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Biologia Celular e Molecular Aula nº 1 Célula – é o nível estrutural mais baixo em que todas as propriedades da vida ocorrem. É a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos. Reinos de acordo com Robert Whittaker Reino plantea – todos os vegetais Reino animalia – todos os animais Reino fungi – fungos Reino protista – protozoários e algas Reino monera – bactérias Sistemática – estudos dos tipos e diversidade de organismos e de toda a relação entre eles. Taxonomia – estudo teórico da classificação. Classificação – ordenação dos organismos em grupos com base nas relações de semelhança e de ancestralidade. Classificação fenética – naturais sem implicações de caracter evolutivo. Classificação filogenética – relações de ancestralidade entre organismos. Nomenclatura – trata dos termos usados para designar as categorias taxonómicas e do processo de atribuição de nomes. Identificação – processo e o resultado de determinar se um organismo desconhecido pertence a um grupo definido. Aula nº 6 Constituição do núcleo: Invólucro nuclear Nucleoplasma Funções do núcleo: Armazenamento e DNA Replicação do DNA Transcrição Processamento de RNA Invólucro nuclear - É uma estrutura que envolve o núcleo das células dos seres eucariontes, formado por duas membranas (interna e externa). É constituído por proteínas. Função: separar e regular a troca de matéria entre núcleo e citoplasma. As membranas são interrompidas por poros. Lâmina nuclear: Constituída por proteínas (laminas). É responsável pela desorganização do invólucro nuclear durante a prófase e a sua organização na telófase. Poros nucleares – poros uniformemente espaçados que estabelecem comunicação entre o núcleo e o citoplasma. São seletivos para permitirem a passagem de certas substâncias. Nucleoplasma: Massa incolor constituída principalmente de água, proteínas e outras substâncias. A sua função é preencher o núcleo celular. É um local onde ocorrem reações (ex. duplicação do DNA e a síntese do RNA). Nucléolo: O nucléolo é uma estrutura celular que está presente no núcleo das células eucariontes. Função: fazer síntese de ribossomas Os nucléolos estão presentes nas células quando estas não estão em divisão celular. Sendo assim, ele desaparece no início da divisão celular e recompõe-se apenas no final desse processo. São constituídos por RNA ribossómico e proteínas. NOR e UT (região do organizador nucleolar e unidades transcricionais) Nesta região, estão localizados os genes responsáveis pela produção de rRNAs (RNA ribossômico), os quais constituem parte do nucléolo. A sua importância está em produzir e processar os rRNAs necessários para sintetizar todas as proteínas da célula. Cromatina: Porção do núcleo que cora com corantes (exceção do nucléolo) É constituída por DNA e proteínas (histonas) Tipos de histonas: H2A, H2B, H3, H4 e H1 Nucleossoma é um octâmero de histona (2x H2A H2B H3 e H4) NOTA: inicialmente só são usadas as histonas H2A, H2B, H3 e H4 o que provoca o alinhamento de todas as proteínas com o DNA. A histona H1 é usada de seguida e é esta proteína que provoca a estrutura zig-zag no DNA. DNA estendido DNA com estrutura zig-zag Estrutura zig-zag enrolada Estrutura ligada a proteínas Cromossoma em metáfase (maior grau de condensação) Tipos de cromatina: Eucromatina Menos condensada DNA está ativo Heterocromatina - cromatina mais densamente enrolada. Encontra-se nas regiões do centrómero e nos telómeros (partes finais dos cromossomas) Heterocromatina constitutiva – não é utilizada Heterocromatina facultativa – é utilizada Paradoxo do valor C – a quantidade de DNA nem sempre está relacionado com o nível evolutivo. Há uma variação e DNA em relação ao humano e a certos animais devido a heterocromatina presente em cada um. Há animais que apresentam mais DNA, mas consequentemente este é em forma de heterocromatina, logo não é utilizado. Cromossoma - longas sequências de DNA que contêm diversos genes e outras sequências de nucleotídeos. normalmente encontradas no núcleo das células. Ciclo celular: Interfase: Fase G1 – síntese de enzimas de replicação e aumento do volume Fase S – replicação do material genético Fase G2 – preparação para a divisão celular e crescimento celular Controlo do ciclo celular (cinases) As cinases são enzimas que transferem grupos fosfatos de moléculas doadoras de ATP para proteínas. Todas as cinases precisam de estar ativadas por a ciclina para transferirem o grupo fosfato. O ATP facilmente perde o grupo fosfato. Mitose – garante o crescimento e a renovação das células (exceção das gametas) – Todas as células são exatamente iguais se não houver erros. Prófase – duplicação do DNA e centríolo Metáfase – DNA alinha-se no eixo central e os centríolos iniciam a sua conexão com ele Anáfase – cromossomas migram para lados opostos da célula em que cada metade vai para lados opostos Telófase – membrana celular divide-se em duas e cada uma ficará com metade do DNA inicial Meiose As primeiras fases são iguais à mitose. Prófase II - DNA restante nas células condensa-se formando cromossomas curtos. Os centríolos iniciam a sua jornada para lados opostos da célula. Metáfase II - cromossomas já estão alinhados