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Metabolismo de carboidratos (Parte 3) Glicogênese , Glicogenólise e Gliconeogênese Via das Pentoses Metabolismo de carboidratos Relação da glicose com as principais vias de metabolismo de carboidratos Glicogênio GlicogêneseGlicogenólise Glicose Lactato Glicogênese GliconeogêneseGlicólise Glicogenólise An ab ol is m o C at ab ol is m o Como o glicogênio é produzido e degradado? Glicogênio Cada cadeia contém 12 a 14Resíduos de glicose CH 2OH CH2OH CH2 CH2OHCH2OH O 6 H O H OHH OH CH2OH H H H O H OHH OH CH2OH H H O 1 OH Glicogenina Primer H O OH H OHH OH CH 2OH H O H H OHH OH CH2OH H O HH H O O H OHH OH CH2 H H H O H OHH OH CH2OH H OH HH O O H OHH OH CH2OH H O H 1 4 6 3 4 5 2 O glicogênio é um polímero de armazenamento importante em bactérias, fungos, protistas e animais. A maior parte do glicogênio nos vertebrados é encontrado nas células musculares e hepáticas. GlicogenóliseGlicogenólise O glicogênio pode ser degradado enzimaticamente para a obtenção de glicose para entrar nas rotas oxidativas visando a obtenção de energia. A glicogenólise possui controle endócrino. Degradação de Glicogênio - Glicogenólise A glicogenólise possui controle endócrino. O glicogênio é degradado pela ação conjunta de três enzimas: Glicogênio fosforilase, Enzima desramificadora (duas atividades) de glicogênio e a fosfoglicomutase. Glicogenólise Extremidade não redutora Clivagem por fosforólise: a enzima glicogênio fosforilase catalisa a remoção de resíduos de glicose das extremidades não redutoras Fosforólise Extremidade não redutora Glicogênio fosforilase Glicose-1-fosfato Cadeia de glicogênio (glicose)n Glicogênio diminuido de um resíduo de glicose (glicose)n-1 Fosfoglicomutase: catalisa a isomerização de glicose 1-P a glicose 6-P e vice-versa. Isomerização de glicose 1-fosfato a glicose 6-fosfato A Glicose 6-fosfato pode ser então utilizada na glicólise. Ao contrário do músculo, o fígado (e, em menor extensão o rim) possui glicose-6-fosfatase, uma enzima hidrolítica que catalisa a desfosforilação da glicose-6-fosfato, o que lhe permite fornecer glicose ao resto do organismo. Glicose 6-PGlicose 1-P Glicogenólise Etapa 1 -catalisada pela enzima glicogênio fosforilase que cliva apenas as ligações 1→4. Ela para de atacar ligações glicosídicas quatro resíduos de glicosil antes de um ponto de ramificação 1→6. Etapa 2 – Enzima cortadora de ramos. Proteína bifuncional Glicogênio fosforilase Extremidade não- redutora Glicogênio Ligação α 1 6 Proteína bifuncional 4--D-glicotransferase – remove um segmento de três resíduos de glicose com ligação -14 de um ramo de 4 resíduos e transfere para a extremidade de outro ramo, deixando um único resíduo glicosil com ligação 1→6. Amilo- -1,6-glicosidase – a ligação 1-6 do resíduo glicosil é hidrolisada pela segunda atividade da enzima cortadora de ramos, liberando glicose livre. Atividade Transferase da Enzima desramificadora Atividade Glicosidase da Enzima desramificadora Moléculas de Glicose-1-fosfato Glicose Polimero α 1 4 não-ramificado; substrato para ação posterior da glicogênio fosforilase GlicogeneseGlicogenese Glicogênese A enzima GLICOGÊNIO SINTASE necessita de um “primer”, para iniciar a síntese. O “primer” pode ser : um pequeno núcleo remanescente de uma degradação anterior; uma pequena cadeia formada através da ação da proteínauma pequena cadeia formada através da ação da proteína glicogênina Com participação da Glicogenina é formada uma pequena cadeia