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Resumo I - Clínica Médica I - ECG

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1 
 
Rafaela Pamplona 
Clínica Médica I - ECG 
Coração................................................................................................................................................................................................1 
Eletrofisiologia ......................................................................................................................................................................................3 
Eletrocardiograma Normal .................................................................................................................................................................. 10 
Bloqueio de Ramo .............................................................................................................................................................................. 13 
Bloqueio Divisional ............................................................................................................................................................................. 14 
Bloqueio atrioventricular ..................................................................................................................................................................... 16 
Sobrecarga atrial ................................................................................................................................................................................ 17 
Sobrecarga ventricular ........................................................................................................................................................................ 19 
Isquemia............................................................................................................................................................................................. 22 
Arritmias ............................................................................................................................................................................................. 27 
Coração 
 
Definição e Anatomia do coração 
 O coração é uma bomba muscular pulsátil que se contrai 
ritmicamente impulsionando sangue por todo o sistema 
circulatório 
 O coração repousa sobre o diafragma, próximo da linha 
mediana da cavidade torácica. Encontra-se no mediastino 
entre os pulmões, com o ápice voltado para a esquerda, 
para baixo e para frente 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Rafaela Pamplona 
Histologia cardíaca 
 Tipos celulares 
- Células musculares 
~ Núcleo, estrias musculares e discos intercalares 
~ Função: contrátil, desempenham efetivamente o trabalho 
mecânico 
- Células especializadas 
~ Núcleo, poucas estrias musculares e discos intercalares 
~ Função: geração e propagação do impulso elétrico 
 O miocárdio funciona como sincício 
- Os discos intercalares são membranas que separam as 
células cardíacas, essas membranas se fundem, formando 
junções comunicantes que permitem a difusão de íons 
- Os discos intercalares permitem a passagem do potencial 
de ação com restrição mínima 
 Válvulas atrioventriculares 
- Tecido fibroso que promove isolamento elétrico, causando 
um retardo fisiológico do potencial de ação, permitindo que 
os átrios se contraiam antes dos ventrículos, o que é 
importante para a eficiência do bombeamento cardíaco 
 
 
 
Sistema de condução cardíaco 
 Constituído pelos nós e redes de células especializadas 
 O nó SA origina o impulso elétrico de contração, que é 
transmitido pelos átrios direito e esquerdo através dos feixes 
internodais, ocorrendo a contração atrial. Quando o impulso 
chega ao nó AV ele sofre retardo, assegurando o 
enchimento dos ventrículos. O impulso então percorre o 
feixe de His ramo direito e esquerdo em direção as fibras de 
Purkinge, propagando-se pelos ventrículos, provocando a 
contração. 
 Nó sinusal (SA) 
- É o marca-passo do coração, localizado superior ao sulco 
terminal do AD, próximo a abertura da veia cava superior 
- Responsável pelo ritmo sinusal = ritmo normal do coração 
(60 a 100 bpm) 
~ Ritmo é sinusal no ECG 
↳ Onda P com eixo entre 0 – 90º 
↳ Onda P positiva em D1, D2 e aVF e negativa em aVR 
↳ Após toda onda P haverá um complexo QRS 
 Feixes internodais: conduz o impulso do átrio direito para o 
esquerdo e do nó SA para o nó AV 
- Feixe anterior 
- Feixe de Bachman – responsável pela ligação interatrial 
- Feixe médio 
- Feixe posterior 
 Nó atrioventricular (AV) 
- Localizado no AD, póstero-inferior ao septo interatrial 
- Marca-passo anormal ou Ectópico: quando o nodo AV ou 
as fibras de Purkinge desenvolvem frequência rítmica mais 
rápida que o nodo SA, normalmente ocorre na tentativa de 
compensar algum bloqueio na condução do impulso 
(síndrome de Stokes Adams) 
 Feixe de His ou fascículo atrioventricular 
- Localizado no septo interatrial 
- Rápida condução através dos ventrículos 
- Responsável por conduzir os impulsos do nó AV para os 
ramos direito e esquerdo 
 Ramo direito 
- Conduz o impulso para o ventrículo direito 
 Ramo esquerdo (+ mais rápido) 
- Conduz o impulso para o ventrículo esquerdo 
- Fascículo ântero-superior 
- Fascículo póstero-inferior 
 Rede de Purkinge 
- Ultimo componente do sistema de condução 
- É a divisão do feixe de His no interior da parede dos 
ventrículos 
- Responsáveis pela despolarização ventricular 
 
 
Sistema de condução 
Átrios Nó AV e feixe de His 
Nó sinusal Nó AV 
Feixe internodal posterior Feixe de His 
Feixe internodal médio Ramo direito 
Feixe internodal anterior Ramo esquerdo 
Feixe de Bachmann Fibras de Purkinge 
Nó atrioventricular 
3 
 
Rafaela Pamplona 
Eletrofisiologia 
 
Conceitos básicos 
 Coração produz corrente elétrica 
 Essa energia pode ser captada por equipamentos 
 Isso pode nos dar informações sobre o coração 
 Em repouso, o meio intracelular é negativo e o extracelular 
positivo 
 O potencial de ação despolariza a célula, tornando o meio 
intracelular positivo e o extracelular positivo 
 Cada despolarização gera uma contração 
 Coração bate 50 a 100x por minuto 
 
 
 
Eletricidade e o coração 
 A principal função do coração é bombear sangue, o que 
exige a geração de uma força contrátil. Essa força é 
decorrente do potencial de ação cardíaco, ou seja, a 
atividade mecânica exige a atividade elétrica 
 O ECG é o registro da atividade elétrica do coração, as 
ondas representam os processos de despolarização e 
repolarização 
 As ondas são detectadas pelos eletrodos colocados na 
superfície do corpo 
 No repouso, o meio interno é polarizado negativamente 
 Os principais íons responsáveis pela diferença de potencial 
são: potássio, sódio, cloro e cálcio 
- ↑K+ nos líquidos extracelulares pode fazer com que o 
coração se dilate e fique flácido, além de diminuir a FC. 
Pode bloquear a condução do impulso cardíaco dos átrios 
para os ventrículos pelo feixe A-V, desencadeando arritmia 
seguida de parada cardíaca. Diminui o potencial de 
repouso das membranas das fibras miocárdicas 
- ↑Ca2+ induz o coração a produzir contrações espásticas e 
↓ Ca2+ causa fraqueza cardíaca, semelhante à causada 
pelo aumento do potássio 
 A despolarização das células marca-passos ocorre 
espontaneamente, sendo propagada por todo o coração 
 Regulado por SNA 
 Propriedades do músculo cardíaco 
- Cronotropismo ou automatismo: capacidade de gerar 
estímulo elétrico 
~ Depende do SNA e do mecanismo de Frank-Starling 
(capacidade do coração de se adaptar as variações do 
volume sanguíneo, modificando sua contratilidade) 
- Batmotropismo ou Excitabilidade: capacidade de 
responder ao estimulo elétrico 
- Dromotropismo ou condutibilidade: capacidade de 
transmitir o estimulo elétrico, propagando o PA para todas 
as fibras musculares 
- Contratilidade ou Inotropismo: força de contração é 
proporcional ao Ca2+ no citoplasma 
- Ritmicidade: descarga rítmica depende da permeabilidadeaos íons, principalmente nos nodos SA e AV 
- Refratariedade: capacidade para não responder aos novos 
estímulos quando estão no período de recuperação, 
impedindo a tetânia 
 
 
 
