Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA Q. 01 - O que é epidemiologia? É o estudo da distribuição e dos determinantes de estado e eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde. Q. 02 – Quais as delimitações dos aspectos conceituais da definição de epidemiologia? - ESTUDO: inclui vigilância, observação, teste de hipóteses, pesquisas analíticas e experimentais; - DISTRIBUIÇÃO: refere-se à análise quanto ao tempo, pessoas, lugares e grupos de indivíduos afetados; - DETERMINANTES: inclui fatores que afetam o estado de saúde, dentre os quais, os fatores biológicos, químicos, físicos, sociais, culturais, econômicos, científicos e comportamentais; - ESTADOS OU EVENTOS RELACIONADOS À SAÚDE: referem-se às doenças, causas de óbito, hábitos comportamentais (por exemplo, tabagismo), aspectos positivos em saúde (por exemplo, bem-estar, felicidade, etc.), reações a medidas preventivas, utilização e oferta de serviços de saúde entre outros; - POPULAÇÃO: inclui indivíduos com características específicas como, por exemplo, crianças menores de 5 anos. Q. 03 – Quais os pressupostos que fundamentam a definição epidemiológica? - Aplicações na prevenção e controle; - O objetivo da saúde pública é promover, proteger e restaurar a saúde; - As doenças, condições de saúde e seus determinantes não se distribuem ao acaso na população; - O conhecimento desses fatores tem aplicação prática no controle e na prevenção das doenças e agravos à saúde. Q. 04 – Quais as três áreas temáticas da epidemiologia? - Doenças infecciosas e as enfermidades carenciais; - Doenças crônico-degenerativas e outros danos à saúde (investigação epidemiológica sobre hábito de fumar, peso ao nascer, níveis de glicemia de uma população, fadiga profissional, violência urbana, consumo de drogas, morbidade e mortalidade); - Serviços de saúde. Q. 05 – Quais as aplicações da epidemiologia? - Descrever as condições de saúde da população; - Investigar os fatores determinantes da situação de saúde; - Avaliar o impacto das ações para alterar a situação da saúde. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG – CAMPUS PATOS - CSTR – ODONTOLOGIA LISTA DE REVISÃO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA AULA 1 – INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA Q. 06 – Essas três aplicações da epidemiologia fornecem valiosos subsídios para auxiliar as decisões, seja em nível coletivo ou em nível individual, comente sobre estes níveis. No nível coletivo as decisões são tomadas pelos planejadores de saúde, a partir das evidências proporcionadas pela epidemiologia, no sentido de implementar novas intervenções, reorientar as atualmente existentes ou manter as mesmas estratégias em curso. Já no nível individual, os profissionais da saúde que lidam diretamente com as pessoas, no sentido de fundamentar decisões e condutas, incluem diagnósticos clínicos, a solicitação de exames complementares e a prescrição de vacinas, de drogas e de regimes alimentares. Q. 07 – Quais os pilares da epidemiologia moderna? Comente sobre. - Ciências biológicas: a epidemiologia apoia-se em conhecimentos biológicos, encontrados ou desenvolvidos em outras áreas do próprio campo da saúde, estas e outras disciplinas contribuem para que se possa melhor descrever as doenças, classifica-las mais adequadamente e assim, atingir maior grau de precisão na determinação da frequência com que estão ocorrendo na população; - Ciências sociais: a sociedade, da forma como está organizada, embora ofereça proteção aos indivíduos, também determina muitos dos riscos de adoecer, bem como o maior ou menor acesso das pessoas às técnicas de prevenção das doenças e de promoção de saúde. As ciências sociais dispõem de teorias e métodos, além de toda uma tradição de pesquisa, que estão sendo trazidos para a epidemiologia como instrumentos e formas de abordagem a serem empregados na investigação das relações entre saúde e sociedade; - Estatística: tem papel fundamental na epidemiologia, pois fornece o instrumental a ser levado em conta nas investigações de questões complexas, como a aleatoriedade dos eventos e o controle de variáveis que dificultam a interpretação dos resultados Q. 08 – Discorra sobre um dos princípios básicos da epidemiologia. Um dos princípios básicos da epidemiologia é de que os agravos à saúde não ocorrem, ao acaso, na população. A distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população; e a elucidação destes fatores, responsáveis pela distribuição das doenças, é umas das preocupações constantes da epidemiologia, o conhecimento destes fatores determinantes das doenças permite a aplicação de medidas, preventivas e curativistas, direcionadas a alvos específicos, cientificamente identificados, o que resulta em aumento da eficácia das intervenções. Q. 09 – Faça um resume acerca da história da epidemiologia. - No início do século XIX, a febre puerperal