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Divergência entre Imprensa e Advocacia-Geral da União sobre Medida Provisória

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RAPHAEL SANTOS 
 
CASO 3 
DISCURSIVA: 
 A) R:O caso concreto versa a edição de medida provisória pelo Presidente da República, cujo 
objetivo é disciplinar novo projeto de ensino para educação federal. Em contrapartida, a 
imprensa alega que a norma provisória fere o art. 242, §2º, da CRFB/88. Além disso, a 
Advocacia-Geral da União, sustenta que o dispositivo é constitucional quanto formalidade. 
Com efeito, há diferença entre as normas materialmente e formalmente constitucionais. 
Conceitua-se como norma materialmente constitucional aquela que se encontra conforme o 
texto da CRFB/88, enquanto que, formalmente constitucional a norma que foi editada 
conforme os procedimentos legislativos determinados pelo texto legal.Pode-se concluir que, as 
normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, haja vista que 
estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes 
e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem 
o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo 
próprio das normas constitucionais. 
B) R:O caso concreto versa sobre a divergência entre o conteúdo veiculado pela imprensa e o 
entendimento da Advocacia-Geral da União.Alega a Advocacia-Geral da União que o 
dispositivo é constitucional quanto à formalidade.Nesse sentido, o entendimento pela 
Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, haja vista que, toda norma que estiver 
presente no texto constitucional, somente pode sofrer edição por meio de processo legislativo 
solene, concretizado por meio de Emenda Constitucional, consoante ao disposto no Art. 60 da 
CRFB/88.Pode-se concluir que, em razão da rigidez constitucional o texto da Carta Magna pode 
sofrer alteração, desde que obedecido os requisitos exigidos. Art. 60 da CRFB/88. A 
Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I \u2013 de um terço, no mínimo, dos 
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;II \u2013 do Presidente da 
República;III \u2013 de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.§1º A 
Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio.§2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três 
quintos dos votos dos respectivos membros. 
 
Letra ‘’B’

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