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Complexo de Inferioridade

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS - UDC VILA “A” 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PERCEPÇÃO DO SINTOMA DO COMPLEXO DE INFERIORIDADE ATRAVÉS 
DA PERSPECTIVA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELIZIANE B. LANGNER 
GUSTAVO C. WENCESLAU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu - PR 
Setembro de 2019 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS - UDC VILA “A” 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
A PERCEPÇÃO DO SINTOMA DO COMPLEXO DE INFERIORIDADE ATRAVÉS 
DA PERSPECTIVA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA 
 
 
 
 
 
ELIZIANE B. LANGNER 
GUSTAVO C. WENCESLAU 
 
Trabalho apresentado como atividade 
complementar da Disciplina Fenômenos e 
Processos Psicológicos Básicos, no curso 
de Psicologia, do Centro Universitário 
Dinâmica das Cataratas – UDC Anglo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu - PR 
Setembro de 2019 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No início da história humana, concepções mitológicas e metafísicas eram 
comumente associadas aos desvios de normalidade social culturalmente 
concebidas, categorizando fenômenos como as deficiências e os transtornos como 
castigo ou desejo de ordem divina. Posteriormente, no período histórico da Idade 
Média, as Psicopatologias foram associadas a algo sobrenatural em conotação 
maligna, sendo consideradas obras ligadas a demônios, bruxaria, feitiçaria e 
consequências resultantes de pecados religiosos, cabendo-se à execução, à 
penitência ou ao exorcismo. Com o início do período Renascentista, os estudos 
científicos começaram a evoluir e ganhar notoriedade cada vez mais influente e 
avançar em áreas diversas não antes exploradas, surgindo assim as condições 
favoráveis ao surgimento do que viriam a ser os estudos dos transtornos mentais e 
seus meios de tratamento nas áreas da saúde. 
Acerca dos estudos relativos aos transtornos mentais e suas manifestações 
abarcadas na semiologia psicopatológica, diversas áreas de conhecimento científico 
envolvidas nos aspectos de estudo e intervenção na área da saúde mental têm 
contribuído para a elaboração de um aprofundamento teórico e prático sobre os 
transtornos mentais e as possíveis intervenções terapêuticas que venham a exercer 
determinado progresso em relação aos danos e tormentos sintomáticos provocados 
na vida de indivíduos que as experienciam. 
Em conjunto destas áreas científicas, a psicologia como ciência e profissão 
destaca-se dentre as áreas de conhecimento relacionadas a psicopatologia, se 
baseando em compreensões teóricas e práticas de diversas abordagens da 
psicologia que possuem particulares observações e teorias a respeito do surgimento 
das características dos transtornos relacionadas aos sintomas, ao diagnóstico e a 
suas causas. Entre essas abordagens, em contrapartida a maioria das teorias 
psicológicas, a Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Ransom Rogers 
(1902-1987) apresenta-se com uma nova perspectiva acerca da psicopatologia e do 
 
 
psicodiagnóstico dos transtornos mentais, evitando rotulações que designam 
limitações substanciais aos sujeitos. 
A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) de Carl Rogers acredita que o 
indivíduo tem a capacidade de autorregulação, ou seja, que seja capaz de 
desenvolver técnicas de se atualizar rumo á um desenvolvimento mais proveitoso á 
suas potencialidades pessoais. Essa teoria é o ponto central da abordagem de 
Rogers e ficou conhecida como Tendência Atualizante. Para ela os transtornos 
mentais seriam um desajuste do organismo holístico e da percepção de Self do 
indivíduo, sendo este indivíduo capaz de se autorregular inatamente, porém 
possuindo construções limitantes que impedem a tomada de consciência de seu 
Self Real e de seus valores para a concretização de uma autorregulação favorável à 
sua realização. 
Dentre essas possíveis limitações presentes como obstáculo à auto 
realização, encontra-se o sintoma concebido pelos estudos psicopatológicos como 
Complexo de Inferioridade, um sintoma presente em diversos transtornos que se 
caracteriza por grande influência negativa sobre a autoestima e as percepções do 
indivíduo sobre si. Partindo disso o objetivo então é compreender como se origina o 
sintoma do Complexo de Inferioridade a partir da perspectiva da teoria da 
Abordagem Centrada na Pessoa de Rogers. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
O sintoma comumente relacionado aos sentimentos de insuficiência, 
incapacidade e inferioridade social em atividades gerais de um indivíduo foi definido 
pela primeira vez como Complexo de Inferioridade pelo teórico psicólogo Alfred 
Adler (1870-1937), elaborando seus primeiros estudos e teorizações sobre este 
sintoma que viria posteriormente a ser reconhecido popularmente como problemas 
de baixa autoestima. 
Desde os estudos precursores á Rogers já haviam afirmações de correntes 
teóricas da Psicologia que denotavam a importante influência do meio e dos fatores 
 