foi a principal causa de morte de mulheres logo após o parto, com uma taxa de mortalidade cerca de 25%. Pesquisador : Ignáz Semmelweis. - A cólera foi o principal problema na Inglaterra na metade do século XIX. Houve mortes por cólera por 10.000 casas, conforme o abastecimento de água, Londres, 1854. Pesquisador: John Snow. - No final do século XVIII, 400.000 mil pessoas morriam de varíola, a cada ano, e um terço dos sobreviventes ficavam cegos como resultado de infecções na córnea. Pesquisador: Edward Jenner. Ignáz Semmelweis, John Snow e Edwardo Jenner, respectivamente. EPIDEMIOLOGIA - PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Q. 01 – Segundo a Organização Mundial de Saúde, o que é saúde? Completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doenças. Q. 02 – O que é história natural da doença? Nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do susceptível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. O curso da doença não tem intervenção do homem. Q. 03 – Cite o que representa cada letra do gráfico e exemplifique. - LETRA A: EVOLUÇÃO AGUDA FATAL – são doenças rapidamente fatais, exemplos: raiva ou exposições a altas doses de radiação; - LETRA B: EVOLUÇÃO AGUDA CLINICAMENTE EVIDENTE – rápida recuperação e envolve muitas doenças infecciosas, exemplos: viroses respiratórias; - LETRA C: EVOLUÇÃO SEM ALCANÇAR O LIMIAR CLÍNICO – o indivíduo jamais saberá do ocorrido, salvo se for submetido a exames laboratoriais, exemplos: hepatite C – arictérica; UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG – CAMPUS PATOS - CSTR – ODONTOLOGIA LISTA DE REVISÃO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA AULA 2 – PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E NÍVEIS DE PREVENÇÃO – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA EVOLUÇÃO SUBCLÍNICA LIMIAR CLÍNICO CRONICIDADE INVALIDEZ ÓBITO EVOLUÇÃO CLÍNICA A B C D E TEMPO IN TE N SI D A D E D O P R O C ES SO - LETRA D: EVOLUÇÃO CRÔNICA – que se exterioriza e progride para êxito letal após longo período, exemplos: afecções vasculares degenerativas, diabetes, aids; - LETRA E: EVOLUÇÃO CRÔNICA COM OU SEM SINTOMAS – apresenta períodos assintomáticos alternados com exacerbações clínicas, exemplos: afecções psiquiátricas, dermatológicas, fístulas, cólica e etc. Q. 04 – Comente sobre a visão de doenças nos aspectos a partir dos serviços e a partir da comunidade? - A partir dos serviços: empregada paradesignar investigações clínicas, curso clínico, tratamento, permite expressar a evolução do processo, em geral após as manifestações clínicas que levaram ao diagnóstico; - A partir da comunidade: permite esclarecer, além da etapa patológica propriamente dita, detalhes de uma fase anterior, em que a saúde ainda não foi manifestadamente afetada, incluem sinais e também sintomas. Q. 05 – O desenvolvimento da doença é dividido em dois períodos sequenciados, quais são eles? Comente sobre. - PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO: corresponde a própria evolução da inter-relação entre os condicionantes sociais e ambientais com os fatores próprios do susceptível, até que chegue a configuração favorável à instalação da doença; - PERÍODO PATOGÊNICO: inicia-se com os primeiros efeitos do agente patogênico sobre o organismo do indivíduo, iniciando-se com alterações bioquímicas em nível celular, e seguindo-se com perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura. Q. 06 – Quais são as fases da história natural da doença? 1. FASE INICIAL (OU DE SUSCETIBILIDADE): Nesta fase ainda não há doença propriamente dita, no sentido clássico de fase patológica, mas já existem condições que favorecem o seu aparecimento; 2. FASE PATOLÓGICA PRÉ CLÍNICA: Nesta fase, a doença está no estágio de ausência de sintomatologia, embora o organismo já apresente alterações patológicas; 3. FASE CLÍNICA: Ao manifestar-se clinicamente, a doença já se encontra em estágio adiantado; 4. FASE RESIDUAL: Os institutos que fazem a reabilitação de acidentados constituem ilustração de atuação nesta fase. Q. 07 – O que são medidas preventivas? São todas aquelas medidas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências, quer ocorram de forma esporádica, quer de modo endêmico ou epidêmico. Q. 08 – Quais os tipos de prevenção existentes? 1. PREVENÇÃO PRIMÁRIA: localizada na fase pré-patológica, são adotados em fase anterior ao início biológico da doença e estão dirigidas à manutenção da saúde, ou seja, evita novos casos de agravos à saúde, exemplos: educação em saúde e saneamento básico; 2. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: as medidas são orientadas após a instalação e durante a progressão da doença, ou seja, já no período patológico, exemplos: antibióticos (doenças infecciosas), anticoagulantes (embolia pulmonar); 3. PREVENÇÃO TERCIÁRIA: as ações visam incluir medidas em fase mais avançada da doença, no intuito de prevenir a deterioração ainda maior do estado clínico, exemplos: reabilitação, fisioterapia, e terapia ocupacional. Q. 09 – O que é prevenção, segundo Leavell & Clark (1965)? Prevenção não é considerada no sentido estrito da palavra, como prevenir a ocorrência de doença, mas sim como a interferência da marcha natural da mesma, seja qual estágio a doença se encontrar, interpondo-se barreiras, obstáculos à sua progressão, em distintas etapas de seu ciclo evolutivo. Q. 10 – Cite e comente sobre os cinco níveis de prevenção. 1º NÍVEL – PROMOÇÃO DE SAÚDE: engloba as ações destinadas a manter o bem-estar, sem visar a nenhuma doença em particular, a atuação é inespecífica, é necessário criar condições mais favoráveis para que um grupo de indivíduos estejam em condições de resistir ao ataque de uma doença, exemplos: higiene pessoas, alimentação e moradia adequadas; PP 2º NÍVEL – PROTEÇÃO ESPECÍFICA: neste nível já há uma proteção especificamente direcionada a uma determinada doença ou condição de saúde, inclui medidas para impedir uma determinada afecção, em particular, ou de um grupo de doenças afins, exemplos: vacinação, exame pré-natal, fluoretação das águas, dentrifícios fluoretados, selantes oclusais, controle de placa, profilaxia oral periódica; PP 3º NÍVEL – DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO IMEDIATO: trata-se de identificar o processo patológico no seu inicio, antes do aparecimento de sintomas. Ou seja, trata-se de identificar a doença o mais cedo possível para posteriormente trata-la, diminuindo ou interrompendo a sua progressão e seus consequentes danos, exemplos: rastreamento, exame periódico de saúde, auto-exame (câncer bucal), diagnóstico e tratamento precoce das manifestações iniciais da cárie; PS 4º NÍVEL – LIMITAÇÃO DO DANO: consiste em identificar a doença, limitar a extensão das respectivas lesões e retardar o aparecimento de complicações, se não for possível evita-las por completo, exemplos: dentística operatória, endodontia, extrações dentárias, cirurgias periodontais, aparelho de contenção, acesso facilitado a serviços de saúde; PS 5º NÍVEL – REABILITAÇÃO: quando a doença evolui até o seu estágio final e se defronta com o indivíduo portador de sequelas, a conduta é reabilitá-lo para a sua futura reintegração com a família e a sociedade, exemplos: próteses e órteses, reabilitação, fisioterapia, reabilitação protética, terapia ocupacional. PT Q. 11 – De acordo com os exemplos abaixo, classifique-os de acordo com o período da HND, os tipos e os níveis de prevenção. - Manifestações iniciais de cárie: Período patogênico, prevenção secundária, diagnóstico precoce e tratamento imediato. - Cirurgias periodontais: período patogênico, prevenção secundária, limitação do dano. - Selantes oclusais: período pré-patogênico, prevenção primária, proteção específica. - Área de lazer: período pré-patogênico, prevenção primária, promoção de saúde. - Próteses e órteses: período patogênico, prevenção terciária, reabilitação. - Controle de placa: período pré patogênico, prevenção primária, proteção específica - Iodização do sal: período pré patogênico, prevenção primária, proteção específica - Exame pré-natal: período pré patogênico, prevenção primária, proteção específica - Auto exame (câncer de mama): pré-patogênico, secundária, diagnóstico precoce e tratamento imediato. - Alimentação adequada: pré patogênico, prevenção primária, promoção de saúde. - Escolas: pré patogênico, prevenção primária, promoção de saúde. - Dentrifício fluoretado: pré patogênico, prevenção primária, proteção específica. - Extrações dentárias: período patogênico, prevenção terciária, reabilitação. - Rastreamento: patogênico, prevenção secundária, limitação do dano. Q. 12 – Quais os níveis de aplicação da HND? 1° Ação Governamental Ampla: ações que requerem a participação coordenada de vários setores da sociedade, como as várias unidades governamentais, no sentido de desenvolvimento socioeconômico. Exemplo: Saneamento básico e nutrição. (Prevenção primária, promoção de saúde, 1° nível de prevenção). 2° Ação Restrita: ações mais restritas que o nível anterior, envolvendo uma ou duas unidades governamentais, um ou dois ministérios. Exemplo: Vacinação. (Prevenção primária, Proteção específica, 2° nível de prevenção). 3° Paciente-profissional: a maioria dos métodos de prevenção exigem uma ação bilateral entre paciente-profissional de nível superior, considerados de maior custo. (Prevenção secundária e terciária, 3°, 4° e 5° nível). 4° Auxiliar-paciente: constitui uma simplificação do anterior e, sendo assim, bem menos custosa que a do nível anterior. Emprega-se nesse nível de aplicação o pessoal auxiliar, preferencialmente em programas de prevenção, supervisionados por um profissional de nível superior. Exemplo: ASB e TSB. (Prevenção primária, 1° e 2° nível). 