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Aplicação de Tirantes para construção de uma cortina Atirantada. 1 – Introdução Tirante é um elemento linear capaz de transmitir esforços de tração entre as suas extremidades; a extremidade que fica fora do terreno é a cabeça e a extremidade que fica enterrada é conhecida por trecho ancorado, e designada por comprimento ou bulbo de ancoragem. O trecho que liga a cabeça ao bulbo é conhecido por trecho livre ou comprimento livre. DETALHE DE UM TIRANTE A cabeça normalmente escora ou suporta uma estrutura e é em geral constituída por peças metálicas, que possuem detalhes particulares para prender o elemento tracionado, tais como porcas, clavetes, botões ou cunhas. O bulbo de ancoragem, na grande maioria das vezes é constituído por calda de cimento, que adere ao aço e ao solo. Cabeça Metálica dos Tirantes No trecho livre o aço deve estar livre de cimento, ou seja, não deve haver aderência do aço à calda. Para tanto é pratica usual se revestir o aço com material que o isole da calda, tal como graxa, tubo ou mangueira de plástico, bandagem de material flexível, etc. Para efeito da Norma Brasileira (NBR 5629), o tirante não pode ter um trecho livre com comprimento inferior a 3,00m. O dimensionamento do tirante depende uma sondagem geológico - geotécnica bem feita para de lá ser extraído os dados para o dimensionamento do comprimento ancorado do tirante e de seu trecho - livre, bem como ajudar na escolha do aço do tirantes e do comprimento de ancoragem do bulbo e se o mesmo esta ancorado fora da cunha de deslizamento. Atirantamento de bloco de rocha isolado. Executiva Na execução do tirante podemos destacar as seguintes fases, a saber: • Perfuração • Instalação do tirante • Injeção • Protensão • Incorporação 2.1 – Perfuração Antecipando ao início de cada perfuração adotar-se-á uma série de procedimentos que permita a correta execução dessa atividade. Uma listagem de procedimentos rotineiros prévios inclui a correta locação do ponto de perfuração, a verificação do nivelamento do terreno para a perfeita instalação e ancoragem dos equipamentos, a determinação exata da direção da perfuração, a verificação da estaqueidade de toda rede de alimentação de água, a análise e adoção de medidas que evitem interferências com furos adjacentes, a verificação e desvio dos elementos e instalações enterradas ao longo e nas cercanias do eixo de perfuração, as providências para drenagem, coleta e eliminação das águas que serão utilizadas no processo de perfuração, etc.. Dispondo dos equipamentos perfeitamente instalados e tendo o operador recebido as instruções e informações específicas quanto às características do furo, dar-se-á início à perfuração. Execução da perfuração de tirante com haste dotada de tricone em trecho em solo A atividade será desenvolvida com utilização de sonda rotativa ou equipamento de extração de amostras de concreto para o trecho em concreto e perfuratriz sobre esteiras para o trecho em solo. Essa perfuratriz é capaz de perfurar em qualquer ângulo e direção com torque e força de avanço suficientes para perfurações revestidas em solo a profundidades superiores a 40 metros com diâmetro maior ou igual a 4". As bombas de água para os processos de avanço, limpeza dos furos e refrigeração de brocas, terão capacidade de até 100 litros por minuto a pressão de até 40 kgf/cm², em regime contínuo. As perfurações serão feitas por processo de lavagem e sempre serão utilizados recursos que minimizem a alteração do estado natural de consistência ou compacidade do terreno. Para tanto, o equipamento estará capacitado a fazer perfurações com utilização de revestimento integral do furo, adequação das pressões e velocidades de penetração, além do controle de injeção de fluído de refrigeração. Toda a perfuração terá seu desenvolvimento acompanhado e registrado em boletins específicos que fornecerão o histórico do furo, com dados cronométricos, informe geológico, dados geométricos e demais eventos e ocorrências de interesse. Concluída a perfuração, far-se-á a limpeza do interior do furo, mediante utilização de ferramentas adequadas e circulação d'água, até que se complete a eliminação dos detritos do seu interior. Os diâmetros de perfuração serão aqueles que garantam como mínimo os cobrimentos normalizados. 