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Aplicação de Tirantes 
para construção de 
uma cortina 
Atirantada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Introdução 
Tirante é um elemento linear capaz de transmitir esforços de 
tração entre as suas extremidades; a extremidade que fica 
fora do terreno é a cabeça e a extremidade que fica enterrada 
é conhecida por trecho ancorado, e designada por 
comprimento ou bulbo de ancoragem. O trecho que liga a 
cabeça ao bulbo é conhecido por trecho livre ou comprimento 
livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETALHE DE UM TIRANTE 
 
A cabeça normalmente escora ou suporta uma estrutura e é 
em geral constituída por peças metálicas, que possuem 
detalhes particulares para prender o elemento tracionado, tais 
como porcas, clavetes, botões ou cunhas. O bulbo de 
ancoragem, na grande maioria das vezes é constituído por 
calda de cimento, que adere ao aço e ao solo. 
 
 
 
 
Cabeça Metálica dos Tirantes 
 
No trecho livre o aço deve estar livre de cimento, ou seja, não 
deve haver aderência do aço à calda. Para tanto é pratica 
usual se revestir o aço com material que o isole da calda, tal 
como graxa, tubo ou mangueira de plástico, bandagem de 
material flexível, etc. Para efeito da Norma Brasileira (NBR 
5629), o tirante não pode ter um trecho livre com 
comprimento inferior a 3,00m. 
 
 
O dimensionamento do tirante depende uma 
sondagem geológico - geotécnica bem feita para de lá ser 
extraído os dados para o dimensionamento do comprimento 
ancorado do tirante e de seu trecho - livre, bem como ajudar 
na escolha do aço do tirantes e do comprimento de 
ancoragem do bulbo e se o mesmo esta ancorado fora da 
cunha de deslizamento. 
 
 
 
Atirantamento de bloco de rocha isolado. 
 
 
 
 
 
 
Executiva 
Na execução do tirante podemos destacar as seguintes fases, 
a saber: 
• Perfuração 
• Instalação do tirante 
• Injeção 
• Protensão 
• Incorporação 
2.1 – Perfuração 
Antecipando ao início de cada perfuração adotar-se-á uma 
série de procedimentos que permita a correta execução dessa 
atividade. Uma listagem de procedimentos rotineiros prévios 
inclui a correta locação do ponto de perfuração, a verificação 
do nivelamento do terreno para a perfeita instalação e 
ancoragem dos equipamentos, a determinação exata da 
direção da perfuração, a verificação da estaqueidade de toda 
rede de alimentação de água, a análise e adoção de medidas 
que evitem interferências com furos adjacentes, a verificação 
e desvio dos elementos e instalações enterradas ao longo e 
nas cercanias do eixo de perfuração, as providências para 
drenagem, coleta e eliminação das águas que serão utilizadas 
no processo de perfuração, etc.. 
Dispondo dos equipamentos perfeitamente instalados e tendo 
o operador recebido as instruções e informações específicas 
quanto às características do furo, dar-se-á início à perfuração. 
 
 
 
 
 
