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A Chianina é uma raça originária do Vale de Chiana, na Toscana - Itália. Acredita-se que essa raça exista desde 1500 a.C., dessa forma a Chianina é considerada a raça mais antiga do país europeu. Existem registros que sugerem que a Chianina é resultado do cruzamento entre as raças Bos primigenius e Bos brachyceros. Antigamente a raça tinha como principal função a tração, então os gados eram utilizados para auxiliar na condução de carruagens, principalmente quando haviam grandes festas na Roma Antiga. De acordo com a tradição, a Chianina é uma raça muito antiga difundida na Itália por mais de dois mil anos, e isso seria confirmado pelas descrições dadas por autores clássicos. Virgílio nas "Geórgicas" descreve os touros brancos criados na área do rio Clitunno, na Úmbria, sacrificados aos deuses durante os triunfos de guerra, e definidos como os maiores de todas as vítimas. Também Columella no "De Re Rustica" descreve os bovinos da Úmbria como "vastos et albos", isto é enormes e brancos. Outras referências ao tipo chianino também apresenta-se difundidas em representações de cenas de sacrifícios de touros, como os "Suovetaurilia", em que um porco (sus), uma ovelha (oves) e um touro (taurus) eram sacrificados a Marte. O gado lá representado é grande e suas proporções se assemelham às da Chianina, considerando também a inexatidão inevitável na representação, devido à estreiteza do espaço e ao caráter simbólico dos relevos. Um bovino semelhante a um Chianino é também representado na fachada do século XV da Sé de Siena. Porte: ➔ São gados muito grandes, essa raça é considerada uma das maiores do mundo, e os machos chegam a ter 1,80m de altura e pesar até 1300 kg. Pelagem: ➔ Coloração branca porcelana, com tonalidades cinza clara nos machos principalmente na região anterior do corpo. Raça Chianina Características raciais Origem https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/Tese_Gisele_Aparecida_Felix.pdf Pelos: ➔ Finos, curtos e sedosos, com pigmentação mais escura nas extremidades, enquanto a pele é fina, flexível, solta e de cor preta. Corpo: ➔ Cilíndrico, longo e profundo, o tronco do Chianina é bastante musculoso. A garupa é ampla e horizontal, as coxas e nádegas compridas e convexas. As costelas são afastadas, arqueadas e longas. A cauda do animal se apresenta em forma de vassoura preta e é bem inserida. ➔ Nas fêmeas, o úbere é uniforme e bem desenvolvido. Cascos ➔ Resistentes e apresentam cor preta. Nessa raça o primeiro parto geralmente ocorre aos 32 meses e tem um período de estação médio de 292 dias. Os bezerros nascem com peso médio de 50 kg. os machos e 44 kg. as fêmeas. O intervalo entre partos é em média 113 dias. Quando nasce o bezerro tem uma pelagem diferente, se apresentando numa coloração amarelada, mais ou menos da cor de trigo, somente quando alcançam os 3-4 meses de idade assumem a pelagem branca típica da raça. Cabeça ➔ Pequena, perfil retilíneo, os cornos são curtos e direcionados para fora, e curvos para cima e para frente. ➔ As orelhas são pequenas e as narinas, abertas. ➔ O pescoço nas fêmeas é mediano, mas nos machos se apresenta curto e musculoso. Essa raça é reconhecida e bastante valorizada pela qualidade da carne que possui e também pelos bons rendimentos produtivos que tem, como: elevado ganho médio diário de peso e também ótimo rendimento de carcaça (54% a 61% de acordo com alguns fatores como a idade do animal ao abate, por exemplo). Por possuir tais características de crescimento rápido, grande musculatura e constituição robusta, essa raça é considerada de alto nível pro mercado de bovinos de corte. O ganho de peso diário é em média de 1,7 kg., mas não é incomum casos de animais que ultrapassem o ganho diário de 2kg. Características econômicas Machos de 1 ano podem pesar até mais de 400 kg. Já as vacas costumam pesar entre 800 - 900 kg., mas costumeiramente também podem atingir os 1000 kg. O peso ideal de abate é 650-700 kg à idade