2.2 – Instalação dos Tirantes Quando a perfuração estiver em fase de conclusão, iniciar-se- á o processo de transporte do tirante. Isto será feito manualmente, com uma equipe destacada para este fim. No momento de chegada do tirante ao local de instalação e tendo o operador da perfuratriz concluído a limpeza do furo, terá início a introdução do tirante no interior da perfuração. Tal operação será feita sob supervisão do elemento encarregado dessa atividade e a introdução será lenta e cuidadosa, para evitar qualquer dano ao tirante por flexão excessiva ou atrito contra as paredes do revestimento ou do furo. Os cuidados necessários são: não ferir a proteção anticorrosiva, não deslocar acessórios (válvulas e espaçadores) e posicionar a cabeça na altura correta do projeto. 2.3 – Injeção de Calda de Cimento Imediatamente após a conclusão da instalação do tirante no interior do furo, terá início a fase de injeção denominada de "bainha" e que consistirá no preenchimento do furo com calda de cimento, sem desenvolvimento de pressão. Tal fase de injeção iniciar-se-á com a introdução de uma coluna de hastes com obturador simples, no interior dos tubos de injeção do tirante. O obturador é alojado ligeiramente acima da válvula mais profunda do tirante, e através da mesma far-se-á circular água para remoção de eventuais detritos. Em seguida passa- se à injeção de calda de cimento, até que a mesma verta através da boca do furo. Decorrido um intervalo de tempo não superior à duas horas, far-se-á limpeza do interior do tubo de injeção do tirante, mediante introdução de uma coluna pela qual se fará circular água até que se complete a remoção do cimento alojado no interior do mesmo. Observado um intervalo de tempo mínimo da ordem de dez a doze horas após a aplicação da bainha, poder-se-á iniciar a fase de injeção com pressão controlada, conhecida como injeção primária. Para aplicação da fase primária se fará a introdução de uma coluna de hastes dotada de obturador duplo, no interior do tubo de injeção e iniciar-se-á a injeção a partir da válvula mais profunda. A injeção primária exige inicialmente a ruptura do anel de cimento que envolve o tirante (“bainha”). A pressão necessária para esta ruptura depende fundamentalmente da resistência à compressão simples da calda da bainha e da espessura do anel da bainha. Uma vez rompido esse anel, a pressão manométrica em geral cai para um valor que depende da compacidade ou da consistência do solo ao redor. Os volumes e pressões de injeção serão aqueles que garantam a perfeita ancoragem do trecho fixo do tirante ao terreno local. Para os casos em que as pressões de injeção de determinadas válvulas não alcancem valores considerados satisfatórios, haverá necessidade de aplicação das fases subseqüentes (secundária e eventualmente terciária), até que se consigam pressões adequadas de injeção. A defasagem de tempo entre etapas consecutivas de injeção será, no mínimo, da ordem de dez a doze horas. Ao final de cada fase de injeção sempre proceder-se-á a limpeza dos tubos de injeção dos tirantes, de forma análoga à descritapara a injeção de bainha, objetivando sempre permitir uma nova fase de injeção. Os critérios de injeção sempre terão por base as características do subsolo local obtidas através dos resultados das investigações disponíveis e dos registros, dados e observações através do boletim de perfuração. Para o desenvolvimento da atividade de injeção serão empregados conjuntos misturadores-agitadores de alta turbulência. Essas unidades terão dispositivos para filtragem da calda, controles da dosagem e do volume injetado. Tais conjuntos farão a alimentação das bombas de injeção de alta pressão, com capacidade de injeção de até 60 litros por minuto e dotados de dispositivos de controle de pressões dentro da faixa de 0 a 100 kgf/cm². A calda será obtida por uma simples mistura de água e cimento Portland CP-II-E classe 32, na proporção a/c=0,5. As atividades de injeção terão boletins específicos com indicação cronológica e todos os dados e registros técnicos pertinentes. 