Execução da perfuração de tirante com haste dotada de 
tricone em trecho em solo 
 
A atividade será desenvolvida com utilização de sonda 
rotativa ou equipamento de extração de amostras de concreto 
para o trecho em concreto e perfuratriz sobre esteiras para o 
trecho em solo. Essa perfuratriz é capaz de perfurar em 
qualquer ângulo e direção com torque e força de avanço 
suficientes para perfurações revestidas em solo a 
profundidades superiores a 40 metros com diâmetro maior ou 
igual a 4". As bombas de água para os processos de avanço, 
limpeza dos furos e refrigeração de brocas, terão capacidade 
de até 100 litros por minuto a pressão de até 40 kgf/cm², em 
regime contínuo. 
As perfurações serão feitas por processo de lavagem e 
sempre serão utilizados recursos que minimizem a alteração 
do estado natural de consistência ou compacidade do terreno. 
Para tanto, o equipamento estará capacitado a fazer 
perfurações com utilização de revestimento integral do furo, 
adequação das pressões e velocidades de penetração, além 
do controle de injeção de fluído de refrigeração. 
Toda a perfuração terá seu desenvolvimento acompanhado e 
registrado em boletins específicos que fornecerão o histórico 
do furo, com dados cronométricos, informe geológico, dados 
geométricos e demais eventos e ocorrências de interesse. 
Concluída a perfuração, far-se-á a limpeza do interior do furo, 
mediante utilização de ferramentas adequadas e circulação 
d'água, até que se complete a eliminação dos detritos do seu 
interior. Os diâmetros de perfuração serão aqueles que 
garantam como mínimo os cobrimentos normalizados. 
2.2 – Instalação dos Tirantes 
Quando a perfuração estiver em fase de conclusão, iniciar-se-
á o processo de transporte do tirante. Isto será feito 
manualmente, com uma equipe destacada para este fim. No 
momento de chegada do tirante ao local de instalação e tendo 
o operador da perfuratriz concluído a limpeza do furo, terá 
início a introdução do tirante no interior da perfuração. Tal 
operação será feita sob supervisão do elemento encarregado 
dessa atividade e a introdução será lenta e cuidadosa, para 
evitar qualquer dano ao tirante por flexão excessiva ou atrito 
contra as paredes do revestimento ou do furo. Os cuidados 
necessários são: não ferir a proteção anticorrosiva, não 
deslocar acessórios (válvulas e espaçadores) e posicionar a 
cabeça na altura correta do projeto. 
2.3 – Injeção de Calda de Cimento 
Imediatamente após a conclusão da instalação do tirante no 
interior do furo, terá início a fase de injeção denominada de 
"bainha" e que consistirá no preenchimento do furo com calda 
de cimento, sem desenvolvimento de pressão. Tal fase de 
injeção iniciar-se-á com a introdução de uma coluna de 
hastes com obturador simples, no interior dos tubos de 
injeção do tirante. 
O obturador é alojado ligeiramente acima da válvula mais 
profunda do tirante, e através da mesma far-se-á circular 
água para remoção de eventuais detritos. Em seguida passa-
se à injeção de calda de cimento, até que a mesma verta 
através da boca do furo. Decorrido um intervalo de tempo 
não superior à duas horas, far-se-á limpeza do interior do 
tubo de injeção do tirante, mediante introdução de uma 
coluna pela qual se fará circular água até que se complete a 
remoção do cimento alojado no interior do mesmo. 
Observado um intervalo de tempo mínimo da ordem de dez a 
doze horas após a aplicação da bainha, poder-se-á iniciar a 
fase de injeção com pressão controlada, conhecida como 
injeção primária. 
Para aplicação da fase primária se fará a introdução de uma 
coluna de hastes dotada de obturador duplo, no interior do 
tubo de injeção e iniciar-se-á a injeção a partir da válvula 
mais profunda. A injeção primária exige inicialmente a 
ruptura do anel de cimento que envolve o tirante (“bainha”). 
A pressão necessária para esta ruptura depende 
fundamentalmente da resistência à compressão simples da 
calda da bainha e da espessura do anel da bainha. Uma vez 
rompido esse anel, a pressão manométrica em geral cai para 
um valor que depende da compacidade ou da consistência do 
solo ao redor. 
Os volumes e pressões de injeção serão aqueles que 
garantam a perfeita ancoragem do trecho fixo do tirante ao 
terreno local. 
Para os casos em que as pressões de injeção de determinadas 
válvulas não alcancem valores considerados satisfatórios, 
haverá necessidade de aplicação das fases subseqüentes 
(secundária e eventualmente terciária), até que se consigam 
pressões adequadas de injeção. 
A defasagem de tempo entre etapas consecutivas de injeção 
será, no mínimo, da ordem de dez a doze horas. Ao final de 
cada fase de injeção sempre proceder-se-á a limpeza dos 
