Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
THE JESS FILES 1 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Compreende as seguintes rotas: REGULAÇÃO HORMONAL Também ocorre no metabolismo dos ácidos graxos, tanto no catabolismo como anabolismo. GLUCAGON Hormônio peptídico sintetizado no pâncreas quando o organismo precisa obter energia (modo catabólico). Baixo nível de glicose => síntese de glucagon. Induz a glicogenólise e gliconeogênese no fígado. Também pode-se usar a gordura do tecido adiposo (outra via de metabolismo). INSULINA Hormônio peptídico sintetizado no pâncreas. Após refeições, quando há um alto nível de glicose no sangue, induz à ação anabólica. Induz a glicólise e glicogênese (no fígado). ADRENALINA Catecolamina sintetizada nas glândulas supra-renais. Produzida rapidamente em resposta a perigo. Ativa a glicólise e glicogenólise no músculo. INSULINA E GLUCAGON SINALIZAM A INGESTÃO OU NÃO DE ALIMENTO, E A ADRENALINA SINALIZA PERIGO. GLICÓLISE THE JESS FILES 2 Formada por 10 reações enzimáticas: 7 reversíveis e 3 irreversíveis. As 3 reações irreversíveis são pontos de regulação. Intermediários precisam estar fosforilados para passar pela membrana e serem sinalizados. REAÇÕES DA GLICÓLISE FASE PREPARATÓRIA 1. Fosforilação da glicose (hexoquinase). Transportador de membrana da glicose é bidirecional. Portanto, ela deve ser fosforilada para não sair da célula por esse transportador. Reação espontânea e irreversível. Com gasto de ATP. 2. Isomerização de glicose-6-fosfato em frutose-6- fosfato (fosfoisomerase). 3. Fosforilação da Frutose-6-fosfato em frutose-1,6- bifosfato (fosfofrutoquinase-1/PFK-1). Enzima alostérica - atividade aumenta na falta de ATP ou no aumento de AMPc e ADP. Enzima é inibida quando [ATP] for alta. Reação irreversível com gasto de ATP. Principal ponte de regulação da via glicolítica. Compromete a molécula na via glicolítica. 4 . C l i v a g e m d e f r u t o s e - 1 , 6 - b i f o s f at o e m dihidrixiacetona fosfato e gliceraldeído-3-fosfato (aldolase). 5. Conversão de dihidroxiacetona fosfato em seu isômero gliceraldeído-3-fosfato (triose fosfato isomerase). Reversível, podendo formar a dihidroxiacetona fosfato quando a [ATP] estiver muito alta. THE JESS FILES 3 FASE DE PAGAMENTO 6. Oxidação e fosforilação do G3P em 1,3- b i f o s f o g l i c e r a t o ( g l i c e r a l d e í d o - 3 - f o s f a t o desidrogenase). Redução de duas moléculas de NAD+ em NADH (um para cada G3P). 7. Fosforilação de ADP por 1,3-bifosfoglicerato (fosfoglicerato quinase). Formação de 2 ATP (1 para cada 1,3-bifosfoglicerato). Gera também 3-fosfoglicerato. 8. Conversão de 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato (fosfoglicerato mutase). 9 . D e s i d r at a ç ã o d e 2 - f o s f o g l i c e r t a d o e m fosfoenolpiruvato (enolase). 10. Formação de ATP por transferência de fosfato do fosfoenolpiruvato para o ADP (piruvato quinase). Reação irreversível. Formação total de 2 ATP. BALANÇO ENERGÉTICO Há uma fase temporária de inversão de energia, mas o balanço final é positivo Glicólise Gasta 2 ATP e produz 4 = 2 ATP + 2 NADH Oxidação total da glicose: glicólise + ciclo de Krebs + fosforilação oxidativa = 38 ATP Destinos do piruvato após a glicólise Condições aeróbicas: entra no ciclo de Krebs na mitocôndria e segue o catabolismo até a cadeia transportadora de elétrons, gerando 38 moléculas de ATP. Condições anaeróbicas: obtêm-se 2 moléculas de ATP pela fermentação. Fermentação láctica: a partir do piruvato obtém-se lactato. Fermentação alcoólica: a partir do piruvato, obtém- se etanol e CO2. THE JESS FILES 4 A fermentação é a única forma de obter energia a partir dos intermediários da gl icól ise (NADH) em alguns microrganismos como leveduras. Outros açúcares metabolizados pela glicólise Frutose: proveniente principalmente da sacarose. Metabolização principalmente no fígado. Fosforilada em frutose-1-fosfato e então clivada em dihidroxiacetona fosfato + gliceraldeído. Gliceraldeído é fosforilado em G3P para entrar na glicólise. Excesso de frutose na dieta pode levar a diabetes tipo 2, obesidade e esteatose hepática. Escapa do principal reação de regulação da glicólise (fosfofrutoquinase), levando a uma produção não controlada de piruvato e, enfim, excesso de ácidos graxos. Leva a esteatose hepática que pode virar cirrose e falência hepática. Galactose: componente da lactose e sacarose. Entra na reação 2, como glicose-6-fosfato, após 4 reações para convertê-la. 1. Fosforilação da galactose. 2. Transferência de galactose por UDP. 3. Rearranjo de grupo OH na galactose para formar glicose-1-fosfato por uma epimerase. 