2.4 – Protensão De acordo com a Norma Brasileira (NBR 5629), todos os tirantes, de uma obra devem ser submetidos a ensaios de protensão. Para tensionamento e cravação dos tirantes serão utilizados conjuntos de protensão com bomba e macaco de acionamento hidráulico e com capacidades para atingir, com folga, as cargas limites de ensaio. A protensão dos tirantes observará um prazo mínimo de cura da última fase de injeção. Para controle das deformações serão instalados referenciais independentes, fora da área de influência da protensão. Os ensaios, seus estágios e tempos de estabilização, a monitoração dos deslocamentos e apresentação dos informes e gráficos, etc., serão desenvolvidos observando rigorosamente o projeto existente, além da Norma Brasileira pertinente ao caso (NBR-5629). Para efeito de estágios de carga e cargas limites de ensaio, considerar-se-á para o tirante definitivo que o teste será conduzido até 140% (cento e quarenta por cento) da carga de trabalho em 90% (noventa por cento) dos tirantes e até 175% (cento e setenta e cinco por cento) da carga de trabalho em 10% (dez por cento) dos tirantes. Para os tirantes de caráter provisório, esses limites passam a ser 120% (cento e vinte por cento) e 150% (cento e cinquenta por cento) da carga de trabalho. Os dados das cargas aplicadas e as deformações observadas em cada estágio, serão anotados em boletins apropriados e serão lançado em gráficos convencionais de carga x deslocamento elástico e plástico, conforme sugerido pela norma NBR-5629 (ENSAIO DE RECEBIMENTO). Como os tirantes são inclinados em relação à parede diafragma, haverá a necessidade de se aplicar uma cunha de grau para que os mesmos trabalhem exclusivamente à tração sem risco de flexão. Considerando ainda a eventual possibilidade de pequenas irregularidades da superfície da parede diafragma e até mesmo eventuais riscos de desvio da verticalidade, será, eventualmente necessária a aplicação de argamassa (groute) de regularização para assentamento da cunha de grau permitindo assim um tensionamento no tirante sem risco de flexão. As cunhas de grau serão constituídas por chapas de aço e terão espessuras e dimensões tais que sejam capazes de resistir aos esforços previstos para os ensaios de protensão e que também não causem puncionamento no concreto da parede diafragma. 2.5 – Incorporação A incorporação do tirante à estrutura somente pode ser procedida de forma definitiva após a constatação do bom desempenho do mesmo através do ensaio de recebimento. A incorporação será feita através do encunhamento final, das cordoalhas devidamente tensionadas, junto ao aparelho de apoio da cabeça do tirante. Dessa forma a carga aplicada pelo macaco se transferirá definitivamente para a parede diafragma. A carga da incorporação será aquela estabelecida em projeto. Os aparelhos de apoio (cabeça dos tirantes) serão constituídos por placas e cunhas, similares àquelas usadas em peças de concreto protendido (sistema Rudloff/VSL para os tirantes de cordoalha). PROCEDIMENTO OPERACIONAL PARA EXECUÇÃO DE TIRANTES 1. OBJETIVO Este procedimento geral tem como objetivo de descrever a sistemática de atuação para Execução dos Serviços de Tirantes de Cordoalhas e Fios e será aplicado para execução dos serviços de obra/projeto. 