Células do coração 
 Células de marca passo 
- Nó sinoatrial (SA) ou nó sinusal 
- Responsáveis por desencadear espontaneamente a onda 
de despolarização (= autodespolarização) , iniciando o 
ciclo cardíaco 
- São células com automatismo, gerando um potencial de 
ação lento e gradual, levando mais tempo para 
despolarizar e nunca entrando no potencial de repouso, 
chega apenas no potencial negativo mínimo 
- Depende da atividade do SNA e da demanda corporal 
(débito cardíaco – exercício ou repouso) 
 
 
4 
 
Rafaela Pamplona 
 Células de condução elétrica 
- Responsáveis pela condução rápida do impulso elétrico 
- Potencial de ação de despolarização rápida 
- Fibras de condução ventricular = sistema de Purkinje 
- Fibras de condução atrial 
~ Feixes internodais anterior (ou James), médio (ou 
Wenckebach) e posterior (ouThorel) 
~ Feixe de Bachmann – surge do feixe internodal 
anterior, passando pela veia cava anterior e aorta 
ascendente, sendo a via de rápida de ativação do átrio 
esquerdo a partir do direito 
 Células miocárdicas 
- Responsáveis pela contratilidade do coração 
- Abundância das proteínas actina e miosina 
 
Potencial de ação cardíaco 
 O tempo de iniciação, a forma e a duração do PA são 
distintos para diferentes partes do coração, refletindo suas 
diferentes funções 
 PA lento ou potencial marca-passo: maior tempo de 
despolarização, ocorre nas células marca-passos 
- Sempre que o potencial marca-passo depolariza até o 
limiar, as células autoexcitáveis disparam um PA 
- Menor amplitude 
- Menor velocidade de ascensão da fase 0 
- Ausência de fase de platô 
- Fase 4 com inclinação ascendente (despolarização 
diastólica) 
 PA rápido: menor tempo de despolarização, ocorre nos 
cardiomiócitos 
- Platô: mantem a despolarização, permitindo que todos os 
cardiomiócitos sejam estimulados 
 
 
 
Fase 0 entrada rápida de Ca depolarização ascendente 
Fase 3 saída de K repolarização 
Fase 4 entrada de Na e saída 
de K 
despolarização diastólica 
lenta 
 
 
 
Fase 0 entrada rápida de Na depolarização rápida 
Fase 1 cessa a entrada de Na, saí K, 
entra Cl 
repolarização 
precoce transitória 
Fase 2 saí K, entra Ca platô 
Fase 3 somente saída de K repolarização tardia 
Fase 4 bomba de Na/K, saída de Ca potencial de repouso 
 
Vetores 
 É um segmento reta orientado 
 Representação gráfica de uma força que tenha amplitude, 
direção e sentido 
 Atividade elétrica do coração 
- Pode ser representada por vetores 
- É captada através de eletrodos que são dispostos ao 
longo do tórax e membros 
 
 
 
 Atividade elétrica 
- Inscrição positiva: quando caminha em direção ao eletrodo 
- Inscrição negativa: quando caminha em sentido contrário 
ao eletrodo 
- Isodifásica: quando caminha perpendicular ao eletrodo 
determina uma inscrição isodifásica 
 
5 
 
Rafaela Pamplona 
Derivações 
 É a forma de olhar o coração de vários ângulos 
 “olha a mesma coisa de ângulos diferentes” – cada 
derivação tem sua visão específica do coração ou ângulo de 
orientação 
 ECG tem 12 derivações 
- 6 derivações dos membros – plano frontal: DI, DII, DIII, 
aVR, aVL, aVF 
 
 
 
 
 
- 6 derivações precordiais – plano horizontal: V1, V2, V3, 
V4, V5, V6 
 
 
 Grupos e derivações 
V2, V3, V4 anterior 
DI, aVL, V5, V6 lateral esquerda 
DII, DIII, aVF inferior 
aVR, V1 ventricular direita 
 
 
 
 Associação derivação X parede X artéria 
V1 a V4 parede anterior descendente anterior 
V1 a V6, D1 e aVL 
parede anterior 
extenso 
descendente anterior 
DII, DIII e aVF parede inferior 
coronária direita ou 
circunflexa 
V7 e V8 posterior 
coronária direita ou 
circunflexa 
V3R e V4R ventrículo direito coronária direita 
DI e aVL parede lateral alta circunflexa 
 
 
 
Registro eletrocardiográfico 
 Papel do ECG é milimetrado horizontalmente e 
verticalmente, a cada 5 traços há uma linha mais forte 
 O registro é feito a uma velocidade de 25mm/s 
- Eixo horizontal: mede o tempo 
~ Quadrado pequeno representa 0,04s ou 40ms 
~ Quadrado grande represente 0,2s ou 200ms 
- Eixo vertical: mede a voltagem 
~ Quadrado pequeno representa 0,1mV 
~ Quadrado grande represente 0,5mV 
6 
 
Rafaela Pamplona 
 
DI lateral aVR direito V1 septal V4 anterior 
D2 inferior aVL lateral V2 septal V5 lateral 
D3 inferior aVF inferior V3 anterior V6 lateral 
 
 
 
Ciclo cardíaco e eventos elétricos 
 O ECG é uma das principais ferramentas para diagnosticas 
alterações do sistema de condução 
 As ondas do ECG representam a atividade elétrica das 
células miocárdicas 
 Principais características da onda 
- Duração – segundos (s) 
- Amplitude – milivolts (mV) 
- Configuração – aspecto da onda 
 
 OBS.: Intervalo: engloba onda e segmento 
Segmento: não engloba onda, são isoelétricos 
 
 
 
 
 Despolarização atrial = onda P 
- Despolariza da direta para esquerda e de cima para baixo 
- Melhor derivação: DII e V1 
- Morfologia: arredondada e simétrica 
- Duração normal: 0,08s a 0,11s (≈2 – 2,75mm) 
- Amplitude normal: 0,25 a 0,3mV (2,5mm a 3,3mm) 
- Polaridade 
~ Positiva em DI, DII, aVF, de V4 a V6 
~ Negativa aVR 
~ Bifásica em V1 
- Componentes 
~ Primeira parte = componente atrial direito 
~ Segunda parte = componente atrial esquerdo 
 
 
 
 Pausa na condução = Segmento PR 
- Linha isoelétrica entre o final da onda P e o início do QRS 
- As válvulas atrioventriculares impedem a comunicação dos 
átrios com os ventrículos 
- Nó atrioventricular provoca retardo fisiológico na condução 
permite que os átrios terminem de contrair antes que os 
ventrículos comecem a contrair 
- Duração inversamente proporcional a FC 
- Pode estar desnivelada 
~ Supradesnível: infarto atrial 
~ Infradesnível: pericardite 
 
 Condução atrioventricular = Intervalo PR 
- Mede o tempo entre o início da despolarização atrial e o 
início da despolarização ventricular 
- Duração normal: 0,12 a 0,20s (3 a 5 quadradinhos), é mais 
curto em crianças e com o aumento da FC 
~ Curto: ritmo ectópico ou pré-excitação ventricular 
(síndrome de Wolff-Parkinson-White) 
~ Longo: bloqueio atrioventricular de primeiro grau 
 
 Despolarização ventricular = Complexo QRS 
- O sistema de condução ventricular é dividido em 
~ Feixe de His 
↳ Ramo direito: segue pelo lado direito do septo 
interventricular até o ápice do ventrículo direito 
↳ Ramo esquerdo: divide-se em fascículo septal, 
fascículo anterior e fascículo posterior 
7 
 
Rafaela Pamplona 
~ Fibras de Purkinje 
- Morfologia: variável nas diferentes derivações – onda R 
gradualmente positiva 
 
 
 
