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Criação de Coelhos

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Criação de Coelhos (Cunicultura)
O coelho é um animal muito prolífero (vários descendentes em curto período de tempo), seu ciclo produtivo é curto, podendo, portanto ser explorado comercialmente. Sua criação recebe o nome de “cunicultura”, os quais podem extrair produtos como carnes, peles, filhotes (animais de estimação). 
Os animais podem ser criados em gaiolas (dimensões de 80 cm de comprimento, 60 cm de largura e 45 cm de altura) individuais ou em baterias, dependendo do investimento do criador. Para proporcionar o bem-estar dos animais a temperatura do local deve ficar em torno de 20º C e umidade em torno de 70%. Cuidados para não estressar os animais (barulho, super lotação, etc..) devem ser tomados, visando uma maior produção.
Em relação à alimentação dos animais, quando criados mais em regimes extensivos (acesso a pequenos piquetes) devemos fornecer algumas gramíneas ou leguminosas (soja, alfafa...), complementando a alimentação com a utilização de rações balanceadas disponíveis no mercado. Quando a criação for intensiva, não há problema de fornecimento apenas de ração.
Na fase de reprodução, os coelhos estão prontos por volta de 6 meses de idade. Podemos utilizar vários métodos de acasalamento, sendo o mais indicado (maior controle de índices zootécnicos) o acasalamento natural controlado, os quais levaram a fêmea à gaiola do macho e deixamos os mesmos se acasalarem naturalmente, isso permite um controle da criação e identificação dos eventuais macho-fêmeas com problemas reprodutivos.
Os láparos (filhotes de coelho) nascem de 27-32 dias após o acasalamento. Seu desenvolvimento se dá de forma rápida, de modo que com 4 dias de idade já possuem pêlos e com 20 dias já estão habituados a comer o mesmo alimento fornecido às mães. Aos 45 dias de idade podemos fazer a desmama (separação dos láparos das mães).
Os cuidados sanitários são simples, devemos manter constantemente higienizadas as gaiolas (recomendado o uso de cal virgem) e preceder a separação dos animais por idade (animais jovens são mais suscetíveis as doenças) evitando assim a contaminação pela diferença de idade dos animais.
Como Começar A Criação De Coelhos:
Para cada 10 fêmeas é preciso apenas um macho, pois elas possuem uma alta taxa de produtividade e de reprodução  mesmo porque mais animais do que este seria muito difícil controlar a grande quantidade de crias que iriam surgir para o início de seu empreendimento. A criação destes coelhos deve ser feita em cativeiro sem permitir que fiquem solto sendo o macho vai de maneira individual emprenhar cada uma das fêmeas relacionadas a ele.
Nesta dinâmica, para cada 10 matrizes é preciso possuir 16 gaiolas no mínimo sendo que as gaiolas extras irão abrigar os filhotes que ficarão neste local por uns dias depois do nascimento até estarem com peso suficiente para ficarem abrigados em gaiolas individuais para cada um deles.
Estas gaiolas vazias são chamadas por muitos criadores de coelhos como ‘gaiolas de engorda’, pois os animais são levados para lá apenas para se alimentar e depois são transferidos para outros locais ou vendidos ainda filhotes. Para quem pretende montar uma criação de coelhos é preciso saber que depois de adquirir as matrizes elas devem ser usadas para o início da produção somente depois de 30 dias que consiste no período necessário para a sua adaptação ao novo local em que se encontra.
Se esta regra não for seguida os animais podem ficar doentes e fracos com dificuldades para se alimentarem levando, com isso, a mortes e prejuízos no negócio iniciado. Depois deste período é necessário esperar o começo do cio da fêmea que começa quando a região da vulva da fêmea fica rosada, com brilho intenso e a região genital apresenta-se bem inchada.
Quando perceber estes sinais, bastam colocar a fêmea na gaiola e aguardar que o acasalamento ocorra sendo que para garantir um melhor controle da sua criação de coelhos é uma ação interessante anotar em fichas individuais a data da cópula, pois cada macho só pode acasalar com outra fêmea após 36 horas.
É preciso ao montar uma criação de coelhos que as fêmeas deste tipo de animal possuem um alto nível de natalidade quando estão saudáveis e por isso se após quatro acasalamentos seguidos alguma fêmea não engravidar mesmo estando no cio este animal deve ser substituído, pois pode ter alguma doença ou problema para engravidar.
