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Violência no Brasil e Direitos Humanos

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	ciencia politica	�
42.1.1	Direitos Humanos: desafios da ordem internacional contemporâneo	�
62.2	ANTROPOLOGIA	�
62.2.1	As dificuldades de representativa das minorias sociais na política brasileira: Classe, Raça, de gênero e de sexualidade.	�
2.2.1.1 Politica Classe..............................................................................................9
2.2.1.2 Politica Raça.................................................................................................10
2.2.1.3 Politica gênero.............................................................................................11
2.2.1.4 Politica de sexualidade.	�12
132.3	SOCIOLOGIA CRITICA	�
132.3.1	Qual é a relação violência e desigualdade no Brasil?	�
153 CONCLUSÃO	�
16REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O referido trabalho tem como principal objetivo analisar violência no Brasil e os direitos humanos. Quando se fala em Direitos Humanos o ecoar de conceitos populares equivocados sobre o tema. Sedimentou-se no inconsciente coletivo que “Os Direitos Humanos” encerram um conjunto de direitos que só beneficiaria, e entraria em ação, para “proteger bandidos e adolescentes infratores, e que nunca eles aparecem para defender as vítimas”. Uma conceituação equivocada, dissociada da realidade e que, a cada ano, infelizmente, só se potencializa. Não, os Direitos Humanos, como ensina o professor Miguel Daladier Barros, não podem ser vistos somente dessa forma, já que vão muito, além disso, conforme preceituam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os diversos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e, ainda, a nossa Constituição de 1988.
Historicamente constata-se que desde que o homem passou a se organizar em sociedade que surgiu a preocupação com a temática dos Direitos Humanos. Os estudiosos apontam o chamado “Cilindro de Ciro- 593 AC- ” na Pérsia, a contar com o registro do que seria o texto precursor da hoje carta de Direitos Humanos, contudo, lembrando mais uma vez o professor Daladier, foi depois das atrocidades da segunda grande guerra mundial -1939-1945- que o conceito ganhou força tendo culminado em Dezembro de 1948 na Declaração Universal dos Direitos Humanos- D. U. D. H, proclamada que foi pela Assembleia Geral das Nações Unidas e que logo no artigo 1, Preconiza que: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Quando falamos em direitos humanos, conceitualmente nos reportamos aos direitos básicos de todos os “homens da terra” como o direito à vida, à propriedade, liberdade de pensamento e de expressão; direito de crença, igualdade formal, nacionalidade, de votar e ser votado; direito ao trabalho, à saúde, à educação e até mesmo o direito à paz; todos esses, em se tratando de Brasil, absorvidos pela nossa Lei Suprema. Embora tais preceitos estejam presentes na Constituição Federal, infelizmente, sabemos que não há da parte de quem deveria um pensar universal sempre que algum deles é violado. 
Para compreendermos academicamente o portfólio o mesmo foi dividido em três tópicos: a introdução, desenvolvimento e a conclusão.
DESENVOLVIMENTO
 ciencia politica
Direitos Humanos: desafios da ordem internacional contemporâneo
Nessa seção aborda-se sobre algumas características que abrange os direitos humanos e seus desafios, contudo coloca a ordem internacional da contemporaneanidade como forma de uma construção axiológica. E de fato que algumas reivindicações morais que são construídas pela humanidade é uma de alto defesa humana, a respeito disso PIOVESAN (2018, p. 05) coloca que:
 Enquanto reivindicações morais, os direitos humanos nascem quando devem e podem nascer. Como realça Norberto Bobbio, os direitos humanos não nascem todos de uma vez e nem de uma vez por todas. Para Hannah Arendt, os direitos humanos não são um dado, mas um construído, uma invenção humana, em constante processo de construção e reconstrução. 
Nessa concepção compõe-se uma construção axiológica, fruto da nossa história, de nosso passado, de nosso presente, a partir de um espaço simbólico de luta e ação social. 
No dizer FLORES ( 2018, p. 10) que diz:
os direitos humanos compõem a nossa racionalidade de resistência, na medida em que traduzem processos que abrem e consolidam espaços de luta pela dignidade humana. Realçam, sobretudo, a esperança de um horizonte moral, pautada pela gramática da inclusão, refletindo a plataforma emancipatória de nosso tempo. 