de até oito resíduos de glicose; em seguida a enzima glicogênio sintase entra em ação estendendo a cadeia e então a glicogenina desliga-se do polímero em crescimento. Ocorre nos tecidos musculares, fibras cardíacas e tecido hepático quando a taxa de glicose no meio, aumenta. PRIMER = pelo menos quatro resíduos de glicose unidos por Glicogênese PRIMER = pelo menos quatro resíduos de glicose unidos por ligação 1 : 4. Glicogênio sintase: ligação 1 : 4 Enzima ramificante = glicosil-transferase: ligação 1: 6 UDP-glicose O substrato para a síntese de glicogênio é a UDP-glicose. Glicose -1-fosfato uridiltransferase produz Glicose-UDP Glicose-1-P + UTP→ Glicose-UDP + PPi Grupo D-glicosil Uridina UDP=glicose (um açúcar nucleotídeo) Glicogênese UDP-uridina difosfato Glicogênio sintase- transfere o resíduo Glicose-UDP, para o C-4 de uma cadeia de glicogênio para formar uma nova ligação glicosídica no C-1 da hidroxila do açúcar ativado. Glicogênio sintase Glicogênese 1) Primeira Reação: fosforilação da glicose catalisada pela glicoquinase no fígado ou hexoquinase nos tecidos periféricos. Glicose + ATP → Glicose-6-P + ADP 2) A fosfoglicomutase catalisa a formação de glicose-1- fosfato Glicose-6-P → Glicose-1-P 3) Glicose -1-fosfato uridiltransferase produz Glicose- UDP Glicose-1-P + UTP→ Glicose-UDP + PPi Glicose Glicose-6-P ADP ATPHexoquinase Ou Glicoquinase Glicose-1-P Fosfoglicomutase Glicose-1-P + UTP→ Glicose-UDP + PPi 4) Glicogênio sintase- transfere o resíduo glicosil ativado, Glicose-UDP, para o C-4 de uma cadeia de glicogênio em crescimento, para formar uma nova ligação glicosídica no C1 da hidroxila do açúcar ativado. 5) Uma vez formada a cadeia de amilose (polímero de glicose com ligação 1→4) com pelo menos 11 resíduos (7 + 4), uma enzima ramificadora remove um bloco de cerca de 7 resíduos glicosil da cadeia em crescimento e o transfere para outro ponto de uma cadeia para produzir uma ligação 1→6. O novo ramo deve estar a pelo menos 4 resíduos de distância do ponto de ramificação mais próximo. Glicose-1-P Glicose-1-fosfato uridiltransferase UDP-glicose UTP PPi (é hidrolizado pela pirofosfatase) (Glicose)n (Glicose)n+1 Glicogênio sintase UDP Ação da glicogênio sintase: alongamento da cadeia linear → ligação 1→4 Ação da enzima ramificadora: clivagem de ligação 1→4, transferência da cadeia e produção de ramificação ligação 1→6. Glicogênese Uma vez formada a cadeia de amilose (polímero de glicose com ligação 1→4) com pelo menos 11 resíduos (7 + 4), uma enzima ramificadora remove um bloco de cerca de 7 resíduos glicosil da cadeia em crescimento e o transfere para outro ponto da cadeia para produzir uma ligação 1→6. O novo ramo deve estar a pelo menos 4 resíduos de distância de outro ponto de ramificação mais próximo. GliconeogêneseGliconeogênese Os níveis de glicose sanguínea devem ser mantidos para sustentar o metabolismo de tecidos que utilizam glicose como substrato primário Estes tecidos incluem: cérebro, eritrócitos, medula renal, retina e mucosa instestinal entre outros. Gliconeogênese Estes tecidos incluem: cérebro, eritrócitos, medula renal, retina e mucosa instestinal entre outros. Gliconeogênese A capacidade de sintetizar glicose é crucial para a sobrevivência de animais Gliconeogênese: Formação de glicose a partir de substâncias não glucídicas. Substratos para a Gliconeogênese: vários aminoácidos, lactato, piruvato, propionato e glicerol. Local onde ocorre: citosol e mitocôndrias das células hepáticas e minoritariamente