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55
ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS 
METABÓLICAS
Objetivos
• Estudar as principais disfunções metabólicas, bem como suas causas e con-
sequências no organismo.
• Compreender os benefícios da prática regular de atividade física para com-
bater essas disfunções.
• Possibilitar o entendimento das diretrizes acerca da prescrição de ativida-
de física para o tratamento de tais doenças.
Conteúdos
• Características da obesidade, possíveis causas e consequências.
• Benefícios da atividade e exercícios físicos no tratamento da obesidade.
• Recomendações de atividade física e exercícios físicos para obesos.
• Característica da Síndrome Metabólica, possíveis causas e consequências.
• Benefícios da atividade e exercícios físicos no tratamento da Síndrome 
Metabólica.
• Recomendações de atividade física e exercícios físicos para portadores de 
Síndrome Metabólica.
• Característica do diabetes, possíveis causas e consequências.
• Classificação do diabetes.
• Benefícios da atividade e exercícios físicos no tratamento do diabetes.
• Recomendações de atividade física e exercícios físicos para portadores do 
diabetes.
UNIDADE 2
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite apenas ao Conteúdo Básico de Referência; busque outras 
informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apre-
sentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, 
o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento 
intelectual.
2) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteú-
do Digital Integrador.
57© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
1. INTRODUÇÃO
Disfunções metabólicas ou doenças metabólicas são ter-
mos gerais utilizados para identificar doenças causadas por algu-
ma anormalidade no metabolismo.
O "metabolismo" é um conjunto de transformações quími-
cas que ocorrem no organismo, as quais têm envolvimento de 
nutrientes e hormônios e sua transformação em energia. Quan-
do ocorre qualquer tipo de "erro" dentro desse processo, é de-
sencadeada a disfunção metabólica.
O sedentarismo é um dos principais fatores para o sur-
gimento dessas doenças metabólicas, por contribuir de forma 
significativa para a "lentidão" do metabolismo – se ele trabalha 
de forma lenta, ocorre o acúmulo de energia no tecido adiposo, 
resultando em ganho de peso e, especificamente, obesidade. A 
obesidade é o ponto inicial para problemas metabólicos como a 
Síndrome Metabólica e o diabetes Tipo 2, sendo um dos princi-
pais fatores para complicações crônicas, doenças cardiovascula-
res e cânceres, limitando a capacidade funcional do indivíduo e 
diminuindo sua expectativa de vida.
Não podemos deixar de mencionar a genética como causa 
de algumas doenças metabólicas como o diabetes Tipo 1, já que 
esta é caracterizada com uma anormalidade do metabolismo.
A prática regular de atividade física apresenta adaptações 
metabólicas, como ajustes no perfil bioquímico (aumento da 
captação de açúcar, oxidação de lipídios e controle hormonal), 
cardiovasculares (melhora da função cardíaca e controle da pres-
são arterial), além de promover a "aceleração" do metabolismo, 
gerando a perda de peso e ganhos na aptidão física.
58 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Cabe ressaltar, entretanto, que seguir as recomendações 
inerentes à prescrição de exercícios físicos para essas populações 
sedentárias ou com disfunções metabólicas é de suma importân-
cia, para evitar os efeitos colaterais do exercício físico.
Os exercícios físicos são fundamentais para a perda do 
peso e diminuição dos casos de obesidade, Síndrome Metabólica 
e diabetes Tipo 2. Entretanto, quando mal trabalhados, podem 
causar danos ortopédicos e eventos cardiovasculares súbitos. No 
tratamento do diabetes Tipo 1, o principal cuidado é com crises 
de hipoglicemia na hora de executar o exercício, que podem le-
var o paciente ao óbito, e também com complicações tardias da 
doença. Esses fatores colocam limitações para alguns exercícios 
físicos.
As recomendações acerca da prescrição de exercícios físi-
cos para essa população contêm diretrizes que nos oferecem o 
ponto de partida para melhores resultados com a atividade físi-
ca e determinam quais os cuidados que se deve ter com esses 
"pacientes".
Esta unidade é um "convite" para nos aprofundarmos so-
bre as disfunções metabólicas, suas complexidades e particula-
ridades e, principalmente, sobre como elaborar programas de 
condicionamento físico para essa população específica.