Considerando a historicidade destes direitos, pode-se afirmar que a definição de direitos humanos aponta a uma pluralidade de significados. Tendo em vista tal pluralidade, destaca-se a chamada concepção contemporânea de direitos humanos, que veio a ser introduzida com o advento da Declaração Universal de 1948 e reiterada pela Declaração de Direitos Humanos de Viena de 1993. 
Para PIOVESAN (2006, p. 06) que coloca que:
Esta concepção é fruto do movimento de internacionalização dos direitos humanos, que constitui um movimento extremamente recente na história, surgindo, a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidades e aos horrores cometidos durante o nazismo. 
É neste cenário que se desenha o esforço de reconstrução dos direitos humanos, como paradigma e referencial ético a orientar a ordem internacional contemporânea. Ao cristalizar a lógica da barbárie, da destruição e da descartabilidade da pessoa humana, a Segunda Guerra Mundial simbolizou a ruptura com relação aos direitos humanos, significando o Pós Guerra a esperança de reconstrução destes mesmos direitos. 
Para PIOVESAN (2006, p. 07) que coloca que:
É neste cenário que se manifesta a grande crítica e repúdio à concepção positivista de um ordenamento jurídico indiferente a valores éticos, confinado à ótica meramente formal – tendo em vista que o nazismo e o fascismo ascenderam ao poder dentro do quadro da legalidade e promoveram a barbárie em nome da lei. Sob o prisma da reconstrução dos direitos humanos, no Pós Guerra, há, de um lado, a emergência do “Direito Internacional dos Direitos Humanos”, e, por outro, a nova feição do Direito Constitucional ocidental, aberto a princípios e a valores. 
Vale dizer, no âmbito do Direito Internacional, começa a ser delineado o sistema normativo internacional de proteção dos direitos humanos. É como se se projetasse a vertente de um constitucionalismo global, vocacionado a proteger direitos fundamentais e limitar o poder do Estado, mediante a criação de um aparato internacional de proteção de direitos. Por sua vez, no âmbito do Direito Constitucional ocidental, percebe-se a elaboração de textos constitucionais abertos a princípios, dotados de elevada carga axiológica, com destaque ao valor da dignidade humana.
Para Piovesan diz a respeito sobre o relativismo,
Para os relativistas, a noção de direitos está estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Cada cultura possui seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. Não há moral universal, já que a história do mundo é a história de uma pluralidade de culturas. Há uma pluralidade de culturas no mundo e estas culturas produzem seus próprios valores. (PIOVESAN 2006, p. 14).
Um segundo desafio central à implementação dos direitos humanos é o da laicidade estatal. Isto porque o Estado laico é garantia essencial para o exercício dos direitos humanos, especialmente nos campos da sexualidade e reprodução. Confundir Estado com religião implica a adoção oficial de dogmas incontestáveis, que, ao impor uma moral única, inviabiliza qualquer projeto de sociedade aberta, pluralistae democrática. 
A ordem jurídica em um Estado Democrático de Direito não pode se converter na voz exclusiva da moral de qualquer religião. Os grupos religiosos têm o direito de constituir suas identidades em torno de seus princípios e valores, pois são parte de uma sociedade democrática. Mas não têm o direito a pretender hegemonizar a cultura de um Estado constitucionalmente laico.
ANTROPOLOGIA
As dificuldades de representativa das minorias sociais na política brasileira: Classe, Raça, de gênero e de sexualidade.
Hoje na atualidade notam-se as desigualdades sociais que estão presentes na sociedade. E percebe-se que a falta de representatividade por muitos no cenário político é de fato uma realidade. E percebem-se quem mais sofre nesse cenário é a minoria que tem pouca representatividade, e nessa realidade muitos não conhecem seus direitos. A respeito disso RODRIGUES ( 2018, p. 05) que coloca,
O termo “minorias” é usado de forma genérica para fazer referência a grupos sociais específicos que são entendidos como integrantes de uma menor parte da população, sendo diferenciados por suas características étnicas, religiosas, cor de pele, país de origem, situação econômica, entre outros. As minorias estão geralmente associadas a condições sociais mais frágeis. Um exemplo claro disso são os indígenas, que permanecem em situações de risco no confronto com grileiros, madeireiros ilegais ou fazendeiros que desmatam florestas ilegalmente.