4. Glicose-1-fosfato é convertida em glicose-6- fosfato pela fosfoglicomutase. Galactosemia: deficiência na enzima galactose-1- fosfato irídio transferase. Galactose é transformada em galactitol (um álcool) por uma reação redox. Ocorre principalmente em bebês por sua dependência de leite. Pode causar cataratas, hipertrofia do fígado e retardo mental. REGULAÇÃO DA GLICÓLISE Enzimas de mobilização: mobilizam a glicólise, se há glicose, há glicólise. Enzimas de velocidade: mudam a velocidade das reações. AMPc e ADP ativam as reações (indicam que há falta de energia). ATP e alguns intermediários metabólicos de síntese inativam a glicólise (indicam estado de alta energia). Glicogênio fosforilase: primeira enzima que atua quebrando glicogênio em glicose, formando glicose-1- fosfato. MÚSCULO Fosfofrutoquinase-1 (PFK-1) é o passo de maior controle da via. Controle alostérico por ATP e pH. ATP é um inibidor alostérico da PFK-1: se liga à enzima e diminui sua afinidade pelo substrato (F6P). AMPc é um ativador alostérico de PFK-1: compete com o ATP pelo mesmo sítio e catalisa a reação de F6P em F1,6P. Diminuição do pH inibe a PFK-1 pelo aumento do efeito do ATP: aumento de [lactato] quando o músculo está fazendo metabolismo anaeróbio leva a dano muscular, portanto a inibição da glicólise é preferida para proteger o tecido muscular. Hexoquinase Regulação alostérica . Piruvato quinase Inibido alostericamente por ATP. Ativado por frutose-1,6-bifosfato. FÍGADO Fosfofrutoquinase-1 (PFK-1) também é o passo de maior controle da via. Citrato: inibidor da PFK-1. Formado da acetil-CoA, produto do metabolismo do piruvato, sinaliza níveis suficientes de precursores. THE JESS FILES 5 Frutose-2,6-bifosfato: maior ativador de PFK-1 no fígado. Glicemia alta após alimentação causa acúmulo de frutose-6-fosfato pela glicólise. Glicólise é acelerada no fígado quando há muito frutose-2,6-bifosfato. Hexoquinase Isoforma hepática: glicoquinase. Glicoquinase tem Km 50x maior para glicose do que a hexoquinase, o que significa que a glicose só é convertida em G6P quando está muito abundante (após alimentação). Isso permite que o cérebro e músculo usem a glicose primeiro. Glicoquinase não é inibida por G6P, o que permite o fígado a usar o excesso de glicose do sangue para não se desperdiçar. Piruvato quinase Isoforma L controlada por fosforilação. Quando a glicemia está baixa, há fosforilação da piruvato quinase. GLICONEOGÊNESE Ocorre principalmente no fígado, mas também no córtex renal. Síntese de glicose a partir do piruvato. Maioria das reações são o inverso da glicólise. EXCEÇÕES - REAÇÕES IRREVERSÍVEISConversão de piruvato em fosfoenolpiruvato (PEP) Reversão da reação da piruvato quinase na glicólise. 1. Conversão de piruvato em oxaloacetato (piruvato carboxilase) na mitocôndria. 2. Conversão de oxaloacetato em malato na mitocôndria. 3. Passagem do malato da mitocôndria para o citoplasma. 4. Conversão de malato em oxaloacetato no citoplasma. 5. Conversão de oxaloacetato em fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase. Conversão de frutose-1,6-bifosfato em frutose-6- fosfato Reversão da reação da fosfofrutoquinase-1 na glicólise. Hidrólise de F-1,6P em F-6-P pela frutose-1,6- bifosfatase. Conversão de glicose-6-fosfato em glicose Reversão da reação da hexoquinase na glicólise. Hidrólise de G6P em glicose pela glicose-6- fosfatase. GLICOGÊNESE Síntese de glicogênio. Glicose é convertida em G6P pela hexoquinase/ glicoquinase, G6P convertido em G1P pela fosfoglicomutase, passando pelo intermediário G1,6P. G1P convertido em UDP-glicose pela UDP-glicose pirofosforilase. Glicogenina (enzima) cria cadeias iniciais curtas de glicogênio. Glicogênio sintase adiciona UDP-glicose ao terminal não redutor da cadeia crescente de glicogênio, formando mais ligações α(1→4) . Ramificações são feitas pela enzima ramificadora de glicogênio, que transfere finais da cadeia para partes anteriores, por ligações α(1→6) . GLICOGENÓLISE Quebra do glicogênio em moléculas de glicose. Glicogênio fosforilase: ataque por grupo fosfato em uma ligação glicosídica, removendo o resíduo do terminal não redutor gerando uma glicose-1-fosfato (G1P). G1P é convertida em G6P pela fosfoglicomutase. THE JESS FILES 6 Glicose-6-fosfatase (principalmente no fígado, não há no músculo) hidrolisa G6P, gerando glicose. VIA DAS PENTOSES FOSFATO G6P é oxidado e doa elétrons para o NADPH resultando em um açúcar pentose. NADPH e pentoses usados na proliferação celular. NADPH também é utilizado na síntese de ácidos graxos e redução de espécies reativas de oxigênio, reduzindo sua toxicidade.
Compartilhar