Antes de prosseguir seus estudos, leia os artigos indica-
dos no tópico 3. 1 desta unidade.
59© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA
A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de 
tecido adiposo – maior que 20% do peso corporal no homem 
e 30% na mulher. É considerada uma disfunção metabólica por 
estar relacionada ao descontrole alimentar, a problemas hor-
monais e ao baixo nível de atividade física (NEGRÃO; BARRETO, 
2005).
A obesidade vem se tornando uma epidemia mundial, 
principalmente em países industrializados e emergentes. O cres-
cimento está relacionado a um estilo de vida inadequado, com 
alto consumo de alimentos ricos em açúcar e gorduras satura-
das, aliado ao comportamento sedentário. Nos Estados Unidos 
da América, o crescimento da obesidade vem ocorrendo ao lon-
go das décadas: em 1988, 22,9% da população eram composta 
por obesos; já em 1994, 55,9% estava com sobrepeso; entre os 
anos de 1999 e 2000, 30,5% da população americana estava com 
obesidade e 55,9% apresentava sobrepeso. No Brasil, ocorreu o 
mesmo fenômeno, mas com números diferentes: no período en-
tre 1974 e 1980, 9,6% da população era composta por obesos; 
em 2008, esse número aumentou para 32% da população.
60 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Segundo o estudo Vigitel 2013 (BRASIL, 2014), esse núme-
ro passou para 48,5% da população. Os dados foram coletados 
em 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
No senso de 2013, foram encontrados os seguintes 
resultados:
• Sobrepeso: o índice dos homens com sobrepeso é de 
52,6% e o das mulheres é um pouco menor, 44,7.
• Homens: o excesso de peso, na faixa populacional de 18 
a 24 anos, é de 29,4%; na de 25 a 34 anos, é de 55%; na 
de 34 a 65 anos, esse número sobe para 63%.
• Mulheres: o excesso de peso, na faixa populacional de 
18 e 24 anos, é de 25,4%; na de 25 a 34 anos, é de 39,9%; 
na de 45 a 54 anos, o valor mais que dobra, comparado 
ao da juventude, passando para 55,9% (BRASIL, 2014).
Para entender melhor esses dados, confira a Figura 1:
 
Fonte: Brasil (2014).
Figura 1 Senso sobre a obesidade no Brasil.
61© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
A obesidade pode ser classificada pelo IMC (Índice de Mas-
sa Corpórea). A figura a seguir explica a classificação da obesida-
de pelo IMC e sua relação com o risco de comorbidades:
Figura 2 Cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) para adultos.
A obesidade, em relação à distribuição da gordura corpo-
ral, pode ser classificada da seguinte forma:
• Androide: predominantemente em homens.
• Ginoide: predominantemente em mulheres.
Entenda melhor tais classificações observando a Figura 3 
a seguir:62 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Figura 3 Distribuição da gordura: androide e ginoide.
A causa da obesidade ainda não foi bem esclarecida; entre-
tanto, existem vários fatores, que, de forma isolada ou conjunta, 
podem determinar a origem da doença:
1) Fatores operantes: genética, fatores socioeconômicos 
e talvez raciais. A genética vem sendo estudada como 
forma direta de desenvolvimento da doença; porém, 
sua participação em porcentagem ainda é pequena. 
Os fatores ou condições sociais podem ser importan-
tes no surgimento da doença. Famílias de classe baixa 
têm acesso a alimentos de alto valor calórico e baixo 
custo; em contrapartida, famílias de renda alta têm 
acesso a alimentos também com alto teor energéti-
co, saborosos, de baixo valor nutricional e de rápido 
consumo, chamados fast-food (PALMA, 2000). Alguns 
estudos têm investigado perfis étnicos e obtido acha-
dos importantes, sendo a prevalência da obesidade 
63© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
maior em negros afro-americanos (MCARDLE; KATCH; 
KATCH, 2003).
2) Fatores específicos: estilo de vida e padrão alimentar. 
O estilo de vida sedentário promove a diminuição do 
gasto energético, contribui para a redução de mobili-
dade, além de estar totalmente associado a doenças 
crônicas não transmissíveis. Esse comportamento, 
associado ao alto consumo de nutrientes, gera um 
resultado de balanço energético positivo, ou seja, ar-
mazena-se mais energia do que se gasta, tornando o 
metabolismo lento, podendo contribuir de forma sig-
nificativa para o avanço da obesidade.