tubos de injeção dos tirantes, de forma análoga à descritapara a injeção de bainha, objetivando sempre permitir uma 
nova fase de injeção. 
Os critérios de injeção sempre terão por base as 
características do subsolo local obtidas através dos resultados 
das investigações disponíveis e dos registros, dados e 
observações através do boletim de perfuração. 
Para o desenvolvimento da atividade de injeção serão 
empregados conjuntos misturadores-agitadores de alta 
turbulência. Essas unidades terão dispositivos para filtragem 
da calda, controles da dosagem e do volume injetado. Tais 
conjuntos farão a alimentação das bombas de injeção de alta 
pressão, com capacidade de injeção de até 60 litros por 
minuto e dotados de dispositivos de controle de pressões 
dentro da faixa de 0 a 100 kgf/cm². 
A calda será obtida por uma simples mistura de água e 
cimento Portland CP-II-E classe 32, na proporção a/c=0,5. 
As atividades de injeção terão boletins específicos com 
indicação cronológica e todos os dados e registros técnicos 
pertinentes. 
2.4 – Protensão 
De acordo com a Norma Brasileira (NBR 5629), todos os 
tirantes, de uma obra devem ser submetidos a ensaios de 
protensão. 
Para tensionamento e cravação dos tirantes serão utilizados 
conjuntos de protensão com bomba e macaco de 
acionamento hidráulico e com capacidades para atingir, com 
folga, as cargas limites de ensaio. 
A protensão dos tirantes observará um prazo mínimo de cura 
da última fase de injeção. Para controle das deformações 
serão instalados referenciais independentes, fora da área de 
influência da protensão. 
Os ensaios, seus estágios e tempos de estabilização, a 
monitoração dos deslocamentos e apresentação dos informes 
e gráficos, etc., serão desenvolvidos observando 
rigorosamente o projeto existente, além da Norma Brasileira 
pertinente ao caso (NBR-5629). 
Para efeito de estágios de carga e cargas limites de ensaio, 
considerar-se-á para o tirante definitivo que o teste será 
conduzido até 140% (cento e quarenta por cento) da carga 
de trabalho em 90% (noventa por cento) dos tirantes e até 
175% (cento e setenta e cinco por cento) da carga de 
trabalho em 10% (dez por cento) dos tirantes. Para os 
tirantes de caráter provisório, esses limites passam a ser 
120% (cento e vinte por cento) e 150% (cento e cinquenta 
por cento) da carga de trabalho. 
Os dados das cargas aplicadas e as deformações observadas 
em cada estágio, serão anotados em boletins apropriados e 
serão lançado em gráficos convencionais de carga x 
deslocamento elástico e plástico, conforme sugerido pela 
norma NBR-5629 (ENSAIO DE RECEBIMENTO). 
Como os tirantes são inclinados em relação à parede 
diafragma, haverá a necessidade de se aplicar uma cunha de 
grau para que os mesmos trabalhem exclusivamente à tração 
sem risco de flexão. 
Considerando ainda a eventual possibilidade de pequenas 
irregularidades da superfície da parede diafragma e até 
mesmo eventuais riscos de desvio da verticalidade, será, 
eventualmente necessária a aplicação de argamassa (groute) 
de regularização para assentamento da cunha de grau 
permitindo assim um tensionamento no tirante sem risco de 
flexão. 
As cunhas de grau serão constituídas por chapas de aço e 
terão espessuras e dimensões tais que sejam capazes de 
resistir aos esforços previstos para os ensaios de protensão e 
que também não causem puncionamento no concreto da 
parede diafragma. 
2.5 – Incorporação 
A incorporação do tirante à estrutura somente pode ser 
procedida de forma definitiva após a constatação do bom 
desempenho do mesmo através do ensaio de recebimento. 
A incorporação será feita através do encunhamento final, das 
cordoalhas devidamente tensionadas, junto ao aparelho de 
apoio da cabeça do tirante. Dessa forma a carga aplicada pelo 
macaco se transferirá definitivamente para a parede 
diafragma. 
A carga da incorporação será aquela estabelecida em projeto. 
Os aparelhos de apoio (cabeça dos tirantes) serão 
constituídos por placas e cunhas, similares àquelas usadas em 
peças de concreto protendido (sistema Rudloff/VSL para os 
tirantes de cordoalha). 
 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PARA EXECUÇÃO DE 
TIRANTES 
1. OBJETIVO 
Este procedimento geral tem como objetivo de descrever 
a sistemática de atuação para Execução dos Serviços de 
Tirantes de Cordoalhas e Fios e será aplicado para 
execução dos serviços de obra/projeto. 
2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 
PQ-SGQ001 Plano da Qualidade 
ABNT NBR-5.629 Execução de tirantes ancorados em 
terreno 
ABNT NBR-7.681 Calda de cimento para injeção 
ABNT NBR-7.480 Barras e fios de aço destinados a 
armaduras para concreto armado 
ABNT NBR-7.483 Cordoalhas de aço para concreto 
protendido - Requisitos 
 