Com relação a este assunto a identificação de uma fêmea de coelho prenha pode ser feita pela palpação na barriga com a qual é possível perceber a presença do feto no útero da mãe, mas se esta prática não der certo basta colocar a fêmea junto do macho, pois em caso de gravidez ela fica irritada e arisca ao chegar perto de um animal do outro sexo período de gestação de um coelho oscila entre 28 e 34 dias. Quando estiver chegando perto do dia do parto, mova a fêmea para uma caixa de madeira com pó de serra ao fundo. As fêmeas e seus filhotes devem ficar juntos por cerca de 30 dias na média sendo que após o 18º dia a amamentação já terá sido finalizada sendo que neste momento a sua criação de coelhos já vai dar lucros visto que as primeiras crias estarão disponíveis.
Ao serem separados das mães, os pequenos coelhos começam o seu processo de engorda de acordo com o mercado a ser atendido sendo que com 70 dias de vida já é possível levar o animal para abate com destino ao consumo alimentar dos humanos sendo que o peso médio de um coelho destinado ao consumo é de dois quilos e duzentos gramas.
Ao considerar os gastos rotineiros relacionados ao processo de montar uma criação de coelhos é preciso saber que uma criação com 10 quilos gasta cerca de quatro quilos de ração ao dia, o que vai custar, em média, R$ 144 no final do mês.
A estes valores relacionados com a alimentação dos animais é preciso somar custos rotineiros com elementos como energia, água e mão-de-obra, além de visitas ocasionais  ao  veterinário levando a criação de coelhos a um custo por mês em torno de R$350,00.
Após a contabilização exata dos gastos despendidos com a criação dos coelhos será possível, então, delimitar os lucros obtidos os quais irão depender do surgimento de crias saudáveis que chegam à fase adulta além de uma boa higiene e manuseio das instalações para garantir um volume maior de vendas que terá como conseqüência uma boa lucratividade.
Raças da Cunicultura
Raça é um conjunto de indivíduos da mesma espécie com características comuns e que nas mesmas condições de seus genitores, as proles adquirem as mesmas características. Grande parte das raças provém de mutações, sem atuação do homem, passando este a selecionar os melhores animais, oriundos das mutações. Alguns exemplos disso são as raças Angorá e Castor rex. O homem também selecionou animais comuns, ressaltando características naturais e desejáveis, como é o caso da raça Gigante de Flandres.
      Outro método é cruzar animais puros, geralmente machos com fêmeas comuns, sendo um nativo e o outro introduzido na região, gerando animais mestiços e, portanto, mais rústicos. Após este método cruzam-se os mestiços entre si, aumentando suas características desejáveis, embora apresentem o problema da consangüinidade. É o caso da raça Gigante espanhol.
 No cruzamento entre raças puras, aumentam-se as características desejáveis ao produtor, um exemplo deste método é a raça Gigante de Bouscat.
Outros procedimentos geraram animais de pouco valor econômico, é o caso das raças anãs, que pela aparência estética são usados como animais de estimação ou na prática de esportes de caça.
 CLASSIFICAÇÃO DAS RAÇAS:
As raças podem ser classificadas quanto ao tamanho ou peso ou quanto à sua aptidão. Quanto ao tamanho ou peso, elas se dividem em raças gigantes, raças médias, raças pequenas e raças anãs. Essa classificação é a mais usada, porém no presente trabalho se dará ênfase à classificação quanto à aptidão, que pode ser: carne, pele, pêlo.
Quanto ao peso ou tamanho as raças são classificadas em:
a) Raças grandes ou gigantes - nas quaisos coelhos adultos atingem, no mínimo, 5 kg. Há citações de coelhos gigantes brancos de Flandres com 9, 10 ou mais quilos. Exemplos dessa raça são: Gigante de Flandres Branco e suas variedades pardas, negra, areia, etc., Gigante de Bouscat, Gigante Borboleta Francês, etc.
