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CLÍNICA E DOENÇAS DE EQUÍNOS

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RESUMO CLÍNICA E DOENÇAS DE EQUÍNOS P1
LAMINITE - Conhecida popularmente por aguamento. 
Causas:
Mecânica: excesso de carga; exercício; cuidados com o casco.
Origem gastrointestinal: excesso de carboidratos (fermenta mais no ceco e mata flora cecal); pastagem em brotação; ingestão de Black Walnut (cama de baia); enfermidade gastrointestinal (muda a microbiota).
Enfermidades infecciosas intensas: metrite, pneumonias/pleurite, rabdomiólise, sepse.
Distúrbios hormonais: Síndrome Cushing, síndrome metabólica; terapia com corticoide.
É um processo multifatorial que atinge o tecido laminar dos cascos (processo inflamatório – diferentes graus da patologia).
Teoria:
Teoria vascular: acontece uma crise isquêmica por vasoespasmo, hipovolemia, constrição da circulação digital mediada por peptídeos vasoativos (serotonina, endotelina, tromboxanos etc.) ou pressão intersticial elevada, que levará a uma resposta inflamatória (dano na perfusão morte celular).
Diminuição da perfusão capilar no interior do casco (causado por peptídeos vasoativos), o que causa aumento de desvios artério-venosos (shunts), inflamação, necrose isquêmica das lâminas e dor.
Teoria alimentar: endometrite ou infecções sistêmicas graves. 
Excesso de carboidratos causa aumento da fermentação, consequentemente uma maior formação de ácido lático, que diminui pH. Ao diminuir o pH, bactérias morrem, havendo liberação de LPS (monoaminas, vasoativas-triptamina, feniletilamina) que vão para o casco.
Não deve misturar volumoso com concentrado, pois passarão rápido pelo intestino delgado, impedindo que as enzimas degradem o concentrado. O que causará uma acidose a nível de ceco liberando toxinas.
Teoria enzimática/metabólica: fatores não bem identificados (metaloproteinases, MMP-2, MMP-9) oriundos da circulação, causam descolamento da derme-epiderme no casco.
Toxinas bacterianas de bactérias gram+ são capazes de ativar as metaloproteinases.
Frutosanas ativam as metaloproteinases.
Teoria traumática: causada pela resposta inflamatória. Podendo ser unilateral quando há impotência funcional de apoio.
Animais predispostos: obesidade (síndrome metabólicas); resistência insulínica (aumento da glicemia/endotoxinas interferem no metabolismo de glicose); síndrome de cushing (aumento na secreção de cortisol) e pôneis.
Fase de desenvolvimento: toxina no casco, não há formação de trombo, e não há alteração circulatória.
Fase aguda: deslocamento do centro de gravidade para alívio da dor. Pulso interdigital, aumento da temperatura dos cascos. Cascos doloridos e apoio sobre os talões.
Fase crônica: evolução de uma laminite não tratada. Pode tornar-se crônico após 48 horas. Causa deformação do casco, formação de linhas de crescimento irregular, crescimento dos talões, concavidade da muralha. Pode haver rotação da terceira falange (devido ao descolamento da lâmina).
Diagnóstico: Anamnese + sinais clínicos
Raio-x para observar se houve rotação de terceira falange. E a angiografia para analisar a vascularização no casco.
Tratamento:
- Crioterapia -> na tentativa de impedir que toxinas cheguem ao casco por promoverem vaso constrição
- Hipotensores -> diminuem a pressão arterial, impedindo que formem shunts. Acepromazina, pentoxifilina, isoxisuprime.
- Anti-inflamatório não esteroidal -> flunixin meglumine (anti-endotóxico), fenilbutazona, cetoprofeno, hidrocortisona (glicocorticoide)
- Anticoagulante -> impede formação de coágulos. Heparina
- Antioxidante -> dimezol (anti-edematoso)
- Cimetidine (para tratar úlceras) e omeoprazol
- Vaso dilatador -> nitroglicerina 2%
- Carvão ativado (absorve toxinas)
- Óleo mineral
- Antibiótico 
- Doxiciclina (antitoxinas)
- Metformina -> tratamento para diabetes 
- Ferradura em coração
- Cama de areia 
Em casos de rotação de terceira falange faz a ressecção da muralha para descomprimir a circulação. 