3. RECURSOS 
 Mão-de-Obra: 
▪ Encarregado 
▪ Operador de perfuratriz 
▪ Operador de bomba de injeção 
▪ Protendedor de tirantes 
▪ Armador 
▪ Ajudante 
Ferramentas e Equipamentos: 
▪ Compressor de ar 750 PCM (mínimo) 
▪ Perfuratriz pneumática ou hidráulica 
▪ Conjunto misturador de calda de cimento 
▪ Bomba para injeção de calda de cimento 
▪ Bomba para circulação de água 
▪ Tubos de revestimento 
 
 
 
 
▪ Haste para perfuração 
▪ Brocas para perfuração 
▪ Martelo pneumático de fundo 
▪ Mangueiras e mangotes 
▪ Macaco para protensão de tirantes 
▪ Transferidor 
▪ Prumo 
▪ Trena 
▪ Ferramentas diversas 
▪ Carrinho de mão 
▪ Reservatório de água 
4 . PROCEDIMENTO 
 
4.1. TIRANTE 
Os tirantes serão re-injetáveis e constituídos ou de Cordoalha 
de aço tipo CP 190-RB ou de Fios de aço tipo CP 150-RB. 
Tirante é o elemento rígido instalado no solo ou rocha capaz 
de transmitir esforços de tração entre duas extremidades. É 
constituído dos seguintes elementos: 
▪ Cabeça é a extremidade que fica para fora do 
terreno. 
▪ Trecho ancorado ou injetado é a extremidade 
que transmite ao terreno a carga de tração. 
▪ Trecho livre é o trecho intermediário entre a 
cabeça e o trecho ancorado, que transmite as 
cargas de tração entre as extremidades. 
 
4.2. MONTAGEM DOS TIRANTES 
A montagem dos tirantes será feita de acordo com os 
passos abaixo: 
▪ Limpeza manual ou mecânica, deixando as 
cordoalhas ou fios isentos de qualquer material 
contaminante. 
▪ Duas demãos de pintura anticorrosiva à base 
epóxi-alcatrão, alcatrão de hulha ou similar. 
▪ Proteção do trecho livre com graxa e tubo PVC 
(diâmetro variável de acordo com o tipo de 
tirante utilizado). 
▪ Vedar o limite trecho livre / ancorado com 
massa plástica. 
▪ Instalar dispositivos centralizadores ao longo 
da barra no trecho ancorado. 
▪ Estocar o tirante montado em local adequado. 
 
4.3. LOCAÇÃO DOS TIRANTES 
 A locação dos tirantes será feita por profissional 
qualificado, que fará a marcação com piquetes 
posicionados nos eixos dos tirantes, que identificarão o 
número do tirante, conforme especificações de projeto. 
Os tirantes serão locados por locação plani-altimétrica, 
onde definidos: os limites e o alinhamento da estrutura 
de contenção e o alinhamento do talude, será 
determinado à posição para perfuração do tirante. 
4.4. POSICIONAMENTO DO EQUIPAMENTO 
 O equipamento de perfuração será posicionado 
respeitando os critérios abaixo: 
▪ O eixo da ferramenta de corte coincidente com o eixo 
do tirante (piquete) 
▪ A coluna de perfuração da máquina deverá estar com 
a inclinação do tirante. Para isso, posiciona na coluna 
de perfuração da máquina um transferidor com um 
peso preso ao centro do transferidor. Quando o peso 
estiver na posição do grau do tirante, a coluna de 
perfuração da máquina estará na posição para perfurar 
o tirante. 
 
 4.5. PERFURAÇÃO DO TIRANTE 
 A escolha da ferramenta de perfuraçãoirá depender 
das condições do solo onde será executado o tirante. 
 