 
familiares presentes na saúde mental de um indivíduo, sendo a infância um 
momento de crucial importância para um desenvolvimento sadio ou danoso de uma 
criança. Segundo Teixeira (1960), fatores como a influência do meio desfavorável 
ao desenvolvimento são causas consideráveis para o surgimento do Complexo de 
Inferioridade em um indivíduo. Para a Abordagem Centrada na Pessoa de Carl 
Rogers, não somente o meio é levado em consideração para o surgimento deste 
sintoma, mas principalmente as construções de percepção do indivíduo sobre si, 
sendo estas percepções de si constantemente presentes e influentes em suas 
interações interpessoais e intrapessoais. 
Na teoria rogeriana, a percepção do indivíduo sobre si é denominada como 
Self, sendo este Self jamais definitivo e continuamente influenciado pelos fatores 
envolventes de seus três componentes principais: o Self Organísmico e realista para 
com a identidade do ser tal como ele é; o Autoconceito de Self construído pelas 
interações externas com outros indivíduos que influenciam o indivíduo em sua forma 
de perceber a si; e o Self Ideal baseado nas expectativas de vir a ser do indivíduo 
sobre quem este gostaria de ser. Para Rogers este contínuo vir a ser estaria 
relacionado de forma direta ou indiretamente a forma como o indivíduo percebe a si, 
sendo esta forma de percepção saudável ou não para com o caminho de 
autorregulação do indivíduo (RAFAEL 2000). 
A formação do Self se dá como dito pelas interações da criança, ela 
necessita da aprovação dos pais perante aos seus comportamentos. Se a resposta 
ocorrer de forma saudável o Self consequentemente se forma de maneira saudável 
(GUIMARÃES et.al 2015). Esse aspecto está ligado diretamente com a Aceitação 
Positiva Incondicional dos pais para com os filhos que se refere a um ambiente que 
possua respeito, afeto, aceitação e amor, onde busquem compreender seus 
sentimentos. 
Muitas vezes os pais acabam utilizando a aceitação positiva condicinal na 
educação de seusfilhos, aceitando a criança quando esta se comporta de acordo 
com suas expectativas e a rejeitando quando os demais comportamentos que 
fogem de suas expectativas ou ordens, ensinando implicitamente que os filhos 
 
 
apenas terão o amor e afeto dos pais quando estes corresponderem com as 
expectativas alheias, neste caso, com as expectativas dos pais. Desta forma de 
Aceitação Positiva Condicional, os pais buscam influenciar os filhos pela ameaça de 
seu afeto e aceitação, que por sua vez ficam coagidos a corresponder com as 
expectativas e exigências impostas pelos pais para receber a aceitação, aprovação 
e o afeto paternal. Essa influência está associada a visão que o indivíduo forma 
sobre si, ou seja, o autoconceito, pois busca se adequar a expectativa que a família 
tem sobre ele causando então conflito sobre o Self real e o Self ideal (SCARTEZINI 
et.al, 2011) o oposto das consequências saudáveis ao desenvolvimento como 
sujeito vindas da Aceitação Positiva Incondicional proposta por Rogers, indicando 
que por meio dessa aceitação, mesmo corrigindo as atitudes dos filhos, os filhos se 
sentiriam amados ainda que tenham suas atitudes reprovadas pelos pais. 
O autoconceito que o indivíduo forma a partir da perspectiva do outro pode 
levar o indivíduo a esquecer de seu Self Organísmico, assim se afastando de 
fatores condizentes com sua personalidade e seus desejos, tornando-se então 
incongruente consigo mesmo. Juntamente com o autoconceito temos a autoestima 
que segundo Scartezini et.al (2011) é uma necessidade inata do ser humano, que 
se forma a partir da influência da aceitação positiva, os cuidados e o afeto recebidos 
desde sua infância. 
Se o indivíduo se sente incapaz de se adequar ao autoconceito estabelecido 
por influências externas no contexto em que está inserido este passa a acreditar 
não ser merecedor de afeto e aceitação por não corresponder às expectativas 
sociais, tornando-se um constante crítico de si. Consequentemente sua percepção 
negativa sobre si acaba influenciando diretamente em sua autoestima, tendendo a 
se sentir constantemente insuficiente para com as expectativas e exigências 
externas. Dessa forma quanto maiores forem as diferenças entre o Self real e o Self 
ideal maior será o estado de incongruência, ou seja maior será o sofrimento, a 
insatisfação, o desacordo interno (RAFAEL 2000). 
O desacordo interno, a incongruência e a autoestima rebaixada acabam 
fazendo com que o indivíduo perca-se de si, do seu Self real, sua autopercepção 
 