nos rins. A maioria da reações são aquelas que ocorrem na glicólise, só que em sentido contrário. Daí o fato dessa via metabólica ser muitas vezes denominada glicólise reversa. Glicose ATP ADP Hexoquinase Glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato Fosfoglicose isomerase ATP ADP Fosfofrutoquinase Frutose-1,6-fosfatoAldolase Gliceraldeído-3-fosfato + Diidroxiacetona fosfato Glicólise Gliconeogenese Triosefosfato isomerase Gliceraldeído-3-fosfato Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase 1,3-bisfosfoglicerato 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato NAD+ + Pi NADH ADP ATP Fosglicerato quinase Fosglicerato mutase Fosfoenolpiruvato Enolase Piruvato quinase Piruvato ADPATP H2O 2 vezes Estes passos são os mesmos da A GLICONEOGÊNESE não é o contrário da glicólise, as reações diferentes estão indicadas nas caixas Gliconeogênese Estes passos são os mesmos da glicólise, mas em sentido contrário Na glicólise é utilizada a enzima fosfofrutoquinase (PFK1), e requer ATP Na glicólise é utilizada a enzima hexoquinase ou Glicoquinase , e requer ATP Conversão do Piruvato a Fosfoenolpiruvato O piruvato não pode ser convertido diretamente à fosfoenolpiruvato. Carboxilação do piruvato a oxaloacetato - catalisada pela enzima piruvato carboxilase ( e coenzima biotina) com consumo de um ATP Precursores mais importantes de glicose nos animais : aminoácidos (exceto lisina e leucina) Lactato é convertido a piruvato pela lactato desidrogenase (com formação de NADH). Piruvato entra na mitocondria e é convertido a oxaloacetato pela Piruvato carboxilase. Oxaloacetato não é permeável à membrana mitocondrial. Oxaloacetato é convertido a malato com consumo de um NADH podendo desta forma sair da mitocôndria para o citosol. No citosol, malato é convertido a oxaloacetato pela malato desidrogenase e esse, a fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase, com liberação de CO2 e utilização de um GTP. Setas tracejadas – transporte por translocases Papel da Biotina (uma das vitaminas do complexo B) na Gliconeogênese? A biotina é um transportador de dióxido de carbono (CO2). O grupo carboxila da biotina forma uma ligação amida com o grupo -amina de uma cadeia lateral de uma lisina específica da piruvato carboxilase. O CO2 é ligado a biotina que, por sua vez é ligada de forma covalente à enzima , e assim o CO2 é desviado para o piruvato para formar o oxaloacetato. ATP é necessário para a reação. Gliconeogênese Primeira reação de desvio da reação irreversível da via glicolítica. O OO O C O O Piruvato carboxilase PEP Carboxiquinase Gliconeogênese Conversão de Piruvato em Fosfoenolpiruvato (PEP) custa à célula 2 moléculas de ATP C C CH2 OPO32 C C CH3 O ATP ADP + Pi C CH2 C O OO HCO3 GTP GDP CO2 piruvato oxaloacetato PEP GTP – equivalente a ATP GTP + ADP GDP + ATP Glicogenólise e Glicogênese- Regulação recíproca glucagon epinefrina ATP cAMP + Pi AMP A regulação dá-se essencialmente ao nível da glicogênio sintase (glicogênese) ou da glicogênio fosforilase (glicogenólise). A Glicogênio Fosforilase e a Glicogênio Sintase insulina Ca+2 diacilglicerol glicose ATP G6P e a Glicogênio Sintase são reguladas de forma recíproca por MODULADORES ALOSTÉRICOS e por FOSFORILAÇÃO Ocorre também controle hormonal Gliconeogênese ETAPA 3 ETAPA 2 Gliconeogênese Frutose-1,6-bisfosfatase Frutose-1,6-bisfosfato Frutose-6-fosfato H O OH H OHH OH CH2OH H OH HH O OH H OHH OH CH2OPO32 H OH H H2O1 6 5 4 3 2 + Pi glicose-6-fosfato glicose