(b) Raças médias - os coelhos dessas raças pesam de 3,5 a 5  kg. Este é o mais importante grupo de raças, pois a ele pertencem as chamadas raças industriais ou econômicas. Mais criados por serem precoces resistentes e as que se reproduzem com mais facilidade e rapidez, dando maiores lucros. Entre elas destacam-se: Branco da Nova Zelândia, Vermelho da Nova Zelândia, Califórnia e Chinchila, sendo que esta última produz uma das mais belas peles, imitação da pele da Chinchila lanígera, pequeno roedor originário dos Andes e que já é raro em estado selvagem, mas bastante criado em cativeiro e cujas peles alcançam elevados preços.
c) Raças pequenas - Quando os coelhos atingem 1,5kg a 3,5kg. Essas raças, devido ao seu pequeno tamanho, são de baixo rendimento, não interessando para criações industriais. Nesse grupo está a raça Negro-e-Fogo, cuja criação comercial compensa por produzir uma bela e excelente pele, cuja característica, além de sua cor típica, é possuir um brilho intens. Apesar do tamanho reduzido, apresenta, relativamente, um bom rendimento em carnes.
d) Raças Anãs ou mini-coelhos - seus representantes atingem menos de 1,5kg. Estão neste grupo, entre outras, as raças polonesas e a raça hermelin. São criadas por hobby, como animais de estimação. Não são economicamente viáveis para a produção de carne. Nos últimos anos, com o crescimento do mercado de animais de estimação, tanto no Brasil quanto nos principais países do mundo, a criação desses pequenos coelhos passou a ser bastante interessante, principalmente para a comercialização direta em pet shops.
Quanto à produção podem-se classificar as raças em:
a) Carne - todas as raças produzem carne de boa qualidade e, exceto as raças pequenas, em quantidade satisfatória. As mais utilizadas para esse fim são as raças médias, embora as gigantes também sejam consideradas boas para corte. Como exemplo tem: Branco da Nova Zelândia, Vermelho da Nova Zelândia, Califórnia, Chinchila, Gigante de Flandres Branco e Gigante de Bouscat. 
b) Pele - de um modo geral, toda pele em bom estado pode ser aproveitada para a indústria. Existem, no entanto, algumas raças que se destacam pela qualidade ou beleza de suas peles. Como exemplo, temos as raças Chinchila, Castor-Rex, Polonesa (cuja pele é uma ótima imitação da pele do arminho), Negro-e-Fogo e Prateado de Champagne.
c) Lã ou pêlo - indiscutivelmente é a raça Angorá a que melhor lã produz e que apresenta o melhor rendimento. No Brasil, a produção de lã de coelho Angorá é mais desenvolvida na região Sul, devido ao clima mais ameno, propício para a criação desta raça.
 PRINCIPAIS RAÇAS DE COELHOS PARA CARNE:
A raça tem grande influência na produção de carne. Embora produzam em maior quantidade, as raças gigantes dão menores rendimentos líquidos e sua carne é de qualidade inferior à das raças médias e pequenas.
O sexo influi, não só na quantidade, mas também na qualidade da carne produzida, pois, embora no começo do período de desenvolvimento não haja muita diferença entre fêmeas e machos, com a idade vai aumentando a diferença. As fêmeas dão maior rendimento do que os machos porque o esqueleto, órgãos internos e peles dos machos são relativamente mais pesados. Segundo alguns autores, esta diferença pode atingir 15%.
No que diz respeito à idade, quanto mais velho for o coelho, maior o rendimento em carne e mais firme ela se torna.
As raças precoces são as que produzem relativamente maior quantidade de carne em menor tempo, por ser muito grande o seu poder de assimilação de alimentos ou conversão alimentar.
Estudos demonstram que o maior rendimento é obtido quando o coelho está com 2 anos de idade, mas sua carne perde em qualidade e o seu preço de custo é bem maior, não compensando financeiramente.
A qualidade e quantidade de alimentos fornecidos aos animais, principalmente no último mês e a técnica de abate têm grande influência, tanto na quantidade, quanto na qualidade da carne obtida.
As principais raças de coelhos para produção de carne são:
1. Nova Zelândia
Desenvolvida nos Estados Unidos, é a mais criada no Brasil e no mundo, sobretudo a variedade branca. Há também a vermelha e a preta. É de porte médio, precoce, com grande aptidão para a produção de carne e também pele. O seu peso máximo oscila entre 4,5 Kg para fêmeas e 5 Kg para machos.
É prolífera, precoce, rústica, de excelente carcaça e pele de média categoria, bem aproveitável. As fêmeas são mansas e boas criadeiras (as brancas são melhores que as vermelhas).
Os láparos atingem 1,8-2,0 Kg com 8-10 semanas, quando podem ser abatidos para o consumo.   
