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Enron

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O documentário fala de um estudo de um dos maiores do escândalo. O filme começa com imagens do prédio da Enron e um narrador questiona as ações de um desconhecido. As seguir se passa após a falência da empresa e mostra testemunhos de pessoas envolvidas no escândalo e entrevistas de alguns funcionários da Enron, mostrando o drama vivido pelos envolvidos neste escândalo.
Em seguida, são mostradas cenas após o julgamento dos responsáveis pelas fraudes e do suicídio de John, um dos grandes nomes da empresa, além de uma parte do testemunho de Jeff o principal responsável pelo escândalo, que, declara-se inocente. É feito uma breve biografia de Ken Lay, o criador da Enron e amigo pessoal da familia Bush e de um possível envolvimento do presidente dos EUA com o escândalo.
Mostra a forma que as ações da empresa se valorizaram de forma rápida em poucos anos, fazendo com que a Enron se torne a 7a empresa do EUA e uma das maiores do mundo na área de energia. Define também que o marco para a fraude desenvolvida pela Enron, foi a permissão que o orgão responsável do governo da regulamentação das empresas, de inovar o método de contabilidade, o que era conhecido como “mark to market” (posição ao seu valor de mercado), método esse que permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia, método esse que permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo como receita corrente.
O filme não duvida também a participação de várias pessoas nesse esquema além do mentor Jeff, como por exemplo: Ken Rice, Cliff e Lou Pai, sendo o último o responsável pela posteriormente fracassada EES (Enron Energy Services) e quem mais lucrou na empresa, apesar da falência e que no filme deixa claro quem efetivamente era essa figura soturna Lou Pai. A norma desenvolvidas por esses homens cada vez mais afundava a empresa e ao mesmo tempo passava uma imagem de empresa das mais sólidas e inovadoras do EUA, no final do século XX e início do XXI.
Destaca também as relações pouco promissoras com empresas, bancos e consultoria, onde todos os envolvidos se beneficiavam com as fraudes da Enron e a participação efetiva desses grupos econômicos no esquema. Banco de investimento Merill Lynch, Deutsche Bank, CityBank e a consultona Arthur Andersen, que após o escândalo faliu por total participação na fraude contábil. O filme mostra a bolsa de valores de NY com a enorme valorização das ações, onde a Enron era o grande fenômeno, com valorização constante.
Porém os consecutivos fracassos, levaram o lucro da companhia a quedas assustadoras. Mesmo assim os controladores ocultavam esses fatos através de sua contabilidade fictícia e um superinvestimento em publicidade, além de mudarem constantemente de mercado, até chegarem ao 3 superinvestimento em publicidade, além de mudarem constantemente de mercado, até chegarem ao mercado desregulado da Califórnia. O ponto central nesse momento, contudo, é a falha dos analistas em perceberem a fraude que estava em operação. Também surge ai a figura de Andy Fastow.
Após a explosão da bolha que não consegue explicar-se, a Enron surgiu como a grande empresa para se investir, já que seus lucros, aparentemente, continuavam a subir graças a sua capacidade de inovação. Isso também ajudou a encobrir toda a trama que os empresários bolavam. Após uma análise mais atenta de um investidor, contudo, uma repórter começou a investigar o mistério que cercava a empresa e o criticar. Na parte final do filme mostra a queda acentuada do valor da ações da Enron e consequentemente a incapacidade de ocultar o real estado da empresa e suas artimanhas e fictícios lucros.
A descoberta por parte da vice-presidente da Enron, Sherron Watkins, onde escreva uma carta anônima para o presidente Ken Lay, afirmando o suposto envolvimento do Jeffrey Skilling nas fraudes, improbidades contábeis e outras ações ilegais. A partir daí a queda se torna um fato concreto. Skilling ao perceber o que aconteceria mais adiante, desiste alegando problemas familiares. Durante essa fase anterior a crise efetiva, a diretoria em sua totalidade já haviam vendido mais de um bilhão de dólares de ações da Enrom que pertenciam a eles.
Enquanto os funcionários e acionistas viam seus fundos diminuírem a quase zero, a diretoria se beneficiava de informações privilegiadas para sair deste episódio com algum lucro. O documentário encerra com cenas do julgamento, mostrando ao mesmo tempo o desespero dos funcionários. Jeff Skilling e Ken Lay foram ambos indiciados e responsabilizados pelo escandalos, bem como os outros envolvidos dos bancos e consultoria envolvidos no esquema de fraude.
ANÁLISE CRÍTICA O documentário aborda de maneira clara e sucinta a fraude talvez de consequências das mais graves na economia americana nos últimos 50 anos. Ficam alguns questionamentos a serem pensados e discutidos por um bom tempo. Onde está a ética dos negócios? Ela existe no mundo econômico? É importante? Claro que diante dos fatos, podemos aprender lições para gerações futuras. A ética sempre será um componente importante a qualquer ramo da vida humana.
Principalmente na área dos negócios, onde o foco e razão da existência das organizações é o lucro. A que preço eu posso ou estou disposto a pagar para obter o meu “lucro’? Certamente o que atravessam essa questão, é a ética. Sem ela o homem vulgariza as suas ações valores. Somos seres dotados de razão e sensibilidade para diante de situações que exijam a ética, saibamos decidir por aquilo que é bom para mim, mas também para o outro. Porque se assim nao for, entraremos num mundo doloso e cruel.
Neste episódio fica claro a visão do mundo capitalista, onde o mercado regulamenta o mercado e por conseqüência não existe a necessidade de controle, é uma grande verdade. Milton Friedman, com sua adaptação, influenciado por Adam Smith, presenta um contexto irreal para a sociedade. Longe estamos de achar que somos capazes de viver num mundo onde não existam leis, controles, intervenções sobre o mercado.
Afinal somos pessoas falíveis. Podemos comprometer várias vidas por ações equivocadas. E mesmo com controle tendemos a buscar facilidades e mecanismos para levarmos vantagem. O episódio da Enron fica bem claro a falta de caráter, de ética e de vergonha na cara ao tentar levar adiante essa fraude. Lamentável que aqueles em que se esperavam uma ação pra corrigir ou punir, entraram no esquema ou simplesmente ignoravam a verdade.
Foi muito interessante ao final do filme ver um funcionário (comercio), lamentar que não tenha feito uso do slogan da empresa: “Ask Whif’, pergunte o por quê. Eis a questão principal: por quê?

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