RABDOMIÓLISE – Doença da manhã de segunda-feira
Ocorre a lise das fibras musculares estriadas devido ao esforço excessivo. 
Causa: falta de condicionamento físico e ingestão de alta concentração de carboidratos. 
Sinais clínicos: contratura muscular – músculos do membro pélvico enrijecidos (glúteo médio e semitendinoso). Ansiedade, sudorese, taquicardia, mioglobinúria (não tem icterícia, nem febre).
*Ao eliminar mioglobina na urina é comum esperar por dano renal. Então tratar com fluidoterapia para diminuir a concentração de mioglobina e diminuir dano renal.
Fatores predisponentes: dieta rica em carboidratos (acumula muito glicogênio, quando vai usá-lo, converte em lactato e libera H+, e o H+ destrói células e causa acidose)/ regime de treinamento e condicionamento físico (quando não for treinar tem que baixar a quantidade de carboidrato)/ intensidade de exercício (muito esforço por pouco tempo).
*Miopatia de armazenamento de polissacarídeos -> armazenamento anormal de glicogênio no músculo (quarto de milha e potros).
*Doença do músculo branco -> deficiência de vitamina E e selênio. 
Diagnóstico: história clínica + diminuição da mobilidade (músculos enrijecidos) + clinicamente (palpação com rigidez e dor). Dosagem de CK e AST (AST indica lesão hepática e dura 48 horas). Pode dosar LDH mas some em 24 horas.
Tratamento: 
- Ringer com lactato (trata acidose, diminui dano renal e dilui mioglobina) e eletrólitos se houve grande perda hídrica. 
- Relaxante muscular -> coltrax, metacarbamol e acepromazina (mas acepromazina por ser um benzodiazepínico causa exposição do pênis sem conseguir retrair)
- Analgésico -> fenilbutazona (agride menos o rim) associado com fluidoterapia.
- Antioxidante e anti-inflamatório -> dimesol (diluição a 10% em 1 litro).
Prevenção: trocar amido por óleo, pois óleo não acumula glicogênio e tem muita energia. Usar vitamina E e selênio, pois são antioxidantes. Condicionamento físico
SÍNDROME DO NAVICULAR
Causa mais comum de claudicação intermitente no membro anterior (dá anti-inflamatório e repouso e animal melhora)
Doença herdavel de má conformação – extremamente vertical (tendão flexor digital profundo muito esticado – traumatiza osso navicular) – angulação das falanges errada. 
Degeneração senil – animais velhos tem comprometimento da irrigação do navicular, que vai desmineralizando. 
 Trombose e isquemia -> necrose isquêmica (diminui irrigação do osso) – tratar com aas ou drogas potencializadoras para diminuir coagulação.
Sintomas: melhora com repouso, claudicação intermitente (piora no dia após trabalho), apoia na pinça e depois no talão (diminuir impacto), terrenos irregulares e duros pioram a claudicação.
Diagnóstico: reações a pinça de casco, sintomas de claudicações característicos (intermitente, pisando em pinça, ranilha fechada), radiografia (sky line), bloqueio anestésico do nervo digital palmar. 
Tratamento:
- Fase inicial: repouso e anti-inflamatório (cetoprofeno, fenilbutazona, flunixin meglumine)
- Casqueamento corretivo – ajustar o eixo podo-falangico
- Ferrageamento corretivo: elevar talões, ferraduras fechadas e borracha para amortecimento (ferradura em ovo), atrasar o ponto de quebra.
- Esteróides intrabursais – alívio temporário, não tem poder de cura.
- Vasodilatador – pentoxifilina, isoxisuprime
- Anticoagulantes – warfarina
- Tiludronato – diminui ação osteoclástica 
- Último recurso: neurolítico (injeta sarapim para matar nervo) e procedimentos cirúrgicos – neurectomia do digital palmar distal (tira um pedaço)
OSSIFICAÇÃO DAS CASTILAGENS ALARES
Encontrada mais comumente em animais de má conformação nos membros anteriores. Quando não há distribuição de peso adequada no casco todo. Causado por desnivelamento da ferragem. 
Sintomas: pode ou não ter claudicação, sendo mais evidente nas curvas. Pode vir associado a outras patologias (doença do navicular).
Diagnóstico: dor ao pinçar o casco, com confirmação radiográfica (área de cartilagens com radiopacidade característica de ossificação). Faz bloqueio anestésico unilateral para confirmar.
