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INCLUI 
 INFORMATIVOS do STF e STJ - 2017 a 2019 
 Vários julgados não divulgados em informativos 
 Links para os artigos de leis citados 
 Links para a ementa de cada julgado 
 Questões COMENTADAS com situações hipotéticas 
 Resumo dos julgados ao final (como se fossem súmulas) 
 
2017 a 2019 
STF e STJ 
POR ASSUNTO 
DOUGLAS JOSÉ DA SILVA 
EBOOK 
DJUS.com.br 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
Atualizado em 18/04/2019 DJUS.com.br 
 CLIQUE AQUI para obter aversão mais atualizada 
1 
Sumário 
DIREITO PENAL - PARTE GERAL 
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ............................................................................................................................ 5 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E RÁDIO PIRATA ......................................................................................................... 5 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E FURTO DE BEM DE VALOR INEXPRESSIVO DE ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS
 ...................................................................................................................................................................................... 6 
PRINCÍPIO DA INSIGINIFICÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD ............................................................................ 7 
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA APLICA-SE OU NÃO AO CRIMINOSO HABITUAL? .................................................... 7 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E APLICAÇÃO OU NÃO DO REGIME SEMIABERTO AO REINCIDENTE PUNIDO COM 
PENA DE RECLUSÃO ...................................................................................................................................................... 8 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO REINCIDENTE? ..................................................................... 9 
NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E FIXAÇÃO OU NÃO DO REGIME ABERTO COMO REGRA ......... 9 
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA APLICA-SE AO FURTO QUALIFICADO? .................................................................. 10 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? ............. 11 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO ÀS CONTRAVENÇÕES PENAIS NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES 
DOMÉSTICAS? ............................................................................................................................................................. 12 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO CRIME DO ART. 34, DA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS? ....... 13 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E CRIME DO ART. 34, DA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS............................................. 13 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E LIMITE DO DÉBITO TRIBUTÁRIO ............................................................................ 14 
2. CONCURSO DE CRIMES .........................................................................................................................................15 
CRIME CONTINUADO: POSSIBILIDADE OU NÃO ENTRE ROUBO, LATROCÍNIO E/OU EXTORSÃO. ............................... 15 
3. AUTORIA – TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO ..........................................................................................................16 
SUPERIOR HIERÁRQUICO E TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 1 .................................................................................... 16 
SUPERIOR HIERÁRQUICO E TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 2 .................................................................................... 16 
4. EFEITOS DA CONDENAÇÃO ...................................................................................................................................17 
PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA: APLICA-SE OU NÃO AO NOVO CARGO OCUPADO DEPOIS DA DATA DO CRIME? ........ 17 
5. DAS PENAS ...........................................................................................................................................................18 
CONDENAÇÕES ANTERIORES TRANSITADAS EM JULGADO E UTILIZAÇÃO OU NÃO COMO CONDUTA SOCIAL 
NEGATIVA .................................................................................................................................................................... 18 
POSSIBILIDADE OU NÃO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS .................................... 18 
POSSIBILIDADE OU NÃO DO ARRESTO DE IMÓVEL PARA GARANTIR O PAGAMENTO DE PENA DE PRESTAÇÃO 
PECUNIÁRIA................................................................................................................................................................. 19 
PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL E REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO ..................................................................... 20 
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA NA LEI DE DROGAS ............................................................................. 20 
LEGITIMIDADE PARA A EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA ............................................................................................ 21 
6. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ...............................................................................................................................22 
QUANDO SE INICIA O PRAZO DA PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA? ..................................................................................... 22 
 
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL 
7. CRIMES CONTRA A VIDA ......................................................................................................................................23 
MOTIVO TORPE, FEMINICÍDIO E BIS IN IDEM. ............................................................................................................. 23 
TRIBUNAL DO JÚRI E APRECIAÇÃO DE DOLO EVENTUAL PELO JUIZ ............................................................................ 23 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
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2 
DIRIGIR VEÍCULO EMBRIAGADO E DOLO EVENTUAL .................................................................................................. 24 
DIRIGIR VEÍCULO EMBRIAGADO NA CONTRAMÃO E DOLO EVENTUAL ...................................................................... 24 
POSSIBILIDADE OU NÃO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA SENTENÇA CONDENATÓRIA DO TRIBUNAL DO JÚRI ......... 24 
8. LESÕES CORPORAIS ..............................................................................................................................................25 
LESÃO CORPORAL ENTRE IRMÃO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ...................................................................................... 25 
9. CRIMES CONTRA A HONRA...................................................................................................................................26 
INJÚRIA E LEGITIMIDADE DA ESPOSA DA VÍTIMA DA OFENSA ................................................................................... 26 
10. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO .........................................................................................................................27 
O PAGAMENTO DO DÉBITO DO FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA ANTES DO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA EXTINGUE 
A PUNIBILIDADE? (JDP11) ........................................................................................................................................... 27 
SUBTRAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA POR ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR: ESTELIONATOOU FURTO MEDIANTE 
FRAUDE? ..................................................................................................................................................................... 28 
ROUBO POR ARMA BRANCA E ABOLITIO CRIMINIS .................................................................................................... 28 
LATROCÍNIO E COAUTORIA ......................................................................................................................................... 29 
LATROCÍNIO: PLURARIDADE DE MORTES E CONCURSO DE CRIMES ........................................................................... 29 
CRIME DE EXTORSÃO E AMEAÇA ESPIRITUAL ............................................................................................................. 30 
11. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ...............................................................................................................31 
CASA DE PROSTITUIÇÃO E NECESSIDADE OU NÃO DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DA VÍTIMA .......................................... 31 
ESTUPRO DE VULNERÁVEL E RELAÇÃO DE NAMORO COM A VÍTIMA ......................................................................... 32 
ESTUPRO, VIOLÊNCIA REAL E AÇÃO PENAL DEPOIS DA LEI Nº 12.015/09. ................................................................. 32 
ESTUPRO E APLICAÇAO DA MAJORANTE DO ART. 226, II, AO BISAVÔ. ....................................................................... 33 
12. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................................................33 
PETRECHO PARA A FASIFICAÇÃO DE MOEDA E EXCLUSIVIDADE OU NÃO DO MAQUINÁRIO UTILIZADO .................. 33 
CURRILULO LATTES E CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA .......................................................................................... 34 
DOCUMENTO ASSINADO POR PREFEITO E FALSIDADE IDEOLÓGICA .......................................................................... 35 
13. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.....................................................................................................36 
CORRUPÇÃO PASSIVA E/OU ATIVA: NECESSIDADE OU NÃO DA VANTAGEM SER PARA PRATICAR DE ATO DE OFÍCIO
 .................................................................................................................................................................................... 36 
CORRUPÇÃO PASSIVA E CONCUSSÃO, OBTENÇÃO DO LUCRO FÁCIL E ELEVAÇÃO DA PENA-BASE. ........................... 37 
CORRUPÇÃO PASSIVA E TROCA DE APOIO POLÍTICO .................................................................................................. 37 
CORRUPÇÃO PASSIVA ATRAVÉS DE DOAÇÃO ELEITORAL OFICIAL .............................................................................. 38 
PAGAMENTO DE TRIBUTO E EXINÇÃO DA PUNIBILDADE DE CRIME CONEXO ............................................................ 38 
CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO CRIME DE DESACATO ...................................................................................... 39 
PECULADO E APROPRIAÇÃO DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO POR TABELIÃO ................ 40 
DEPOSITÁRIO JUDICIAL É FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS? ..................................................................... 40 
DIRETOR DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL É FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS? ................................................. 41 
14. CRIME DE DESABAMENTO ....................................................................................................................................41 
CRIME DE DESABAMENTO E RESPONSABILIDADE PENAL DO REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA CONTRATANTE
 .................................................................................................................................................................................... 41 
 