A precária representação institucional é o principal problema que afeta os grupos minoritários. O sistema representativo instituído em nosso país favorece os grandes grupos, que se organizam para conseguir dar poder a um representante político que atenda às suas necessidades imediatas. Diante desse sistema, as minorias acabam sendo representadas de forma secundária ou de forma alguma.
É pertinente, entretanto, ressaltarmos que não são todas as minorias que sofrem com o problema de representatividade. As minorias elitizadas, ou os grupos da elite organizada, como é o caso dos mais ricos, conseguem realizar articulações políticas para obter o que desejam por meio do poder monetário e da influência que possuem.
Para BOBBIO (1998, p. 34) coloca que,
Diante de todo esse panorama, é de suma importância salientar que, no âmbito da democracia e do sistema representativo, não é correto pensar que apenas os grupos majoritários devam ter suas vontades e necessidades atendidas. Essa ideia de que a democracia configura-se como uma “tirania da maioria¹” deve ser prontamente corrigida. Uma sociedade, para ser verdadeiramente democrática, deve amparar a todos os cidadãos que fazem parte do meio social. Para tanto, é necessário que ferramentas institucionais sejam criadas para que a representatividade seja garantida aos grupos minoritários, de modo que assim consigam dar voz às suas necessidades.
Há ainda o problema da desigualdade social que está atrelado à realidade da grande maioria dos grupos minoritários, uma vez que possuem menor representabilidade e encontra-se em situações sociais precarizadas. Além disso, há ainda o grande preconceito por parte do senso comum, que passa a criminalizar os movimentos que surgem em busca de melhorias da qualidade de vida das minorias. Alguns exemplos são o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que lutam pela obtenção de moradia e pela reforma agrária, mas são hostilizados e criminalizados pela grande maioria da população.
Apesar do esforço governamental, ainda existem sérios problemas referentes ao atendimento das necessidades básicas dos grupos minoritários. Peguemos como exemplo os deficientes físicos, que sofrem com sérios problemas de mobilidade urbana em cidades sem calçadas e rampas ou com estrutura de locomoção precária. É partir disso que surgem os movimentos sociais, que se configuram como uma ferramenta daqueles que fazem parte de grupos minoritários e que não se sentem suficientemente representados no meio institucional.
Quando falamos em democracia logo vêm diversos conceitos ligados ao direito de votar, o direito de ir e vir, de escolher os nossos governantes, enfim, são os mais variados conceitos que deixam uma ambiguidade em relação ao seu real significado.
Em seu termo etimológico democracia significa governo do povo, governo da maioria:
por democracia entende-se uma das várias formas de governo, em particular aquelas em que o poder não está nas mãos de um só ou de poucos, mais de todos, ou melhor, da maior parte, como tal se contrapondo às formas autocráticas, como a monarquia e oligarquia (BOBBIO, 2000, p. 07).
Na Grécia antiga o conceito de democracia estava muito ligado a participação popular, o povo ia para ágora (praça pública) e deliberava o que era importante ou não para sua cidade e principalmente deliberavam o que era melhor para seus compatriotas. 
Embora se possa facilmente questionar se de fato existia uma democracia na Grécia Antiga e quem eram os cidadãos que podiam participar dos debates na ágora. Afinal, em Atenas, onde a democracia se consolidou como uma forma de organização política das cidades-Estados gregas (as polis), não havia uma democracia no sentido literal do termo, pois, de fato, a grande maioria da população ateniense não era formada de cidadãos e sim, de escravos, mulheres, crianças, além de estrangeiros que representavam em média 90% da população e, por não serem cidadãos, não poderiam participar das discussões realizadas na praça pública.
Por sua vez, a ideia de representação começa a ganhar forma na modernidade onde, de acordo com Vieira (2006, p. 21) colocar que,
tem origem a passagem do princípio da soberania monárquica para a soberania popular, protagonizada pela luta da burguesia contra o poder dos reis visando obter privilégios que só poderiam ser conseguidos interferindo na ação do Estado absolutista. É, neste contexto, que um novo significado de representação adquire um papel essencial no esboço de reestruturação do espaço do Político, devidamente adequado às novas exigências imposta pela forma de reprodução social da modernidade. 