2. Califórnia
Raça americana para carne e pele, surgiu de cruzamentos com a Nova Zelândia e a Chinchila. Seu peso pode chegar a 4 kg nos machos e 4,5 kg nas fêmeas. Tem um aspecto geral harmonioso e uma ótima pele de pêlos branco-gelo, macios, sedosos e brilhantes. Possuem as extremidades (focinho orelhas, patas e cauda) escuras (quanto mais escura, melhor, sendo ideal a cor preta). É considerada uma das melhores raças, criada em todo o mundo.
O Californiano está ganhando cada vez mais reputação como excelente coelho de dupla utilidade: ótima pele branca, como ideal para corte, carne fina, precoce, boas qualidades de criação, quer em estado puro, quer para cruzamentos industriais, particularmente com o Nova Zelândia Branco. No Brasil, apesar de introduzido recentemente, o número de criadores vem aumentando progressivamente, como acontece em outros países. 
Os animais dessa raça têm pouca gordura, são volumosos e apresentam boa distribuição da massa muscular.
3 Gigante de Bouscat
 Desenvolvida na França, foi obtida a partir de cruzamentos de outras raças gigantes com a Angorá, razão pela qual tem pêlos mais compridos do que a maioria dos coelhos. Tem bom rendimento de carcaça e pesa até 7 Kg. Sua aptidão é para carne e para pêlos. De cor branca, suas orelhas chegam a atingir de 15 a 18 cm de comprimento. Só as fêmeas possuem papada, que é uma prega localizada no pescoço.
4 Azul de Viena
Originário da Áustria, o coelho Azul de Viena é uma das raças de porte médio mais populares, provavelmente por preencher satisfatoriamente os requisitos de dupla utilidade: carne e pele. Foi obtido por J. K. Schultz, em 1893 (em Viena), supostamente como resultado de cruzamentos de coelhos gigantes preto e amarelo. É bem conhecido no Brasil.
Pesa de 3,5 a 5,5 Kg quando adulto, ou 4,5 Kg em média. Pelagem de coloração azul escuro, uniformemente distribuída na parte superior do corpo, descobrindo-se para as extremidades e ventre, que é claro. 
As tonalidades marrom, preta e clara são indesejáveis, assim como a presença de pêlos brancos. Os pêlos são de comprimento uniforme, lisos, macios e brilhantes, mesmo no ventre.
É esta uma das raças mais rústicas e fáceis de criar, prestando-se tanto para a produção de carne, com boa carcaça, como para a produção de peles, que, embora não imitem a de qualquer outro animal prolífero, é muito bonita, para a confecção de agasalhos. Para este fim, é necessário dedicar muita atenção à seleção evitando a reprodução de animais com defeitos graves de pelagem, principalmente a presença de "ferrugem", muito comum. O excesso de luz falta de limpeza das gaiolas e a idade contribuem para o agravamento deste defeito.
5 Gigante de Flandres
De origem belga, seu tamanho e peso foram obtidos depois de longa e constante seleção, aliada à consangüinidade e à superalimentação. É a raça de maior porte e chega a ultrapassar os 10 Kg de peso. Apresenta variedades de cores como a parda, a negra, a areia, sendo a branca a mais comum.
Quando jovem, dá carne de qualidade razoável e pele grande, apesar dos pêlos não serem tão densos como noutrasraças.
É criado em todos os países cunicultores em grande escala. No Brasil é uma das raças mais conhecidas tanto pelos amadores, como pelos profissionais.
Peso quando adultos, de 6 a 10 Kg. Os animais com menos de 5 Kg com um ano, ou de pesos exagerados devem ser eliminados. Comprimento de 80 a 100 cm, 90 em média, tomado da ponta do focinho à ponta da cauda. A fêmea é maior.
O pêlo é fino, liso, de comprimento variável, segundo a variedade, preferivelmente denso e curto. Há duas cores típicas na raça, a cinza de lebre e a cinza do coelho bravo (acastanhado), ambos com o ventre, parte inferior da cauda e pés brancos. Muitas variedades foram formadas posteriormente pelo cruzamento com outras raças: Negra de olho róseo, Azul-prateada, Azul-afogueada, Branca-afogueada, Branca de olho escuro e de olho róseo. Não se admitem barras negras ou brancas nos pés e mios nas variedades coloridas, porém não constituem defeitos pêlos brancos disseminados nessas regiões.