2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA PQ-SGQ001 Plano da Qualidade ABNT NBR-5.629 Execução de tirantes ancorados em terreno ABNT NBR-7.681 Calda de cimento para injeção ABNT NBR-7.480 Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado ABNT NBR-7.483 Cordoalhas de aço para concreto protendido - Requisitos 3. RECURSOS Mão-de-Obra: ▪ Encarregado ▪ Operador de perfuratriz ▪ Operador de bomba de injeção ▪ Protendedor de tirantes ▪ Armador ▪ Ajudante Ferramentas e Equipamentos: ▪ Compressor de ar 750 PCM (mínimo) ▪ Perfuratriz pneumática ou hidráulica ▪ Conjunto misturador de calda de cimento ▪ Bomba para injeção de calda de cimento ▪ Bomba para circulação de água ▪ Tubos de revestimento ▪ Haste para perfuração ▪ Brocas para perfuração ▪ Martelo pneumático de fundo ▪ Mangueiras e mangotes ▪ Macaco para protensão de tirantes ▪ Transferidor ▪ Prumo ▪ Trena ▪ Ferramentas diversas ▪ Carrinho de mão ▪ Reservatório de água 4 . PROCEDIMENTO 4.1. TIRANTE Os tirantes serão re-injetáveis e constituídos ou de Cordoalha de aço tipo CP 190-RB ou de Fios de aço tipo CP 150-RB. Tirante é o elemento rígido instalado no solo ou rocha capaz de transmitir esforços de tração entre duas extremidades. É constituído dos seguintes elementos: ▪ Cabeça é a extremidade que fica para fora do terreno. ▪ Trecho ancorado ou injetado é a extremidade que transmite ao terreno a carga de tração. ▪ Trecho livre é o trecho intermediário entre a cabeça e o trecho ancorado, que transmite as cargas de tração entre as extremidades. 4.2. MONTAGEM DOS TIRANTES A montagem dos tirantes será feita de acordo com os passos abaixo: ▪ Limpeza manual ou mecânica, deixando as cordoalhas ou fios isentos de qualquer material contaminante. ▪ Duas demãos de pintura anticorrosiva à base epóxi-alcatrão, alcatrão de hulha ou similar. ▪ Proteção do trecho livre com graxa e tubo PVC (diâmetro variável de acordo com o tipo de tirante utilizado). ▪ Vedar o limite trecho livre / ancorado com massa plástica. ▪ Instalar dispositivos centralizadores ao longo da barra no trecho ancorado. ▪ Estocar o tirante montado em local adequado. 4.3. LOCAÇÃO DOS TIRANTES A locação dos tirantes será feita por profissional qualificado, que fará a marcação com piquetes posicionados nos eixos dos tirantes, que identificarão o número do tirante, conforme especificações de projeto. Os tirantes serão locados por locação plani-altimétrica, onde definidos: os limites e o alinhamento da estrutura de contenção e o alinhamento do talude, será determinado à posição para perfuração do tirante. 4.4. POSICIONAMENTO DO EQUIPAMENTO O equipamento de perfuração será posicionado respeitando os critérios abaixo: ▪ O eixo da ferramenta de corte coincidente com o eixo do tirante (piquete) ▪ A coluna de perfuração da máquina deverá estar com a inclinação do tirante. Para isso, posiciona na coluna de perfuração da máquina um transferidor com um peso preso ao centro do transferidor. Quando o peso estiver na posição do grau do tirante, a coluna de perfuração da máquina estará na posição para perfurar o tirante. 4.5. PERFURAÇÃO DO TIRANTE A escolha da ferramenta de perfuraçãoirá depender das condições do solo onde será executado o tirante. 4.5.1. PERFURAÇÃO COM TUBO DE REVESTIMENTO É utilizada em solos arenosos ou argilas moles, onde o terreno tem pouca coesão e a parede do furo precisa de apoio para não desmoronar e fechar o furo. A perfuração é realizada por rotação de tubos de revestimento, com auxílio de circulação de água ou jato de ar sob pressão, que é injetada pelo interior deles e retorna à superfície pela face externa. Estes tubos vão sendo emendados (por rosca) à medida que a perfuração avança, sendo posteriormente recuperados após a instalação do tirante e preenchimento do furo com calda de cimento. O furo deverá ser revestido em toda a sua extensão. O diâmetro e o comprimento do tirante serão de acordo com as especificações de projeto/obra. Para cada tipo de material perfurado, será utilizada uma broca de perfuração adequada: sapata de vídia para solo e coroas impregnadas de diamante para alteração de rocha e rocha. Após o término do furo, será feita a limpeza do mesmo com a circulação de água ou jato de ar, até que o furo fique totalmente limpo. 