DIREITO PENAL - LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE 
15. CRIMES DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO.......................................................................................................42 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
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3 
PORTAR GRANADA DE GÁS LACRIMOGÊNIO OU GÁS PIMENTA É OU NÃO CRIME? .................................................. 42 
POLICIAL QUE POSSUI ARMA DE FOGO SEM REGISTRO COMETE OU NÃO CRIME? ................................................... 43 
CONSELHEIRO DO TCE PODE OU NÃO PORTAR/POSSIR ARMA DE USO RESTRITO? ................................................... 43 
POSSUIR ARMA DE FOGO COM REGISTRO VENCIDO É OU NÃO CRIME? .................................................................... 44 
16. LEI DE DROGAS .....................................................................................................................................................44 
TRÁFICO PRÓXIMO A ESTABELECIMENTO PRISIONAL E MAJORANTES DA LEI DE DROGAS........................................ 44 
TRÁFICO EM DIA SEM MOVIMENTAÇÃO NAS ESCOLAS E MAJORANTE DA LEI DE DROGAS ....................................... 45 
TRÁFICO PRÓXIMO A ESCOLAS E EFETIVA COMERCIALIZAÇÃO .................................................................................. 45 
TRÁFICO INTERNACIONAL E EFETIVA TRANSPOSIÇÃO DA FRONTEIRA ....................................................................... 46 
TRAFICO INTERESTADUAL E TRANPOSIÇÃO DOS LIMITES DO ESTADO ....................................................................... 46 
APLICAÇÃO SIMULTÂNEA OU NÃO DE MAJORANTES (TRANSNACIONALIDADE E INTERTADUALIDADE) ................... 47 
HÁ OU NÃO CONCURSO DE CRIMES ENTRE OS DOS ARTS. 33 a 37 DA LEI DE DROGASCOM O DO ART. 244-B DO 
ECA? ............................................................................................................................................................................ 47 
GRANDE QUANTIDADE DE DROGA E POSSIBILIDE OU NÃO DE RECONHECER O TRÁFICO PRIVILEGIADO .................. 48 
POSSIBILIDADE OU NÃO DO RECONHECIMENTO DO TRÁFICO PRIVILEGIADO ÀS “MULAS” ...................................... 48 
POSSIBILIDDE OU NÃO DA UTILIZAÇÃO DE INQUÉRITOS PARA AFASTAR O TRÁFICO PRIVILEGIADO ......................... 49 
CUMULATIVIDADE DOS REQUISITOS PARA O RECONHER O TRÁFICO PRIVILEGIADO................................................. 50 
É OU NÃO CRIME EQUIPADADO A HEDIONDO O TRAFICO PRIVILEGIADO? ............................................................... 50 
É OU NÃO TRÁFICO DE DROGAS A IMPORTAÇÃO DE SEMENTES DE MACONHA? ...................................................... 51 
POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL GERA OU NÃO REINCIDÊNCIA? ......................................................... 51 
DESCLASSIFICAÇÃO DE TRÁFICO PARA POSSE DE DROGAS E REINCIDÊNCIA .............................................................. 52 
TRÁFICO DE DROGAS E POSSIBILIDADE OU NÃO DO CONFISCO DE BENS DE USO EVENTUAL ................................... 53 
INTERROGATÓRIO NA LEI DE DROGAS COMO PRIMEIRO OU ÚLTIMO ATO DA INSTRUÇÃO. ..................................... 53 
17. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI MARIA DA PENHA ..................................................................................................54 
MEDIDA PROTETIVA DE ALIMENTOS E NECESSIDADE OU NÃO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO EM 30 DIAS .............. 54 
PRISÃO PREVENTIVA POR VIAS DE FATO E DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA .......................................... 55 
VIOLÊNCIA DOMESTICA GERA OU NÃO DANO MORAL IR RE IPSA (PRESUMIDO)? ..................................................... 55 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E NECESSIDADE OU NÃO DE COABITAÇÃO ...........................................................................56 
INFRAÇÕES PENAIS COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SUBSTITUIÇÃO DA PENA ........................................................... 57 
LESÃO CORPORAL CONTRA A MULHER E AÇÃO PENAL .............................................................................................. 58 
18. LEI DE TORTURA ...................................................................................................................................................58 
TORTURA-CASTIGO E SUJEITO ATIVO .......................................................................................................................... 58 
19. ECA 59 
ROUBO, CORRUPÇÃO DE 02 MENORES E CONCURSO DE CRIMES. ............................................................................. 59 
20. CRIMES AMBIENTAIS ............................................................................................................................................60 
A ASSINATURA DE TAC IMPEDE OU NÃO A AÇÃO PENAL POR CRIME AMBIENTAL? .................................................. 60 
POLUIÇÃO AMBIENTAL E NECESSIDADE OU NÃO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA .......................................................... 60 
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS E NECESSIDADE OU NÃO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA .............................. 61 
O CRIME DE EDIFICAÇÃO PROIBIDA ABSORVE OU NÃO O DE DESTRUIÇÃO DE VEGETAÇÃO? ................................... 61 
21. CRIMES DO CTB - CÓDIGO E DE TRÂNSITO BRASILEIRO ........................................................................................62 
O CRIME DO ART. 307 DO CTB OCORRE OU NÃO SE A DECISÃO QUE SUSPENDEU O DIREITO DE DIRIGIR FOR 
ADMINISTRATIVA? ...................................................................................................................................................... 62 
HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO E PERDÃO JUDICIAL ........................................................................................... 63 
ART. 305 DO CTB: FUGA DO LOCAL DO ACIDENTE E PRINCÍPIO DA NÃO INCRIMINAÇÃO .......................................... 63 
22. CRIMES DA LEI DE LICITAÇÃO ...............................................................................................................................64 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
Atualizado em 18/04/2019 DJUS.com.br 
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4 
CRIME DO ART. 89 DA LEI DE LICITAÇÕES E NECESSIDADE OU NÃO DE DOLO ESPECÍFICO ........................................ 64 
NÃO CUMPRIR AS FORMALIDADES NO PROCEDIMENTO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO E CRIME DO ART. 89 .. 65 
CRIME DO AT. 89 DA LEI DE LICITAÇÕES E PARECER DA PROCURADORIA JURÍDICA PELA INEXIGIBILIDADE DA 
LICITAÇÃO ................................................................................................................................................................... 66 
ATO AMPARADO POR PARECER DA PROCURADORIA JURÍDICA AFASTA OU NÃO O CRIME DO AT. 89 DA LEI DE 
LICITAÇÕES? ................................................................................................................................................................ 66 
INCONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DO PRECEITO SECUNDÁRIO DO CRIME DO ART. 89 DA LEI DE LICITAÇÕES ....... 67 
CRIME DO ART. 89 DA LEI DE LICITAÇÕES E NECESSIDADE OU NÃO DE PROVA DO EFETIVO PREJUÍZO..................... 67 
23. RACISMO ..............................................................................................................................................................68 
CASO BOLSONARO: IMUNIDADE PARLAMENTAR E CRIME DE RACISMO ................................................................... 68 
RACISMO E DISCURSO DE ÓDIO CONTRA OUTRAS RELIGIÕES .................................................................................... 69 
24. CRIMES ELEITORAIS ..............................................................................................................................................70 
OMISSÃO DE GASTOS DE CAMPANHA NA PRESTAÇÃO DE CONTRA À JUSTIÇA ELEITORAL CONFIGURA OU NÃO 
FALSIDADE IDEOLÓGIDA?............................................................................................................................................ 70 
25. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA ..............................................................................................................70 
A SÚMULA VINCULANTE 24 APLICA-SE OU NÃO AOS FATOS ANTERIORES A SUA EDIÇÃO? ....................................... 70 
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA PERANTE A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E PRÉVIAS CORREÇÕES GRAMATICAIS 
PELO SERVIDOR ........................................................................................................................................................... 71 
NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS E APROPRIAÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA ................................................................... 71 
CRIMES TRIBUTÁRIOS E NECESSIDADE OU NÃO DE JUNTADA DO PROCESSO ADMINITRATIVOA FISCAL (PAF) ......... 72 
O PAGAMENTO DO DÉBITO TRIBUTÁRIO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO EXTINGUE OU NÃO A PUNIBILIDADE? .. 73 
O PAGAMENTO DA MULTA APLICADA PELA NÃO EXIBIÇÃO DOS LIVROS AO FISCO EXTINGUE OU NÃO A 
PUIBILIDADE? .............................................................................................................................................................. 73 
O PARCELAMENTEO DO DÉBITO FISCAL SUSPENDE OU NÃO A PRESCRIÇÃO? ........................................................... 74 
O NÃO RECOLHIMENTO DE ELEVADO MONTANTE DE TRIBUTOS É OU NÃO CAUSA DE AUMENTO DE PENA? ......... 74 
DESCAMINHO E NECESSIDADE OU NÃO DE CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO .......................... 75 
26. LAVAGEM DE DINHEIRO .......................................................................................................................................76 
RECEBER DINHEIRO EM ESPÉCIE OU FAZER DEPÓSITO FRACIONADO EM CONTA CONFIGURA OU NÃO LAVAGEM DE 
DINHEIRO? .................................................................................................................................................................. 76 
LAVAGEM DE DINHEIRO É OU NÃO CRIME PERMANENTE? ........................................................................................ 77 
MULTIPLAS TRANSAÇÕES SÃO OU NÃO CIRCUNSTÂNCIAS NEGATIVAS DO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO? ..... 78 
LAVAGEM DE DINHEIRO: DEPUTADO COM LONGA VIDA PÚBLICA TEM OU NÃO MAIOR CULPABILIDADE? ............. 78 
LAVAGEM DE DINHEIRO: ELEVADA QUANTIA DE VALORES E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME ....................................... 79 
27. CRIMES DA LEI DE TELECOMUNICAÇÕES ..............................................................................................................80 
TRANSMITIR SINAL DE INTERNET VIA RÁDIO: FATO TÍPICO OU ATÍPICO? .................................................................. 80 
28. CRIMES COTRA O SISTEMA FINANCEIRO ..............................................................................................................81 
SIMULAÇÃO DE CONSÓRCIO POR MEIO DE VENDA PREMIADA: CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO OU 
ESTELIONATO? ............................................................................................................................................................ 81 
ULITIZAÇÃO DE “LARANJA” PARA COMPRAR MOEDA ESTRANGEIRA E CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL ................................................................................................................................................................... 82 
29. LEI DE SEGURANÇA NACIONAL - LEI Nº 7.170/83 ..................................................................................................82CRIME POLÍTICO: REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS ........................................................................................... 82 
30. RESUMO ...............................................................................................................................................................83 
DIREITO PENAL - PARTE GERAL ..................................................................................................................................... 83 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
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5 
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL ................................................................................................................................. 87 
DIREITO PENAL - LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ............................................................................................................ 91 
 