Glicose-6-fosfatase Frutose-1,6-bisfosfato Frutose-6-fosfato Gliconeogênese - Balanço energético 2 Piruvato + 6 ATP + 6 H2O + 2 NADH Glicose + 6 ADP + 6 Pi + 2 NAD+ + 2 H+ Gliconeogênese Fig. 14.1 Relação entre diferentes órgãos na gliconeogênese — esta via ocorre no fígado a partir de substratos produzidos pelo músculo: lactato no esforço intenso e alanina no jejum; o lactato origina-se, ainda, de hemácias. A maior parte da glicose sintetizada destina-se ao cérebro. Ciclo de Cori Ciclo de Cori É o nome dado ao seguinte processo: ida até ao fígado do lactato produzido na glicólise anaeróbia (nos músculos) onde o mesmo forma glicose por Gliconeogênese, produzindo energia. Ciclo de Cori Função: suprir o músculo de glicose durante a execução de exercícios intensos. Fígado Músculo sangue Glicose 2 Piruvato 2 Lactato2 Lactato Glicose 2 Piruvato Gliconeogênese - Regulação Enzimas alostéricas: Fosfofrutocinase e Frutose-1,6 bisfosfo fosfatase: Um alta concentração de frutose-2,6- bisfosfato estimula a glicólise e uma baixa concentração estimula a gliconeogênese. A concentração desta substância depende do equilíbrio entre sua síntese catalisada por uma enzima chamada fosfofrutocinase 2 (PFK-2) e por sua degradação catalisada pela Frutose-1,6 fosfofrutocinase 2 (PFK-2) e por sua degradação catalisada pela Frutose-1,6 bisfosfo fosfatase (FBPase). As enzimas que controlam a formação e degradação da frutose-2,6-bisfosfato são controladas por um mecanismo de fosforilação-desfosforilação. As duas atividades enzimáticas estão situadas na mesma proteína. A fosforilação é ativada pelo AMP cíclico. Por esta razão os estimuladores do AMP cíclico (adrenalina, e glucagon) estimulam a gliconeogênese e inibem a glicólise e os inibidores do AMP cíclico (insulina) o inverso. VIA DAS PENTOSES FOSFATOFOSFATO Via das pentoses fosfato Via alternativa de oxidação de glicose Local = citosol Início = glicose-6P Energia liberada e acumulada = NADPH Via amplamente distribuída pelos tecidos. Parte oxidativa principalmente: Fígado, tecido adiposo, glândulas mamárias e córtex da supra renal. Via alternativa de oxidação da glicose Finalidade = formação de Ribose-5P e NADPH Ribose 5-fosfato Compõe os ácidos nucléicos e coenzimas Formação de intermediários da glicólise Via das Pentoses Fosfato Formação de intermediários da glicólise Nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADPH) Coenzima de processos de síntese redutoras A energia derivada da oxidação da glicose pela via é armazenada na forma de poder redutor (NADPH) e não para a síntese de ATP NAD+ (forma oxidada) NADPH (forma reduzida) Vias Catabólicas Vias Anabólicas Reduzido em vias Degradativas Oxidado em vias de síntese Glicólise Síntese de AG NAD+ versus NADP+ Glicólise Ciclo do ácido cítrico Síntese de AG Síntese do Colesterol NADH Oxidado na Cadeia Transportadora de Elétrons NADP+ Reduzido na Via das Pentoses Etapa oxidativa Produção de NADPH Glicose 6-fosfato – Ribulose 5-fosfato Etapa não oxidativa Etapas da Via das Pentoses Fosfato Etapa não oxidativa Interconversão entre glicídios fosforilados Xilulose 5-fosfatoRibulose 5-fosfato Ribose 5-fosfato Frutose 6-fosfato / Gliceraldeído 3-fosfato Glicose Glicose – 6- fosfato 6- Fosfogliconolactona Via das Pentoses Fosfato NADPH Glicólise ATP 6- Fosfogliconolactona Pentoses Fosfato NADPH Via das Pentoses Fosfato Via das Pentoses Fosfato Relações entre a via das pentoses fosfato e a glicólise
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