- Duração: 0,05 a 0,10s 
~ Alargado: >0,11s – hipertrofia ou dilatação e bloqueio do 
sistema de Purkinge (bloqueio de ramo) 
~ Estreito: <0,06s – taquicardias 
- Amplitude: variável nas diferentes derivações 
- Componentes (convenção) 
~ Onda Q – 1ª onda negativa – septo 
~ Onda R – 1ª onda positiva – paredes livres 
~ Onda S – onda negativa após a R – parede basal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Deflexão intrinsecóide 
- Mede o tempo entre o início da onda Q ao pico da onda R 
- Representa o tempo gasto para o estimulo sair do 
endocárdio e chegar ao epicárdio (TAV = tempo de 
ativação ventricular) 
- Normal: 0,035 em V1 e 0,46 em V6 
- Aumentado: significa atraso (hipertrofia ventricular e 
bloqueio de ramo) 
 
 Segmento ST 
- Intervalo entre o fim do QRS e o início da onda T 
- Habitualmente é isoelétrico 
- Deslocado com relação a linha de base – Ponto J 
~ Supra-desnivelamento 
↳ Côncavo: causas benignas (pericardite, repolarização 
precoce) ou IAM 
↳ Convexo: IAM 
~ Infra-desnivelamento 
↳ Ascendente: não é critério para diagnostico de 
isquemia 
↳ Horizontal ou descendente:são específicos para 
isquemia 
 
 Repolarização ventricular = onda T 
- A repolarização ocorre no sentido inverso da 
despolarização, começa no epicárdio e termina no 
endocárdio 
- Morfologia: arredondada e assimétrica 
- Polaridade: em geral, mesma polaridade do QRS, pois o 
vetor da repolarização tem orientação semelhante ao da 
despolarização 
~ Positiva em DI, DII e aVF e V3 a V6 
~ Negativa em aVR 
~ Invertida: angina instável e IAM 
~ Apiculada na hipercalemia 
~ Plana na hipocalemia 
 
 Intervalo QT 
- Representa a duração total da sístole elétrica 
- Duração: varia com sexo, FC, idade 
- QTc = intervalo QT corrigido 
𝑄𝑇𝑐 = 𝑄𝑇/√𝑅𝑅 
~ Normal: 0,44 (±0,02) 
~ Prologando: predispõe ao fenômeno R sobre T 
 
 Onda U 
- Após a onda T 
- Mais visível em V3 e V4 
- Amplitude: 0,33mm 
- Polaridade: semelhante a onda T 
8 
 
Rafaela Pamplona 
~ Positiva em DII, DIII e aVF 
~ Negativa em aVR 
- Diminuída por droga 
- Invertida por isquemia ou SVE 
 
 
Determinação da FC 
 Do início de uma onda P até o início da próxima onda P, ou 
do pico de uma onda R até o pico da onda R seguinte 
 FC normal: de 50 a 100 bpm 
FC = complexos QRS em 6s x 10 
ou 
FC = 1500 quadrados menores 
 nº quadrados menores entre RR 
 
 
 
Determinação do ritmo 
 Ritmo regular = ritmo sinusal: intervalos regulares 
- Onda P 
~ Positiva em DII, DIII e aVF 
~ Negativa em aVR 
 Irregular ou arritmia 
- Contar quantos complexos QRS existem em um intervalo 
de 10s, que é o D2 longo, e multiplica por 6 OU quantos 
QRS tem em 6s (30 quadradões) e multiplica por 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação do eixo elétrico 
 
 
1º. Observar as derivações DI e aVF 
DI aVF 
+ + eixo normal - 30º a +120º 
+ – desvio para esquerda -30º a -90º 
– + desvio para direita +90º a +180º 
– – desvio extremo +180º a -90º 
 
 
2º. Definir a derivação em que o QRS é isodifásico (vetor 
perpendicular) ou mais próximo a isodifásico 
3º. O eixo está a 90º desta derivação: procurar as derivações 
que formam 180º com a isodifásica à 90º e definir para 
qual posição o vetor se aproxima (+) 
Ex.: Caso a isodifásica for em aVL, olhar as derivações 
próximas de -120º (aVR) e +60º (DII), se for negativo em 
aVR significa que está se afastando e positiva em DII 
significa que está se aproximando, logo o vetor aponta 
para baixo = eixo normal 
 Biotipo X Eixo 
 Brevilíneos: eixo tende a ficar mais horizontalizado 
 Longilíneos: eixo tende a ficar mais verticalizado 
 
9 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
Pratique!! 
 
FC Eixo 
 
 
 
FC Eixo 
 
FC Eixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Rafaela Pamplona 
Eletrocardiograma 
Normal 
 
 
 
 
Eletrocardiograma 
 Simples realização, reprodutível, seguro e de baixo custo 
 Método auxiliar para diagnóstico das doenças cardíacas 
 Reflete alterações primarias ou secundárias 
- Doenças das artérias coronárias 
- Hipertensão arterial 
- Cardiomiopatias 
- Distúrbio do ritmo 
- Sobrecargas de câmaras 
- Doenças metabólicas e alterações eletrolíticas 
- Efeitos tóxicos ou terapêuticos das drogas e próteses 
 Indicações 
- Avaliação pré-operatória 
- Pacientes cardiopatas 
- Pacientes com suspeita de doença cardíaca na avaliação 
clínica 
ECG normal 
 Ondas características (P, Q, R, S e T) as quais 
correspondem a eventos elétricos da ativação do miocárdio 
 FC entre 60 e 100bpm 
 Onda P presente, indicando ritmo sinusal (<0,12s) 
 Intervalo PR tem duração entre 0,12 e 0,20 segundos 
 Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos 
 Eixo elétrico normal situa-se entre –30º e +90º 
 
 
 
Pontos importantes no ECG 
1. Determinar o ritmo 
2. Determinar a frequência 
3. Determinar o eixo elétrico 
4. Avaliar a onda P (duração, amplitude e morfologia) 
5. Medir o intervalo PR 
6. Determinar a duração e aspecto do QRS 
7. Analisar o ponto J e o segmento ST 
8. Examinar a onda T 
9. Medir intervalo QT 
10. Verificar a presença de batimentos ectópicos e outras 
anormalidades 
 
Análise do ritmo sinusal 
 Consta em 3 eventos P, QR e T 
 Onda P 
- Positiva em DI, DII 
- Negativa em aVR 
- Obrigatoriamente antes do complexo QRS 
 
 
 
11 
 
Rafaela Pamplona 
Determinar a FC 
 Relacionada a contração atrial 
 Valores de referência 
- Normal: entre 50 e 100bpm 
- Bradicardia sinusal: abaixo de 50bpm 
- Taquicardia sinusal: acima de 100bpm 
 Cálculo da FC 
- Regra do 300 
Dividir 300 pelo número de 5 quadrados (que perfazem 
0,20s) que contém o intervalo RR 
- Regra dos 1500 
Dividir 1500 pelo número de quadrados menores (unidade 
menor que contém o intervalo RR) 
 
 
- Na prática 
A partir de uma onda R que coincida com uma linha 
escura, conte: 300, 150, 100, 75, 60, 50 para cada linha 
escura, até a próxima onda 
 
 
Determinando o eixo elétrico 
 Observar o complexo QRS nas derivações DI e aVF 
- Se positivo, negativo ou isoelétrico 
 Normal: eixo para o lado esquerdo entre – 30 e 90º 
 
 
 
 
 
 
 