 4.5.1. PERFURAÇÃO COM TUBO DE 
REVESTIMENTO 
É utilizada em solos arenosos ou argilas moles, 
onde o terreno tem pouca coesão e a parede do 
furo precisa de apoio para não desmoronar e fechar 
o furo. 
A perfuração é realizada por rotação de tubos de 
revestimento, com auxílio de circulação de água ou 
jato de ar sob pressão, que é injetada pelo interior 
deles e retorna à superfície pela face externa. Estes 
tubos vão sendo emendados (por rosca) à medida 
que a perfuração avança, sendo posteriormente 
recuperados após a instalação do tirante e 
preenchimento do furo com calda de cimento. 
O furo deverá ser revestido em toda a sua 
extensão. 
O diâmetro e o comprimento do tirante serão de 
acordo com as especificações de projeto/obra. 
Para cada tipo de material perfurado, será utilizada 
uma broca de perfuração adequada: sapata de 
vídia para solo e coroas impregnadas de diamante 
para alteração de rocha e rocha. 
Após o término do furo, será feita a limpeza do 
mesmo com a circulação de água ou jato de ar, até 
que o furo fique totalmente limpo. 
 
 4.5.2. PERFURAÇÃO COM HASTE DE 
PERFURAÇÃO 
 
 É utilizada em terrenos mais consistentes, como 
argilas rijas e duras, em que as paredes do furo 
permanecem estáveis após a execução do mesmo. 
A perfuração é realizada por rotação de hastes de 
perfuração, com auxílio de circulação de água ou 
jato de ar sob pressão, que é injetada pelo interior 
delas e retorna à superfície pela face externa. Estas 
hastes vão sendo emendadas (por rosca) à medida 
que a perfuração avança, sendo posteriormente 
retirados após o término do furo. 
O diâmetro e o comprimento do tirante serão de 
acordo com as especificações de projeto/obra. 
Para cada tipo de material perfurado, será utilizada 
uma broca de perfuração adequada: tricone para 
solo e martelo pneumático de fundo (roto 
percussão) para alteração de rocha e rocha. 
Após o término do furo, será feita a limpeza do 
mesmo com a circulação de água ou jato de ar, até 
que o furo fique totalmente limpo. 
4.6. INSTALAÇÃO DO TIRANTE 
Após a limpeza do furo deverá ser introduzido o tirante, 
conforme especificação de projeto/obra, no interior do 
furo. 
O tirante deverá ser introduzido com cuidado no furo 
para garantir a integridade da parede do furo e a 
centralização do tirante. 
4.7. INJEÇÃO DO FURO COM CALDA DE CIMENTO 
Após a instalação do tirante, será introduzido um tubo 
de injeção (PVC de 1/2” de diâmetro) próximo ao fundo 
do furo, para proceder à injeção, sob baixa pressão, de 
baixo para cima, até que a calda de cimento extravase 
pela boca do furo, garantindo-se assim que toda a água 
ou a lama de perfuração seja substituída pela calda de 
cimento. 
A calda de cimento será constituída de cimento, água 
e fator água/cimento compreendido 0,35 ≤ a/c ≤ 0,50, 
e será confeccionada em um conjunto misturador 
(elétrico ou a diesel), para garantir a homogeneidade 
da mistura. 
Quando a injeção for feita em furos revestidos com 
tubos, à medida que o furo for preenchido com calda 
de cimento, serão retirados gradativamente os tubos 
de revestimento, completando o furo com calda de 
cimento de acordo com a retirada dos tubos de 
revestimento. 
Serão tomados cuidados especiais na dosagem, 
mistura e aplicação da calda de cimento, para garantir 
uma tirante bem executado, resistente e sem mistura 
de lama e outros materiais. 
Traço da Calda de Cimento 
Fck 25 MPa - Consumo de Cimento 500 kg/m3 
Materiais Quantidade 
Cimento 50 Kg 
Água 25 litros 
4.8. PROTENSÃO DE TIRANTE 
A protensão de tirante será realizada no mínimo, 7 
(sete) dias após a injeção dos mesmos, quando 
injetados com cimento CP-II ou CP-III e 3 (três) dias 
quando injetados com cimento ARI. 
Serão instalados na cabeça dos tirantes os acessórios 
(placa, cunha anelar de grau e clavetes). 
Todos os tirantes serão submetidos a ensaio de tração 
para controlar a capacidade de carga e o 
comportamento de todos os tirantes da obra antes da 
incorporação da carga de trabalho. 
ENSAIO DE RECEBIMENTO 
Segundo a ABNT NBR 5629, 10% dos tirantes da obra, 
aleatoriamente escolhidos, serão testados a carga 
máxima de 1,75 vezes a carga de trabalho (ensaio tipo 
A) e o restante, serão testados a carga máxima de 1,40 
vezes a carga de trabalho (ensaio tipo B). 
A protensão será executada conforme descrito abaixo: 
▪ Posicionamento do equipamento de protensão 
(conjunto macaco + bomba + manômetro 
aferido) sobre a placa de apoio na cabeça do 
tirante, com o eixo alinhado com ao tirante. 
▪ Aplicação da carga inicial F0 para acomodação 
do macaco e acessórios. As deformações 
devidas a esta carga são desprezadas. A partir 
desta situação o ensaio é iniciado. 
▪ Aplicação dos estágios de carga, conforme 
tabela abaixo, partido de F0, atingindo a carga 
máxima prevista e retornando a F0, com 
medições de deslocamentos da cabeça para 
todos os estágios de carga, tanto na fase de 
carregamento como na de descarregamento. 
▪ Imediatamente após a medida do 
deslocamento estabilizado no final da descarga, 
pode ser aplicada a carga de incorporação 
prevista, sendo o tirante incorporado 
definitivamente à estrutura. 
 