4.5.2. PERFURAÇÃO COM HASTE DE PERFURAÇÃO É utilizada em terrenos mais consistentes, como argilas rijas e duras, em que as paredes do furo permanecem estáveis após a execução do mesmo. A perfuração é realizada por rotação de hastes de perfuração, com auxílio de circulação de água ou jato de ar sob pressão, que é injetada pelo interior delas e retorna à superfície pela face externa. Estas hastes vão sendo emendadas (por rosca) à medida que a perfuração avança, sendo posteriormente retirados após o término do furo. O diâmetro e o comprimento do tirante serão de acordo com as especificações de projeto/obra. Para cada tipo de material perfurado, será utilizada uma broca de perfuração adequada: tricone para solo e martelo pneumático de fundo (roto percussão) para alteração de rocha e rocha. Após o término do furo, será feita a limpeza do mesmo com a circulação de água ou jato de ar, até que o furo fique totalmente limpo. 4.6. INSTALAÇÃO DO TIRANTE Após a limpeza do furo deverá ser introduzido o tirante, conforme especificação de projeto/obra, no interior do furo. O tirante deverá ser introduzido com cuidado no furo para garantir a integridade da parede do furo e a centralização do tirante. 4.7. INJEÇÃO DO FURO COM CALDA DE CIMENTO Após a instalação do tirante, será introduzido um tubo de injeção (PVC de 1/2” de diâmetro) próximo ao fundo do furo, para proceder à injeção, sob baixa pressão, de baixo para cima, até que a calda de cimento extravase pela boca do furo, garantindo-se assim que toda a água ou a lama de perfuração seja substituída pela calda de cimento. A calda de cimento será constituída de cimento, água e fator água/cimento compreendido 0,35 ≤ a/c ≤ 0,50, e será confeccionada em um conjunto misturador (elétrico ou a diesel), para garantir a homogeneidade da mistura. Quando a injeção for feita em furos revestidos com tubos, à medida que o furo for preenchido com calda de cimento, serão retirados gradativamente os tubos de revestimento, completando o furo com calda de cimento de acordo com a retirada dos tubos de revestimento. Serão tomados cuidados especiais na dosagem, mistura e aplicação da calda de cimento, para garantir uma tirante bem executado, resistente e sem mistura de lama e outros materiais. Traço da Calda de Cimento Fck 25 MPa - Consumo de Cimento 500 kg/m3 Materiais Quantidade Cimento 50 Kg Água 25 litros 4.8. PROTENSÃO DE TIRANTE A protensão de tirante será realizada no mínimo, 7 (sete) dias após a injeção dos mesmos, quando injetados com cimento CP-II ou CP-III e 3 (três) dias quando injetados com cimento ARI. Serão instalados na cabeça dos tirantes os acessórios (placa, cunha anelar de grau e clavetes). Todos os tirantes serão submetidos a ensaio de tração para controlar a capacidade de carga e o comportamento de todos os tirantes da obra antes da incorporação da carga de trabalho. ENSAIO DE RECEBIMENTO Segundo a ABNT NBR 5629, 10% dos tirantes da obra, aleatoriamente escolhidos, serão testados a carga máxima de 1,75 vezes a carga de trabalho (ensaio tipo A) e o restante, serão testados a carga máxima de 1,40 vezes a carga de trabalho (ensaio tipo B). A protensão será executada conforme descrito abaixo: ▪ Posicionamento do equipamento de protensão (conjunto macaco + bomba + manômetro aferido) sobre a placa de apoio na cabeça do tirante, com o eixo alinhado com ao tirante. ▪ Aplicação da carga inicial F0 para acomodação do macaco e acessórios. As deformações devidas a esta carga são desprezadas. A partir desta situação o ensaio é iniciado. ▪ Aplicação dos estágios de carga, conforme tabela abaixo, partido de F0, atingindo a carga máxima prevista e retornando a F0, com medições de deslocamentos da cabeça para todos os estágios de carga, tanto na fase de carregamento como na de descarregamento. ▪ Imediatamente após a