3) Fatores relativos: alterações nos níveis hormonais de 
leptina, grelina e triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). A 
leptina e a grelina são hormônios produzidos pelo te-
cido adiposo e auxiliam no controle do centro de sa-
ciedade – no caso da leptina (que significa "magro", 
em grego) ocorre a inibição do centro hipotalâmico, 
garantindo saciedade. Os demais hormônios T3 e T4 
são secretados pela glândula tireoide e são responsá-
veis pelo controle do metabolismo. Quando ocorre a 
disfunção na liberação dos hormônios, com produção 
excessiva (hiper) ou abaixo do normal (hipo), pode ha-
ver alteração do metabolismo, promovendo o ganho 
ou a perda de peso (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
Outra classificação das possíveis causas da obesidade apa-
rece a seguir:
• Exógena: decorre do desequilíbrio energético entre in-
gestão e demanda – compreende 98% dos casos.
64 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
• Endógena: causas hormonais (alterações do metabolis-
mo tireoidiano, gonadal, hipotalâmico e síndromes ge-
néticas) – compreende apenas 2% dos casos.
Podemos perceber que a principal causa da obesidade está 
relacionada ao comportamento inadequado em relação à alta in-
gestão de nutrientes e ao baixo gasto energético.
Vejamos a figura 4 a seguir:
Principal causa da obesidade
Consumo 
Nutricional
Gasto 
Energético
Figura 4 Principal causa da obesidade.
Definir a causa da obesidade é algo complexo, devido a 
inúmeros fatores que podem interferir nesta questão. O que 
se pode afirmar é que a obesidade é uma doença silenciosa e 
multifatorial.
65© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Compreende-se que ela está relacionada a diversas dis-
funções orgânicas, provocando complicações e consequências à 
saúde.
Souza, Arantes e Costa (2008) relatam, em sua pesquisa, 
outras morbidades ligadas à obesidade que contribuem de for-
ma significativa para a redução da qualidade de vida, aumentam 
o número de afastamentos e diminuem a expectativa de vida. 
Observemos a seguir algumas dessas outras morbidades:
1) Obesidade e outras importantes doenças metabólicas:
a) Dislipidemias: com o aumento do consumo de gor-
duras, o fígado aumenta a síntese (produção) de co-
lesterol, promovendo o aumento dos triglicerídeos 
e LDL (colesterol ruim) e a diminuição do HDL (co-
lesterol bom), sendo um fator de risco direto para o 
surgimento de doenças cardiovasculares.
b) Diabetes tipo II: distúrbio metabólico relacionado 
à resistência insulínica, caracterizada por hipergli-
cemia e hiperinsulinemia. Esses mecanismos estão 
atrelados a má alimentação e ganho de peso.
2) Obesidade e doenças cardiovasculares:
a) Hipertensão: os mecanismos que envolvem a rela-
ção da obesidade com a hipertensão não estão bem 
esclarecidos; no entanto, é ponto comum que os 
mecanismos de pressão alta se descontrolam com 
aumento de peso e estão ligados ao excesso de gor-
dura visceral (ROSA et al., 2005).
b) Doença arterial coronariana: as artérias sofrem 
diversas alterações anatômicas ao longo da vida, 
associadas ao envelhecimento, e geram lesões que 
as obstruem (ocupam), atrapalhando o fluxo san-
66 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
guíneo. Com a obesidade, aumenta a dislipidemia, 
que contribui para a formação de placas de gordu-
ra na artéria, podendo resultar no infarto agudo do 
miocárdio (IAM) ou no acidente vascular encefálico 
(AVE) (NILMAN, 2000). 
3) Obesidade e doenças respiratórias:
a) Falta de ar.
b) Apneia do sono.
4) Obesidade e doenças ortopédicas:
a) Osteoartrite: é uma doença reumática e inflamató-
ria; o excesso de peso pode provocar pressão so-
bre os ossos, acentuando o problema. A artrite tem 
como sintomas a dor muscular crônica e a limitação 
do movimento, diminuindo a autonomia funcional 
do indivíduo (NILMAN, 2000).
b) Neoplasias: a obesidade está associada a diversos 
tipos de câncer, principalmente os de estômago, có-
lon e esôfago, diminuindo a expectativa de vida da 
população obesa.