Estágios de Carga 
 
Ensaio Tipo A Ensaio Tipo B 
Carregame
nto 
Estágio de 
carga e 
descarga 
Carregame
nto 
Estágio de 
carga e 
descarga 
Carga F0 0,10 x σe 
x Ѕf 
Carga F0 0,10 x σe 
x Ѕf 
F1 0,30 x Ft F1 0,30 x Ft 
F2 0,60 x Ft F2 0,60 x Ft 
F3 0,80 x Ft F3 0,80 x Ft 
F4 1,00 x Ft F4 1,00 x Ft 
F5 1,20 x Ft F5 1,20 x Ft 
F6 1,40 x Ft F6 1,40 x Ft 
F7 1,60 x Ft Descarga F7 1,20 x Ft 
F8 1,75 x Ft F8 1,00 x Ft 
Descarga F9 1,60 x Ft F9 0,80 x Ft 
F1
0 
1,40 x Ft F1
0 
0,60 x Ft 
F1
1 
1,20 x Ft F1
1 
0,30 x Ft 
F1
2 
1,00 x Ft F1
2 
0,10 x σe 
x Ѕf 
F1
3 
0,80 x Ft Onde, 
F1
4 
0,60 x Ft σe – tensão de 
escoamento do aço 
F1
5 
0,30 x Ft Ѕf – seção transversal do 
aço 
F0 0,10 x σe 
x Ѕf 
Ft – carga de trabalho 
prevista 
As leituras de deformação em cada estágio são feitas 
após a estabilização do tirante. 
Serão adotados valores inteiros de carga em cada 
estágio para facilitar a leitura no manômetro. 
Os deslocamentos medidos da cabeça do tirante, 
geralmente são medidos no curso do êmbolo do 
macaco, é anotado em uma tabela para depois gerar 
um gráfico de carga x deslocamento, a partir do qual, 
aceita-se ou não o tirante. 
Será apresentado um boletim para cada tirante com as 
informações do ensaio de protensão. 
 