DIREITO PENAL 
 
VADE MECUM DE JURISPRUDÊNCIA PENAL – POR ASSUNTO 
STF e STJ – 2017 a 2019 
 
PARTE GERAL 
 
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
CRIMES DA LEI DE TELECOMUNICAÇÕES – LEI Nº 9.472/97 
INFO 
622/STJ 
 
INFO 
883/STF 
 
INFO 
853/STF 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E RÁDIO PIRATA 
 
1. (DJUS) Aplica-se o princípio da insignificância no de caso provedor clandestino de 
sinal de internet via radiofrequência de baixa potência (art. 183 da Lei n. 
9.472/1997), de acordo com o STF e STJ. C/E? (JDP07) 
 
Vejamos a seguinte situação hipotética: 
 
Tingulinho, imputável, sem autorização da ANATEL, fornece internet via radiofrequência 
de baixa potência para alguns clientes, recebendo determinada quantia mensal pelo 
serviço. Nessa situação, para o STF e STJ, por ser provedor de internet de baixa potência 
é possível aplicar o princípio da insignificância. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. O STF e o STJ não admitem a aplicação do princípio da insignificância 
ao crime do art. 183 da Lei n. 9.472/1997 (Desenvolver clandestinamente atividade de 
telecomunicações), ainda que se trate de provedor de baixa potência (ou frequência), 
inclusive, havendo entendimento sumulado do STJ nesse sentido: “Súmula 606-STJ: Não 
se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de 
internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 
9.472/1997”. Em outras palavras, a transmissão clandestina de sinal de internet, via 
radiofrequência, sem autorização da ANATEL, caracteriza, em tese, o delito previsto no 
artigo 183 da Lei n. 9.472/1997. O STF, inclusive, decidiu (HC 152118 AgR) que para se 
configurar o crime do artigo 183 da Lei n. 9.472/1997 não precisa comprovar efetivo 
prejuízo, vejamos: “O desenvolvimento clandestino de atividade de transmissão de sinal 
de internet, via rádio, comunicação multimídia, sem a autorização do órgão regulador, 
caracteriza, por si só, o tipo descrito no artigo 183 da Lei nº 9.472/97, pois se trata de 
crime formal, não exigindo, destarte, a necessidade de comprovação de efetivo 
prejuízo”. CUIDADO: (i) O STF tem um julgado isolado da 1ª Turma (HC 127978), o qual foi 
divulgado no INFO/STF 883, afirmando que o fato seria atípico e não poderia ser tipificado 
como crime do art. 183, entretanto esse entendimento foi modificado posteriormente 
pelo HC 152118 AgR (não noticiado em informativo); (ii) O STF já aplicou o princípio da 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
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Atualizado em 18/04/2019 DJUS.com.br 
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6 
insignificância ao crime do art. 183 (atividade clandestina de telecomunicações) 
considerando a excepcionalidade do caso concreto por que se tratava de rádio 
comunitária que operava em baixa frequência e em localidade afastada dos grandes 
centros, como noticiado no INFO/STF 853. Considerou ainda a importância das rádios 
comunitárias como prestadoras de serviço público, a aparente boa-fé do acusado e 
inexistência de lesividade. Em provas de concursos recomendo somente utilizar esse 
último entendimento se for citado detalhes desse julgado. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1077499/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares, julgado em 26/09/2017 
STJ. 3ª Seção. Súmula 606 aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018 (INFO/STJ 622). 
STF. 1ª Turma. HC 127978, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/10/2017 (INFO/STF 883). 
STF. 1ª Turma. HC 152118 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 07/05/2018. 
STF. 1ª Turma. HC 129807 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, julgado em 31/03/2017. 
STF. 2ª Turma. HC 138134/BA, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 7/2/2017 (INFO/STF 853) 
STF. 2ª Turma. HC 128130/BA, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 23/09/2015. 
 
FURTO 
INFO 
622/STJ 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E FURTO DE BEM DE VALOR INEXPRESSIVO DE 
ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS 
 
2. (DJUS) Aplica-se o princípio da insignificância ao furto de bem de inexpressivo valor 
pecuniário de associação sem fins lucrativos, praticado por mãe que induziu seu 
filho menor a participar do ato, de acordo com o STJ. C/E? (JDP30) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Tamilânia, imputável, estava na Associação do Câncer Renascer, entidade sem fins 
lucrativos, quando pediu para seu filho de 9 anos pegar um cofrinho pertencente a 
associação, no qual existia a quantia de R$ 4,80, saindo em seguida do local. Nessa 
situação, para o STJ, deve ser aplicado o princípio da insignificância em razão da mínima 
ofensividade do ato. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STJ, NÃO se aplica o princípio da insignificância ao furto de 
bem de inexpressivo valor pecuniário de associação sem fins lucrativos com o 
induzimento de filho menor a participar do ato. A jurisprudência só reconhece o princípio 
da insignificância se estiverem presentes os seguintes requisitos cumulativos: a) mínima 
ofensividade da conduta; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzido grau de 
reprovabilidade do comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. No 
caso concreto narrado, o STJ entendeu que embora a lesão tenha sido ínfima 
(inexpressiva), não estão presentes a mínima ofensividade da conduta e nem o reduzido 
grau de reprovabilidade do comportamento. Isso, porque foi subtraído o bem com o 
induzimento do próprio filho menor da ré para praticar o ato, e ainda, lamentavelmente, 
contra uma instituição sem fins lucrativos que dá amparo a crianças com câncer. Desse 
modo, ainda que irrelevante a lesão pecuniária provocada, porque inexpressivo o valor do 
bem, a repulsa social do comportamento é evidente. 
 
STJ. 6ª Turma. RHC 93.472-MS, Rel. Min. Maria Thereza, julgado em 15/03/2018 (INFO/STJ 622). 
 