Onda P 
 Melhores derivações para análise: DII e DIII 
 Amplitude máxima: 0,25mV 
 Duração: 0,08 a 0,11s (2,5 a 3,3mm) 
 Tamanho normal 
- Altura 2,5mm 
- Comprimento 3,0mm 
 Hipertrofia atrial gera 
aumento da onda P 
 Arritmia não sinusal = 
ausência de onda P 
 Forma arredondada 
 Monofásica ou difásica 
 Obrigatoriamente positiva em DI, DII e aVF 
 Obrigatoriamente negativa em aVR 
 Fase positiva maior que a negativa 
 
Intervalo PR 
 Do início da onda P até o início do complexo QRS 
 Indica a velocidade de condução entre os átrios e os 
ventrículos 
 Duração: entre 0,12 e 0,20s 
 
Onda Q 
 Primeira onda negativa 
 Profundidade: deve ser em torno de 3mm ou no máximo 1/3 
da amplitude do complexo QRS 
 Duração: em torno de 0,03s 
 Em algumas derivações esses valores podem ser 
ultrapassados (aVR, aVL e DIII) 
 
Complexo QRS 
 Maior que a onda P, pois a massa muscular dos ventrículos 
é maior que a dos átrios 
 Duração: entre 0,05s e 0,11s (até 2 quadradinhos) 
 Anormalidades no sistema de condução gera alargamento 
geram complexos QRS alargados 
 Baixa Voltagem: se em nenhuma das derivações se registra, 
pelo menos uma deflexão, positiva ou negativa, maior que 
5mm e no plano horizontal ela será aceita se a maior 
deflexão não ultrapassar 8mm – obesidade, enfisema, 
derrame pericárdico, miocardiopatia dilatada e edemas. 
 Não há critérios universalmente aceito de alta voltagem 
 Polaridade 
- Predominantemente positivo em regiões ântero-posterior 
esquerdas 
- Predominantemente negativo em regiões a direita 
 
12 
 
Rafaela Pamplona 
Segmento ST 
 Imediatamente ao final do complexo QRS e início da onda T 
 Normal = isoelétrico 
 Ponto J 
- Para baixo = infra-desnivelamento 
- Para baixo = supra-desnivelamento 
 
 
Onda T 
 Mesmo sentido da ativação ventricular – acompanha a 
polaridade do QRS 
 Morfologia arredondada e assimétrica, fase ascendente leta 
e descendente rápida 
 
 
 Inversão da onda T indica processo isquêmico 
 Assimétrica: seu ramo ascendente é lento e seu ramo 
descendente é rápido 
 OBS.: quando for negativa, sem patologia ela deve 
continuar sendo assimétrica 
 Obrigatoriamente positiva em DI, DII e aVF 
 Obrigatoriamente negativa em aVR 
 
Intervalo QT 
 Mede do início do QRS até o final da onda T = sístole 
ventricular 
 Duração: 0,46 a 0,30s 
 Maior nas mulheres, aumenta com a FC, idade e durante o 
sono 
 É melhor mensurado em V2 e V3 
 
Onda U 
 Pode ser observada em V2, V3 e V4 
 Morfologia pequena e arredondada 
 Mesma polaridade que a onda T precedente 
 Positiva em derivações inferiores e precordiais 
 Negativa em aVR 
 Inversamente proporcional a FC, sendo comum encontrá-la 
em atletas e bradicárdicos 
 
Medidas 
 Onda P: 0,08 a 0,10s 
 Intervalo PR: 0,12sa 0,20s 
 QRS: 0,08 a 0,11s 
 Intervalo QT: 0,34 a 0,44s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Rafaela Pamplona 
Bloqueio de Ramo 
 
Definição 
 Quando há um atraso na condução do estimulo elétrico pelo 
sistema de condução 
 É qualquer obstrução ou retardo do fluxo de eletricidade ao 
longo dos ramos direito ou esquerdo do feixe de His 
 Acarreta diferentes alterações na morfologia e duração do 
complexo QRS – QRS alargado é sinal de bloqueio 
 O eixo elétrico normal resultante da despolarização 
ventricular é direcionado para a esquerda e para baixo, entre 
0º – 90º 
 
Roteiro de interpretação 
1. Medir a duração do QRS 
2. Olhar a morfologia do QRS na derivação V1 
3. Olhar a morfologia do QRS na parede lateral 
4. Olhar a relação QRS/segmento ST – onda T 
 
TEMDA – mnemônico 
 Tempo de despolarização ventricular aumentando 
- Duração do QRS 
- Normal: duração menor que 0,12ms 
 Eixo despolarização em V1 
- QRS alargado e negativo = bloqueio de ramo esquerdo 
- QRS alargado e positivo = bloqueio de ramo direito 
 Morfologia do QRS na parede lateral 
- DI, aVF e ?? 
- Padrão de R puro (só onda Q) 
~ Só onda positiva 
- Padrão de onda positiva sem ondas Q = BRE 
- Presença de onda S em parede lateral = BRD 
- Eixo QRS 
~ Se tender para a esquerda pensar em BRE 
~ Se tender para a direita pensar em BRD 
 Discordância Apropriada – QRS e onda T 
- Segmento ST na mesma linha do segmento PR 
~ Supra ou infra-desnivelamento 
- Onda T no mesmo sentido do 
QRS 
 
~ Se o QRS se opor ao 
segmento ST em todas as 
derivações = BRE 
 
~ Se o QRS se opor ao 
segmento ST apenas nas 
precordiais direitas = BRD 
DI lateral aVR direito V1 septal V4 anterior 
D2 inferior aVL lateral V2 septal V5 lateral 
D3 inferior aVF inferior V3 anterior V6 lateral 
 
 
Bloqueio de ramo esquerdo (BRE) 
 Alteração da condução do ventrículo esquerdo 
 QRS > 0,12s (> 3 quadradinhos) 
 QRS negativo em V1 (rS) 
 Onda R com padrão de torre em V6 
 Presença de onda R pura ou entalhada em parede lateral 
 Alteração difusa da relação QRS/T 
- QRS se opõe ao segmento ST em todas as derivações 
laterais esquerdas 
 Sempre patológico – mas não é específico para nenhuma 
patologia cardíaca. Normalmente o pct é mais grave quando 
apresenta a patologia associada ao bloqueio 
 Tratamento para a patologia que desencadeou o bloqueio 
 
 
 
Bloqueio de ramo direito (BRD) 
 Alteração da condução do ventrículo direito 
 QRS > 0,12ms (>3quadradinhos) 
 QRS positivo em V1 
 Padrão “orelha de coelho” (rSr’) em V1 
 Padrão qRs em V6 
 Presença de onda S em parede lateral 
 Oposição QRS/T nas paredes precordiais direitas 
 Nem sempre é patológico 
 
14 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Pratique!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bloqueio Divisional 
 
Definição 
 Enquanto o ramo direito segue seu trajeto até o miocárdio da 
parede ventricular sem sofrer ramificações significativas, o 
ramo esquerdo precocemente emite dois fascículos 
principais: anterossuperior e o posteroinferior 
 Paciente normal – eixo elétrico aponta para o mesmo 
sentido do anatômico 
 Desvio do eixo elétrico do coração, que agora vai apontar 
para a última região do ventrículo esquerdo que vai se 
despolarizar 
 Bloqueio divisional 
- Ântero-superior (BDAS) 
- Póstero-inferior (BDPI) 
 Os bloqueios divisionais modificam o ECG 
predominantemente no plano frontal, desviando o eixo 
 
 
 
 
 
Roteiro para diagnóstico 
1. Calcular o eixo elétrico 
- Normal: esquerda e para baixo 
~ Brevilíneo: mais próximo de 0º 
~ Longilíneo: mais próximo de 90º 
2. Ver a morfologia do QRS em parede inferior 
- QRS padrão rS em parede inferior 
15 
 