medida do deslocamento estabilizado no final da descarga, pode ser aplicada a carga de incorporação prevista, sendo o tirante incorporado definitivamente à estrutura. Estágios de Carga Ensaio Tipo A Ensaio Tipo B Carregame nto Estágio de carga e descarga Carregame nto Estágio de carga e descarga Carga F0 0,10 x σe x Ѕf Carga F0 0,10 x σe x Ѕf F1 0,30 x Ft F1 0,30 x Ft F2 0,60 x Ft F2 0,60 x Ft F3 0,80 x Ft F3 0,80 x Ft F4 1,00 x Ft F4 1,00 x Ft F5 1,20 x Ft F5 1,20 x Ft F6 1,40 x Ft F6 1,40 x Ft F7 1,60 x Ft Descarga F7 1,20 x Ft F8 1,75 x Ft F8 1,00 x Ft Descarga F9 1,60 x Ft F9 0,80 x Ft F1 0 1,40 x Ft F1 0 0,60 x Ft F1 1 1,20 x Ft F1 1 0,30 x Ft F1 2 1,00 x Ft F1 2 0,10 x σe x Ѕf F1 3 0,80 x Ft Onde, F1 4 0,60 x Ft σe – tensão de escoamento do aço F1 5 0,30 x Ft Ѕf – seção transversal do aço F0 0,10 x σe x Ѕf Ft – carga de trabalho prevista As leituras de deformação em cada estágio são feitas após a estabilização do tirante. Serão adotados valores inteiros de carga em cada estágio para facilitar a leitura no manômetro. Os deslocamentos medidos da cabeça do tirante, geralmente são medidos no curso do êmbolo do macaco, é anotado em uma tabela para depois gerar um gráfico de carga x deslocamento, a partir do qual, aceita-se ou não o tirante. Será apresentado um boletim para cada tirante com as informações do ensaio de protensão. 5. CONTROLE TECNOLÓGICO 5.1. CALDA DE CIMENTO O controle tecnológico será feito conforme norma ABNT NBR 7.681. Serão moldados 4 (quatro) corpos de prova cilíndricos de dimensões 7,5 x 10 centímetros por dia de injeção ou 4 (quatro) corpos de prova cilíndricos para cada 100 (cem) sacos, quando forem injetados mais de 100 sacos em um mesmo dia. Serão realizados os ensaios de resistência à compressão axial, 2 (dois) por idade, aos 7 (sete) e 28 (vinte e oito) dias. A média dos resultados de rompimento aos 28 (vinte e oito) dias deverá ser maior que 25 (vinte e cinco) MPa. 5.2. ENSAIO DE RECEBIMENTO Todos os tirantes serão submetidos a ensaio de tração para controlar a capacidade de carga e o comportamento de todos os tirantes da obra. Segundo a ABNT NBR 5629, 10% dos tirantes da obra, aleatoriamente escolhidos, serão testados a carga máxima de 1,75 vezes a carga de trabalho e o restante, será testado a carga máxima de 1,40 vezes a carga de trabalho. Os tirantes que apresentarem o diagrama carga x deslocamento de acordo com os requisitos da norma citada anteriormente serão aprovados. 5.6.TIRANTE O controle tecnológico será feito conforme descrito abaixo. Para cada tirante deverá constar um boletim com as seguintes informações : ▪ Número do tirante ▪ Diâmetro do furo ▪ Comprimento do tirante ▪ Data de perfuração ▪ Horário de início e término da perfuração ▪ Tipo e quantidade de material perfurado ▪ Tipo de armação ▪ Quantidade de sacos de cimento consumido ▪ Data da injeção ▪ Horário de início e término da injeção ▪ Data da protensão ▪ Tipo de ensaio de carregamento 6. ORIENTAÇÕES DE SMS Equipamentos de Proteção Individual: ▪ Usar corretamente os EPI’s recomendados. Quando da requisição, verificar se estão em perfeito estado; ▪ Usar sempre o uniforme completo e em bom estado de conservação e higiene; ▪ Se ocorrer perda ou dano de EPI’s em seu poder, solicitar sua troca imediatamente; Ferramentas e Equipamentos: ▪ Antes de iniciar os trabalhos, verificar as condições físicas e de funcionamento das ferramentas e equipamentos; ▪ Não usar ferramentas e equipamentos avariados ou impróprios; ▪ Não improvisar ferramentas ou equipamentos; ▪ Não andar com ferramentas nos bolsos; ▪ Não operar equipamentos para os quais não tenha sido treinado; ▪ Zelar pelas ferramentas e equipamentos sob sua responsabilidade; ▪ Ao devolver as ferramentas e equipamentos, comunicar ao ferramenteiro / almoxarife as eventuais anormalidades observadas; Procedimentos: ▪ Portar sempre o crachá de identificação em local visível; ▪ Não dirigir veículos sem autorização e nunca viajar na