            É considerada uma das melhores raças para carne e uma das mais populares no Brasil. A carne dos animais adultos é inferior, mole e muito gordurosa, devendo ser os animais sacrificados antes de completarem um ano.
As coelhas são pouco prolíficas, dando de 4 a 7 láparos por parição. Devem ser cobertas aos 6 meses, porém os machos só devem cobrir a partir de um ano de idade. Os láparos são delicados e muito sensíveis à umidade.
Os coelhos Gigantes sofrem mais com o calor excessivo do que os das raças menores, de maneira que devem ser bem protegidos. É uma raça indicada para criações em pequena escala, de amadores, e, na criação industrial, usada somente nos cruzamentos de compensação.
6 Borboleta Francês
Rústico, precoce, de fácil engorda, atingindo 2 kg com 4 meses de idade. É bom produtor de carne de boa qualidade e atinge de 5 a 6 kg quando adulto. Sua pele não é muito valorizada, pois possui marcas, não prestando às imita
7. Belier
A principal característica dessa raça são as orelhas, que chegam a medir 60 cm de comprimento e são caídas, dando um certo charme. Podem ser do tipo Francês e Inglês. O Francês é obtido pelo cruzamento do Belier Inglês com o Gigante de Flandes e coelho Normando. O Inglês é considerado uma raça fantasia.
É um animal rústico e prolífico. É mais tardio, atingindo a idade adulta aos 14 meses. As coelhas são boas criadeiras, os láparos são fáceis de criar, e atingem de 5 a 7 kg quando adultos. É considerado produtor de carne atingindo, em média, 6 kg de peso.
 PRINCIPAIS RAÇAS DE COELHOS PARA PELE:
No caso específico da pele, os animais destinados ao abate devem apresentar um bom estado de pelagem e não se devem abater animais em processo de muda, porque as peles soltam os pêlos quando estão curtidas. Quanto mais velho o animal (animais adultos acima de 5 meses), melhor a qualidade da pele. Esse fator constitui um problema de exploração para pele, em relação à exploração do coelho para carne.
Logo que retirada do animal, a pele deve ser limpa, isto é, retirada toda a gordura ou pedaços de carne a ela aderidos. Para a sua conservação, há duas maneiras:
- Colocá-la imediatamente em uma câmara frigorífica, em um congelador de geladeira doméstica ou mesmo em um freezer, onde pode ser mantida até a sua remessa para venda ou a um curtume, para curtimento.
- Colocá-la para secar, o mais rapidamente possível, o que pode ser feito de duas maneiras: ou fechada, em bolsa ou luva ou, então, aberta.
Para que uma pele tenha o seu valor de mercado garantido, é muito importante que sejam adotados métodos de conservação e que o curtimento seja bem executado. Uma pele mal conservada acaba perdendo totalmente o seu valor de venda ou, pelo menos, sofrendo uma grande depreciação. O couro das peles é curtido e utilizado para confecção de sapatos, malas, luvas, etc. É um produto de excelente qualidade, tendo uma flexibilidade semelhante ao couro de cabra.
1 Chinchila
Raça originária da França, de nível médio, pesando em média 4,0 Kg machos e 4,5 Kg fêmeas. O pêlo é constituído de três cores: base cinzenta, médio branca e a ponta preta, que dá a impressão de um conjunto cinzento, mais claro ou mais escuro.
O coelho chinchila vem ganhando espaço na cunicultura por apresentar boa aptidão para a produção de carne e, principalmente, de peles, além de responder muito bem a cruzamentos industriais, principalmente com a raça Nova Zelândia Branco, produzindo coelhos precoces.
Foi a raça que melhor se adaptou ao Brasil, sendo considerada uma das melhores, por sua resistência física, precocidade e prolificidade.
2. Castor-Rex
A raça Rex (rei dos coelhos) foi criada em 1919, na França, por Caillon, separando um casal de láparos que tinha nascido com "pêlo de rato" e fazendo-os reproduzir. Foi reconhecida como raça a partir de 1924, e era, a princípio, tido como um coelho muito fraco e de difícil criação. Os primeiros coelhos eram de cor de castor, de onde derivou o nome de Castor-Rex.