INFO 
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913/STF PRINCÍPIO DA INSIGINIFICÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD 
 
3. (DJUS) Para o STF, a depender do caso concreto, o julgador pode reconhecer o 
princípio da insignificância para determinar a substituição da pena privativa de 
liberdade (PPL) por pena restritiva de direitos (PRD) ao reincidente (oque seria 
vedado pelo art. 44, II, do CP), ao invés de absolver o réu por atipicidade da conduta. 
C/E? (JPD31) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Tingulau, reincidente, furtou quatro frascos de xampu, no valor de R$ 31,20. Nessa 
situação, para o STF, é possível reconhecer o princípio da insignificância para determinar 
a substituição da pena privativa de liberdade (PPL) por pena restritiva de direitos (PRD), 
ao invés de absolver o réu por atipicidade da conduta. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Para o STF, a depender do caso concreto, o julgador pode reconhecer 
o princípio da insignificância para determinar a substituição da pena privativa de 
liberdade (PPL) por pena restritiva de direitos (PRD) ao reincidente (o que seria vedado 
pelo art. 44, II, do CP), ao invés de absolver o réu por atipicidade da conduta. No caso 
concreto, o STF, por maioria, resolveu adotar uma posição intermediária, pois o 
reconhecimento do principio da insignificância tornaria o fato atípico (ausência de 
tipicidade material), e o réu ficaria impune. Em outras palavras, a Excelsa Corte entendeu 
que não se aplicaria ao caso o princípio da insignificância para não tornar a conduta 
atípica (deixando de punir o réu), mas ao mesmo tempo adotou o princípio da 
insignificância para determinar a substituição da pena privativa de liberdade (PPL) por 
restritiva de direitos (PRD), substituição que é vedada pelo art. 44, II, do CP. Ou seja, no 
julgamento “(...) prevaleceu o voto médio proferido pelo ministro Alexandre de Moraes no 
sentido da inaplicabilidade do referido princípio”. No entanto, concedeu a ordem de ofício, 
para que seja substituída a pena aplicada por medida restritiva de direito. É que, para o 
STF, em pequenas comunidades, a substituição da pena privativa de liberdade por medida 
restritiva de direito, a permitir que as pessoas vejam onde está sendo cumprida, tem valor 
simbólico e pedagógico maior do que a fixação do regime semiaberto ou aberto. 
Destaque-se que o art. 44, II, do CP veda a substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos quando o réu é reincidente, mas o STF aplicou a substituição em 
razão da insignificância (posição intermediária). 
 
STF. 1ª Turma. HC 137217/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
28/8/2018 (INFO/STF 913). 
 
INFO 
911/STF 
 
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA APLICA-SE OU NÃO AO CRIMINOSO HABITUAL? 
 
4. (DJUS) A habitualidade delitiva específica afasta, por si só, a aplicação do princípio 
da insignificância. C/E? (JDP14) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Sílvio, imputável, furtou 01 galo, 04 galinhas caipiras, 01 galinha garnizé e 03 quilos de 
feijão. O réu já responde a outra ação penal por igual conduta. Nesse caso, para o STF, 
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não será possível aplicar o princípio da insignificância, em razão da habitualidade 
delitiva específica. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. A habitualidade delitiva, ainda que específica, por si só, não é 
suficiente para afastar a aplicação do princípio da insignificância, conforme 
jurisprudência do STF e do STJ. Em outras palavras, como regra a habitualidade delitiva 
específica é um parâmetro que afasta a análise do valor do bem jurídico tutelado para fins 
de aplicação do princípio da bagatela. Excepcionalmente, no entanto, as peculiaridades do 
caso concreto podem justificar a exclusão dessa restrição, com base na ideia da 
proporcionalidade em sentido concreto, mesmo que conste em desfavor do acusado 
outra ação penal instaurada por igual conduta. No caso concreto narrado, a 
excepcionalidade se justifica por se tratar de hipossuficiente e de furto famélico. É que, 
não é razoável que o Direito Penal e todo o aparelho do Estado-polícia e do Estado-juiz 
movimentem-se no sentido de atribuir relevância a estas situações. Em suma, a 
jurisprudência do STF e STJ tem afastado como regra geral a aplicação do princípio da 
insignificância ao criminoso habitual porque não se pode considerar como reduzidíssimo 
o grau de reprovabilidade da conduta, entretanto o caso concreto, considerando outras 
circunstâncias é que vai indicar a aplicação ou não do princípio da insignificância. 
 
STJ. 6ª Turma. HC 299.185-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 9/9/2014 (INFO 548/STJ). 
STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/8/2018 (INFO 911/STF). 
 
INFO 
910/STF 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E APLICAÇÃO OU NÃO DO REGIME SEMIABERTO AO 
REINCIDENTE PUNIDO COM PENA DE RECLUSÃO 
 
5. (DJUS) O STF entende que nos casos em que não for possível reconhecer o princípio 
da insignificância para absolver o réu por atipicidade da conduta, é possível aplicar o 
mesmo princípio para fixar o regime semiaberto ao reincidente, condenado com 
pena de reclusão, em razão do princípio da proporcionalidade. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Tingulau, reincidente, furtou bens de um estabelecimento comercial avaliados em R$ 
44,00. Apurou-se que já era o quinto furto praticado por ele no pequeno município. 
Nesse caso, para o STF, não se deve aplicar o princípio da insignificância, mas a 
imposição de regime fechado viola o princípio da proporcionalidade, devendo ser fixado 
o semiaberto. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. O STF entende que nos casos em que não for possível reconhecer o 
princípio da insignificância para absolver o réu por atipicidade da conduta, é possível 
aplicar o mesmo princípio para fixar o regime semiaberto ao reincidente, condenado 
com pena de reclusão, em razão do princípio da proporcionalidade. Em outras palavras, 
a Excelsa Corte entendeu que não se aplicaria ao caso o princípio da insignificância para 
não tornar a conduta atípica (deixando de punir o réu), mas ao mesmo tempo adotou o 
princípio da insignificância para determinar a aplicação do regime semiaberto ao 
reincidente, condenado com pena de reclusão, em razão do princípio da 
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proporcionalidade. Para o reincidente, aplicada a pena de reclusão, o regime inicial de 
cumprimento de pena é, em regra, o fechado (CP, art. 33). Sendo que, no caso concreto 
narrado, o STF entendeu que não poderia aplicar o princípio da insignificância, tornando o 
fato atípico (ficando impune o réu), ante a reprovabilidade da conduta, devido à 
reiteração criminosa. Entretanto, entendeu também que em razão do referido princípio o 
regime não poderia ser o fechado, pois violaria o princípio da proporcionalidade, assim, 
aplicou o regime semiaberto. Pela mesma razão o STF também já aplicou em outros casos 
o regime aberto. A orientação firmada pelo Plenário do STF é no sentido de que a aferição 
da insignificância da conduta como requisito negativo da tipicidade, em crimes contra o 
patrimônio, envolve um juízo amplo, que vai além da simples aferição do resultado 
material da conduta, abrangendo também a reincidência ou contumácia do agente, 
elementos que, embora não determinantes, devem ser considerados (HC 123.533, Relator 
Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, DJe de 18/2/2016). 
 
STF. 1ª Turma. HC 136385/SC, Rel. Min.Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 7/8/2018 
(INFO/STF 910). 
 
INFO 
793/STF 
INFO 
548/STJ 
 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO REINCIDENTE? 
 
6. (DJUS) A reincidência afasta, por si só, a aplicação do princípio da insignificância, 
conforme STF e STJ. C/E? (JDP10) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Armando, reincidente, furtou um chinelo no valor de R$ 16,00. Nesse caso, para o STF, a 
reincidência impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da 
conduta. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF e STJ, a reincidência NÃO afasta, por si só, a aplicação do 
princípio da insignificância. Em regra, o STF não tem admitido a aplicação da 
insignificância ao reincidente. Isso porque a aplicação desse princípio envolve um juízo 
amplo (“conglobante”), que vai além da simples aferição do resultado material da 
conduta, abrangendo também a reincidência ou contumácia do agente, elementos que, 
embora não determinantes, devem ser considerados. Entretanto, o tribunal decidiu, por 
maioria, que a reincidência não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a 
insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto. Acrescente-se que 
o STJ admite a aplicação do princípio da insignificância ao reincidente, seja específico ou 
genérico, mas, em regra, tem negado o beneficio na maioria dos julgados (INFO 
548/STJ). 
 
STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/8/2015 
(INFO/STF 793). 
 