Rafaela Pamplona 
~ QRS em D3 > D2 
- QRS padrão qR em parede inferior 
~ QRS em D3 > D2 
3. Ver a morfologia do QRS em parede lateral 
- Padrão qR em parede lateral 
- Padrão rS em parede lateral 
 
BDASE 
 Mais comum devido ser um fascículo mais fino e ter sua 
localização cruzando o trato de saída do ventrículo 
esquerdo, facilitando a lesão pelo próprio fluxo sanguíneo 
 Desvio do eixo para esquerda e para cima de 45º 
 Padrão negativo do QRS em parede inferior (rS) 
 Onda S de D3 > D2 
 Padrão positivo em parede lateral (qR) 
 
 
 
BDPIE 
 Desvio do eixo para direita e para baixo 
 Padrão positivo do QRS em parede inferior (qR) 
 Onda R de D3 > D2 
 Padrão negativo do QRS em parede lateral (rS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Rafaela Pamplona 
Bloqueio atrioventricular 
 
Intervalo PR 
 Para observar a saúde do nó AV = olhar o intervalo PR 
 Duração normal: 0,12 a 0,20s (3 a 5 quadradinhos) 
 As alterações são medidas em 
- 1º grau: alargamento fixo, depois de cada onda P há o 
QRS 
- 2º grau: ondas P acompanhadas ou não pelo QRS 
- Alto grau: 
- 3º grau: ondas P completamente dissociadas do QRS 
 
Bloqueio AV de 1º grau 
 Ondas P normais e regulares 
 Complexo QRS normal 
 Alargamento do intervalo PR fixo > 0,20s 
 
 
 
Bloqueio AV de 2º grau 
 Tipo I de Mobitz (fenômeno de Wenckebach) 
- Alargamento progressivo do intervalo PR 
- Desaparecimento de um complexo QRS 
 Tipo II de Mobitz 
- Intervalo PR constante 
- Perda súbita de um QRS – não há aviso prévio 
 
 
 
 
 
Bloqueio AV de 3º grau 
 Frequência atrial > frequência ventricular 
 Dissociação atrioventricular 
- A onda P pode vir antes, durante ou depois do QRS 
 Há bloqueio total da condução 
 Assume o foco ectópico, passando a comandar a 
despolarização dos ventrículos 
 Quando “mais em baixo” o foco ectópico surgir menos 
eficiente será essa compensação 
 
 
 
Bloqueio AV de alto grau 
 Sucessivas ondas P não conduzidas 
 Uma onda P conduzida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Rafaela Pamplona 
Sobrecarga atrial 
 
Definição 
 No processo de estimulação atrial, o processo nasce no 
nodo SA, localizado no átrio direito, sendo este o primeiro a 
ser ativado, atingindo o septo intratrial e posteriormente o 
átrio esquerdo 
 Se traduz em uma perturbação do estímulo atrial, 
modificando a morfologia e o tamanho da onda P 
 Analisar DII e V1 
 As alterações de sobrecarga no ECG 
- A câmara pode levar mais tempo para despolarizar 
~ Aumento da duração da onda 
- A câmara pode gerar mais corrente 
~ Aumento da amplitude da onda 
~ Desvio do eixo da onda 
 
 
 
Sobrecarga atrial direita 
 Doenças que cursam com aumento do AD 
- Cardiopatias congênitas: anomalia de 
Ebstein, atresia tricúspide, estenose 
pulmonar, comunicação ventrículo – 
atrial e tetralogia Fallot 
- Enfermidades de válvulas tricúspides 
- Hipertensão pulmonar 
- Miocardiopatias 
- Insuficiência cardíaca 
 Critérios ECG 
1. Aumento da amplitude da onda P 
(> 2,5 em DII ou >1,5 em V1) 
2. Onda P pontiaguda principalmente em 
DII, DIII e aVF 
3. Onda P profundamente positiva em V1 
4. Desvio da onda P para direita (> 60º) 
 
5. Critérios indiretos 
a. Sinal de Sodi-Pollares: surgimento do padrão qR em 
V1, devido a rotação do coração 
b. Sinal de Penaloza e 
Tranchesi: QRS apresenta 
baixa voltagem em V1, com 
súbito aumento da amplitude 
nas derivações subsequentes 
 
 
 
 
 
Sobrecarga atrial esquerda 
 Doenças que cursam com aumento do AE 
- Cardiopatias congênitas: cardiopatias com hiperfluxo 
pulmonar, estenose mitral congênita, estenose aórtica 
grave e coarctação da aorta 
- Valvulopatia mitral (EM, IM e DLM) 
- Hipertensão arterial sistêmica 
- Hipertrofia ventricular 
- Disfunção ventricular esquerda (infarto extenso, 
miocardiopatia dilatada) 
 Critérios ECG 
1. Aumento da duração da onda P > 0,12s (>3 
quadradinhos) 
2. Onda P mitrale: onda bífida em DII 
3. Índice de Morris: aumento do componente negativo da 
onda P em V1 com duração > 0,04s e amplitude > 1mm(1 quadradinho) 
4. Onda P com componente inicial de voltagem > 1,5mm 
em V1 e V2 associado a duração aumentada em D2 
5. Índice de Macruz: relação onda P/segmento PR >1,7 
6. Desvio do eixo da onda P para a esquerda 
 
18 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobrecarga biatrial 
 Patologias associadas 
- Estenose mitral com HAP 
- Comunicação interaterial 
- Estenose mitral com insuficiência tricúspide 
 No ECG 
- Aumento simultâneo da duração e amplitude em DII 
~ Amplitude da onda P > 2,5 mm 
~ Duração onda P > 0,12s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Rafaela Pamplona 
 
Sobrecarga ventricular 
 
Definição 
 Analisar o QRS em várias derivações, aplicando os critérios 
 As alterações de sobrecarga no ECG 
- A câmara pode levar mais tempo para despolarizar 
~ Aumento da duração da onda 
- A câmara pode gerar mais corrente 
~ Aumento da amplitude da onda 
~ Desvio do eixo da onda 
 
Sobrecarga ventricular direita (SVD) 
 Para ocorrer alterações ao ECG é necessário que o VD 
aumente o seu tamanho em duas vezes ou triplique o seu 
peso 
 Patologias associadas 
- Estenose pulmonar severa 
- Tretalogia de Fallot 
- Cor pulmonale crônico 
- Estenose mitral grave 
- Embolia pulmonar 
- Hipertensão pulmonar 
 Critérios ECG: inverte a polaridade das ondas 
1. Eixo desviado para direita > 110º 
2. Onda R ampla em V1 
3. Onda R em 1 ≥7mm 
4. Onda S em V5 e V6 > R ou 7mm 
5. Onda S em V1 < 2mm 
6. R em V1 + S em V5 e V6 > 10mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobrecarga ventricular esquerda (SVE) 
 Patologias associadas 
- Estenose aórtica 
- Insuficiência aórtica 
- Insuficiência mitral 
- Hipertensão Arterial Sistêmica 
- Coarctação da aorta 
- PCA 
- CIV 
 Critérios ECG: exacerba a amplitude 
1. Voltagem do complexo QRS 
- Aumento da amplitude do QRS 
~ Mais positivo em DI, aVL, V5 e V6 
20 
 
