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1 Eletrocardiograma Parte III Profª Fernanda Barboza Registro Eletrocardiógrafo Profª Fernanda Barboza helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 2 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Registro Eletrocardiógrafo www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Ondas do ECG Onda P: traduz a despolarização dos átrios, enquanto evento elétrico e sístole destas câmaras, enquanto evento mecânico. Intervalo P-R: no significado elétrico, referente-se ao tempo em que o impulso cardíaco leva para despolarizar os átrios, percorrer as vias de condução internodais, o nódulo AV, o feixe de His e ramos até alcançar os ventrículos. Já no significado mecânico, traduz o período de sístole dos átrios em consonância à pausa fisiológica que ocorre no Nó Átrio-ventricular. O tempo desse intervalo limita-se entre 0,12 segundos a 0,20 segundos. helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 3 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Complexo QRS: refere-se à despolarização dos ventrículos e sístole dessas câmaras. O tempo médio desse complexo situa-se entre 0,08 até 0,12 segundos. Segmento ST: é a fase inicial da repolarização ventricular dos ventrículos, portanto determina a diástole ventricular. Este segmento, eletrocardiograficamente normal, deve ser isoelétrico, ou seja, reto; não formando nem uma onda positiva ou negativa. Ondas do ECG Onda T: onda que representa a repolarização dos ventrículos e o momento final da diástole dos mesmos. www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Intervalos Horizontal- Cada quadrado pequeno equivale 0,04 seg e 5 quadrados pequenos = 0,20 seg. Vertical - cada quadrado pequeno é 1mV e o grande 5mV helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 4 www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Laudo descritivo Análise do ritmo e quantificação da Frequência Cardíaca (FC). Análise da duração, amplitude e morfologia da onda P e duração do intervalo PR. Determinação do eixo elétrico de P, QRS e T. Análise da duração, amplitude e morfologia do QRS. Análise da repolarização ventricular e descrição das alterações do ST- T, QT e U quando presentes. helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 5 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Como interpretar um ECG? 1. Deve ser analisado de maneira sistemática para determinar o Ritmo cardíaco do paciente e detectar arritmias, distúrbios de condução, evidências de isquemia, lesão e infarto do miocárdio. Informações do paciente: Idade e dados clínicos; Identificar as derivações; Observar a qualidade do traçado: Ausência de interferência elétrica e Ausência de tremor muscular. www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Como interpretar um ECG? Método de Dubin 2. Verificar a FC (60 a 100 bpm): Conta os quadrados grandes dentro do intervalo RR e depois divide por 300 (ritmo regular). Ou soma dos quadrados pequenos e divide por 1500. Bradicardia e taquicardia. helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 6 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Como interpretar um ECG? Método de Dubin 3. Verificar o ritmo: Regular: contar os quadrados grandes entre a diferença das ondas R. Será regular se for igual ou muito próximo. - Ritmo sinusal a) Uma onda P precedendo cada QRS b) Cada QRS antecedido por uma onda P e P positiva em DII, DIII e avF www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Cálculo da FC FC= 1500/nº de quadrados menores entre duas ondas R helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 7 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma 4. Identificar a onda P e verificar a onda P(despolarização atrial): morfologia Como interpretar um ECG? 5. Intervalo PR- 0,12 a 0,20 (alterações atrioventriculares) 6. Intervalo QRS- deve durar até 0.12 seg (3 quadradinhos). (alterações ventriculares) 7. Onda T 8. Procure onda Q patológica (maior que um quadradinho) www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Onda P positiva em DI, DII e aVF e Negativa em aVR; Onda P de mesma morfologia e sempre seguida do seu correspondente complexo QRS; Determinação do ritmo sinusal Distância RR regular helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 8 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Despolarização atrial e pausa do NAV- permite a entrada de sangue nos ventrículos. • Medir do início da onda P ao início do QRS; • Varia de acordo com a idade e a frequência cardíaca; • Intervalo PR constante, sendo maior que 120 ms (0,12s) e menor que 200 ms (0,20seg) no adulto; Alterações: a) Menor que o normal (< 0,12 seg): Feixe anômalo (Síndrome de Wolff Parkinson White) ou o estímulo não é sinusal. b) Maior que o normal ( > 0,20 seg): bloqueio AV Intervalo PR www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Despolarização do ventrículo- Impulso elétrico do NAV por meio do feixe de His (direito e esquerdo) para fibra de Purking QRS helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 9 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Ocorre entre o início do complexo QRS e o fim da onda T. Esse intervalo indica a duração da despolarização e repolarização dos ventrículos, e varia de acordo com a taxa de batimentos cardíacos, idade e sexo do paciente Intervalo QT www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Pausa após o QRS (isoelétrico). Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T; Deve estar no mesmo nível do PR; Duração 0,12 seg Alterações do ST: • Supradesnivelamento - Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) - Pericardite aguda • Infradesnivelamento - Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) - Ação digitálica Segmento ST helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 10 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Normal ST Supradesnivelamento Infradesnivelamento www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Onda T Ramo ascendente mais lento que o descendente; Ocorre após a pausa do segmento ST. Representa a repolarização do ventrículo e, consequentemente, relaxamento ventricular. É uma onda única, assimétrica: Ápice arredondado; Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica; A isquemia miocárdica modifica a onda T: Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica; helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 11 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Importante A repolarização atrial não tem expressão eletrocardiográfica, pois Intervalo P-R está mascarada sob a despolarização ventricular que, eletricamente, tem uma voltagem maior em relação à outra. A despolarização atrial pode ser analisada no estudo eletrofisiológico (EEF). Cateterismo específico para estudo elétrico e arritmias. É um método de avaliação invasiva das propriedades elétricas do coração e sistema de condução. www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Onda U Repolarização tardia das fibras de Purkinje. Última e menor deflexão do ECG que, quando presente, inscreve-se logo após a onda T e antes da P do ciclo seguinte, de igual polaridade à T precedente e de amplitude entre 5 e 25% da mesma, na maioria das vezes. Geralmente visível apenas em frequências cardíacas baixas, tem sua gêneseatribuída a: Repolarização demorada dos músculos papilares. Potenciais residuais tardios do septo. Acoplamento eletromecânico. helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 12 www.romulopassos.com.br Ondas P QRS T Anatomia Despolarização dos átrios D e E Despolarização dos ventrículos D e E Repolarização (repouso) Aspectos gerais Duração: 0,10 s. Amplitude: não deve exceder 0,25 mV) Forma: arredondada Duração: 0,06 a 0,12 s. Amplitude: (0,5; 0,8 mV) Forma: a onda Q, quando presente, ocorre no início do complexo QRS e é a primeira deflexão para baixo do complexo. A onda R, que se dirige para cima, é seguida de uma onda S, dirigida para baixo. Duração: não é medida, e sim incluída na medida do QT. Amplitude: não há critérios bem definidos, geralmente menor que o QRS. Forma: assimétrica com seu ramo ascendente lento e o seu ramo descendente rápido. Ativação Contração atrial (sístole), despolarização. Ativação AD (1ª porção da onda P), Ativação AE (2ª porção da onda P) Contração ventricular (sístole), despolarização. His-Purkinje: A onda de ativação elétrica passa pelo Feixe de His, localizado no septo interventricular, e se espalha pelos seus dois ramos principais (D e E). - ativação septal: onda Q - ativação das paredes: onda R - ativação das porções basais: onda S Relaxamento ventricular (diástole), repolarização. A onda T é causada por correntes geradas enquanto os ventrículos se recuperam do estado de despolarização. Resumo www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Ondas P QRS T Canais Iônicos: Despolarização Atrial: entrada de Na+ na célula (AD e AE). Membrana altamente permeável aos íons sódio (fluxo intenso de íons positivos elevando o potencial na direção da positividade). Despolarização Ventricular: entrada de Na+ na célula (VD e VE). Membrana altamente permeável aos íons sódio (fluxo intenso de íons positivos elevando o potencial na direção da positividade). Repolarização ventricular: - início: diminuição da permeabilidade ao Na+; - retorno ao potencial da membrana; - saída de K+. Principais patologias associadas: - Fibrilação Atrial - Sobrecarga AD e AE Hipercalemia - Áreas de fibrose (Infarto antigo) - Síndromes Isquêmicas - Hipercalemia - Hpocalemia Resumo helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09 13 www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em ECG - Eletrocardiograma Nódulo sinusal Marca-passo fisiológico do coração. Responsável pelo controle da FC e pela geração dos impulsos elétricos que ocasionam toda a excitabilidade do coração; Situado na parede lateral na parte superior do AD. www.romulopassos.com.br helene maria sousa de carvalho - 045.420.333-09
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