Uma vez instituída a soberania popular em oposição a soberania monárquica e diante da impossibilidade de uma democracia direta, para VIEIRA (2006, p. 21). “a opção pelo sistema representativo moderno apresentar-se-ia como uma solução para esta dificuldade [do ideal de uma democracia direta]”, Dessa forma a soberania popular é delegada por meio de representantes ou deputados, escolhidos para esse fim.
Hoje vivemos em um modelo de democracia representativa, onde a sociedade delega a um representante o direito de representá-lo, e de tomar as decisões que melhor favoreça os interesses de toda a população. 
Para Bonavides tal modelo tem, hoje, como principais bases:
A soberania popular, o sufrágio universal, a observância constitucional, o princípio da separação dos poderes, a igualdade de todos perante a lei, a manifesta adesão ao princípio da fraternidade social, a representação como base das instituições políticas, limitação de prerrogativas dos governantes, Estado de Direito, temporariedade dos mandatos eletivos, direitos e possibilidades de representação, bem como das minorias nacionais, onde estas porventura existirem (2006, p. 294).
 
Em uma democracia representativa ou indireta, os cidadãos elegem representantes, que deverão compor um conjunto de instituições políticas (Poder Executivo e Poder Legislativo) encarregadas de gerir a coisa pública, estabelecer leis e/ou executá-las, representantes que devem visar os interesses daqueles que os elegem: a população.
2.2.1.1 Política de classe
Em poucos países a classe política se distingue por sua alta categoria ética e cultural. No Brasil, ela em geral é mal vista, podendo-se dizer que a política é geralmente considerada atividade desabonadora para quem nela milita.
 Uma situação dessa natureza põe em risco a causa democrática, pois esta tem nos políticosuma de suas bases primordiais, por serem os representantes da coletividade na órbita do Estado, dos vereadores aos senadores. Daí a necessidade de seu estudo.
Para REALE (2018, p.01) fala a respeito sobre a política de classe que diz,
 A classe política é uma das formas de “classe intelectual”, que surgiu no fim da Idade Média, como reflexo da vida universitária, ao tempo da Escolástica. Quando um pensador se desliga da Escola Medieval e passa a atuar de maneira autônoma, passa a ser propriamente um intelectual, como seriam, por exemplo, Montaigne e Machiavelli.
Nesse ponto nota-se um modelo por excelência do intelectual político, pondo-se a serviço de cidades ou de nobres para obter resultados tipicamente políticos, recebendo missões e incumbências.
Por aí já se vê que o político, no sentido rigoroso deste termo, representa uma forma de saber, a respeito da cousa pública, no que depois viria a constituir a esfera do “constitucional”, do “econômico” e, lato sensu, do “jurídico”.
Trata-se, por conseguinte, de uma classe cultural autônoma e de grande valor para a vida coletiva, e que adquire feição própria com o advento da democracia, da qual constitui peça-mestra.
Nessa ordem de ideias, é deveras estranho que, tendo surgido trabalhos de política versando sobre a problemática do Estado, não tenha sido fundado logo, não digo escola, mas curso de Política. O que se constituiu foi curso de Jurisprudência, a qual atendeu às necessidades da vida coletiva organizada constitucionalmente.
Mesmo hoje, são raríssimos os cursos de Política, superando os meros cursos como os de Direito ou de Economia, apesar de já haver profundos estudos, por exemplo, de Direito Civil Constitucional, que não se conflita com o Direito Civil Privado.
Ainda REALE (2018, p.01) coloca que,
Positivada a importância da classe política, além de ser objeto de curso universitário, deveriam os partidos cuidar da matéria, sobretudo quando conseguem eleger grande número de deputados e senadores. Dir-se-á que no Brasil já existem entidades dessa natureza, mas não com caráter pedagógico, para formação de jovens com vocação política.
As nossas agremiações políticas cuidam mais de resultados eleitorais, e não de matéria relativa aos poderes do Estado.