Benefícios de atividade e exercícios físicos no tratamento da 
obesidade
As atividades e os exercícios físicos são uma estratégia não 
medicamentosa fundamental no tratamento da obesidade pelos 
seus diversos efeitos fisiológicos e metabólicos.
Existem vários modelos ou tipos de exercícios que podem 
ser utilizados com o objetivo da perda de peso.
67© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Exercícios prolongados, envolvendo grandes e pequenos 
grupos musculares de forma simultânea (como os exercícios con-
tra-resistência – musculação), auxiliam no ganho cardiovascular.
Os principais benefícios das atividades e dos exercícios físi-
cos para evitar a obesidade são os que seguem:
1) Benefícios na composição corporal:
a) distribuição e redução da gordura corporal;
b) diminuição da gordura abdominal, que é um fator 
de risco de doença cardiovascular;
c) diminuição da gordura visceral, diminuindo as 
chances de desenvolvimento de doenças hepáticas 
e renais;
d) diminuição da massa gorda;
e) aumento da massa magra.
2) Benefícios no metabolismo:
a) aumento do gasto energético total (GET), contri-
buindo para a manutenção e a redução do peso;
b) aumento da Taxa Metabólica Basal (TMB), que é a 
quantidade de calorias gasta em 24 horas;
c) controle do perfil lipídico, diminuição do colesterol 
total (triglicérides e LDL) e aumento do HDL, afas-
tando o risco de doenças cardiovasculares;
d) aumento da absorção e eliminação de nutrientes, 
colaborando para a regulação do trânsito intestinal;
e) controle de lipídios no sangue, diminuindo a inci-
dência de problemas cardiovasculares;
f) controle de glicose, diminuindo a ocorrência de Sín-
drome Metabólica e diabetes Tipo 2;
68 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
g) regulação hormonal, com o aumento da absorção 
de nutrientespelas células musculares, a necessida-
de da quantidade de insulina liberada pelo pâncreas 
torna-se menor, facilitando sua ação e diminuindo 
as chances do desenvolvimento da hiperinsuline-
mia, que é um preditor de diabetes Tipo 2;
h) efeitos cardiovasculares; diminuição da frequência 
cardíaca, aumento do débito cardíaco, acréscimo 
do VO2 máx. (quantidade de oxigênio em ml/minu-
to que é captado durante a atividade física), melho-
rando a capacidade cardiovascular e a oxidação de 
gorduras;
i) controle da pressão arterial, auxiliando no trata-
mento ou diminuindo as chances de desenvolvi-
mento de hipertensão arterial;
j) melhora da vascularização, diminuindo a resistência 
vascular periférica (inchaço e retenção hídrica nas 
extremidades periféricas – braços e pernas);
k) diminuição da frequência cardíaca (bradicardia) 
e débito cardíaco, melhorando a eficiência do 
coração.
3) Benefícios para a saúde osteoarticular:
a) Com a prática regular de atividade física e, conse-
quentemente, a diminuição de peso, principalmen-
te quando associada ao tratamento nutricional 
(dieta), as articulações são favorecidas, diminuindo 
a sobrecarga e, portanto, dores e doenças inflama-
tórias, como artrite e artrose.
4) Benefícios psicossociais:
69© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
a) alterações hormonais no sistema nervoso, que 
contribuem para a sensação de bem-estar e dever 
cumprido, causando a sentimento de recompensa 
emocional e promovendo o bem-estar;
b) melhora da autoestima e socialização (NEGRÃO; 
BARRETO, 2005).
Na figura a seguir, veremos, resumidamente, os efeitos fi-
siológicos de atividades e exercícios físicos para o tratamento da 
obesidade:
Figura 5 Efeitos fisiológicos de atividade e exercícios físicos para o tratamento da 
obesidade.
70 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Recomendações para a prática de atividade física para obesos
A prática regular de atividades e exercícios físicos, associa-
da a hábitos de vida considerados saudáveis, faz parte integrante 
do tratamento não medicamentoso da obesidade. Além disso, os 
exercícios físicos, conforme já estudado neste material, promo-
vem diversas adaptações (benefícios), de modo que, ao longo da 
vida, quando o indivíduo consegue controlar o peso, afasta os fa-
tores de risco de doenças cardiovasculares e câncer, melhorando 
sua qualidade de vida.