no centro da célula Anáfase II - cromossomas aparecem divididos e seguem em direção a lados opostos da célula. Telófase II – no final desta fase, haverá quatro células haploides que são chamadas de gametas Citocinese – divisão do citoplasma Células animais: contração de um anel contráctil originando o estrangulamento do citoplasma Células vegetais: as vesiculas do complexo de Golgi alinham-se na zona equatorial e originam a membrana citoplasmática Cinetocoro (proteínas + microtúbulo) – proteínas que se associam ao centrómero para este se ligar aos microtúbulos (fuso acromático). Cariótipo - O conjunto de cromossomas de um indivíduo. Fragmoplasto - é uma estrutura que se forma na divisão celular vegetal. Quando ocorre essa divisão, é necessário também a formação de uma nova parede celular. O fragmoplasto é uma camada de microtúbulos que auxilia a deposição de celulose. A formação do fragmoplasto ocorre nas mitoses vegetais. Procariontes - a célula antes de se dividir faz uma cópia. Este processo dá origem a células iguais. Mecanismos de diversidade bacteriana Existe uma célula doadora e uma célula recetora Parte DNA é transferido da célula doadora para a recetora através de um plasmídeo Origina-se um merozigoto (junção de 2 DNA de bactérias) que é parcial e temporariamente diploide Aula nº 7 Genética – estudo a hereditariedade Estuda dos processos que asseguram a continuidade do material hereditário e da interpretação da variabilidade entre os diferentes seres vivos É uma disciplina transversal porque as outras áreas da Biologia necessitam desta disciplina DNA (gene) proteína (enzima) Catalisam as reações metabólicas Transcrição – Processamento de RNA – Tradução Informação genética: Dirige funções celulares Determina a aparência externa do organismo Constitui a ligação entre as gerações Sub-disciplinas: Genética Mendeliana: pai da genética clássica Genética de Populações: Genética Quantitativa: fórmulas estatísticas Citogenética (estudo da célula): apareceu quando se desenvolveu o microscópio Genética Molecular: quando se descobriu que DNA tem informação genética Bioquímica: Genética de Desenvolvimento: Genética Evolutiva: evolução das populações Tipos de questões: G. Clássicos: como se transmitem as características G. Moleculares: quais as estruturas responsáveis e a sua natureza Teoria Celular – todos os organismos são constituídos por células Experiências de Mendel – regras básicas da hereditariedade Cruzou muitas espécies, mas só correu bem com as ervilheiras. Fecundação Fleming – nº de corpos lineares (riscos vistos ao microscópio – cr cromossomas) Mitose – podiam ser transmissoresdas características Sutton – teoria cromossómica da hereditariedade com base na mitose (genética e citologia) Redescoberta dos trabalhos de Mendel Johannsen – gene localizado no cromossoma - porções hereditárias (genótipo e fenótipo) Wilson – cromossomas dos mamíferos xx e xy = diferentes fenótipos Morgan – experiências com animais Mapeamento genético – localização dos genes no cromossoma Cromossomas formados por proteínas e ácidos nucleicos Objetivos das experiências de Mendel: Transmissão de características dos híbridos à descendência Experiências em sentido estrito (cruzamentos escolhidos / espécies com características diferentes) Métodos: Recolheu sementes de diferentes agricultores – escolheu características mais simples porque 1 gene corresponde a 1 gene Plantou e recolher as sementes e voltou a plantar (durante 3 anos) – para provar que uma planta dá origem a outra igual Escolheu as características Plantas de linhas puras diferentes 1º cruzamento de 2 linhas puras (diferentes numa característica) LP1 ♀ x LP2 ♂ Emasculação (castração da flor) Isolamento da flor Polinização com grão de pólen masculino 2º obtenção de uma F1 híbrida 3º autofecundação do híbrido (cruzamento de indivíduos iguais) 4º obtenção da F2 (descendência do híbrido) Características estudadas – forma e cor da ervilha, altura da planta e cor da folha, etc Resultados das experiências: F1 – mesmas características F2 - separação das características (iguais às características dos progenitores) Leis de Mendel: Uniformidade do híbrido na F1 e manifesta apenas o caracter dominante A F2 é uma geração onde aparecem os dois tipos parentais Segregação e recombinação independente dos caracteres (apenas se aplica a genes localizados em cromossomas diferentes) NOTA: na F1, apesar de se manifestar o dominante o recessivo também está presente, mas não se manifesta Cada característica tem de 2 progenitores num organismo diploide Alelos – 1 gene pode ter várias formas NOTA: Mendel só observou fenótipos Proporções 3:1 Genótipos: Letras (ex. AA, aa, Aa) Fenótipos: quantidade da característica (ex. ¾ de altas) Proveniência dos alelos – do pai e da mãe Locus – localização de um gene num cromossoma. Plural: Loci Linhas puras (TT) – alelos iguais Mono-hibridismo – cruzamento de 2 linhas puras que são diferentes por 1 característica No caso de Aa o alelo recessivo não se manifesta, só se manifesta quando estiverem 2 alelos recessivos juntos (aa) Cruzamento-teste – é sempre com um homozigótico recessivo (aa) Di-hibridismo (TTPP ou ttpp) – 2 linhas puras que diferem em 2 características