INFO 
793/STF 
 
NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E FIXAÇÃO OU NÃO DO REGIME 
ABERTO COMO REGRA 
 
7. (DJUS) Para a Excelsa Corte, na hipótese de o juiz considerar penal ou socialmente 
indesejável a aplicação do princípio da insignificância por furto, em situações em 
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que tal enquadramento seja cogitável, eventual sanção privativa de liberdade 
deverá ser fixada, como regra geral, em regime inicial aberto. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Furtônio, imputável, praticou o crime de furto qualificado, ao subtrair dois sabonetes 
líquidos íntimos avaliados em R$ 40,00, juntamente com outra pessoa. Nesse caso, para 
o STF, não se deve aplicar o princípio da insignificância, mas a imposição de regime 
semiaberto viola o princípio da proporcionalidade, devendo ser fixado o aberto. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Para o STF, na hipótese de o juiz considerar penal ou socialmente 
indesejável a aplicação do princípio da insignificância por furto, em situações em que tal 
enquadramento seja cogitável, eventual sanção privativa de liberdade deverá ser fixada, 
como regra geral, em regime inicial aberto. Em outras palavras, nos casos em que não for 
possível reconhecer o princípio da insignificância para absolver o réu por atipicidade da 
conduta, deve o magistrado aplicar o mesmo princípio para fixar, como regra, o regime 
aberto ao reincidente, condenado com pena de reclusão, em razão do princípio da 
proporcionalidade. Assim, a corte entende que se a regra ao caso concreto for pela 
aplicação do princípio da insignificância (ex.: furto de um chinelo de R$ 16,00), mas o juiz 
não reconhecer a aplicação do benefício, pela ausência de algum dos requisitos, deve o 
magistrado na aplicação de eventual sanção privativa de liberdade fixar, como regra geral, 
o regime inicial aberto. Acrescente-se que o réu reincidente, em regra, inicia o 
cumprimento da pena em regime fechado, se condenado a pena de reclusão; ou 
semiaberto, se punido com detenção (CP, art. 33, § 2º). Entretanto o STF afastou a 
aplicação dessa regra. Dito de outro modo, negada a aplicação da insignificância ao 
reincidente, em situação que ao primário seria aplicável, deve-se fixar um regime mais 
brando (aberto), paralisando-se a incidência do art. 33, § 2º, c, do CP, em homenagem ao 
princípio da proporcionalidade. No caso concreto, o STF concedeu a ordem para alterar de 
semiaberto para aberto o regime inicial do cumprimento da pena imposta ao paciente 
 
STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/8/2015 
(INFO/STF 793). 
 
INFO 
793/STF 
 
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA APLICA-SE AO FURTO QUALIFICADO? 
 
8. (DJUS) A prática de furto qualificado não deve, por si só, impedir a aplicação do 
princípio da insignificância, cujo afastamento deve ser objeto de motivação 
específica à luz das circunstâncias do caso concreto, de acordo com o STF e STJ. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Ladrônio, imputável, mediante escalada e com rompimento de obstáculo, furtou 15 
bombons caseiros, avaliados em R$ 30,00. Nessa situação, para o STF, mesmo sendo o 
delito praticado o de furto qualificado é possível aplicar o princípio da insignificância. 
C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
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Gabarito: CERTO. Para o STF e STJ, a prática de furto qualificado não deve, por si só, 
impedir a aplicação do princípio da insignificância, cujo afastamento deve ser objeto de 
motivação específica à luz das circunstâncias do caso concreto. A jurisprudência 
dominante dos tribunais superiores tem afastado, como regra, a incidência do princípio da 
insignificância nos casos de furto qualificado (CP, art. 155, § 4º). Entretanto, ao mesmo 
tempo, afirma-se que a prática de furto qualificado não deve, por si só, impedir a 
aplicação do princípio da insignificância, cujo afastamento deve ser objeto de motivação 
específica à luz das circunstâncias do caso (e.g., número de reincidências, especial 
reprovabilidade decorrente de qualificadoras etc.). Em outras palavras, está correto 
afirmar que é possível aplicar o princípio da insignificância ao furto qualificado. E 
também é certo dizer que a jurisprudência dominante do STF e STJ não aplica o referido 
princípio ao furto qualificado. O Min. Barroso, relator, citou vários exemplos em que o 
STF admitiu a insignificância ao furto qualificado: HC 113.327, HC 110.244, HC 94.549, HC 
96.822. E citou outros tantos em que a insignificância foi negada ao furto qualificado: HC 
113.258, HC 118.584, HC 113.872. Em suma, a jurisprudência do STF e STJ tem afastado 
como regra geral a aplicação do princípio da insignificância ao furto qualificada porque há 
maior reprovabilidade das condutas, entretanto o caso concreto, considerando outras 
circunstâncias (e não o furto por si só) é que vão indicar a aplicação ou não do princípio da 
insignificância. 
 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 403.593/ES, Rel. Ministro JORGE MUSSI, j. 25/09/2018, DJe 03/10/2018. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1659536/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, j. 07/08/2018. 
STF. Plenário. HC 123108/MG, HC 123533/SP, HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/8/2015 
(INFO/STF 793). 
 
CRIMES CONTRA A ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA 
INFO 
615/STJ 
 
SÚMULA 
599/STJ 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AOS CRIMES CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? 
 
9. (DJUS) Para o STJ, o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a 
administração pública. C/E? 
 
Vejamos a seguintesituação hipotética: 
 
Tingulinho, imputável, foi denunciado pela prática do delito do art. 312, § 1º, do CP 
(peculato-furto), pois teria se apropriado, na condição de carcereiro policial, de um farol 
de milha que guarnecia uma motocicleta apreendida em ocorrência policial, avaliado em 
R$ 13,00. Nessa situação, para o STJ, é inaplicável o princípio da insignificância, 
entretanto, para o STF, o referido princípio deve ser aplicado, excluindo-se a tipicidade 
material. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. O STJ não admite a aplicação do princípio da insignificância aos Crimes 
Contra a Administração Pública, conforme súmula 599/STJ: “O princípio da 
insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública”. É importante 
destacar que o crime de descaminho (CP, art. 334) está no Título dos Crimes Contra a 
Administração Pública, mas o STJ e STF admitem a aplicação do princípio bagatela até o 
limite de R$ 20.000,00 (STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, e STF. 2ª Turma. HC 
155347/PR). No STF o entendimento é o de que a prática de crime contra a Administração 
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Pública, por si só, não inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, devendo haver 
uma análise do caso concreto. Desse modo, o STF decidiu o caso concreto narrado cujo 
acórdão teve a seguinte ementa: “Delito de peculato-furto. Apropriação, por carcereiro, de 
farol de milha que guarnecia motocicleta apreendida. Coisa estimada em treze reais. Res 
furtiva de valor insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Circunstâncias 
relevantes. Crime de bagatela. Caracterização. Dano à probidade da administração. 
Irrelevância no caso. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. 
Absolvição decretada. HC concedido para esse fim”. 
 
STJ. Corte Especial. Súmula 599 aprovada em 20/11/2017, DJe 27/11/2017. 
STF. 2ª Turma. HC 112388/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Rel. p/ Acórdão: Min. Cezar Peluso, julgado em 
21/08/2012. 
 
CRIMES COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
INFO 
610/STJ 
 
INFO 
825/STF 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO ÀS CONTRAVENÇÕES PENAIS NO 
ÂMBITO DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS? 
 
10. (DJUS) Para o STF e STJ, o princípio da insignificância é aplicável somente às 
contravenções penais cometidas contra a mulher no âmbito das relações 
domésticas, não se estendendo aos crimes nas mesmas condições. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Tingulinho, imputável, praticou vias de fato contra sua mulher, entretanto a partir das 
declarações da própria vítima, foi cabalmente constatado que o triste episódio 
correspondeu a ato completamente isolado, estando a relação familiar em 
desenvolvimento normal, cercada de amor, harmonia e pacificidade. Nessa situação, 
para o STF e o STJ, por se tratar de contravenção penal e não de crime, é possível ser 
aplicado o princípio da insignificância ao caso. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. O STF e o STJ não admitem a aplicação do princípio da 
insignificância, sejam aos crimes ou às contravenções penais praticados contra a mulher 
no âmbito das relações domesticas, inclusive havendo súmula do STJ nesse sentido: 
“Súmula 589/STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções 
penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas”. Acrescente-se que 
o entendimento que já era pacífico no STJ, agora virou súmula, entendendo o Tribunal da 
Cidadania que nesses casos não estão presentes os requisitos para a aplicação da 
insignificância seja ela própria ou imprópria. Para o STF, mesmo se tratando contravenção 
penal, que no caso foi a de vias de fato, não há razão para a aplicação do princípio da 
insignificância que na situação se mostra incabível “ante a excepcional vulnerabilidade da 
mulher no âmbito das relações domésticas” (RE nº 807.781/SP, Relator o Ministro Luiz 
Fux, DJe de 9/10/15), o que enseja um juízo de maior reprovabilidade da conduta 
praticada que põe em risco a integridade física da vítima. 
 
