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resumo psicologia humanista

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Psicologia Humanista – Aula 10 (resumo)
 O humanismo surgiu na época do Renascimento (1300 até 1650), com a valorização do homem em oposição ao divino e sobrenatural, mas a psicologia humanista surgiu na década de 60. Nesse momento a psicologia já se encontrava solidificada com duas correntes bastante influentes: Psicanálise de Freud, que trouxera a novidade de que o homem nem sempre estava no controle de suas ações e que parte da personalidade de uma pessoa advém de fatores inconscientes, associados a desejos e a necessidades inerentes à espécie humana e o behaviorismo de Watson, que tinha interesse no comportamento. Segundo seus defensores, algo que tenha limitações para pesquisa não poderia ser um objeto de estudo. Nesse cenário de duas forças antagônicas, surgiu uma terceira força chamada Psicologia humanista. 
 A Psicologia humanista veio com a novidade de enxergar o ser humano não apenas de um conjunto de processos mentais, conscientes ou inconscientes; nem com o objetivo apenas no comportamento dos indivíduos. O seu real interesse se voltou na visão do individuo como um todo, valorizando o livre-arbítrio, a consciência consciente, assim não concordava com o reducionismo aplicado por Wundt e Titchener. 
CRÍTICAS DA ABORDAGEM HUMANISTA SOBRE O BEHAVIORISMO E A PSICANÁLISE:
Behaviorismo: Segundo os defensores da psicologia humanista, o behaviorismo é desumano, pois considerar apenas a relação estímulo-resposta e o condicionamento como a mola-mestra de todo um sistema é não valorizar o que o ser humano possui de único em relação às outras espécies: a razão. Para os humanistas, essa abordagem é estreita, artificial e reduzida a animais e máquinas.
Psicanálise: Em relação à Psicanálise, a crítica focou o fator da pouca valorização dela no tocante da consciência. Para o Humanismo, o fator da responsabilidade foi muito valorizado e quando se atribui a responsabilidade dos atos à outra “entidade” diferente da consciência, era tirar a importância e o direito de escolha. Para os humanistas, essa abordagem só estuda pessoas perturbadas e se prende a eventos passados. 
 A abordagem terapêutica humanista, já nos anos 1960, chamava-se terapia do crescimento, pois, por objetivar na saúde mental, tinha como foco desenvolver a evolução pessoal do analisando. Para essa abordagem, a realidade deve ser exposta à temporalidade, deve ser fluída e não estática, permitindo ao indivíduo a perspectiva de sua totalidade, desmistificando a ideia de uma realidade pura. A integração entre o indivíduo e o mundo permite que ele sinta a realidade presente, libertando-se das exigências do passado e do futuro. A perspectiva humanista enfatiza o potencial inerente das pessoas para a auto realização. Desta forma os terapeutas humanistas visam promover a auto realização ajudando as pessoas a crescer na percepção e auto aceitação. Esse trabalho poderia ser desenvolvido em Grupos de encontro e programas de treinamento da sensibilidade em escolas, empresas, igreja, presídios e clínicas privadas.
 Dentre tantos profissionais que começaram atuar com essa abordagem, dois se destacaram: Abraham Maslow e Carl Rogers.
ABRAHAM MASLOW
 Maslow decidiu estudar psicologia para compreender melhor todo ressentimento que tinha devido a sua infância extremamente infeliz, que fez com que ele criasse um sentimento de inferioridade. Ele teve Titchener como professor, porém não se sentiu satisfeito com a abordagem estruturalista e foi em busca de outras origens. Em seu primeiro momento como psicólogo, sua abordagem foi comportamentalista, mas, com o passar do tempo e das influências que foi tendo, passou a considerar essa corrente rasa. Ele tinha interesse em compreender as mais elevadas realizações que o ser humano pode alcançar. Nas suas pesquisas entendeu que, apesar de cada pessoa possuir sua subjetividade e possuir um caminho específico para alcançar sua auto realização, existia um padrão a ser percorrido para o alcance desse objetivo. Essa auto realização só poderia ser alcançada quando a pessoa conseguisse superar suas necessidades mais básicas, elevando assim seu grupo de necessidades, até o atingimento da auto realização. Essa teoria se chama Hierarquia de necessidades de Maslow.
 À medida que vamos subindo na respectiva escala, vai crescendo a diferença entre o que é comum aos homens e aos outros animais e especificando características próprias dos seres humanos. As necessidades de nível inferior são sentidas pela totalidade dos seres humanos, enquanto as necessidades dos níveis superiores surgem apenas em um número cada vez mais reduzido de pessoas. 
Necessidades fisiológicas - são consideradas as mais básicas da existência do ser humano. Aqui, encontram-se a fome, a sede, o sexo, o sono, respiração etc. A satisfação destas necessidades domina o comportamento humano. As necessidades de segurança só surgem se estas forem satisfeitas. Assim se explicam que pessoas esfomeadas arrisquem a vida para conseguir alimento.
Necessidade de segurança – É o segundo nível da hierarquia. ordem, estabilidade, proteção, liberdade, medo e ansiedade ocupariam esse espaço; 
Necessidades sociais - Neste grupo estão as necessidades de se sentir parte de um grupo social, como ter amigos, constituir família, receber carinho de parceiros sexuais e etc. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor.
Necessidade de estima ou status - Agrupa duas principais necessidades: a de reconhecer as próprias capacidades e de ser reconhecido por outras pessoas. Ou seja, é a necessidade que uma pessoa tem de se orgulhar de sim própria, sentir a admiração e orgulho de outros indivíduos, ser respeitada por si e pelos outros, entre outras características que envolvam o poder, o reconhecimento e o orgulho, por exemplo.