Tratamento: 
- Ferradura de pinça rolada e comguarda-casco (menos impacto, menor dor e não expande lateralmente).
- Cirúrgico quando há fragmentos.
OSTEÍTE PODAL
Desmineralização da falange distal (terceira falange) resultante de uma inflamação. Sendo essa inflamação persistente na sola (laminite, contusões persistentes, lesões perfurantes e processos inflamatórios crônicos), causando rarefação óssea.
Sintomas: claudicação evidente (qualquer forma de andar dói), dor difusa ou localizada, raio-x (desmineralização óssea da terceira falange).
Tratamento: 
- Ferrageamento para manter sola protegida (tirar apenas parte morta da sola)
- Anti-inflamatório -> cetoprofeno, fenilbutazona, flunixin meglumine
- Endurecer casco com iodo formalina e terebentina 
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL
Doença da cara inchada. 
Enfermidade sistêmica induzida por uma deficiência absoluta ou relativa de Ca, causada pelo excesso de P ou pelo consumo de plantas com oxalato. 
Etiologia: alta ingestão de grãos que contém muito P / forrageiras ricas em oxalato (diminuem a absorção de Ca) / baixa ingestão de Ca ou deficiência de vitamina D / fêmeas pré e pós parto imediato. 
Quando baixa os níveis séricos de Ca, o paratormônio é ativado, que faz a retirada de Ca dos ossos. Levando a uma remodelação óssea -> tecido fibroso no lugar dos ossos.
Sintomas: aumento simétrico da mandíbula e ossos faciais, perda da lâmina dura em volta dos dentes, manqueira indefinida, fratura espontânea (repentina e inexplicável), enrijecidos
Diagnóstico: sintomas clínicos, análise da dieta, clearence fracional de P (soro/urina)
Tratamento: 
- Dieta balanceada
- Suplementação de cálcio (4:1)
- Inicialmente -> carbonato de Ca 20 a 30 mg/dia/30 dias
- Alfafa 6:1 Ca/P
SÍNDROME CÓLICA
Estômago pequeno e intestino delgado extremamente longo. Intestino cheio de saculações, que no processo de digestão fermentativa o alimento fica “rodando”, o que promove o antiperistaltismo (retarda a ingesta para dar tempo das bactérias degradarem a fibra). 
Síndrome pois são vários sinais que não especificam o local de patogenia.
Cólica: dor abdominal. Contração tentando empurrar algum conteúdo causando dor intensa. 
Sintomas: dor de origem abdominal – animal deitado, deita e levanta frequentemente, cava o chão, rola, mexe na água com o focinho, olha para o flanco, posição antiálgica (membros para frente), sudorese intensa, apatia, esperneia, debate-se, escoicear o abdômen. 
Fatores predisponentes: reduzida capacidade estomacal, glândulas secretoras, inserção do esôfago, digestão bacteriana, mesentério longo, cólon maior, variação do lúmen, intestino delgado conduz material fibroso, baixo limiar a dor, controle parasitário, anomalias dentárias, vícios (aerofagia), manejo inadequado, iatrogênica (imidocarb, prostaglandina, amitraz, atropina etc).
Manejo: ingestão de muito alimento de uma vez, privação de água (bebem muito de uma vez se ficam muito tempo sem), mudança súbita da alimentação, água fria (vaso constrição e diminuição de motilidade), ingestão de areia (obstrução), animal que fica preso defeca menos (impactação), trabalhos cansativos. 
Anamnese: tempo (início e evolução), comportamento, grau da dor, crises anteriores, manejo da criação, alimentação (fornecimento de água), defecação (quantidade, odor, cor, frequência, consistência), tratamentos já realizados.
Auscultação: aumento ou diminuição da motilidade
- Lado direito: ceco – prega íleocecocólica (barulho de descarga).
- Lado esquerdo: flexura pélvica, cólon dorsal esquerdo e cólon ventral esquerdo. Ouvimos bolha (ar e água rolando)
Palpação retal: é possível observar dilatação (distensão gasosa/líquida), compactação, torção, deslocamento, enterólitos, impactação, encarceramento, intussuscepção. 
Passa pelve sentimos flexura pélvica (possível observar se há impactação – palpa pedra). À direita palpamos ceco e à esquerda intestino delgado. Mais à frente e ao centro palpa cólon menor. 