de 16-18 meses e o rendimento de carcaça é mais ou menos do 64-65%. Os bovinos dessa raça são precoces, e aos 18 meses já estão aptos para o abate, principalmente quando criados em condições de manejo ideal. Além disso, outras características interessantes para o produtor é que tanto os touros como as vacas são altamente férteis e longevos, e apesar do tamanho as vacas Chianina não costumam ter dificuldades no parto, parindo sem assistência bezerros com até 50 Kg. Uma das grandes qualidades e destaque da raça é a carne, que é considerada de alto nível pois não apresenta gordura entre as fibras, mas sim, uma fina camada de gordura subcutânea. Essa característica faz com que a carne Chianina seja muito procurada e bem avaliada no mercado. A Chianina é afamada pela qualidade da sua carne, saborosa e magra, e pelos bons rendimentos produtivos como o elevado ganho médio diário e rendimentos de carcaça muito bons, graças às suas baixas percentagens de osso no peso. Em 1956 o Brasil importou seus primeiro 8 exemplares de Chianina para o estado de São Paulo, entre esses animais estavam 2 machos e 6 fêmeas. Em pouco tempo os criadores perceberam que se tratava de uma raça com grande capacidade de produção de carne e que demonstravam boa adaptação ao clima brasileiro. Dessa forma, entre 1964 e 1972 o Brasil importou mais animais chianinos, dessa vez envolvendo negociações com outros estados como Pernambuco e Bahia. Em 1980, já haviam sido importados 200 machos e 722 fêmeas. A adaptação da raça ao clima quente permitiu o estabelecimento de grandes núcleos de criadores em Góias, Pernambuco, Baia e Mato grosso. Os Chianinos possuem alta rusticidade e esta característica é bastante favorável para sua adaptação ao clima brasileiro, portanto ela consegue sobreviver e até parir em ambientes que sejam desfavoráveis, e além disso consegue ter uma boa resistência contra parasitas. A rusticidade da raça é conferida por sua pelagem preta e oleosa. Esses fatores fazem com que os chianinos tenham uma maior capacidade de dissipar calor e também confere resistência a ectoparasitas. Pelagem branca e pigmentação preta facilita a adaptação ao clima tropical. Adaptação No Brasil, o cruzamento mais comum ocorre com o nelore, ambas as raças possuem características raciais parecidas e o cruzamento entre elas, geralmente, é utilizado para obtenção de novilhos precoces e pesados. Os novilhos resultantes desse cruzamento recebem o nome de Nelchiano ou Caiuá, ultimamente Caiuá vem sendo substituído pela nomenclatura Chinelore. Também é possível realizar cruzamentos com outras raças zebuínas. Mesmo em cruzamentos com as raças zebuínas as fêmeas não costumam apresentar problemas no parto. Nos Estados Unidos também são feitos cruzamentos em centros de criação de bovinos, os mais comuns ocorrem com as raças Brahman formando o Chibran, e com a Aberdeen Angus gerando o Chiangus. O cruzamento de raças taurinas com zebuínas faz com que se manifeste um sinergismo das características produtivas. Esse aumento de produtividade é traduzido em aumento da velocidade de ganho de peso, diminuição da idade dos animais ao abate, apresentando também um incremento de qualidade através da marmorização provocada pelas raças taurinas, conferindo maior sabor e maciez na carne, mantendo inalterada a capacidade do bovino nacional de adaptar-se às condições normais de alimentação e manejo habituais. Referências bibliográficas: Raça bovina Chianina. Disponível em: <http://www.andreagaddini.it/Chianina_pt.html>. Acesso em: 28 de maio de 2021. Raças corte. Disponível em: <https://racasbovinosvbo.com.br/crbst_33.html> Acesso em: 27 de maio de 2021. Gado Chianina: tudo que você precisa saber. Disponível em: <https://tecnologianocampo.com.br/gado-chianina/> Acesso em: 28 de maio de 2021. Cruzamentos https://tecnologianocampo.com.br/gado-chianina/ https://racasbovinosvbo.com.br/crbst_33.html http://www.andreagaddini.it/Chianina_pt.html
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