Necessidade de auto realização - De acordo com estudos do próprio Maslow, só está presente em apenas 1% da população e é atribuída às pessoas saudáveis, que não sofrem de influências de neurose ou psicose e se aceitam como são. Este é o topo da Pirâmide, quando o indivíduo consegue aproveitar todo o potencial de si próprio, com auto controle de suas ações, independência, a capacidade de fazer aquilo que gosta e que é apto a fazer, com satisfação. As necessidades de auto realização são as de dar vida às nossas potencialidades, de nos desenvolvermos ou aperfeiçoarmo-nos continuamente, de sermos criativos, de realizarmos um projeto pessoal de vida, de realizar aquilo que de melhor há em nós. Maslow considera que esta necessidade seria inerente aos seres humanos. A sua concretização varia de pessoa para pessoa. As pessoas em procura de auto realização apresentam algumas características comuns de personalidade: são independentes, criativas, resistem ao conformismo, aceitam-se a si próprias e aos outros. 
Alguns pressupostos a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow:
Cabe ressaltar que, por se tratar de uma hierarquia, para se chegar a um grau, precisa-se satisfazer, mesmo que momentaneamente, os níveis anteriores.
Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades
Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Toda necessidade está intimamente ligada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é sempre global e nunca isolado
Qualquer frustração ou possibilidade de frustração de certas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa ameaça é que produz as reações gerais de emergência no comportamento humano
 Em geral, mesmo não tendo provado cientificamente seus argumentos, o que pode se dizer a respeito é que, até hoje, essa teoria é valida, e muitos ramos da psicologia e de outras áreas que bebem dessa ciência utilizam a Hierarquia das necessidades de Maslow como base de seus conhecimentos sobre o ser humano
CARL ROGERS
 A terapia humanista mais difundida é a terapia centrada na pessoa, desenvolvida por Carl Rogers.Segundo essa Terapia o livre-arbítrio é total, que o responsável pelo sucesso da terapia, não é o terapeuta, mas sim o paciente. Cada pessoa possui uma tendência inata para atualizar as capacidades e potenciais do eu. Assim como Maslow, o centro do seu estudo e atuação é o ser humano, mas as diferenças se referem ao fato de Rogers acreditar que exista apenas uma força, como uma corrente de rio, que nos direcione à auto realização. Enquanto Maslow hierarquizou diversos grupos de necessidades, Rogers listou apenas uma necessidade que permeia o ser humano. Outro ponto de discordância tem relação com o fato de Maslow ter desenvolvido sua teoria com pessoas saudáveis, enquanto o criador da Terapia centrada na pessoa ter trabalhado com perturbados. Ele não acreditava em processos inconscientes e da infância, a única influência do passado, considerado por Carl Rogers, é de como a relação entre mãe e filho pode influenciar positiva ou negativamente uma pessoa. Se a necessidade de amor tiver sido atendida, a pessoa tenderá a ter uma estima positiva e poderá se tornar uma pessoa saudável, alcançando a auto realização. Caso contrário, a estima será negativa e a auto realização se encontrará muito mais distante. a auto realização é o nível mais alto de saúde psicológica, e é alcançada por meio de um processo que Rogers denominou funcionamento pleno: tendência a viver plenamente cada momento, guiadas pelo próprio instinto. Para ele, a capacidade do indivíduo de modificar consciente e racionalmente seus pensamentos e comportamentos, fornece a base para a formação de sua personalidade. Os indivíduos bem ajustados psicologicamente têm autoconceitos realistas e a angústia psicológica é advinda da desarmonia entre o autoconceito real (o que se é de fato) e o ideal para si (o que se deseja ser). 
 Rogers partia do princípio que as pessoas possuem os recursos necessários para o seu crescimento e por isso, incentivou os terapeutas de sua abordagem que demonstrassem genuinidade também podendo ser encontrado na literatura como autenticidade, aceitação e empatia.
Autenticidade ou genuinidade: favorece a empatia. Os terapeutas com autenticidade são capazes de mostrar de maneira honesta, natural e emocionalmente conectada que entenderam verdadeiramente a situação de seu paciente.
Aceitação: permitem que seus clientes se sintam aceitos incondicionalmente (aceitação incondicional).
Empatia: Quando o terapeuta consegue ser empático, sentindo e refletindo os sentimentos de seus clientes, estes podem aprofundar sua auto aceitação e sua auto compreensão.
 Rogers utiliza uma técnica denominada escuta ativa, acolhendo, renunciando e procurando esclarecimento sobre o que a pessoa expressa (em termos verbais em não verbais) e reconhecendo os sentimentos expressos. Juntamente com outros teóricos humanistas, como Abraham Maslow, acredita que todas as pessoas possuem uma necessidade fundamental de autogratificação, um estado de auto realização no qual as pessoas vivenciam seu potencial pleno de agir de seu modo único. Ele propõe que as pessoas desenvolvem uma necessidade por estima positiva que reflete o desejo de ser amado e respeitado. Em virtude de outras pessoas serem responsáveis por essa estima positiva, crescemos dependentes delas. De acordo com Rogers, uma consequência da atribuição de importância às opiniões de outras pessoas é que pode surgir um conflito entre as experiências reais das pessoas e seus autoconceitos. Uma maneira de superar a discrepância entre experiência e autoconceito é através de uma atitude positiva incondicional de outra pessoa. A atitude positiva incondicional refere-se a uma atitude de aceitação e respeito por parte de um observador. 
 Rogers chegou à conclusão de que as três condições são eficazes como instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo de relacionamento, tais como: na educação entre professor e aluno, no trabalho, na família, nas relações interpessoais em geral.

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