STF. 2ª Turma. RHC 133043/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/5/2016 (INFO/STF 825). 
STF. 2º Turma. HC 141594 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 09/06/2017. 
STJ. 3ª Seção. Súmula 589 aprovada em 13/09/2017, DJe 18/09/2017 (INFO/STJ 610). 
 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
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13 
CRIME AMBIENTAL 
INFO 
901/STF 
 
INFO 
816/STF 
 
INFO 
602/STJ 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: APLICA-SE OU NÃO AO CRIME DO ART. 34, DA LEI DE 
CRIMES AMBIENTAIS? 
 
11. (DJUS) Para o STF e STJ, em regra, aplica-se o princípio da insignificância ao crime do 
art. 34 da Lei nº 9.605/98 (ex.: pescar em período proibido). C/E? 
 
Vejamos a seguinte situação hipotética: 
 
Sandro cometeu o crime do art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98, por ter 
pescado mediante método de arrasto motorizado em período de defeso 7 kg de 
camarão. Nessa situação, para o STF, deve-se aplicar o princípio da insignificância. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. O STF e o STJ entendem que, em regra, o princípio da bagatela não 
se aplica ao crime previsto no art. 34, “caput” c/c parágrafo único, II, da Lei 9.605/1998. 
É que, no caso concreto, as circunstâncias da prática delituosa não afastam a configuração 
do tipo penal. As circunstâncias do crime que, em tese, levaria a insignificância devem 
apenas repercutir na fixação da pena. Ademais, a natureza do bem protegido — o meio 
ambiente — afasta, como regra, a construção jurisprudencial do crime de bagatela. 
CUIDADO: Embora nesse julgado o STF tenha afirmado não se aplicar a insignificância ao 
crime do art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98, tanto o STF, quanto o STJ 
SOMENTE têm jugados admitindo a aplicação do princípio da insignificância ao referido 
delito, sendo que somente em casos excepcionais (STF. 2ª Turma. Inq 3788/DF, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, julgado em 1°/3/2016 - INFO 816/STF). A regra geral nos dois tribunais é 
pela não aplicação. Em outras palavras, a jurisprudência dominante do STF e STJ não 
aplica, em regra, o princípio da insignificância ao crime do art. 34, da Lei nº 9.605/98, 
entretanto, as peculiaridades do caso concreto podem indicar a incidência desse princípio, 
como já foi admitido em alguns casos. 
 
STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (INFO 901/STF) 
 
INFO 
602/STJ 
 
INFO 
901/STF 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E CRIME DO ART. 34, DA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS. 
 
12. (DJUS) Não se configura o crime do art. 34 da Lei nº 9.605/98, se o réu depois de 
pescar um peixe em período e em local proibido, o tenha devolvido ainda vivo ao 
rio, em razão do princípio da insignificância. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei nº 9.605/98 na 
hipótese em há a devolução do único peixe – ainda vivo – ao rio em que foi pescado. Em 
outras palavras, não há tipicidade material na conduta, em razão da aplicação do princípio 
da insignificância. Para o STJ, somente haverá lesão ambiental irrelevante no sentido 
penal quando a avaliação dos índices de desvalor da ação e do resultado indicar que é 
ínfimo o grau da lesividadeda conduta praticada contra o bem ambiental tutelado. Isso, 
porque não se deve considerar apenas questões jurídicas ou a dimensão econômica da 
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conduta, mas se deve levar em conta o equilíbrio ecológico que faz possíveis as condições 
de vida no planeta. Foi o que ocorreu no caso concreto. Reza o referido artigo: “Art. 34. 
Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão 
competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas 
cumulativamente”. CUIDADO: Embora nesse julgado o STJ tenha decidido aplicar o 
princípio da insignificância ao crime do art. 34 da Lei nº 9.605/98, ESSA NÃO É A REGRA. 
Tanto o STF, quanto o STJ SOMENTE, têm jugados admitindo a aplicação do princípio da 
insignificância ao referido delito somente em casos excepcionais (STF. 2ª Turma. Inq 
3788/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 1°/3/2016 - INFO 816/STF). A regra geral nos 
dois tribunais é pela não aplicação. Em outras palavras, a jurisprudência dominante do 
STF e STJ não aplica o princípio da insignificância ao crime do art. 34, da Lei nº 9.605/98, 
entretanto, as peculiaridades do caso concreto podem indicar a incidência do princípio da 
insignificância. 
 
STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (INFO 901/STF) 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 20/4/2017 (INFO/STJ 602). 
 
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 
INFO 
622/STJ 
 
INFO 
898/STF 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E LIMITE DO DÉBITO TRIBUTÁRIO 
 
13. (DJUS) Aplica-se o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de 
descaminho quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 
20.000,00. C/E? 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
Sonegônio, imputável, procedeu por meio da entrada de mercadoria proveniente do 
Paraguai, à supressão de tributos devidos, perfazendo o montante de R$ 14.442,30, 
praticando, em tese, o crime de descaminho (art. 334 do CP). Nessa situação, para o STF 
e STJ, deve ser aplicado o princípio da insignificância, pois não há tipicidade material no 
fato. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Para o STF e STJ, incide o princípio da insignificância aos crimes 
tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não 
ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei 
n. 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do 
Ministério da Fazenda. É que, a portaria MF nº 75, de 29/03/2012, do Ministro da Fazenda 
determina no art. 1º, inciso II, “o não ajuizamento de execuções fiscais de débitos com a 
Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais)”. Assim, como o direito penal é a ultima ratio, não faz sentido permitir uma pessoa 
ser processado criminalmente pela falta de pagamento de tributo que o próprio credor 
não o cobra no âmbito administrativo-tributário. Em outras palavras, se o credor entende 
que, em razão do “baixo” valor, não compensa ingressar com ação judicial para cobrar a 
quantia, com maior razão também não se deve iniciar uma ação penal para punir o 
agente. 
 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) – 
INFO/STJ 622. 
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15 
STF. 1ª Turma. HC 137595 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 07/05/2018. 
STF. 2ª Turma. HC 155347/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/4/2018 (INFO/STF 898). 
 
 
 
2. CONCURSO DE CRIMES 
CRIME CONTINUADO 
INFO 
899/STF 
 
CRIME CONTINUADO: POSSIBILIDADE OU NÃO ENTRE ROUBO, LATROCÍNIO E/OU 
EXTORSÃO. 
 
14. (DJUS) Excepcionalmente, é possível haver continuidade delitiva entre roubo e 
extorsão. C/E? 
 