5. CONTROLE TECNOLÓGICO 
 
5.1. CALDA DE CIMENTO 
O controle tecnológico será feito conforme norma ABNT 
NBR 7.681. Serão moldados 4 (quatro) corpos de prova 
cilíndricos de dimensões 7,5 x 10 centímetros por dia 
de injeção ou 4 (quatro) corpos de prova cilíndricos 
para cada 100 (cem) sacos, quando forem injetados 
mais de 100 sacos em um mesmo dia. Serão realizados 
os ensaios de resistência à compressão axial, 2 (dois) 
por idade, aos 7 (sete) e 28 (vinte e oito) dias. 
A média dos resultados de rompimento aos 28 (vinte e 
oito) dias deverá ser maior que 25 (vinte e cinco) MPa. 
5.2. ENSAIO DE RECEBIMENTO 
Todos os tirantes serão submetidos a ensaio de tração 
para controlar a capacidade de carga e o 
comportamento de todos os tirantes da obra. 
Segundo a ABNT NBR 5629, 10% dos tirantes da obra, 
aleatoriamente escolhidos, serão testados a carga 
máxima de 1,75 vezes a carga de trabalho e o restante, 
será testado a carga máxima de 1,40 vezes a carga de 
trabalho. 
Os tirantes que apresentarem o diagrama carga x 
deslocamento de acordo com os requisitos da norma 
citada anteriormente serão aprovados. 
5.6.TIRANTE 
O controle tecnológico será feito conforme descrito 
abaixo. 
Para cada tirante deverá constar um boletim com as 
seguintes informações : 
▪ Número do tirante 
▪ Diâmetro do furo 
▪ Comprimento do tirante 
▪ Data de perfuração 
▪ Horário de início e término da perfuração 
▪ Tipo e quantidade de material perfurado 
▪ Tipo de armação 
▪ Quantidade de sacos de cimento consumido 
▪ Data da injeção 
▪ Horário de início e término da injeção 
▪ Data da protensão 
▪ Tipo de ensaio de carregamento 
6. ORIENTAÇÕES DE SMS 
Equipamentos de Proteção Individual: 
▪ Usar corretamente os EPI’s recomendados. 
Quando da requisição, verificar se estão em perfeito 
estado; 
▪ Usar sempre o uniforme completo e em bom 
estado de conservação e higiene; 
▪ Se ocorrer perda ou dano de EPI’s em seu poder, 
solicitar sua troca imediatamente; 
Ferramentas e Equipamentos: 
▪ Antes de iniciar os trabalhos, verificar as 
condições físicas e de funcionamento das 
ferramentas e equipamentos; 
▪ Não usar ferramentas e equipamentos avariados 
ou impróprios; 
▪ Não improvisar ferramentas ou equipamentos; 
▪ Não andar com ferramentas nos bolsos; 
▪ Não operar equipamentos para os quais não tenha 
sido treinado; 
▪ Zelar pelas ferramentas e equipamentos sob sua 
responsabilidade; 
▪ Ao devolver as ferramentas e equipamentos, 
comunicar ao ferramenteiro / almoxarife as 
eventuais anormalidades observadas; 
Procedimentos: 
▪ Portar sempre o crachá de identificação em local 
visível; 
▪ Não dirigir veículos sem autorização e nunca 
viajar na carroceria de veículos ou de carona; 
▪ Executar apenas os serviços determinados na 
Permissão para Trabalho; 
▪ Não executar trabalhos para os quais não tenha 
sido treinado; 
▪ Concentrar atenção no trabalho que estiver 
executando. Evitar brincadeiras durante o serviço; 
▪ Ser fiscal de si próprio e de seus colegas quanto a 
atos inseguros; 
▪ Comunicar a seu supervisor toda experiência de 
insegurança vivida ou presenciada; 
▪ Manter sempre limpo, desimpedido e arrumado o 
local de trabalho; 
▪ Concluído o trabalho, recolher as sobras de 
materiais para os locais específicos; 
▪ Encaminhar todo lixo gerado (marmitas, copos, 
etc) para as latas de lixo do canteiro; 
▪ Levar para a área de trabalho somente os 
materiais que serão imediatamente utilizados ou 
com perspectiva de utilização num curto tempo; 
▪ Obedecer à sinalização de segurança instalada 
nos locais de trabalho e no canteiro. Não alterar a 
sinalização de segurança sem a presença do Técnico 
de Segurança do setor; 
7. RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS 
 ETAPA: TIRANTES; 
1 – Risco 
 
- Físico 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Químico 
 
 
2 – Agente 
 
- Ruído 
 
 
- Umidade 
 
 
- Radiações 
não 
ionizantes 
 
- Poeiras 
diversas 
 
 
3 – Fonte 
Geradora 
 
-Máquinas e 
equipamentos 
 
 
- Solo e poças 
d’água 
 
 
- Raios 
solares 
 
 
- 
Movimentação 
de 
4 – Meios de 
propagação 
 
- Ar / ambiente através 
de estruturas. 
 