5° Ação individual: apenas o individuo está envolvido neste nível, já que depende de sua própria vontade melhorar sua saúde, com consequente adoção de hábitos que favorecem a prevenção de doenças gerais/bucais. (Prevenção primária, secundária e terciária e todos os níveis de prevenção). Q. 13- Quais são os tipos de prevenção clínica? Imunização, aconselhamento comportamental, quimioprevenção e rastreamento. Q. 14 – O que é rastreamento ou screening?É o exame de pessoas assintomáticas e sem sinais clínicos da doença, com o objetivo de detectar pessoas que já tenham a doença no estágio pré-clínico, para que o diagnóstico e tratamento precoce possam ser realizados. Q. 15 – Quais os objetivos do rastreamento? - Interromper a HND pelo tratamento precoce dos casos descobertos, evitando portanto, a progressão da doença avançada e mortalidade nos indivíduos rastreados; - Identificar pessoas de alto risco de desenvolver uma doença e não uma patologia já existente (a exemplo, da pressão alta, quantidade elevada de placa). Q. 16 – Que características a doença deve apresentar para ser apropriada para um programa de rastreamento (screening)? - A doença tem que ser grave, ou seja, as consequências da não-identificação e do tratamento precoce devem ser suficientemente graves para justificar os esforços e custos de um programa de rastreamento; - O tratamento precoce tem que oferecer alguma vantagem significativa sobre o tratamento mais tardio; - A doença deve apresentar uma fase pré-clínica identificável e a prevalência nessa fase pré-clínica tem que ser alta na população-alvo do rastreamento; - A fase pré-clínica não pode ser muito breve; - Como a fase pré-clínica costuma ser longa em doenças crônicas, e curta em doenças agudas, o rastreamento é direcionado quase que exclusivamente às doenças crônicas. Q. 17 – Porque a doença cárie dentária é um problema de saúde pública, e consequentemente uma doença apropriada para o rastreamento? - Por causa da alta prevalência, do desconforto, da dor, da disfunção mastigatória, dos problemas estéticos à ela relacionados, e do alto custo do seu tratamento para os serviços de saúde. A cárie é a principal causa de perda de dentes em qualquer idade; - Por causa da sua fase pré-clínica detectável longa; - E porque uma lesão progressiva comumente permanece na fase pré-cavitária por dois a três anos. Q. 18 – Quais são os três critérios que um problema de saúde pública deve preencher, segundo SINAI? - Constituir causa de morbidade, e mortalidade; - Existir métodos eficazes de prevenção e controle; - Estes métodos não estão sendo usados de maneira adequada pela comunidade. EPIDEMIOLOGIA – TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA Q. 01 – Em que consiste a dinâmica populacional? Consiste no crescimento de uma população expresso pelo número de nascimentos somado ao de imigrantes, descontando-se do resultado, o número de óbitos e de emigrantes. Q. 02 – Defina censo. Recenseamento demográfico que fornece uma visão geral das características da população, ou seja, das pessoas, das famílias e dos domicílios, ocorre a cada 10 anos e utiliza o setor censitário para se situar, que é a menor unidade geográfica que o IBGE utiliza. Q. 03 – O que é PNAD? Explique. É a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios feita em cada semestre para atualização de dados tanto em relação a população, quanto aos temas de recenseamento. Q. 04 – O que a Teoria Malthusiana propunha? Propunha, em linhas gerais, a existência de uma lei universal, segundo a qual as populações poderiam crescer geometricamente, enquanto os recursos necessários à sua sobrevivência cresceriam aritmeticamente, limitando dessa forma a população; nesse contexto, explicava-se a miséria pela incapacidade de os pobres limitarem a sua prole e, portanto, a sua pobreza. Q. 05 – E sobre a teoria de Engels e Marx? Defendia que não havia uma lei universal da população, mas, ao contrário, cada fase do desenvolvimento social teria sua própria lei populacional, específica para suas condições econômico-sociais e que o desenvolvimento das forças produtivas forneceria os meios materiais para o incremento da produção segundo as necessidades sociais, nessa perspectiva, a miséria seria explicada pelas condições criadas pela sociedade capitalista, consequência da distribuição desigual da riqueza. Q. 06 – Comente sobre a teoria neomalthusiana. Postulava que o crescimento populacional impedia o desenvolvimento, sendo necessária a adoção de políticas restritivas para o controle da natalidade. Q. 07 – Conceitue Teoria da Transição Demográfica. Surgiu no início do séc. XX e consiste basicamente na passagem de um contexto populacional onde prevalecem altos coeficientes de mortalidade e natalidade, para outro, onde esses coeficientes alcançam valores reduzidos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG – CAMPUS PATOS - CSTR – ODONTOLOGIA LISTA DE REVISÃO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA AULA 3 – EPIDEMIOLOGIA – TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA Q. 08 – Quais as fases da Transição Demográfica? Fase I - pré-industrial: Fase na qual coexistem altas taxas de natalidade e mortalidade, gerando um crescimento populacional lento (equilíbrio populacional); Fase II – Intermediária: Intermediária de divergência de coeficientes. Quando a mortalidade apresenta redução pronunciada enquanto a natalidade mantém-se em nível mais alto, o que resulta crescimento acelerado da população (explosão populacional); Fase III – intermediária: Intermediária de convergência dos coeficientes. Quando o da natalidade passa a diminuir em ritmo mais acelerado que o da mortalidade, ocasionando uma limitação progressiva no ritmo de crescimento populacional; Fase IV – Fase moderna/pós-industrial: Aproximação dos coeficientes só que em níveis muito baixos, crescimento natural da população volta a alcançar um estágio de equilíbrio. Q. 09 – Cite indicadores da transição demográfica brasileira. Fecundidade, natalidade, mortalidade geral e infantil, taxa de crescimento, e envelhecimento da população (Idade mediana – esperança de vida ao nascer – pirâmides populacionais) Q. 10 – Que alterações podem ser percebidas na mudança de perfil epidemiológico? Alterações ocorridas na estrutura etária das populações e alterações de longa duração nos padrões de morbidade e de mortalidade, havendo substituição gradual das doenças infecciosas e parasitárias e das deficiências nutricionais pelas doenças crônico-degenerativas e aquelas relacionadas a causas externas. Q. 11 – O que é morbidade? É o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta, termo utilizado para designar o conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Q. 12 – Conceitue Teoria da Transição Epidemiológica. Processo pelo qual ocorre uma evolução progressiva de um perfil de alta mortalidade por doenças infecciosas para outro onde predominam os óbitos por doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas e outras doenças crônico degenerativas. Q. 13 – Quais os estágios da Transição Epidemiológica? Era da pestilência e Fome: aconteceu no final da idade Média, caracterizada por uma mortalidade elevada e flutuante, com predominância da desnutrição, das situações relacionadas á saúde reprodutiva das doenças infecciosas e parasitárias, em caráter endêmico e epidêmico com grande impacto na dinâmica populacional. Expectativa de vida média abaixo de 30 anos. Era do Declínio das Pandemias: Aconteceu da Renascença até o início da Revolução Industrial, caracterizada pela redução progressiva das grandes pandemias e epidemias, apesar de as doenças infecciosas e parasitárias continuarem a ser uma das principais causas de morte. Nesse período, houve uma melhoria geral do padrão de vida, com um aumento da esperança de vida para 40 a 50 anos. Era das Doenças Degenerativas e Provocadas pelo Homem: Se estende da Revolução industrial até o período contemporâneo, caracterizada pela redução ou estabilização da mortalidade em níveis baixos, pela queda relativa da importância dasdoenças infecciosas e parasitária se pelo fato de as doenças crônico-degenerativas (doenças cardiovasculares e neoplasias) e as causas externas se tornarem cada vez mais frequentes. Expectativa de vida acima dos 50 anos. Q. 14 – Quais os modelos complementares? Comente. Revolução Cardiovascular: declínio dos coeficientes de mortalidade por algumas doenças crônico-degenerativas e entre a população adulta de ambos os sexos, retardando o efeito da mortalidade por essas causas, sem alterar a composição das causas básicas de morte, produzindo, mesmo assim, um aumento na expectativa de vida das populações mais jovens. Modelo Tardio-Polarizado: são considerados nesse modelo as diferenças sociais e regionais na distribuição de bens e serviços de promoção da saúde; o fenômeno da contra- transição, que é o retorno de doenças pressupostamente controladas; a variação das eras sugeridas por Omran em diversos países, e a existência de grupos sociais distintos que apresentam distintos padrões epidemiológicos, defendia basicamente a coexistência de distintos padrões de morbimortalidade numa mesma população, em seus diferente subgrupos. Transição para as Enfermidades Infecciosas e Parasitárias: Problematizava o surgimento de um número cada vez maior de agentes infecciosos que adquiriram resistência a uma série de agentes antimicrobianos, como consequência de um processo de seleção gerado pelo uso desenfreado de antibióticos com espectro de ação cada vez maior. Esse cenário mostra que o comportamento das doenças infecciosas e parasitárias, na sociedade, não apresentou o perfil evolucionista linear descrito inicialmente pela teoria da transição epidemiológica, podendo ocorrer situações de readaptações biológicas e ecológicas entre agentes, reservatórios e seres humanos, tendo