Abdominocentese/ paracentese abdominal: 
- Amarelo citrina: maior número de neutrófilos.
- Amarelo escuro a marrom: hemácias.
- Esverdeado: conteúdo fecal.
- Amarelo palha: normal.
Sonda nasoesofágica: odor, consistência, pH, coloração, sangue oculto. 
Exame clínico: distensão abdominal, taquicardia e taquipnéia, hipomotilidade e hipermotilidade, desidratação, mucosas congestas a cianóticas.
Exames complementares: citologia, proteínas totais, hemograma completo, fibrinogênio plasmático, função renal e hepática.
Classificação:
- Processo não obstrutivo: enterite anterior, peritonite, íleo adinâmico, infartação não estrangulativa, timpanismo cecal, úlceras gástricas, aderências de alças, abcessos mesentéricos, hemoparasitoses, dilatação por ingestão de água, ingestão de ar.
- Processo obstrutivo estrangulativo: vólvulo, torções, intussuscepção, lipomas pedunculados, hérnias, encarceramento de alças, deslocamento de alças.
- Processo obstrutivo não estrangulativo: enterolitíase, impactação/ascarídeos, obstrução por c.e., impactação gástrica, impactação de íleo, impactação de ceco, impactação de cólon maior, idiopáticas, neoplasia.
ÚLCERA GÁSTRICA
Comum cavalos que vivem em baia apresentarem úlceras gástricas – estresse. 90% dos cavalos terão úlcera. 
Os cavalos de corrida acabam contraindo o abdômen e por consequência o suco gástrico acaba entrando em contato com região aglandular do estômago.
Causas: estresse (treinamento, confinamento, estábulo e transporte)/ fatores nutricionais (tipo de alimentação e manejo)/ anti-inflamatórios não esteroidais (flunixin meglumine e fenilbutazona).
Tratamento:
- Inibir a secreção gástrica com antiácido -> sucralfato/eno
- Aderente de mucosa -> 
- Antagonista de receptor H2 para histamina -> ranitidina
- Inibidor da bomba de prótons -> omeoprazol (faz dose de ataque 4mg/kg, depois manutenção 1mg/kg)
*Aliar a terapia farmacológica: boa alimentação, melhor manejo, socialização dos animais. 
IMPACTAÇÃO GÁSTRICA
Acúmulo de material sólido no estômago, deixando-o dilatado e ressecado, impedindo o transito intestinal.
Etiologia: qualidade da fibra/ estenose na região do piloro (abcessos, inflamação e parasitas)/ mastigação/ palatite/ abcessos dentários/ fratura de mandíbula/ pontas dentárias -> relacionados em como o material é processado na boca
Diagnóstico: sondagem nasogástrica, palpação transretal, paracentese abdominal
Tratamento:
- Eliminar causa de base
- Sondagem nasogástrica – lavagem com posterior sifonagem
- Al(OH)3, cimetidina, ranitidina, omeoprazol -> se houver sofrimento da mucosa
- Analgésico (se necessário) -> fenilbutazona pois dura 12horas
DILATAÇÃO GÁSTRICA
Distensão do estômago por líquido (vem do intestino ou ingeriu muita água) ou gás (produzido no estômago ou ingerido).
Pode ser primária quando o problema está no estômago – muita ingestão de água, muita ingestão de carboidratos (fermentação) ou ingere ar (aerofagia)
Pode ser secundária quando a origem do problema não é do estômago, problema é no intestino – ph alcalino.
Diagnóstico: sondagem nasogástrica, ph ácido ou alcalino, paracentese abdominal. 
Tratamento: 
- Eliminar causa de base
- Sondagem nasogástrica -> lavagem e sifonagem
- Al(OH)3, ranitidina, omeoprazol *se houver sofrimento da mucosa
- Analgésico -> fenilbutazona *se necessário
DUODENO JEJUNITE – ENTERITE ANTERIOR
Inflamação do intestino delgado com excessiva secreção de líquido e eletrólitos em grandes volumes de refluxo enterogástrico.
Fator predisponente: aumento recente na quantidade de concentrado/ alta condição corporal/ inatividade física
Etiologia: Salmonella, Clostridium perfringes, Clostridium difficile, micotoxina fuminisina, atomia causada por amitraz (uso contra ectoparasitas).