- Contato com as vias 
cutâneas 
 
- Ambiente 
 
 
- Ar / Ambiente através 
das vias respiratórias 
 
- Ar / Ambiente através 
das vias respiratórias e 
cutâneas 
- Tinta e 
alcatrão de 
ulha 
 
 materiais e 
solo 
 
- Processo de 
trabalho 
5 – 
Trabalhadores 
expostos 
 
16- 
funcionários 
6 – Função 
 
 
Motorista 
(02) 
Ajudante 
(10) 
Encarregado 
(02) 
Op. 
perfuratriz 
(02) 
 
7 – 
Atividade / 
Tipo de 
exposição 
 
Executam 
perfuração de 
solo e 
preparação de 
tirantes 
 
 
Exposição 
direta ao 
risco. 
8 – Possíveis danos à 
saúde 
 
Ruído: Pode gerar surdez 
temporária ou 
permanente e 
perturbações do sistema 
nervoso. 
Radiações não 
ionizantes: Queimaduras 
e lesões na pele. 
Umidade: A exposição a 
este agente pode causar 
doenças da pele e 
problemas respiratórios 
Poeiras: A exposição a 
estes agentes causam 
irritações nos olhos, 
alergias, doenças 
respiratórias e de pele. 
 
9 – Avaliação 
 
 
Ruído: 
Quantitativo 
(as medições 
10 – 
Limite de 
tolerância 
 
11 – Tempo de 
Exposição 
 
 
(de acordo 
com 
12 – Medidas de 
controle existentes 
 
Os funcionários utilizam 
capacete, protetor 
auricular, uniforme 
manga longa, luvas de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
serão 
realizadas 
conforme as 
etapas da obra) 
 
Demais riscos: 
Qualitativa 
85 dB (A) x 
08 horas 
trabalhadas 
 
 
 
Não 
mensurável 
 
Cronograma 
de obras) 
raspa ou PVC, calçado de 
segurança, botas de 
borracha, protetor solar, 
máscara descartável 
contra pó e óculos de 
segurança. 
13 – Medidas de controle proposta 
Manter o uso dos E.P.I’s fornecidos. Orientações conforme cronograma 
de atividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. TREINAMENTO 
Público Alvo: Engenheiros, chefes de produção, 
encarregados e funcionários da Progeo que executarão os 
serviços. 
Carga Horária: O treinamento terá duração de 2 
(duas) horas. 
Freqüência: Na implementação e na revisão do 
procedimento, na admissão de novos funcionários. 
Código do Treinamento: O código do treinamento será o 
mesmo do procedimento e deverá constar do controle de 
freqüência. 
 
9. REGISTROS SUGERIDOS PARA CONTROLE 
Có
dig
o 
Título 
do 
Regist
ro 
Recupe
ração 
Temp
o 
Míni
mo de 
Reten
ção 
Local de 
Arquivo 
Desti
nação 
RG-
EXE00 
Ficha de 
Inspeção de 
Serviços - Ti
rantes 
Por 
Tirante 
1 ano 
ou até 
elabor
ar 
Data 
Book 
Qual
idad
e 
Descarte / 
Reciclagem 
RG-
EXE00 
Boletim de 
Perfuração e 
Injeção de 
Tirantes 
Por 
Tirante 
1 ano 
ou até 
elabor
ar 
Data 
Book 
Qual
idad
e 
Descarte / 
Reciclagem 
RG-
EXE00 
Boletim de 
Protensão de 
Tirantes 
Por 
Tirante 
1 ano 
ou até 
elabor
ar 
Data 
Book 
Qual
idad
e 
Descarte / 
Reciclagem 
RG-
SGQ023 
Controle de 
freqüência 
nos 
Treinamentos 
Por 
Contrat
o 
1 ano 
após 
final 
contrat
o 
Qual
idad
e 
Descarte / 
Reciclagem 
 
Eng. Luiz Antônio Naresi Júnior (Civil, Geotécnico, Segurança 
do Trabalho e Ambiental)

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