Rafaela Pamplona 
~ Mais negativo em aVR, V1 e V2 
a. Índice de Sokolow-Lyon: S em V1 + R em V5 ou V6 
(onde for mais alto) ≥ 35mm 
b. Índice de Cornell: baseado no sexo do paciente. R 
em aVL + S em V3 >28 homem >20mulher 
c. Índice de Gubner: R em DI + S em DIII ≥ 25mm 
2. Escore de pontos de Romhilt-Estes: ≥ 5 pontos confirma 
diagnostico de SVE 
Padrão strain: inversão assimétrica da onda T com infra 
de ST em DI, aVL, V5 e V6 
 
 
 
Sokolow-Lyon 
 S em V1 ou V2 
∑ 
↗ 
↘ 
 
↖ 
↙ 
≥ 35mm 
 R em V5 ou V6 
 Sensibilidade 56% 
 Especificidade 13% 
 
 
 
 
 S em V1 + R em V6 = 22mm + 27mm = 49mm 
 
 
Índice de Cornell 
 S em V3 + R em aVL ≥ 20mm em mulheres 
≥ 28mm em homens 
 Sensibilidade 42% 
 Especificidade 95% 
 
 
 
 S em V3 + R em aVL = 20mm + 19mm = 39mm 
 
Índice de Gubner 
 R em DI + S em DIII ≥ 22mm 
 Sensibilidade 9,7% 
 Especificidade 95,6% 
 
Sistema de contagem de pontos de 
Romhilt-Estes 
1. Amplitude 
Qualquer derivação de membro R ou S ≥ 20mm 3pts 
ou S em V1 ou V2 ≥ 30mm 
ou R em V5 ou V6 ≥ 30mm 
2. Alterações de ST – T típicas de hipertrofia VE 
Sem digitálico 3pts 
Com digitálico 1pt 
 
 
21 
 
Rafaela Pamplona 
3. Envolvimento atrial esquerdo 
Negatividade terminal de onda P em V1 é ≥1mm em 
profundidade com duração ≥0,04s 
4. Desvio do eixo para esquerda ≥ -30º no plano frontal 2pts 
5. Duração do QRS ≥ 0,09s 1pt 
6. Deflexão intrinsecóide em V5 ou V6 ≥ 0,05 1pt 
 
Total máximo = 13 pts 
 5pts = hipertrofia VE 
 4pts = provável hipertrofia VE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Rafaela Pamplona 
Isquemia 
 
Ciclo despolarização – repolarização 
 Fase 0: despolarização rápida 
Entrada de Na+ para o interior da célula 
 Fase 1: início da repolarização 
Entrada lenta de Na+ 
 Fase 2: platô 
Entrada de Ca2+ e saída de K+ 
 Fase 3: saída rápida de K+ 
 Fase 4: repouso elétrico 
Saída de Na+ e entrada de K+ (bomba Na+/K+) 
 
 
 
 
 
Localização da lesão miocárdica 
 
 
Insuficiência coronária 
 É a síndrome coronária decorrente de um desequilíbrio entre 
a oferta e o consumo de oxigênio pelo miocárdio 
 Ocorre um estado de hipóxia miocárdica 
 A irrigação coronária se faz de fora para dentro através de 3 
artérias principais 
- Artéria coronária direita e seus ramos 
~ A artéria coronária direita irriga o átrio direito, ventrículo 
direito e região inferior do ventrículo esquerdo 
- Artéria coronária esquerda (Da, cx e seus ramos) 
~ A artéria circunflexa irriga o átrio esquerdo regiões lateral 
e dorsal e 15% da parede inferior do ventrículo esquerdo 
- Descendente posterior e marginal 
~ A artéria descendente anterior irriga o septo 
interventricular e região anterior do ventrículo esquerdo 
 
 
 
 Como a irrigação é de fora para dentro, quanto mais “fora” 
mais grave a lesão, pois mais tecido fica sem irrigação, isso 
tem repercussão nas alterações do eletro 
 
Alterações isquêmicas no ECG 
 Surgem em três estágios de comprometimento crescente e 
progressivo 
- Isquemia: produz alterações no ECG, mas sem alterar a 
estrutura do miocárdio 
- Corrente de lesão ou injúria miocárdica 
- Necrose celular ou infarto: consequência mais grave dos 
distúrbios isquêmicos, sendo irreversível 
 Cada fase deste processo de sofrimento isquêmico terá uma 
manifestação eletrocardiográfica diferente 
 
Isquemia 
 O processo de isquemia não altera a despolarização, mas 
lentifica o processo de repolarização ventricular 
 Ocorre por deficiência de oxigênio em relação a demanda de 
oxigênio do miocárdio 
 Acarreta disfunção miocárdica sem sofrimento ou dano 
permanente 
 Em relação ao tempo 
- < 2min: isquemia miocárdica sem atordoamento 
miocárdico 
23 
 
Rafaela Pamplona 
- De 2 a 20 min: isquemia miocárdica com atordoamento 
- > 20min: infarto do miocárdio 
 
 
 
 Nessa fase em decorrência da hipóxia ocorre uma 
alterações na permeabilidade da membrana celular 
- Distúrbio na regulação iônica do K+ 
- Aumento do efluxo do K+ 
- Diminuição do concentração de K+ no meio intracelular 
- Prolongamento da fase 3 e alargamento do potencial de 
ação da célula isquêmica 
 As modificações mais precoces no ECG provocadas pela 
isquemia (maior que 2 minutos) envolvem a forma, amplitude 
e direção da onda T 
- A onda T passa a ser mais simétrica, mais estreita e com 
pico pontiagudo 
- O vetor médio da onda T passa a ter direção oposta à 
superfície da região isquêmica (foge da área isquêmica) 
 
Isquemia subendocárdica 
 O atraso na repolarização subendocárdica apenas acentua o 
comportamento fisiológico, isto é, não altera a polaridade da 
onda T, uma vez que o endocárdio sempre se repolarizou 
depois do epicárdio 
 Entretanto, como o endocárdio se recupera mais lentamente 
do que o normal, as ondas T tendem a ser mais altas, 
pontiagudas e também simétricas 
 Esse é o 1 º sinal de isquemia, já que a região 
subendocárdica é a primeira área a sofrer com a redução do 
fluxo sanguíneo coronariano 
 ONDA T: alta, pontiaguda e simétrica 
 
 
 
 
 
 
Isquemia subepicárdica 
 O atraso na repolarização subepicárdica inverte o processo 
de repolarização, que agora passa a ter uma orientação 
subendocárdio-subepicárdio, levando à inversão da onda T 
 ONDA T: invertida, profunda, pontiaguda e simétrica 
 
 
 
Lesão ou injúria miocárdica 
 Significa progressão da isquemia miocárdica 
 Agravamento da insuficiência coronária 
 A principal mudança no ECG é o desnivelamento do 
segmento ST 
24 
 
Rafaela Pamplona 
- A área lesada torne-se eletricamente mais negativa que a 
área sadia estabelecendo uma diferença de potencial entre 
essas regiões 
- O desnível de segmento ST dirige-se para a superfície da 
lesão 
 Alterações na permeabilidade da membrana celular 
- Perda de Na+, Ca2+, Mg+ e principalmente K+ 
- Diminuição significativa da concentração deK+ 
intracelular 
 Na área lesada 
- Diminuição do potencial de repouso de –90mV para –65 
mV 
- A polaridade da célula em repouso encontra-se incompleta 
- Diminuição da amplitude e duração do potencial de ação 
- Redução da velocidade de condução do estimulo pelas 
fibras 
 
Lesão subendocárdica 
 Infra de ST (suboclusão coronariana) 
 Infra-desnivelamento do segmento ST nas derivações 
orientadas para a superfície epicárdica sem lesão 
 Supra-desnivelamento do segmento ST orientada para a 
superfície endocárdica lesada 
 