Sintomas: dor moderada a severa/ distensão moderada de intestino delgado devido a inflamação (eritema/congesto) / desidratação/ mucosas congestas/ início agudo/ grande volume de refluxo enterogástrico de coloração castanha alaranjada comodor fétido/ borborigmos deprimidos/ tpc prolongados.
Achados laboratoriais: hematócrito alto, proteína plasmática > 3,5g/Dl, leucócitos periféricos normais.
Tratamento:
- Drena líquido com sonda (a cada duas horas – tempo que estomago volta a encher)
- Hidrata e manutenção 100ml/kg 
- Suplementa com Ca e Mg – solução hidroeletrolítica 50 a 100 litros (para contração quando voltar ao normal)
- Alimentação parenteral (devido a atonia e refluxo não se trata pela boca)
- Flunixin meglumine (antitoxemico -> pode dar laminite)
- Antibiótico de amplo espectro + penicilina -> cefalosporina, metronidazol, enrofloxacina (não usa em potros)
- Pró-cinético -> lidocaína em bolus 1,5mg/kg (para ter efeito de hipermotilidade) / prostignina 
*Contra laminite: heparina (contra microtrombos) e dimesol (antioxidante)
IMPACTAÇÃO OU OBSTRUÇÃO DO ÍLEO
Impactação que resulta em obstrução, fenômeno raro, devido a distúrbios de motilidade intestinal.
Causado por parasitas, ingestão de fibra de má qualidade ou de dentição que não consegue mastigar a fibra.
Sintomas: refluxo enterogástrico sem processo toxemico e em menor volume (dilata vagarosamente – dor moderada a discreta). Conteúdo tem pH alcalino e cheiro pútrido. Fácil palpação devido a distensão. 
Tratamento: 
- Analgésico -> dipirona 6 em 6 horas
- Laxante osmótico -> manitol ou sulfato de magnésio
- Fluidoterapia
- Óleo mineral
*Se animal não apresentar melhora com tratamento, ele tem que ser operado -> enterotomia.
CÓLICA TROMBOEMBÓLICA
Infarto não estrangulativo do delgado, ceco ou cólon. Causado por Strongylus vulgaris na artéria mesentérica, acarretando em resposta inflamatória -> trombo e necrose.
Sintomas: dor moderada a severa, distensão intestinal, paracentese sanguinolenta (bactérias livres ou fagocitadas)
Tratamento: butorfanol e cirúrgico
COLITE X
Síndrome caracterizada por colite, toxemia superaguda, rapidamente fatal e de causa desconhecida.
Semelhante a diarreia associada a antibióticos, salmonelose e clostridiose. 
Sintomas: diarreia muito mal cheirosa e severa / aumento da frequência cardíaca e da frequência respiratória / borborigmos ausentes / choque endotoxêmico (mucosas congestas, pulso fraco, taquicardia, tpc alto)
Achados laboratoriais: acidose grave, leucopenia e trombocitopenia, uréia e creatinina altas
Tratamento: 
- Grande volume de soro intravenoso associado a cálcio, potássio e bicarbonato
- Heparina
- Solução hipertônica 
- Plasma hiperimune 2 a 4 litros
- Corticóides em casos de choque -> dexametasona
- Analgésicos adicionais -> butorfanol, xilazina ou associação de barbitúricos 
- Óleo mineral e carvão ativado
- Antibióticos de amplo espectro -> cefalosporina, gentamicina
IMPACTAÇÃO DE CÓLON
Ocorre no cólon, na flexura pélvica, podendo ocorrer em outros segmentos. Causado por Strongylus, alto teor de fibras, induzida por Amitraz. Pode ainda ocorrer em animais que não mastigam direito, animais que não se movimentam muito, em quadros de desidratação ou drogas que afetam a motilidade intestinal. 
Sintomas: dor abdominal intermitente / produção fecal reduzida / frequência cardíaca aumentada / borborigmos diminuídos / sinais de desidratação após longo período de anorexia. 
Tratamento: 
- Analgésicos -> flunixin meglumin, fenilbutazona
- Laxativos e catárticos -> manitol, sulfato de magnésio, óleo mineral
- Hidratação para decompor a impactação -> parenteral ou enteral 
- Xilazina -> penetra na impactação e estimula motilidade intestinal
IMPACTAÇÃO ARENOSA: CÓLICA POR SABLOSE
Ingestão inadvertida de areia – alimentação no chão -> acúmulo no cólon ventral.