2.2.1.2 Política de Raça
Outro ponto fundamental sobre a representatividade sobre as desigualdades sociais de raça. Hoje como em qualquer área social não se ver uma re representatividade total, e sim um minoria que tentar lutar direitos garantido pela constituição federal, a respeito disso Souza ( 2010, p.02) coloca que:
Desigualdades raciais são, em última análise, produto da interação de grupos humanos dotados de recursos diferenciais de poder. A assimetria nas relações entre brancos e negros no Brasil cristalizou-se em alguns padrões específicos de integração racial. Em primeiro lugar, o grupo racial dominante cuidou de que a população negra não viesse a constituir um grupo competitivo.
 Esse fato é visível em alguns momentos históricos, tal como na decisão de não se prover a massa de ex-escravos com técnicas sociais e recursos materiais que lhes permitissem usufruir as novas oportunidades; ou no estímulo à migração européia, visando a substituir a mão-de-obra negra pelo trabalhador imigrante mais qualificado e, ao mesmo tempo, diluir os ex-escravos e seus descendentes no seio de uma população branca maior e mais prolífica. O fato de que o negro não pôde competir, enquanto grupo, por melhores posições sociais deu substância às atitudes de tolerância racial apregoadas pela população branca. No dizer de Roger Bastide, foi precisamente porque o negro não ameaçou o status do branco que este último não desenvolveu medos ou ressentimentos em relação ao homem de côr.
2.2.1.3 Política de Gênero 
Segundo ALVES E PITANGUY (1985, p. 8-9) que diz que, não é fácil estabelecer uma definição clara do que seja feminismo. De modo geral, como em outros movimentos de denúncia da existência de formas de opressão, o feminismo se organiza em torno de uma especificidade: “pela auto-organização das mulheres em suas múltiplas frentes [...] onde se expressam as vivências próprias de cada mulher”. 
O feminismo revela-se como movimento organizado na luta por direitos sociais, políticos, civis, na implementação de políticas públicas direcionadas às mulheres, bem como na esfera doméstica, no trabalho e nas relações interpessoais, rompendo com um passado de subjugação e opressão por parte de uma sociedade predominantemente matriarcal e onde a mulher raramente tinha um papel preponderante na sociedade.
Essa herança do passado patriarcal se revela nas mais diferentes culturas como, por exemplo na Grécia Antiga, onde a mulher ocupada uma posição subalterna e nem mesmo era considerada cidadã e não gozavam da mês ma liberdade que os homens. Para ALVES e PITANGUY (1985, p. 11) que coloca que: “Em Atenas ser livre era, primeiramente, ser homem e não mulher, ser ateniense e não estrangeiro, ser livre e não escravo” 
Para Alves que coloca,
A “maldição bíblica de Eva”, responsável pela queda do homem e, por isso, instigadora do mal, também contribuiu para uma imagem depreciativa da mulher, sobretudo na Idade Média, apesar da existência de “uma contradição interna no pensamento da Igreja medieval no que concerne à posição da mulher, oscilando entre as figuras de Maria, exaltada, e Eva, denegrida, o que prevalece na mentalidade eclesiástica da época é a formação e o triunfo do tabu sexual” (ALVES; PITANGUY, 1985, p. 20).
Na modernidade figuras como Ann Hutchinson (século XVII), Abigail Adams e Olympe de Gouges (século XVIII) surgem como algumas das primeiras vozes de luta por direitos da mulher. Destas a mais conhecida é sem dúvida Olympe de Gouges que viveu no contexto da Revolução Francesa: uma época marcada por revoluções em que a mulher.
que participa ativamente ao lado do homem do processo revolucionário, não vê também as conquistas políticas estenderem-se ao seu sexo [...] Reivindicando seus direitos de cidadania frente aos obstáculos que os contrariam, o movimento feminista, na França, assume um discurso próprio, que afirma a especificidade da luta da mulher (ALVES; PITANGUY, 1985, p. 32).
2.2.1.4 Política de sexualidade 
A importância da Constituição de 1988 para o panorama da política sexual no Brasil contemporâneo deve ser ressaltada. No momento em que foi elaborada, a chamada “Constituição Cidadã” espelhou a configuração de forças existente entre diferentes movimentos sociais que à época buscavam transportar para a esfera pública uma série de questões antes consideradas do âmbito da vida privada, muitas delas envolvendo questões relativas ao gênero e à sexualidade. 