 
está incongruente, com isso pode vir a se rebaixar constituindo assim o Complexo 
de Inferioridade. Todo esse processo pode ocorrer, segundo Rogers, a partir do 
desajuste da congruência com o Self Organísmico, o que dificulta a autorregulação 
do indivíduo rumo à sua autorrealização. 
 
CONCLUSÃO 
 
Para o Rogers e o Humanismo em si a Psicopatologia seria um desajuste do 
organismo, acreditando então que todos os indivíduos possuem inatamente 
potencialidades e capacidades para a autorregulação, uma habilidade inata que 
auxilia os seres vivos a utilizar de seus potenciais, se atualizarem como indivíduos e 
atingirem sua autorrealização. Todo indivíduo possui um Self que segundo Rogers é 
dividido em três partes constituintes, sendo eles o Self Real, o Self Ideal e o 
Autoconceito que são desenvolvidos desde a infância a partir de seu 
autoconhecimento e de suas interações com o meio. 
As interações influenciam na autoestima do indivíduo, se o autoconceito se 
torna incongruente com o Self Real, o indivíduo pode sentir-se insatisfeito e em 
desacordo interno, incongruente com suas potencialidades, desejos e escolhas, ou 
seja, possui um desajuste com quem realmente é que o impede de se autorregular e 
consequentemente servir de obstáculo para sua realização como indivíduo. Levando 
em consideração esses fatores o indivíduo passa a diminuir-se em relação aos 
demais por não se sentir merecedor de afeto e aceitação positiva, assim 
possivelmente originando um Complexo de Inferioridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
GUIMARÃES, Aline Pinheiro Macedo; SILVA NETO, Melchisedech César. ​A 
FORMAÇÃO DO SELF E A DEPENDÊNCIA AFETIVA: ​UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA. Belém, v. 2, n. 7, p.48-77, 2015. Disponível 
em: <file:///C:/Users/elizi/Desktop/psico/a04.pdf>. Acesso em: 12 set. 2019. 
 
RAFAEL, Maria da Graça Ferreira. ​A Relação de Ajuda e a Acção Social: Uma 
Abordagem Rogeriana: ​Estudo sobre a Auto-Estima e as Estratégias de Coping 
realizado com Estudantes da Universidade do Algarve. 2000. 141 f. Dissertação 
(Pós-Graduação) - Curso de Psicologia, Instituto Superior instituto Superior de 
Psicologia Aplicada R de Psicologia Aplicada, 2000. Disponível em: 
<file:///C:/Users/elizi/Downloads/A_Relacao_de_Ajuda_ea_Accao_Social_Uma_A.pd
f>. Acesso em: 17 set. 2019. 
 
SCARTEZINI, Luma Guirado; ROCHA, Ana Carolina Raad; PIRES, Vanessa da Silva. A 
NECESSIDADE DE AUTOESTIMA EM CARL ROGERS. 2011. 7 f. Tese (Doutorado) - 
Curso de Psicologia, 2011. Disponível em: 
<file:///C:/Users/elizi/Desktop/psico/hkNYQZ4GFZuVXwL_2013-5-13-15-59-41.pdf>. 
Acesso em: 12 set. 2019. 
 
 ​TEIXEIRA, Napoleão L.. ALGUNS ASPECTOS DA PROBLEMáTICA MÉDICO-SOCIAL 
DO COMPLEXO DE INFERIORIDADE., p. 82-99. Disponível em: 
<file:///C:/Users/elizi/Desktop/psico/6670-17501-1-PB.pdf>. Acesso em: 12 set. 
2019.

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