Sintomas: dor abdominal intermitente / produção fecal reduzida / frequência cardíaca aumentada / borborigmos diminuídos / sinais de desidratação após longos períodos de anorexia / poucas fezes com areia / palpação não elucidativa 
Tratamento: 
- Analgésicos -> flunixin megluminte, fenilbutazona
- Laxantes e catárticos -> metamucil (forma uma cola e causa aderência da areia), misturar a 2 litros de óleo mineral, depois a 4 litros de água. Salamargo ou manitol.
*Se não resolveu -> cirúrgico 
TIMPANISMO CECAL
Primário quando tem aumento na produção de gás. E secundário quando ocorre por conta de uma obstrução.
Dietas com grande quantidade de carboidratos altamente solúveis, falta de exercícios e parasitas depressores da motilidade. 
Sintomas: dor abdominal aguda / distensão do flanco direito (ceco) / aumento na frequência cardíaca e frequência respiratória / borborigmos podem estar aumentados. 
Tratamento: 
- Analgésico -> fenilbutazona
- Laxante -> óleo mineral
- Antifiséticos -> dimeticona ou silicone (timpanol®) (tensoativos)
- Caminhar (para flatular e defecar)
- Uso de trocáter para tirar o gás do ceco (risco de peritonite)
- Mudar manejo
ÍLEO ADINÂMICO
Diminuição da motilidade propulsora, aumento no tempo de transito de líquidos e de substâncias particuladas e distensão do intestino. Geralmente complicação pós cirúrgica abdominal.
Sintomas: deprimidos / sinais de desconforto abdominal / frequência cardíaca aumentada / refluxo enterogástrico contínuo / alças intestinais distendidas.
Tratamento: 
- Intubação nasogástrica e sifonagem
- Terapia líquida intravenosa
- Anti-inflamatória não esteroidal e anti-toxemico -> flunixin meglumine
- Estimulação farmacológica da motilidade intestinal -> aplicação de cálcio, magnésio / ácido d-pantotênico / antagonistas narcóticos -> butorfanol / agonistas colinérgicos -> betanecol / inibidores da colineesterase -> neostigmina / antagonista adrenérgicos -> ioimbina / benzamidas -> metaclospramida, cisaprida / agonista da motilina -> eritromicina / pasassimpatomimético -> lidocaína / 
- Lubrificantes e laxantes -> ducusanato de sódio, carboximetilcelulose, sulfato de magnésio e óleo mineral
- Enemas
ENFERMIDADES DA PELE
PIOLHOS
Agentes: Damalinia equi e Haematopinus asini.
Mais comum em épocas de frio por conta da pelagem que fica mais longa.
Sintomas: prurido intenso, podendo se auto mutilar por se coçar muito.
Diagnóstico: presença de piolhos nos pelos ou no pente (visual)
Tratamento:
- Ivermectina 
- Banhos -> com piretróides (butox®) e organofosforados (neguvon®)
SARNA
Agentes: Sarcoptes scabei var equi (sarna da cabeça), Chorioptes equi (sarna dos membros), Psoroptes equi (sarna do corpo).
Sintomas: prurido intenso (combinação da irritação mecânica e hipersensibilidade ao ácaro e seus subprodutos – fezes)
Diagnóstico: raspado de pele (presença de ovos e ácaros) e biopsia quando for mais profundo
Tratamento:
- Ivermectina
- Banhos com piretróides (butox®)
ONCOCERCOSE
Agente: Onchocerca cervicallis (manifesta comumente na cervical, pescoço e cabeça)
Aspecto parecido com fungo pois é circunscrita, circular e não coça.
É transmitido por moscas (culicóides) – maior incidência no verão e na primavera.
Sintomas: rarefação pilosa na face e pescoço, e na parte ventral do tórax e abdômen. 
Diagnóstico: raspado não é efetivo, tem que associar sintomatologia com o local.
Tratamento: 
- Ivermectina
- Corticóide -> prednisona ou meticorten (evitar prurido)
DERMATITE À PICADA DE INSETOS
Agentes: Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos), Haematobia irritans (mosca dos chifres), abelhas etc.