Para Carrara (2010, p.10) coloca que,
Certas transformações foram expressivas, como a formulação da equidade de gênero como direito constitucional e o reconhecimento legal da existência de diversas formas de família, reflexos claros da pressão de grupos feministas e de mulheres. Já a não inclusão na nova Carta constitucional da 4“orientação sexual” e da “identidade de gênero”entre as diversas situações de discriminação a serem combatidas pelos poderes públicos evidencia o quanto o contexto político daquele momento era desfavorável para o então chamado Movimento Homossexual.
Nessa maneira, finalmente, há de se discutir os perigos da reificação das identidades sexuais e de gênero em jogo nesse contexto e de seu possível impacto sobre políticas e direitos que, por serem “especiais”, podem acabar sendo mais excludentes que inclusivos. Fechamentos identitários e fragmentação social estão no horizonte, e a naturalização de novas clivagens sociais pode continuar a estabelecer fronteiras intransponíveis: (heterossexuais ou homossexuais, homens ou mulheres, gays ou travestis), fazendo com que a balança penda cada vez mais para um modelo de justiça social baseado no ideal de “iguais, mas separados”.
É como se as perspectivas analíticas em relação à sexualidade tivessem se constituído emum momento que o horizonte de inclusão social que hoje divisamos fosse inconcebível, sendo, portanto, mais importante pensar em estratégias de resistência do que em processos de integração social.
SOCIOLOGIA CRITICA
Qual é a relação violência e desigualdade no Brasil?
Essa é uma questão que abrange todo o mundo, porém, podemos relacionar essa pergunta ao Brasil.
Sabemos que as desigualdades sociais existentes em nosso país prejudicam a oferta de oportunidades e crescimento financeiro das camadas segregadas, o que acaba contribuindo para os serviços informais, e na maioria das vezes ações ilegais, como as ocupações irregulares, os roubos e o tráfico de drogas. 
Para KERDNA (2016, p.01) Percebe-se, 
através de pesquisas, estudos e levantamentos feitos por órgãos competentes, que os países onde a desigualdade social é elevada, também registram índices igualmente elevados de outros fatores negativos, tais como: violência e criminalidade, desemprego, desigualdade racial, guerras, educação precária, falta de acesso a serviços públicos de qualidade, diferenciação de tratamento entre ricos e pobres, entre outros.
Todos os fatores citados acima possuem relação com as desigualdades sociais, e, é importante analisar a ótica da violência justamente como um fator de segurança pública e falta de investimento em setores básicos como a educação, oportunidade de emprego, de especialização, saúde, etc.
A violência é um tipo de comportamento que, como consequência, causa dano a uma pessoa ou grupo de pessoas, ou objeto, e viola a integridade física ou psicológica do indivíduo. É a força física ou psicológica empregada de maneira excessiva e danosa a outrem. E a criminalidade é, para o Direito, uma conduta atípica, passível de culpa, a qual viola um código de leis ou constituição praticada por seres humanos, e vulgarmente tida como um ato que transgride o princípio da moralidade.
Para KERDNA (2016, p.02) Percebe-se, 
A violência é um tipo de comportamento que, como consequência, causa dano a uma pessoa ou grupo de pessoas, ou objeto, e viola a integridade física ou psicológica do indivíduo. É a força física ou psicológica empregada de maneira excessiva e danosa a outrem. E a criminalidade é, para o Direito, uma conduta atípica, passível de culpa, a qual viola um código de leis ou constituição praticada por seres humanos, e vulgarmente tida como um ato que transgride o princípio da moralidade. Violência e criminalidade são fenômenos que costumam precederem entre si e que, na maioria dos casos, pode ser explicado como consequência da desigualdade social.
Nota-se que a desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros. 
O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.
3 CONCLUSÃO
Nesse tópico colocam-se as ideias centrais sobre o trabalho, nesse sentido discute não só a morte de Marielle franco onde tem uma expressão mais evidente da violência dos que pretendem calar e intimidar quem defende os direitos humanos no Brasil. 