carroceria de veículos ou de carona; ▪ Executar apenas os serviços determinados na Permissão para Trabalho; ▪ Não executar trabalhos para os quais não tenha sido treinado; ▪ Concentrar atenção no trabalho que estiver executando. Evitar brincadeiras durante o serviço; ▪ Ser fiscal de si próprio e de seus colegas quanto a atos inseguros; ▪ Comunicar a seu supervisor toda experiência de insegurança vivida ou presenciada; ▪ Manter sempre limpo, desimpedido e arrumado o local de trabalho; ▪ Concluído o trabalho, recolher as sobras de materiais para os locais específicos; ▪ Encaminhar todo lixo gerado (marmitas, copos, etc) para as latas de lixo do canteiro; ▪ Levar para a área de trabalho somente os materiais que serão imediatamente utilizados ou com perspectiva de utilização num curto tempo; ▪ Obedecer à sinalização de segurança instalada nos locais de trabalho e no canteiro. Não alterar a sinalização de segurança sem a presença do Técnico de Segurança do setor; 7. RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS ETAPA: TIRANTES; 1 – Risco - Físico - Químico 2 – Agente - Ruído - Umidade - Radiações não ionizantes - Poeiras diversas 3 – Fonte Geradora -Máquinas e equipamentos - Solo e poças d’água - Raios solares - Movimentação de 4 – Meios de propagação - Ar / ambiente através de estruturas. - Contato com as vias cutâneas - Ambiente - Ar / Ambiente através das vias respiratórias - Ar / Ambiente através das vias respiratórias e cutâneas - Tinta e alcatrão de ulha materiais e solo - Processo de trabalho 5 – Trabalhadores expostos 16- funcionários 6 – Função Motorista (02) Ajudante (10) Encarregado (02) Op. perfuratriz (02) 7 – Atividade / Tipo de exposição Executam perfuração de solo e preparação de tirantes Exposição direta ao risco. 8 – Possíveis danos à saúde Ruído: Pode gerar surdez temporária ou permanente e perturbações do sistema nervoso. Radiações não ionizantes: Queimaduras e lesões na pele. Umidade: A exposição a este agente pode causar doenças da pele e problemas respiratórios Poeiras: A exposição a estes agentes causam irritações nos olhos, alergias, doenças respiratórias e de pele. 9 – Avaliação Ruído: Quantitativo (as medições 10 – Limite de tolerância 11 – Tempo de Exposição (de acordo com 12 – Medidas de controle existentes Os funcionários utilizam capacete, protetor auricular, uniforme manga longa, luvas de serão realizadas conforme as etapas da obra) Demais riscos: Qualitativa 85 dB (A) x 08 horas trabalhadas Não mensurável Cronograma de obras) raspa ou PVC, calçado de segurança, botas de borracha, protetor solar, máscara descartável contra pó e óculos de segurança. 13 – Medidas de controle proposta Manter o uso dos E.P.I’s fornecidos. Orientações conforme cronograma de atividade ] 8. TREINAMENTO Público Alvo: Engenheiros, chefes de produção, encarregados e funcionários da Progeo que executarão os serviços. Carga Horária: O treinamento terá duração de 2 (duas) horas. Freqüência: Na implementação e na revisão do procedimento, na admissão de novos funcionários. Código do Treinamento: O código do treinamento será o mesmo do procedimento e deverá constar do controle de freqüência. 9. REGISTROS SUGERIDOS PARA CONTROLE Có dig o Título do Regist ro Recupe ração Temp o Míni mo de Reten ção Local de Arquivo Desti nação RG- EXE00 Ficha de Inspeção de Serviços - Ti rantes Por Tirante 1 ano ou até elabor ar Data Book Qual idad e Descarte / Reciclagem RG- EXE00 Boletim de Perfuração e Injeção de Tirantes Por Tirante 1 ano ou até elabor ar Data Book Qual idad e Descarte / Reciclagem RG- EXE00 Boletim de Protensão de Tirantes Por Tirante 1 ano ou até elabor ar Data Book Qual idad e Descarte / Reciclagem RG- SGQ023 Controle de freqüência nos Treinamentos Por Contrat o 1 ano após final contrat o Qual idad e Descarte / Reciclagem Eng. Luiz Antônio Naresi Júnior (Civil, Geotécnico, Segurança do Trabalho e Ambiental)
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