Lesão subepicárdica e transmural 
 Supra de ST (oclusão coronariana completa) 
 Supra-desnivelamento do segmento ST orientado para a 
superfície epicárdica lesada 
 Infra-desnivelamento nas derivações orientada para a 
superfície endocárdica sem lesão 
 
 Como a coronária tem localização epicárdica, a irrigação 
sanguínea do miocárdio é feita "de fora para dentro", com 
a região subendocárdica recebendo o sangue por último. 
Desta maneira, lesões vasculares semioclusivas já podem 
ser suficientes para fazer o subendocárdio entrar em 
sofrimento isquêmico mais intenso (infra de ST), enquanto, 
para isso ocorrer de forma transmural (supra de ST), deve 
existir uma oclusão completa da coronária 
 
Necrose ou infarto do miocárdio 
 Grau de comprometimento mais avançado associado aos 
distúrbios perfusionais, pois significa morte celular 
 A zona necrosada não produz potencial elétrico adequado e 
ainda pode funcionar como um meio propicio a ocorrência de 
circuitos de reentrada e arritmias potencialmente graves 
 A região morta não contribui mais com a formação de 
resultantes vetoriais com expressão no ECG: janela elétrica 
- Redução da amplitude da onda R: com menos massa 
miocárdica, o vetor fica menor, sendo expresso através de 
uma onda R mais baixa no eletrodo que enxerga a parede 
em sofrimento. Em algumas situações R pode desaparecer 
e o QRS fica inteiramente negativo = padrão QS 
- Onda Q patológica: onda Q profunda (>1/3 da onda R) ou 
com duração prolongada (>0,40s) 
 Importante diminuição da concentração de K+ intracelular 
 Ocorre diminuição do potencial de repouso para 
aproximadamente –40 mV 
 Características da célula necrosada 
- Não gera potencial de ação 
- Não produz vetores 
- Não se despolariza e não se repolariza 
- Não se contrai, apenas conduz o estímulo 
- O vetor se afasta da área de necrose 
 Manifesta-se por perda de forças elétricas 
 O miocárdio não pode ser mais ativado 
 No ECG: deflexão negativa ou diminuição da deflexão 
positiva normal 
 Padrões ECG sugestivos de necrose 
1. Complexo QS 
2. Complexo QR ou QR 
3. Sequência anormal da magnitude das ondas Q normais 
ou ausência dessas nas derivações V4 a V6 
4. Perda da deflexão positiva em derivações que se iniciam 
dessa forma em V1 e V2 
5. Ondas R amplas em derivações precordiais direita 
6. Diminuição de amplitude da onda R em derivações onda 
R dominante em D1, AVL, V5 E V6 
 
Pratique!! 
 
 
25 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arritmias 
 
Propriedades eletrofisiológicas miocárdico 
 Excitabilidade: capacidade de gerar um potencial de ação 
quando exposta a um estímulo eficaz 
 Automaticidade: capacidade de gerar um potencial de ação 
espontaneamente 
 Condutividade: capacidade de conduzir o impulso elétrico 
 
Arritmia cardíaca 
 Qualquer anormalidade na formação ou condução do 
estimulo elétrico do coração 
 Alteração na regularidade, frequência ou local de geração ou 
condução do impulso, isolado ou em combinação, 
modificando a sequência normal de despolarização de átrios 
e ventrículos 
 Frequência normal entre 50 e 100bpm 
 Mecanismos de arritmia 
- Distúrbios de formação do impulso 
~ Automatismo 
↳ Normal exacerbado: taquicardia sinusal 
↳ Anormal 
~ Atividade deflagrada 
↳ Pós-potenciais precoces 
↳ Pós-potenciais tardios 
- Distúrbios de condução do impulso 
~ Reentrada 
↳ Anatômica: ao redor de área de necrose. É mais 
estável, com comportamento previsível e passível de 
ablação. Ex.: taquicardia nodal, flutter atrial 
↳ Funcional: é mais instável, geralmente associada a 
ritmos fibrilatórios. Ex.: fibrilação atrial 
↳ Anisotrópica Ex.: taquicardia ventricular 
- Alteração na formação e condução do impulso 
~ Parassístole 
 
Reentrada 
 Mecanismo de arritmia no qual um estímulo reexcita uma 
via de condução através da qual ele já passou 
 Origina taquicardias iniciadas por uma extrassístole ou por 
aumento súbito da frequência 
sinusal 
 Requisitos básicos 
- Duas vias com mesmo 
segmento inicial e final 
- Bloqueio unidirecional 
- Uma via com condução lenta 
 
28 
 
Rafaela Pamplona 
Ritmos supraventriculares 
Ritmo sinusal 
 FC entre 50 e 100bpm 
 Onda P a intervalos regulares 
 Precedendo cada complexo QRS 
 Positiva em DI, DII, AVF 
 Intervalo PR fixo 
 FC < 50bpm → Bradicardia sinusal 
 FC > 100bpm → Taquicardia sinusal 
 
Ritmo sinusal 
 
 
Bradicardia sinusal 
 
 
Taquicardia sinusal 
 
 
 
 
Arritmia sinusal 
 
 
Extrassístole atrial 
 Ondas P precoces 
 Morfologia diferente da onda P sinusal 
 Morfologia depende do local de origem 
 Complexo QRS normal 
 Pausa compensatória incompleta 
 Período de acoplamento fixo 
 
 
 
Taquicardia atrial unifocal 
 Frequência atrial 120 e 240 
 Ondas “P” de morfologia diferente da onda “P” sinusal 
 QRS estreito 
 Frequentemente condução AV 2:1 
 
 
 
Taquicardia atrial multifocal 
 Frequência atrial e cardíaca entre 100 e 150bpm 
 3 morfologias diferentes de onda P numa mesma derivação 
 Intervalos PP, PR, RR variáveis 
 
29 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Taquicardia paroxística 
 Frequência cardíaca entre 200 ± 500bpm 
 Ondas P ausentes antes do QRS 
 Intervalo R-R regular 
 Complexo QRS estreito 
 
 
 
Flutter atrial 
 Frequência atrial 300 ± 50bpm 
 Ausência de ondas P verdadeiras 
 Presença de ondas “F” 
 Serrilhado na linha de base 
 Condução atrioventricular 2:1, 3:1, 4:1 
 A condução pode ser variável 
 
Flutter atrial 2:1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flutter atrial com condução variável 
 
 
Fibrilação atrial 
 Frequência atrial 400 ± 50bpm 
 Ausência de onda P 
 Linha de base ondulada 
 Presença de ondas “f” 
 Intervalo R-R irregular 
 QRS de amplitudes diferentes 
 
Fibrilação atrial com FC elevada 
 
 
Fibrilação atrial com FC baixa 
 
 
Ritmo juncional 
 Frequência cardíaca entre 40 e 60bpm 
 Ondas P ausentes ou retrógradas invertidas 
 As ondas P retrógradas podem preceder ou suceder o 
complexo QRS 
 Complexo QRS tem duração normal 
 Quando frequência cardíaca > 75bpm chama-se taquicardia 
juncional 
30 
 
Rafaela Pamplona 
 
⇒ 
onda P retrograda 
precedendo QRS 
 
⇒ 
sem onda P 
precedendo QRS 
 
⇒ 
onda P retrograda 
sucedendo QRS 
 
Ritmo juncional 
 
 
Taquicardia juncional 
 
 
Ritmos ventriculares 
Extrassístoles ventriculares 
 Complexo QRS precoce, alargado e de aspecto bizarro 
 Segmento ST e onda T direcionadas em sentido contrário ao 
complexo QRS 
 Pausa compensatória completa 
 Período de acoplamento fixo: caso as extrassístoles sejam 
geradas no mesmo local de modo repetitivo, o tempo entre 
elas e o batimento normal que as precede será sempre 
constante 
 