O portfólio coloca também pontos fundamentais da violência no Brasil e os direitos humanos. A respeito disso é exposto uma expressão fundamental sobre os “direitos humanos” onde expõe em uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos a pessoa não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida. Todos seres humanos devem ter assegurados, desde o nascimento, as condições mínimas necessárias para se tornarem úteis à humanidade, como também devem ter a possibilidade de receber os benefícios que a vida em sociedade pode proporcionar. È a esse conjunto que se dá o nome de direitos humanos. 
Assim os direitos humanos correspondem a necessidades essenciais da pessoa humana, para que a pessoa possa viver com dignidade, pois a vida é um direito humano fundamental. E para preservar a vida todos tem que ter direito a alimentação, a saúde, a moradia, a educação, e tantas outras coisas. 
Percebe-se que uma pessoa não vale mais do que a outra, uma não vale menos do que a outra e sabemos que todas devem ter o direito de satisfazer aquelas necessidades. Um ponto deve ficar claro desde logo: a afirmação da igualdade de seres humanos não quer dizer igualdade física nem intelectual ou psicológica. Cada pessoa humana tem sua individualidade, sua personalidade, seu modo próprio de ver de sentir as coisas. Assim, também, os grupos sociais têm sua cultura própria, que é resultado de condições naturais e sociais.
REFERÊNCIAS
ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jaqueline. O que é Feminismo. São Paulo: Brasiliense, 1985. (Coleção Primeiros Passos). Disponível em: Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/politicas-publicas/genero/<acessado em: 18/10/2018.
ARAUJO, Elson: Violência e Direitos. Ed. São Paulo. 2016. Disponível em: <Humanoshttps://araujomesquitajusbrasil.com.br/artigos/407271155/violencia-e-direitos-humanos. <Acessado em> 17/10/2018.
PIOVESAN. Flávia DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS DA ORDEM INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA. Ed. 2006. <Disponível em:> https://www.academia.edu/23860430/DIREITOS_HUMANOS_DESAFIOS_DA_ORDEM_INTERNACIONAL_CONTEMPOR%C3%82NEA_1?auto=download. Acessado em:> 17/10/2018.
BOBBIO, Norberto; MATEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 11ª edição. Trad. Carmen C. Varriale, Gaetano Lo Mônaco, João Ferreira, Luís Guerreiro Pinto Cacais e Renzo Dini). Editora UNB, 1998.
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Trad. Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Malheiros Editores, 2006.
FONSECA, Jumária Fernandes Ribeiro. O Orçamento Participativo e a Gestão Democrática de Goiânia. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial). Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2009.
LAMBERTUCCI, Antonio Roberto. A participação social no governo Lula. In: AVRITZER, Leonardo (org.). Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção Democracia Participativa)
MANFREDINI,KARLA M. Democracia Representativa Brasileira: O Voto Distrital Puro Em Questão. Florianópolis, 2008.
PITKIN, Hanna Fenichel. The concept of representation. Berkeley: University of California press, 1967.
POGREBINSCHI, Thamy; SANTOS, Fabiano. Participação como Representação: O Impacto das Conferências Nacionais de Políticas Públicas no Congresso Nacional. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 54, no 3, p. 259 a 305, 2011. Acesso em 23/07/2017.
SELL, Carlos Eduardo. Introdução á sociologia politica: politica e sociedade na modernidade tardia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
SOUZA, Clóvis H. L.; LIMA, Paula P. F.; TEIXEIRA, Ana C. C. Conselhos e conferências nacionais: entre a participação e a representação. Argumentum, Vitória (ES), v. 4, n.1, p. 152-172, jan./jun. 2012. Acesso em 23/08/2017.
VIEIRA, Luiz Vicente. A democracia com pés de barro: o diagnóstico de uma crise quemina as estruturas do Estado de Direito. Recife, Ed. Universitária da UFPE, 2006.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM 
NOME dos alunos
marielle franco e o futuro do brasil
ITACOATIARA
2018
NOME dos alunos
a violencia no brasil e os direitos humanos
Trabalho de grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Antropologia, Sociologia Critica, Ciências Política, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do SSoc II, Seminários da Prática IV.
Professores: Elias Barreiros, Altair Ferraz Neto, Mariana de Oliveira Lopes Vieira, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Patricia Campos
ITACOATIARA
2018

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