Para evitar moscas é preciso ter um bom manejo dos dejetos dos animais. 
Sintomas: prurido
Diagnóstico:
Tratamento:
- Controle dos insetos
- Eliminar área de reprodução de moscas
- Janelas de baias protegidas
- Animais pulverizados com inseticidas residuais (piretróides -fipronil)
*quando controle não funciona: 
- Corticoide -> prednisona e prednisolona 
- Antialérgico (antihistaminico) -> difenidramina
- Inseticida residual -> fipronil (top line®)
HABRONEMÍASE
Habronema na pele -> mosca deposita larva em lesão cutânea. Chamada de ferida de verão.
Agente: Habronema muscae, Draschia megastoma, Habronema majus.
Sintomas: grânulos caseosos conjuntivais / úlcera granulomatosa / epífora (não drenagemdas lágrimas)/ espessamento cutâneo de crescimento rápido e contínuo / tecido de granulação exuberante /prurido / forma peniana (ulceração na glande)
Diagnóstico: característica das lesões, estação do ano, histórico, biospia (dermatite eosinofílica modular à difusa com presença de larvas)
Diagnóstico diferencial: pitiose, sarcóide equino, carcinoma das células escamosas, tecido de granulação e botriomicose.
Tratamento: 
PITIOSE
Fungo. Geralmente em áreas alagadas. Geralmente em partes baixas que tem contato com o solo e umidade.
Ferida com muita secreção.
SARCÓIDE EQUINO
Geralmente perto do olho. É um tumor viral parecido com papiloma. Tecido de granulação. 
Tratamento: 
- Resolução espontânea
- Ivermectina
- Pomadas -> dimesol / predsona, meticorten (corticoides) / neguvon (organofosforado)
*criocirurgia e curetragem 
ENFERMIDADES FÚNGICAS – Dermatofitose
Micose cutânea superficial (equipamentos passados de um animal a outro)
Agentes: Mycrosporum ssp, Tricophyton ssp.
Sintomas: alopecia circular, não pruriginosa, descamação e crostas. Fatores predisponentes: má nutrição, superlotação, baixa imunidade e ambiente estressante.
Diagnóstico: sinais clínicos e histórico. Raspado. Cultura em agar sabouraoud
Tratamento:
- Auto limitante -> linfogex, infervax (estimulam a imunidade)
- Fungicidas cutâneos -> clorexidine, pvp digermâni a base de iodo, miconazole e cetoconazole.
- Esporicida no ambiente e utensílios
DERMATOFILOSE
Doença da chuva.
Agente: Dermatophilus congolensis (bactéria gram+)
Sintomas: crostas, exsudação, queda de pelos em tufos com pouco ou nenhum prurido. 
Diagnóstico: aparência clínica, história clínica, cultura em ágar sangue.
Tratamento: 
- Limpeza com xampu antiseborreico
- Lavar com clorexidine, pvp iodo
- Pomadas com antibióticos
- Permanganato de potássio a 5%
- Bloqueador solar/baia
LINFANGITE ULCERATIVA
Agente: Corynebacterium pseudotuberculosis.
Infecção dos vasos linfáticos cutâneos, na maioria das vezes em membro pélvico. Supostamente começa com uma ferida.
Sintomas: membro tumefeito e dolorido, dificuldades para andar. Vasos linfáticos apresentam-se em forma de cordões, podendo haver espessamento dos tecidos adjacentes. 
Diagnóstico: aspecto da lesão, identificação do microrganismo, esfregaço direto corados com gram ou giemsa, antibiograma
Tratamento: 
- Anti-inflamatório não esteroidal -> fenilbutazona, meloxican, flunixin meglumine
- Antimicrobiano 
- Hidroterapia com pressão de baixo para cima
- Exercício
- Ultrassonografia pra ver onde tem líquido e fazer drenagem cirúrgica
PAPILOMATOSE
É um vírus – não tem um padrão de tratamento. Tem que retirar cirurgicamente. 
Em lábios, orelhas e focinho.
Agente: papilomavírus
Sintomas: 
Diagnóstico: clínico, e biopsia
Tratamento: 
- Vacinas autógenas 
- Inativada com formalina 
- Ligadura do pedúnculo
- Imunoestimulantes -> levamisole 
- Autohematoterapia
- Clorbutanol -> verrugado, verruclin
- Remoção cirúrgica

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