 
 
 Classificação 
- Morfologia 
~ Monomórfica 
~ Polimórfica 
- Frequência 
~ Isolada 
~ Pareada: batimentos precoces agrupados 
- Relação com o QRS: nº de batimentos até um ectópico 
~ Bigeminada: normal, ES 
~ Trigeminada: 2 normais, 1ES 
 
Extrassístole monomórfica 
 
 
Extrassístole polimórfica 
 
 
Extrassístole isolada 
 
 
Bigeminismo / trigeminismo 
 
 
 
31 
 
Rafaela Pamplona 
Batimento de fusãoTaquicardia ventricular 
 Três ou mais extrassístoles ventriculares consecutivas 
 Frequência cardíaca ± 140bpm 
 Complexos QRS largos e bizarros 
 Dissociação atrioventricular 
 Batimento de fusão 
 Batimento de captura 
 
 
 
 
 
Flutter ventricular 
 Taquicardia ventricular rápida 
 Frequência cardíaca 300 (± 50bpm) 
 Complexos QRS largos e bizarros 
 Não há segmento ST ou onda T evidenciável 
 
 
 
 
 
Fibrilação ventricular 
 Não se observa onda P, nem complexo QRS, nem onda T 
 Ondulações caóticas e irregulares na linha de base 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Rafaela Pamplona 
 
Frequência cardíaca 
 Melhor analisar em DII 
 1500 / nº de quadradinhos entre duas ondas R 
 Normal de 50 a 100bpm 
Ritmo 
 Melhor analisar onda P positiva em DII 
 Onda P sempre precede QRS 
Eixo elétrico 
 Analisar QRS em DI e aVF 
 Normal de -30º a +90º 
 
 
 
Onda P 
 DII – positiva 
 V1 – difásica 
 Onda P positiva nas derivações inferiores 
 Duração > 0,12s (até 3 quadradinhos) 
 Olhar sempre em DII e V1 
 Formato: arredondada e simétrica. Monofásica em DII e 
difásica em V1 
 Amplitude (altura): até 2,5mV em DII (2,5 quadradinhos) e 
até 1,5mV em V1 
 Polaridade: positiva em DI, DII e aVF 
negativa em aVR 
Intervalo PR 
 DII longo 
 De 0,12 a 0,20s (até 1 quadradão) 
QRS 
 Positivando de V1 a V6 
 Eixo médio: -30º a +90º 
 Duração (largura): 0,08 a 0,10s (2,5 quadradinhos) 
Onda T 
 Polaridade acompanha QRS 
 Formato: arredondada e assimétrica 
Intervalo QT 
 Duração: 0,34 a 0,44s 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Rafaela Pamplona 
Bloqueio de Ramo 
1. QRS alargado = bloqueio de ramo 
2. V1 
positivo: BRD 
negativo: BRE 
3. Morfologia parede lateral (DI, aVL, V5 a V6) 
S significante (orelha de coelho): BRD 
R puro: BRE 
4. Relação QRS x T 
Oposição em precordiais direita (V1 a V4): BRD 
Oposição em todas as derivações: BRE 
 
Bloqueio Divisional 
1. QRS não está alargado 
2. Olhar o desvio 
BDASE: desvio para esquerda maior que 45º 
BDPIE: desvio para direita 
3. Morfologia parede inferior 
BDASE: rS → negativo 
BDPIE: qR → positivo 
4. D3 > D2 
BDASE: onda S 
BDPIE: onda R 
5. Morfologia parede lateral 
BDASE: qR → positivo 
BDPIE: rS → negativo 
 
Bloqueio AV 
1º grau 
Onda P normal 
QRS normal 
Intervalo PR alargado fixo 
2º grau 
Tipo I de Mobitz 
Intervalo PR progressivamente alargado 
Perda de 1 QRS 
Tipo II de Mobitz 
Intervalo PR alargado fixo 
Perda súbita de 1 QRS 
Alto grau 
Onda P pode aparecer antes, no meio ou depois do QRS 
Frequência atrial > frequência ventricular 
3º grau 
Ondas P sucessivas não conduzidas 
1 onda P conduzida 
 
Sobrecarga atrial 
 Onda P em DII e V1 
 AD – aumento da amplitude (>2,5 em DII e >1,5 em V1) 
Apiculada 
Onda P pulmonale 
Sinal de Penaloza e Tranchesi: QRS de baixa voltagem 
em V1, com aumento súbito subsequente 
 AE – aumento da duração 
Alargada 
Índice de Morris: fase negativa da onda P em V1 >1mm 
(1 quadradinho) 
Índice de Macruz: onda P/segmento PR >1,7 
Onda P mitrale: onda P bífida 
 Biatrial – aumento simultâneo da duração e amplitude 
 
Sobrecarga ventricular 
 Complexo QRS 
 SVD – inverte a polaridade 
V1 e V2: predomínio onda R (positivo) 
V5 e V6: predomínio onda S (negativo) 
 SVE – exacerba a amplitude: S mais alta em V1 e R em V6 
Índice de Sokolow-Lyon: S(V1) + R(V5 ou V¨) >35mm 
Índice de Cornell: R(aVL) + S(V3) > 28mm homem 
> 20mm mulher 
Escore de pontos de Romhilt-Estes: somar 5 = SVE 
 
 
Isquemias 
 Modificações da onda T = apenas isquemia 
 Infra de ST = lesão subendocárdica 
 Supra de ST = lesão transmural 
 Redução de R = necrose 
 Onda Q patológica = necrose 
 
Arritmias supraventriculares 
Extrassístole atrial 
Onda P precoce 
QRS normal 
Pausa compensatória 
Taquicardia atrial unifocal (100 a 250bpm) 
Onda P regular e diferente da sinusal 
Condução AV 2:1 
QRS estreito 
Taquicardia atrial multifocal (>100bpm) 
Onda P 3 morfologias diferentes na mesma derivação 
Intervalos PP, PR e RR variáveis (ritmo irregular) 
34 
 
Rafaela Pamplona 
Taquicardia paroxística supraventricular 
Onda P ausente antes de QRS 
Intervalo RR regular 
QRS estreito 
Flutter atrial 
Ausência de onda P 
“Onda F” – frequência atrial 
Serrilhado na linha de base 
Frequência cardíaca: 150bpm (condução AV 2:1, 3:1, 4:1) 
Intervalo RR regular 
QRS estreito 
Fibrilação atrial → arritmia mais importante 
Ausência de onda P 
Ondulação da linha de base 
Intervalo RR irregular 
QRS com amplitudes diferentes 
Ritmo juncional 
Onda P ausente ou retrograda invertida 
QRS normal 
 
Arritmias ventriculares 
Extrassístole ventricular 
QRS precoce, alargado e bizarro 
Segmento ST e onda T opostas ao QRS 
Pausa compensatória completa 
Período de acoplamento fixo 
Monomórficas X polimórficas 
Isoladas X pareadas 
Bigeminadas X trigeminadas 
Taquicardia ventricular 
3 ou mais extrassístoles consecutivas 
QRS largo e bizarro 
Dissociação AV 
Batimento de fusão: fusão QRS + ES 
Batimento de captura: QRS estreito (padrão normal) 
Flutter ventricular 
QRS largo e bizarro 
Não há segmento ST ou onda T evidenciável 
Fibrilação ventricular 
Não há onda P, QRS ou onda T 
Ondulações caóticas irregulares na linha de base

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