Vejamos a seguinte situação hipotética: 
 
Tingulinho, armado com revólver, entrou no carro de Ana e exigiu a entrega de sua 
carteira e de seu telefone celular. Em seguida, já em posse de seu cartão bancário, o 
assaltante exigiu a senha e as letras de segurança de sua conta para sacar dinheiro em 
caixas eletrônicos. No decorrer da ação criminosa, a vítima foi obrigada a permanecer 
no porta-malas do carro por dez minutos. Nessa situação, para o STF, houve 02 crimes 
praticados em continuidade delitiva. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF e STJ, por não constituírem delitos da mesma espécie, 
não é possível reconhecer a continuidade delitiva na prática dos crimes de roubo e 
extorsão. Em outras palavras, roubo e a extorsão ainda que tenham sido praticados 
contra a mesma pessoa, no mesmo lugar e em contexto semelhante, não são crimes da 
mesma espécie, embora protejam idêntico bem jurídico (patrimônio) e tenham elementos 
e sanções similares. Com esse argumento o STF rejeitou a tese da defesa. No caso 
apresentado, a primeira ação foi o crime de roubo circunstanciado (CP, art. 157, § 2º-A, I), 
pois o réu, mediante o uso de arma de fogo, subtraiu da vítima a carteira e o celular. O 
segundo crime foi o de extorsão qualificada por restrição de liberdade (CP, art. 158, § 3º). 
A diferença fundamental entre o crime de roubo e extorsão é que a colaboração da 
vítima neste último é essencial para a obtenção da vantagem do agente. No caso em 
exame, veja que se a vítima não entregasse a carteira e o celular, o assaltante poderia 
simplesmente tomar. Mas no segundo caso, sem a colaboração da vítima, será impossível 
o bandido retirar o dinheiro do caixa eletrônico sem antes obter a senha. Em outras 
palavras, na extorsão é imprescindível a participação da vítima para possibilitar a 
obtenção da vantagem ilícita. Crimes da mesma espécie são aqueles que apresentam a 
mesma estrutura jurídica, ou seja, protegem o mesmo bem jurídico e estão no mesmo 
tipo penal. Por essa razão o STF e o STJ não admitem a continuidade delitiva entre roubo e 
latrocínio, por não serem crimes da mesma espécie, embora do mesmo gênero (ambos 
estão no mesmo tipo penal – art. 157 do CP –, mas um protege o patrimônio; o outro, a 
vida e o patrimônio, respectivamente). 
 
STF. 1ª Turma. HC 114667/SP, rel. org. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado 
em 24/4/2018 (INFO/STF 899). 
STJ. 5ª Turma. HC 435.792/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/05/2018. 
STJ. 5ª Turma. AgInt no AREsp 908.786/PB, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 06/12/2016. 
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3. AUTORIA – TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 
 
INFO 
880/STF 
 
SUPERIOR HIERÁRQUICO E TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 1 
 
15. (DJUS) Conforme a jurisprudência do STF, a teoria do domínio do fato preceitua que 
a posição de um agente na escala hierárquica serve para demonstrar ou reforçar o 
dolo da conduta. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO.O entendimento do STF é justamente o contrário do que trouxe a 
assertiva. Ou seja, para o STF, a teoria do domínio do fato preceitua que a mera posição 
de um agente na escala hierárquica não serve para demonstrar ou reforçar o dolo da 
conduta. Dito de outro modo, não é por que o agente está em escala hierárquica superior 
(ex.: governador, presidente de uma empresa) que ele vai responder criminalmente como 
autor do delito, aplicando-se a teoria do fato. Em cada caso, deve-se provar que ele de 
fato tinha domínio da situação e dirigia os demais subalternos para conseguir consumar 
toda a prática criminosa. Ademais, qualquer imputação centrada, unicamente, na posição 
de um dado agente na escala hierárquica governamental, deve ser refutada, por inegável 
afinidade com o Direito Penal Objetivo. 
 
STF. 2ª Turma. AP 975/AL, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/10/2017 (INFO/STF 880). 
 
INFO 
866/STF 
 
SUPERIOR HIERÁRQUICO E TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO 2 
 
16. (DJUS) Funcionários de determinada empresa de telefonia inseriram em livros fiscais 
informações inexatas que caracterizaram o crime do art. 1º, II, da Lei nº 8.137/90. 
Nesse caso, de acordo com o STF, os diretores da empresa responderão, 
necessariamente, pelo crime com base na teoria do domínio do fato. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. De acordo com a jurisprudência do STF, não se pode invocar a teoria 
do domínio do fato, pura e simplesmente, sem nenhuma outra prova, citando de forma 
genérica os diretores estatutários da empresa, espalhados pelo Brasil, para lhes imputar 
um crime fiscal que teria sido supostamente praticado no Estado-membro. Em matéria 
de crimes societários, a denúncia deve apresentar, suficiente e adequadamente, a 
conduta atribuível a cada um dos agentes, de modo a possibilitar a identificação do papel 
desempenhado pelos denunciados na estrutura jurídico-administrativa da empresa. No 
caso concreto, o STF trancou a ação penal por entender que a acusação feita aos 
pacientes deriva apenas dos cargos por eles ocupados na empresa de telefonia, estando 
ausente a descrição mínima dos supostos atos ilícitos por eles praticados. Em outras 
palavras, a simples condição de diretor ou presidente de determinada empresa não o 
torna autor do crime, com base na teoria do domínio do fato, simplesmente por ser quem 
tem o controle geral dos empregados da pessoa jurídica, sendo preciso a indicação de 
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elementos mínimos que indique que, de algum modo, possui o domínio do fato crimino. 
A teoria do domínio do fato foi criada na Alemanha, em 1939, por Hans Welzel com o 
objetivo de ampliar o conceito de autor. Para esta teoria, autor não é apenas quem 
executa o verbo do tipo penal (ex.: matar alguém), mas também aquele que tem todo o 
domínio da situação, embora não pratique diretamente nenhum ato executório concreto. 
Essa teoria é muito importante nos crimes tributários e nas organizações criminosas, pois 
os que a comandam dificilmente praticam atos concretos, mas normalmente, decidem ou 
determinam que outros o façam. 
 
STF. 2ª Turma. HC 136250/PE, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 23/5/2017 (INFO/STF 866). 
 
 
4. EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
 
INFO 
599/STJ 
 
PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA: APLICA-SE OU NÃO AO NOVO CARGO OCUPADO DEPOIS 
DA DATA DO CRIME? 
 
17. (DJUS) A pena de perdimento do art. 92, I, do CP se restringe à atividade pública 
exercida no momento do delito, ainda que o novo cargo ou função guarde 
correlação com as atribuições anteriores. C/E? (JDP08) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Fuciano, imputável, na condição de gerente da agência dos Correios de Brejinho/PE, 
encaminhava os aposentados do INSS para o escritório onde trabalhava Chico para que 
efetivassem o recebimento e preenchimento do formulário de recadastramento perante 
o INSS, momento em que era cobrado o valor de R$ 5,00, quantia que era repartida 
entre ambos. Fuciano, durante o processo, foi aprovado em outro concurso e tomou 
posse como servidor da Universidade Federal. Nessa situação, para o STJ, Fuciano, se 
condenado, pode perder o novo cargo ocupado, nos termos do art. 92, I, do CP. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. A pena de perdimento deve ser restrita ao cargo ocupado ou função 
pública exercida no momento do delito, à exceção da hipótese em que o magistrado, 
motivadamente, entender que o novo cargo ou função guarda correlação com as 
atribuições anteriores, conforme entendimento do STJ. Em outras palavras, o juiz, em 
regra, só pode declarar a perda do cargo ocupado na data do crime, com fulcro no art. 92, 
I, CP, por reconhecer que o crime foi cometido com abuso de poder ou violação de dever 
para com a Administração Pública. Entretanto, o STJ traz uma exceção, qual seja, é se o 
novo cargo ocupado tiver correlação com o cargo ocupado na data do crime (ex.: ser o 
acusado policial na dará do crime, mas na data da condenação ser policial civil). No caso 
concreto analisado o STJ entendeu que o novo cargo ocupado pelo réu (servidor da 
universidade Federal) não guardava correlação com o de gerente dos Correios e afastou a 
pena de perda do novo cargo público ocupado decreta pelo juiz de piso. 
 
STJ. 5ª Turma. REsp 1.452.935-PE, Rel. Min. Reynaldo Soares, julgado em 14/3/2017 (INFO/STJ 599). 
 