Mais tarde foi cruzado com numerosas raças e obtiveram-se coelhos Rex de todas as cores possíveis. Os mais estimados são Castor Rex escuro, Castorrex castanho ou Havano, Castorrex azul ou' Lince Rex, Negro ou Lontra Rex, Alasca Rex, Arminho Rex, Azul Rex, Chinchila Rex, Nutria Rex, Topo Rex, Lilás Rex, Branca Rex, etc. Após esses cruzamentos para obtenção das variedades, verificou-se que esses coelhos não eram tão difíceis de criar. Provavelmente isto fora verdade nos primeiros exemplares da raça, devido à consangüinidade, mas o vigor foi restabelecido nos cruzamentos com outras raças.
            Hoje é considerada uma das melhores raças de coelho de dupla utilidade, produzindo as melhores peles e carne muito fina.
Seu peso é de 3 a 4 Kg, chega a idade adulta ao 5 meses.  Pelagem finíssima, com ausência aparentemente completa de pêlos cáprios, de aspecto lanoso-aveludado, semelhante ao da lontra, porém mais fino e curto. Quanto mais curto for o pêlo, melhor (1,3 mm), admitindo-se até 1,6 mm de comprimento no meio do dorso. Quando os pêlos são mais longos, as peles tem pouco valor. O pêlo é denso, com bastante brilho.
A cor do "Castor-Rex" vai do vermelho escuro até o acaju escuro, preferindo-se geralmente os tons mais escuros, que se aproxima da cor do castor. A cor é centrífuga e vai clareando para o ventre, a que é branco ou cinza muito claro. As coxas são às vezes um pouco acinzentadas.
O "Havana-Rex" deriva do cruzamento com fêmeas Havanas, tem a cor do castor, porém de maneira uniforme. Toda a pele pode ser aproveitada. Não deve ter pêlos brancos.
O "Lontra-Rex" tem o fundo do pêlo cinzento e reflexos avermelhados. O ventre tem uma faixa cinza.
O "Chinchila-Rex" tem a cor do Chinchila, às vezes com um tom acastanhado e o ventre com faixa branca.
O "Azul-Rex", derivado do Azul de Beveren e de Viena, tem os pêlos cinzentos muito claros na base, aveludados e brilhantes.
O "Negro-Rex", proveniente de raças negras, tem pêlos muito brilhantes.
O "Branco-Rex", branco uniforme, foi obtido do cruzamento com Branco de Viena, de Bouscat e da Vendéa. Pode-se utilizar a pele inteira.
O "Arminho-Rex", derivado do Polaco, dá peles pequenas, porém com pêlos muito finos, sedosos e brilhantes.
Existem ainda numerosas variedades menos comuns, mas igualmente valiosas, tais como a "Rosa-Rex", a "Gris-Perle", a "Cor-de-fogo", a "Laranja", a "Zibelina", a "Fuinha" etc.
As peles dos Rex, quando uniformes e de cores definidas, possuem grande valor, por este motivo devem constituir o objetivo principal da criação e da seleção. Não obstante, como o tamanho da pele também a valoriza, deve-se evitar a degenerescência no peso. Sua carne não é inferior à dos demais coelhos, excelente em algumas variedades e, embora valha menos que a pele, os Rex devem ser considerados mistos: para a pele e carne.
3 Prateado de Champagne
            De origem desconhecida, rústico, precoce, fácil de criar. Sua carne é de ótima qualidade e a pele serve para fazer muitas imitações, por issomuito valorizada. Não devem ser muito claros, pois perdem bastante valor
4. Negro e Fogo
De tamanho pequeno, sendo muito bonito devido à sua pelagem. É uma raça fantasia ou esportiva, cuja carne é de ótima qualidade. A pele é de grande valor devido ao brilho muito intenso. É precoce e rústico e as fêmeas são boas criadeiras (5 a 6 láparos). A pelagem é de duas cores, sendo uma negra aveludada muito intensa e a outra cor de fogo com tonalidade vermelho-cobre, pura e sem mistura alguma de outras cores. Pode apresentar variedades (Azul e Fogo, Havana e Fogo, e Prateado e Fogo).
5. Polonesa
É a menor de todas as raças de coelhos, sendo a mais bonita entre as raças brancas, imitando perfeitamente a pele do arminho, um pequeno animal cuja pele é muito valorizada para comercialização.
A carne é de ótima qualidade, mas produzida em pequena quantidade. O peso é de aproximadamente 1,5 kg. É um animal delicado, sofre bastante com altas temperaturas e frio intenso.