a caracterização da epidemia da AIDS no início dos anos 1980 como marco deste modelo complementar. Q. 15 – Para Barreto & Cols, quais as principais características das mudanças no padrão epidemiológico brasileiro? - Permanência de grandes endemias em algumas regiões; - Coeficientes de mortalidade ainda elevados quando comparado com o desenvolvimento; - Importantes variações geográficas quanto aos padrões epidemiológicos e aos serviços de saúde. Q. 16 – O que se entende por Teoria da Transição Nutricional? Fenômeno caracterizado por modificações importantes no padrão de nutrição e consumo de uma dada população, que acompanham mudanças econômicas, sociais e demográficas, expressando-se como uma alteração e mesmo uma inversão no perfil de distribuição dos problemas nutricionais das populações, em geral, um transito da desnutrição para obesidade. EPIDEMIOLOGIA – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Q. 01 – Defina vigilância epidemiológica. É o processo sistemático e contínuo de coleta, análise, interpretação, e disseminação de informação com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de problemas de saúde. Q. 02 – A VE tem início do seu marco histórico no séc XIV, comente sobre seu avanço em relação ao desenvolvimento da VE. A história da VE como atividade de saúde pública remonta ao século XIV, quando foi estabelecida a prática da quarentena para a proteção dos indivíduos frente às epidemias de peste bubônica. Neste contexto, o significado original de vigilância era o de uma vigilância de pessoas, com base fundamentalmente na observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contactantes, sendo as medidas de controle aplicadas individualmente. Somente a partir da metade do século XX, graças aos avanços da era bacteriológica é que surge uma concepção mais abrangente de vigilância, entendida como o acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde da comunidade, com o propósito de aprimorar medidas de controle. Lentamente o foco mudava do indivíduo para as doenças nas populações. Outro marco histórico da VE foi a 21ª Assembléia Mundial de Saúde em 1968, que tinha a VE como seu tema central, e consistiu basicamente na abrangência do seu conceito, onde foi ressaltado e incluído malformações congênitas, envenenamentos na infância, leucemia, abortos, acidentes, doenças profissionais, dentre outros agravos. Q. 03 – Qual o marco histórico da VE no Brasil? Campanha de erradicação da varíola (1966 – 1973), que foi o marco da institucionalização das ações de vigilância no país, esta campanha foi recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde (1975) – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). Q. 04 – Quais os objetivos da VE? - Identificar e descrever o comportamento epidemiológico das doenças - Detectar epidemias e descrever seu processo de disseminação - Avaliar a magnitude da morbidade e mortalidade decorrente de agravos á saúde - Recomendar a adoção oportuna de medidas para prevenir ou controlar agravos á saúde - Avaliar o impacto das medidas de prevenção - Avaliar a adequação das estratégias utilizadas para aplicação de medidas de prevenção e controle UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG – CAMPUS PATOS - CSTR – ODONTOLOGIA LISTA DE REVISÃO DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA AULA 4 – EPIDEMIOLOGIA – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Q. 05 – Quais as principais atividades, ou funções, da vigilância epidemiológica? - Coleta, processamento, análise e interpretação de dados; - Investigação epidemiológica; - Recomendação, implementação e avaliação de ações de controle; - Retroalimentação e divulgação de informações. Q. 06 – Quais são os tipos de dados da vigilância epidemiológica? Comente. 1. DADOS DEMOGRÁFICOS – AMBIENTAIS – SOCIOECONÔMICOS : são importantes para que se possa caracterizar grupos populacionais, assim como obter estimativas para fins de cálculo de taxas de incidência e mortalidade. Estes indicadores permitem apreender aspectos relativos à dinâmica populacional e acerca de fatores estritamente vinculados às condições que propiciam o aparecimento, propagação e permanência de doenças ou agravo em uma determinada região. Indicadores ambientais também são importantes elementos para a compreensão do processo endêmico-epidêmico, particularmente no que tange às doenças transmissíveis. 2. DADOS DE MORBIDADE: são os dados fundamentais para a vigilância epidemiológica, aqueles que permitem a identificação imediata do problema e, consequentemente, seu enfrentamento de forma oportuna. Correspondem aos dados sobre a doença ou agravo em si, como suspeita diagnóstica, data do início dos sintomas, principais sinais e sintomas, possíveis contactantes e etc. 3. DADOS DE MORTALIDADE: são importantes como indicadores de gravidade, e particularmente para as doenças de maior letalidade, estes dados podem ser mais úteis que os dados de morbidade, porque costumam ter maior abrangência e validade por se tratarem de gatos vitais bem definidos e razoavelmente bem registrados. Q. 07 – De que é formada a base do sistema de VE? Defina notificação e compulsória. Notificação compulsória de doenças e agravos à saúde. Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde ou surto, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes, por compulsória entende-se a obrigatoriedade da notificação, visando à cobertura universal dos agravos selecionados. Q. 08 – Cite quais critérios uma doença deve obedecer para participar do grupo de doenças prioritárias para VE? - MAGNITUDE (alta incidência, prevalência, mortalidade, ou impacto na expectativa de vida); - POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO (alta transmissibilidade); - TRANSCENDÊNCIA (características particulares da doença emtermos de gravidade, e relevância social); - VALOR DE NOTIFICAÇÃO (até que ponto a notificação é capaz de desencadear ações de controle efetivas de maneira oportuna); - VULNERABILIDADE (associada a existência de medidas efetivas de controle); - COMPROMISSOS INTERNACIONAIS; - EPIDEMIAS, SURTOS E AGRAVOS INUSITADOS; - FACTIBILIDADE. Q. 09 – Três aspectos particulares devem ser considerados em uma notificação, quais são eles? - notificar a simples suspeita da doença; - a notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando o direito de anonimato dos cidadãos; - o envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina a notificação negativa, um indicador de eficiência do sistema de informações. Q. 10 – O que são sistemas de informação em saúde (SIS)? São um conjunto de mecanismos organizados de coleta, processamento, análise, e transmissão da informação com a finalidade de contribuir para o planejamento, a organização e avaliação de serviços de saúde, assim como subsidiar a formulação e implementação de ações e planos de saúde. Q. 11 – De acordo com o SUS, qual o principal objetivo dos SIS? Possibilitar a análise da situação de saúde no nível local, tendo como referência regiões homogêneas. Q. 12 – Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns se destacam em razão de sua maior relevância para a vigilância epidemiológica, quais são eles? Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Q. 13 – Em que consiste o SINAN? O SINAN é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, foi desenvolvido entre 1990 e 1993 e tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar rotineiramente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica nas 3 esferas do governo, por intermédio de uma rede informatizada para apoiar o processo de investigação e subsidiar a análise de informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória. O sistema é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde de importância regional. A entrada de dados no SINAN é feita a partir de formulários padronizados (FIN e FII), além dessas fichas o sistema também inclui planilha e boletim de acompanhamento de surtos, e os boletins de acompanhamento de hanseníase e tuberculose. Q. 14 – A entrada de dados no SINAN é feita a partir de formulários padronizados, quais são eles? FIN – Ficha Individual de Notificação, e FII – Ficha Individual de Investigação. Q. 15 – Em que consiste a FIN? A FIN (Ficha Individual de Notificação) é preenchida para cada paciente suspeito de doença ou agravo de notificação compulsória, e encaminhada pelas unidades assistenciais aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica. A FIN também é utilizada para a notificação negativa e notificação de surtos. Q. 16 – A FIN pode ser utilizada para notificação de surtos em três situações, quais são elas? - Casos epidemiologicamente vinculados de agravos inusitados; - Casos agregados, constituindo uma situação epidêmica de doenças não constantes da lista de notificação compulsória; - Casos agregados das doenças constantes da lista de notificação compulsória, mas cujo volume de notificações operacionalmente inviabiliza o seu registro individualizado. Q. 17 – O que é a FII? A FII (Ficha Individual de Investigação) é um formulário de investigação de casos para a obtenção de informação mais detalhada. São formulários específicos para cada tipo de agravo, cujo objetivo é a obtenção de dados que possibilitam a identificação da fonte dee infecção e dos mecanismos de transmissão da doença. Q. 18 – O que é o SIM? Sistema de Informações sobre Mortalidade, foi implantado em 1975 e utiliza a declaração de óbito (DO) como instrumento padronizado de coleta de dados. Constitui importante elemento para o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, tanto como fonte primária de dados, quando há falhas de registro de casos do SINAN, quanto como fonte complementar, por também dispor de informações sobre as características de pessoa, tempo e lugar, assistência prestada ao paciente, causas básicas e associadas de óbito. Q. 19 – Explique o funcionamento da DO no SIM? A DO é impressa em três vias coloridas, cuja emissão e distribuição para os estados, em séries pré-numeradas, é de competência exclusiva do Ministério da Saúde. As causas básicas são codificadas e os dados criticados e processados por Município de residência do falecido, embora o registro do óbito seja feito no local da ocorrência do evento. O registro pelo local de residência é o de maior interesse para os profissionais do setor de saúde, com exceção das mortes por causas externas (acidentes, violências). Q. 20 – O que é o SINASC? Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, implantado oficialmente em 1990, inclui dados sobre gravidez, parto e condições da criança ao nascer. O seu documento básico é a declaração de nascidos vivos (DN), padronizada nacionalmente. Q. 21 – Em que consiste o SIH/SUS? Sistema de Informações Hospitalares, possui dados informatizados desde 1984, não foi concebido sob a lógica epidemiológica, mas sim com o propósito de operar o sistema de pagamento de internação dos hospitais contratados pelo Ministério da Previdência. Posteriormente foi estendido à outros hospitais, não só os contratados pelo MP. Reúne informações de cerca de 70% das internações hospitalares realizadas no país, tratando-se de fonte relevante sobre as enfermidades que requerem internação e de grande importância para o conhecimento da situação de saúde e gestão de serviços. Q. 22 – Qual o instrumento de coleta de dados do SIH/SUS? O instrumento de coleta de dados é a autorização de internação hospitalar (AIH), criada na Norma Operacional Básica de 1991 (NOB-91), que contém entre outros, os dados dos diagnósticos de internação e alta, idade e sexo do paciente, tempo e local das hospitalizações, procedimentos realizados, valores pagos e dados cadastrais das unidades de saúde. Q. 23 – Vários outros sistemas de informação podem ser úteis em vigilância epidemiológica, quais podemos destacar? - SAI/SUS (Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS): obedece a lógica de pagamento do procedimento, não registrando o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) do diagnóstico do paciente. - SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica): disponibiliza indicadores sociais referentes a áreas de abrangência bem delimitadas, cobertas pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família. - Sisvan (Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional): disponibiliza informações sobre o programa de recuperação de crianças desnutridas e gestantes sobre o risco nutricional. - SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização): implantado em todos os municípios brasileiros, fornece dados relativos à cobertura vacinal de rotina e, em campanhas, taxa de abandono e controle do envio de boletins de imunização. - Siságua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano): fornece informações sobre a qualidade da água para consumo humano, proveniente dos sistemas público e privado, e soluções alternativas de abastecimento. - IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), PNAD (Pesquisa Nacionalpor Amostragem de Domicílio), entre outros. Q. 24 – Que outras fontes de dados podem ser utilizadas afim de contribuir com a VE? Laboratórios, imprensa/população, estudos epidemiológicos, sistema sentinela. Q. 25 – Em que consiste o sistema sentinela? O Sistema Sentinela é um tipo especial de monitoramento ou vigilância usada em hospitais ou outros locais de saúde (clínicas, laboratórios) onde é comum o atendimento de pacientes (ou grupos populacionais) com determinados diagnósticos, como hospitais especializados em doenças transmissíveis. Funcionam basicamente como um alerta para a investigação e adoção de medidas de controle de doenças. Q. 26 – Algumas medidas quantitativas e qualitativas podem ser empregadas para avaliar a eficiência de um sistema de vigilância epidemiológica. Quais são elas? Utilidade, oportunidade, aceitabilidade, simplicidade, flexibilidade, representatividade, sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo. Q. 27 – Que pontos críticos devem ser superados com relação aos Sistemas de Informações? - Subnotificação; - Baixa representatividade; - Baixo grau de oportunidade. Q. 28 – O que é uma investigação epidemiológica? É um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos. O seu propósito final é orientar a recomendação e adoção oportuna de medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos. Q. 29 – Quais os objetivos de uma investigação epidemiológica? - Estabelecer ou confirmar o diagnóstico; - Identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão; - Identificar os grupos expostos a maior risco; - Identificar fatores de risco; - Determinar as principais características epidemiológicas.
Compartilhar