 
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5. DAS PENAS 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
INFO 
639/STJ 
 
INFO 
825/STF 
 
CONDENAÇÕES ANTERIORES TRANSITADAS EM JULGADO E UTILIZAÇÃO OU NÃO COMO 
CONDUTA SOCIAL NEGATIVA 
 
18. (DJUS) É possível a utilização de condenações anteriores com trânsito em julgado 
como fundamento para negativar a conduta social, de acordo com o STF e STJ. C/E? 
(JDP32) 
 
Vejamos o caso concreto decidido (com adaptações): 
 
Ladrônio, imputável, possui 03 condenações criminais que transitaram em julgado em 
2018. Nessa situação, para o STF e STJ, se cometer novo crime em 2019 o juiz poderá 
utilizar uma dessas condenações como agravante, outra como maus antecedentes e a 
última como conduta social negativa. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STF e STJ, NÃO é possível a utilização de condenações 
anteriores com trânsito em julgado como fundamento para negativar a conduta social. 
Isso, porque, a conduta social não se confunde com maus antecedentes (antecedentes 
criminais). Conduta social (ou antecedentes sociais) é o estilo de vida do acusado, ou seja, 
seu papel na comunidade, inserido no contexto da família, da escola, do trabalho, da 
vizinhança (STJ – HC 225.035/ES). Já os antecedentes (ou antecedentes criminais), por sua 
vez, referem-se à vida pregressa (passada) do acusado em relação ao “mundo do crime”, 
ou seja, são os registros criminais contidos na folha de antecedentes criminais. Assim, não 
é por que o agente tem maus antecedentes que ele também terá má conduta social, não 
se confundindo uma circunstância judicial com a outra. Por essa razão, para melhor 
atender ao princípio da individualização da pena, STF e STJ decidiram que as condenações 
com trânsito em julgado, não utilizadas a título de reincidência, não podem fundamentar 
a negativação da conduta social.Por fim, havendo duas condenações que geram 
reincidência, uma delas deve servir como agravante e a outra como maus antecedentes, 
conforme STF e STJ. A fixação da pena privativa de liberdade passa por 03 fases: (i) pena-
base; (ii) agravantes e atenuantes e, por fim; (iii) causas de aumento ou diminuição de 
pena. Na primeira fase (fixação da pena-base) o juiz analisa as circunstâncias do art. 59, do 
CP (chamada de circunstâncias judiciais), estando entre elas a “conduta social e os 
antecedentes” do crime. 
 
STF. 2ª Turma. RHC 130132, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/5/2016 (INFO/STF 825). 
STJ. 5ª Turma. HC 475.436/PE, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2018. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.760.972-MG, Rel. Min. Sebastião Reis, julgado em 08/11/2018 (INFO/STJ 639). 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
INFO 
609/STJ 
 
POSSIBILIDADE OU NÃO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS RESTRITIVAS DE 
DIREITOS 
 
19. (DJUS) Para o STF e STJ é possível a execução da pena restritiva de direitos antes do 
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trânsito em julgado da condenação. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Há divergência entre os dois tribunais. Para o STJ, não é possível a 
execução das penas restritivas de direitos antes do trânsito em julgado da condenação 
(execução provisória). Em outras palavras, havendo condenação do réu com substituição 
da pena privativa de liberdade (PPL) por restritiva de direitos (PRD), não é possível 
executar esta última antes do transito em julgado da sentença. Ou seja, não é possível 
fazer a execução provisória das penas restritivas de direitos. O STJ decidiu assim porque o 
STF no julgamento do HC n. 126.292/SP permitiu a execução da PPL após a decisão em 
segundo grau não transitada em julgado (execução provisória da PPL), mas não analisou, 
na época, essa possibilidade em relação à PRD (atualmente o STF já se manifestou sobre o 
tema, no RE 1169624 ED/SC, o que fara com que o STJ, certamente, quando chamado a 
decidir o mesmo caso mude seu entendimento). Já o entendimento do STF atualmente, 
como dito, é diverso, ou seja, permite a execução provisória tanto da PRL, quanto da 
PRD, por não comprometer o princípio constitucional da presunção de inocência, 
previsto no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. 
 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.619.087-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Jorge Mussi, 
julgado em 14/6/2017 (INFO/STJ 609). 
STJ. 3ª Seção. AgRg no HC 435.092/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Rel. p/ Acórdão Ministro REYNALDO 
SOARES DA FONSECA, DJe 26/11/2018 (reafirmado). 
STF. 1ª Turma. RE 1169624 ED, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2019. 
 
INFO 
631/STJ 
 
POSSIBILIDADE OU NÃO DO ARRESTO DE IMÓVEL PARA GARANTIR O PAGAMENTO DE 
PENA DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA 
 
20. (DJUS) O juiz pode determinar arresto de imóvel para garantir o cumprimento de 
pena de prestação pecuniária, conforme jurisprudência do STJ. C/E? 
 
Vejamos a seguinte situação hipotética: 
 
Armando foi condenado a 03 anos de reclusão pelo cometimento do crime do art. 299 
do CP (falsificação de documento particular), substituída por 02 penas restritivas de 
direitos, sendo uma delas a de prestação pecuniária no valor de R$ 30.000,00, parcelado 
em 30 prestações mensais. Nessa, situação, para o STJ, com o fim de garantir o 
cumprimento da obrigação, o juiz pode decretar a medida cautelar de arresto em 
desfavor do condenado. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: ERRADO. Para o STJ, o juiz não pode determinar a medida cautelar de arresto 
para garantir o cumprimento de pena restritiva de direitos substitutiva da privativa de 
liberdade. É que, havendo expressa previsão legal de reconversão da pena restritiva de 
direitos em privativa de liberdade, não há que se falar em arresto para o cumprimento 
forçado da pena substitutiva. Em outras palavras, como o § 4º do art. 44 do CP estabelece 
que “A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o 
descumprimento injustificado da restrição imposta”, o juiz deve aplicar essa sanção como 
medida coercitiva e não a medida cautelar de arresto. 
 
DJUS - Prof. Douglas Silva 
VADE MECUM de JURISPRUDÊNCIA PENAL em QUESTÕES COMENTADAS – Por ASSUNTO - STF e STJ – 2017 a 2019 
 
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20 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.699.665-PR, Rel. Min. Maria Thereza, julgado em 07/08/2018 (INFO/STJ 631). 
 
REGIME INCIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA 
INFO 
881/STF 
 
SÚMULA 
440/STJ 
 
SÚMULA 
719/STF 
 
PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL E REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO 
 
21. (DJUS) Fixada a pena-base no mínimo legal, não é possível impor um regime inicial 
para o cumprimento da pena mais rigoroso que o previsto em lei. C/E? 
 
Vejamos a seguinte situação hipotética: 
 
Tingulinho, primário, foi condenado por roubo simples, sendo fixada a pena-base no 
mínimo legal, por serem todas as condições judiciais favoráveis. O juiz, fundamentando 
sua decisão, aplicou o regime semiaberto para o início do cumprimento da pena. Nessa 
situação, para o STF e STJ, errou o magistrado, pois o regime escolhido deveria ter sido o 
aberto. C/E? 
 
COMENTÁRIO 
 
Gabarito: CERTO. Tanto para o STF quanto para o STJ se o juiz aplicou a pena-base no 
mínimo legal, por serem todas as condições judiciais favoráveis, não existe justificativa 
para impor ao condenado um regime inicial para o cumprimento da pena mais rigoroso 
que o previsto em lei. Em outras palavras, de acordo com a jurisprudência, se favoráveis 
todas as circunstâncias judiciais, de modo que a pena-base seja fixada no mínimo legal, 
não cabe a imposição de regime inicial mais gravoso. No STJ, inclusive há súmula nesse 
sentido: “Súmula 440/STJ: Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o 
estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção 
imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito”. No caso hipotético, vemos 
que a pena mínima para o crime de roubo simples é de 04 anos (CP, art. 157). O regime 
inicial para essa quantidade de pena é o aberto (CP, art. 33, § 2º, c). Assim, o magistrado 
deveria ter aplicado o regime aberto, de acordo com o STF e STJ. OBS: é possível a fixação 
de regime inicial de pena mais severo que o previsto se houver motivação idônea, o que 
não ocorre quando todas as circunstâncias judiciais são favoráveis e pena-base fica no 
mínimo legal, conforme súmula do STF: “Súmula 719/STF: A imposição do regime de 
cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea”. 
 
STF. 2ª Turma. RHC 131133/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/10/2017 (INFO/STF 881) 
STF. 1ª Turma. HC 118230/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 08/10/2013. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 303.275/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 03/02/2015. 
 
INFO 
859/STF 
 
SÚMULA 
718/STF 
 
SÚMULA 
719/STF 
 
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA NA LEI DE DROGAS 
 
22. (DJUS) Drogário, primário, foi condenado a uma pena de 06 anos de reclusão pelo 
cometimento do crime de tráfico de drogas. As circunstâncias judiciais do art. 59 do 
CP eram favoráveis ao réu, mas o juiz fixou o regime inicial fechado para o 
cumprimento da pena, em razão da gravidade do delito. Nessa situação, para o STF, 
agiu corretamente o juiz. C/E? 
 
COMENTÁRIO

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