rei da Pérsia), consultou um oráculo e obteve a seguinte resposta: “Se Creso declarar guerra à Pérsia, verá a destruição de um grandeexército”. Creso declara a guerra e é vencido. Ao queixar-se ao oráculo, Creso obtém a seguinte explicação: o grande exército que seria destruído era o seu.
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3. Ênfase:
Uma mensagem pode ser acentuada em alguma(s) de sua(s) palavra(s) para produzir no receptor uma compreensão sobre o estado psicológico de quem fala (emissor) que deste modo tenta angariar a anuência dos outros para o seu objetivo.
Falácias – Grupo Linguístico
exemplo:
um anúncio publicitário que informa em letras garrafais apenas o preço da prestação de um bem e o valor total em letras menores ou até através de um minúsculo e quase imperceptível asterisco.
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4. Composição:
A falácia é cometida quando se atribui ao todo as mesmas propriedades das partes, ou seja, quando se “compõe”, a partir da propriedade da parte, a conclusão com as mesmas propriedades.
Falácias – Grupo Linguístico
exemplo 1. o fato de a fotografia das cenas de um filme ser perfeita não autoriza classificar todo o filme como perfeito.
exemplo 2. o político X é bom. Portanto, o partido ao qual ele pertence é um bom partido.
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Cuidado: composição x generalização apressada
Alguém poderia pensar que, através da exceção que seria o político X, estar-se-ia generalizando apressadamente no sentido de que todo o partido deveria ser bom. Mas a analogia não estaria correta, uma vez que, mesmo que todos os membros do partido fossem bons políticos, mesmo assim o partido poderia não ser bom. As propriedades das partes são de ordem ou classe diferente das propriedades do todo.
Falácias – Grupo Linguístico
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5. Divisão:
É o processo inverso da composição. Ocorre quando se atribui às partes as mesmas propriedades do todo, quando se “divide” o todo, atribuindo à parte a mesma propriedade.
Falácias – Grupo Linguístico
exemplo: O partido político ao qual pertence X é um bom partido. Logo, X é um bom político.
O partido de X poderia ser um bom partido devido à sua organização, programa e, mesmo assim, ter, individualmente, maus políticos em seu quadro. As propriedades do todo não são, necessariamente, as mesmas que as propriedades das partes.
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