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A filosofia de Adam Smith

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A Filosofia de Adam Smith
Dois aspectos importantes pode-se destacar para se compreender o pensamento de Smith. Em primeiro lugar, os novos interpretes tem tratado as diferentes partes de sua obra como um elemento de um todo integrado. Isso quer dizer, que seria uma conexão entre dois livros de Smith, A teoria dos sentimentos morais e A riqueza das nações, o que coloca a velha discussão sobre a relação entre filosofia moral e economia politica de volta. Em segundo lugar houve um esforço para localizar na obra de Smith a relação com os problemas e motivações intelectuais do século XVIII, de situar seu pensamento em relação aos movimentos intelectuais da época, e em particular ao Iluminismo escocês. Adam Smith e alguns filósofos escoceses realizavam um projeto que consistia nos fenômenos sociais daquilo que Isaac Newton fizera no domino da filosofia da natureza. Se Isaac revelara as conexões ocultas que unes os fenômenos naturais, Adam pretendia revelar os princípios que conectavam e ordenavam a vida em sociedade. Para Adam a filosofia era explicar os inúmeros fenômenos, quer sejam mortais ou naturais, a partir de princípios bem conhecidos ou provados. 
A maior parte dos pensadores daquela época concebia a existência de uma ordem natural inscrita na criação pela providencia divina, mas haviam exceções as regras, das quais Hume, apresenta o caso mais explicito. Para ele a ordem social, poderia ser explicada sem o recurso de interferência divina, apenas, com o resultado da não intencional ações humanas. Hume rejeita o argumento teleológico sugerindo que não sabemos quão perfeito é este mundo, ele pode ser imperfeito, defeituoso, criado por alguma divindade, que envergonhada do resultado, abandonou a sua obra a própria sorte. A obra de Smith apresenta dificuldades consideráveis, numa grande variedade de leituras entre seus interpretes. No decorrer da Teoria dos sentimentos morais, vemos trechos como esses: 
“A felicidade da humanidade, bem como de todas as outras criaturas racionais, parece
ter sido o propósito original projetado pelo Autor da natureza, quando ele as trouxe à
existência. (...) E essa opinião (...) é ainda mais confirmada pelo exame dos trabalhos
da natureza, que parecem todos projetados para promover a felicidade e proteger contra
a miséria.” (TMS III.v.7).
Deveríamos tratar a obra de Smith em oposição ao pensamento de Hume. Toda a dificuldade reside em saber que devemos atribuir às passagens em que Smith diz sobre a presença do “grande Diretor da Natureza”, do “Autor da natureza” ou de sua “mão invisível”. 
Para Smith, assim como para seu mestre em Glasgow, o “ Dr. Hutcheson”, a “ciência que procura investigar e explicar aqueles princípios conectantes é a que é propriamente chamada de filosofia moral” (WN V.i.f.25).
A Teoria da Mão Invisível
A maior contribuição de Adam Smith, para o pensamento econômico é a chamada “Teoria da Mão Invisível”. Ela consiste em que dizer que, todos aplicam o seu capital, para gerar mais capital, ou seja, render o máximo possível. Ao fazer isso a pessoa não conta com o interesse coletivo, mas sim com o seu próprio interesse, sendo assim egoísta. 
O que Adam defende nessa teoria, é que ao promover o interesse próprio, a pessoa acaba ajudando na prospecção do interesse geral e coletivo. Dizia Adam que, por inconsciência acabava-se ajudando o próximo, um exemplo é do padeiro, ele produz para si mesmo, para seu próprio capital geral mais, porem ao mesmo tempo, produz para a comunidade consumir, ajudando assim, o capital coletivo.
O que fez Adam dizer que ele é conduzido por uma espécie de Mão Invisível. Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabo por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz. Assim, graças a teoria da mão invisível, não há necessidade, de fixar o preço. Exemplo, a inflação é corrigida por um reequilíbrio entre oferta e procura, reequilíbrio que é atingido e conduzido pela mao invisível, isso é, a glorificação do mercado que Smith preconiza.

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