As fêmeas são prolíferas e boas criadeiras.
O principal inconveniente dessa raça é o tamanho pequeno, pois produz ótima carne e uma pele de grande valor, sendo mesmo uma das mais valorizadas entre as produzidas pelos coelhos.
 PRINCIPAIS RAÇAS DE COELHOS PARA PÊLO
Os pêlos das peles utilizadas para fabricação de couro são destinados à confecção de feltros para usos variados, como a fabricação de chapéus, entre outros.
A principal raça de coelhos para produção de pêlos é a Angorá:
1. Angorá
É freqüente referirem-se a esta raça como proveniente de Angorá, Turquia asiática, onde se diz ser antiga sua criação. Não se sabe ao certo quando e onde se deu a mutação que originou o coelho Angorá, entretanto seu nome deve ter-se originado apenas na semelhança com a raça de cabras de Angorá.
Distingue-se das demais raças da espécie por ser a mais importante produtora de pêlos. No entanto, é considerada de tríplice utilidade: lã, carne e pele.
Apresenta diferentes tamanhos e variedades, a pequena, é a branca (cor  primitiva), porém as variedades mais estimadas são hoje as negra pura, azul-escura, havana e siberiana (branca com malhas típicas do russo).
O pêlo longo e sedoso, que se destina à fiação, é obtido por depilação dos animais vivos. Penteiam-se os animais cada 15 dias (começando quando tem um mês a um mês e meio de idade, geralmente na desmama), com uma escova de cerdas rijas ou pente grosso. A colheita de pêlos é feita por arranque, quando estão "maduros" (soltam) o que pode acontecer na oitava semana. As primeiras colheitas são inferiores e o produto não deve ser misturado com o dos animais idosos. O segundo arranque é feito 60 dias depois do primeiro, o terceiro, 70, o quarto com 80 dias de intervalo e daí por diante, cada três meses. Os coelhos não ficam completamente pelados, pois conservam os pelos curtos.
O arranque obedece a uma técnica especial. Primeiro passa-se o pente para alisar, depois, segurando-se com a mão esquerda a pele, puxam-se os pêlos mais compridos, perpendicularmente ou segundo a inclinação dos pêlos (conforme a região), deixando os da cabeça, cauda e patas e os mais curtos do corpo. Os animais depilados são então reunidos em grupos pequenos com cama abundante para se aquecerem. Os pêlos são guardados em caixas, sem compressão, para evitar seu emaranhamento.
O peso varia entre 1,5 a 4 Kg, dependendo da variedade, e atinge a idade adulta aos 6 meses.
O pêlo deve ser tão comprido quanto possível (de 12 a 18 cm), fino, liso, sedoso, denso, suave ao tato, não permitindo ver-se porção alguma da pele. A cor é de acordo com as variedades, uniforme, salvo na Siberiana. O pêlo não deve ser emaranhado, sujo, ralo, grosso, lanoso, maltinto, malhado, nem devem faltar os tufos característicos.
A produção de pêlos no primeiro ano atinge 200g e nos anos seguintes 300g por cabeça, havendo exemplares excepcionais, que chegam a produzir 600g.
Pesquisas demonstram que os pêlos dos coelhos Angorás são dez vezes mais isolantes que os fios de lã de carneiro, apresentando, ainda, elevado índice de impermeabilidade e menor peso específico.
Os Angorás são coelhos rústicos, muito mansos e sociáveis, sentindo prazer em serem penteados. As coelhas são prolíficas, dando 7 a 8 láparos por parição, os quais nascem nus e com a cabeça muito grande. Entre o 4º e o 8º dias, conforme o calor, nascem os pêlos que crescem rapidamente. A primeira muda se faz aos 3 meses, porém convém pentear desde a desmama.
Para conservarem as excelentes características de seu pêlo devem ser mantidos em gaiolas escuras, quentes e sem correntes de ar. Há criadores que os criam principalmente para carne, sem se preocuparem muito em cuidar dos pêlos, outros destinam as peles ao curtimento, sacrificando os animais depois da muda de inverno. Essas peles se destinam a confecção de abrigos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escolha da raça é um fator muito importante para o sucesso de uma criação. Por isso, antes de iniciar uma criação, devem ser levados em consideração dois pontos muito importantes: qual o produto desejado e qual a raça mais indicada para produzí-lo.
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