Em um programa de condicionamento físico para obesos, 
com objetivo de redução e controle de peso, devemos nos ater 
à organização dos seguintes componentes: modalidade, dura-
ção da sessão, intensidade, frequência semanal, progressão ou 
continuidade.
São sugeridas modalidades que envolvam a execução do 
trabalho muscular de grandes grupos com pequenos grupos 
de forma simultânea, que utilizem energia aeróbia como fonte 
predominante para aumentar a oxidação de ácidos graxos livres 
(gorduras). Como exemplos, podemos citar a caminhada, a uti-
lização de cicloergômetros (uso de vários equipamentos de ma-
neira intercalada, como bicicleta ergométrica, esteira rolante e 
simulador de caminhadas).
Os exercícios contra-resistência ou musculação também 
devem ser utilizados, complementando os programas de redu-
ção de peso. Devem ser propostas cargas moderadas, com séries 
longas de 15 a 20 repetições e intervalos curtos de 30 segundos 
a 1 minuto, para auxiliarem no gasto energético, na manuten-
ção de massa magra e no fortalecimento muscular. Selecione 
exercícios de fácil execução e que demandem baixa técnica de 
execução, para evitar lesões osteomusculares. As atividades no 
71© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
meio aquático são também de grande importância, por não te-
rem impacto e evitarem problemas relacionados à pele, como 
assaduras e alergias originadas do suor.
As sessões devem ter duração de, no mínimo, 30 minu-
tos, com esse tempo sendo aumentado de forma progressiva, de 
acordo com a melhora da aptidão física do indivíduo. Sessões de 
30 minutos de atividade física como deslocamento, atividades de 
lazer ou atividades da vida diária (como limpeza de residência, 
carro, deslocamento para o trabalho) podem ser utilizadas como 
encorajamento para mudança de estilo de vida.
A intensidade é um dos fatores também considerados im-
portantes no programa de treinamento físico para obesos: este 
deve ser iniciado com intensidade de leve a moderada (de 40 a 
60% da frequência cardíaca de reserva, evoluindo para de 50 a 
70%). Um instrumento muito utilizado para avaliar a intensidade 
de esforço é a escala subjetiva de esforço de Borg, que qualifi-
ca de 0 a 10 a execução do exercício, podendo ser aplicada em 
várias modalidades e ambientes de prática de atividade física. 
Observe o quadro 1 a seguir:
72 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Quadro 1 Modelo de escala subjetiva de esforço (Borg).
A frequência semanal deve ser de 5 a 7 vezes por semana, 
sendo um dos componentes mais importantes para o sucesso do 
treinamento físico.
A progressão ou continuidade do treinamento depende 
da evolução dos fatores mencionados; entretanto, para garantir 
a adaptação gerada pelos programas, pode-se alterar o volume 
(quantidade) ou intensidade (qualidade) das sessões de treina-
mento, intercalando sessões leves e moderadas com sessões 
mais vigorosas, realizando-as de forma progressiva, evitando 
executá-las de maneira rápida, pois a maioria dos indivíduos com 
sobrepeso ou obesidade tem dificuldades em sessões de exercí-
cios físicos com alta intensidade (DIAS; MONTENEGRO; MONTEI-
RO, 2014). Para uma visão mais clara dessas informações, confira 
o Quadro 2:
73© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Quadro 2 Características dos programas de atividade física para 
obesos.
MODALIDADES DURAÇÃO 
(MINUTOS)
INTENSIDADE FREQUÊNCIA 
(SEMANAL)
Caminhada, corrida, bicicleta 
ergométrica e simulador de 
caminhada
30 a 90 Moderada 5 a 7
Exercício resistido (musculação) 60 Moderada 3 a 4
Atividades aquáticas 60 --- 3 a 4
Fonte: adaptado de Dias, Montenegro e Monteiro (2014).
As recomendações para perda de peso envolvem a atua-
ção de outras áreas, como a Nutrição e a Psicologia, que estimu-
lem e promovam o entendimento acerca da disfunção. Portanto, 
a "troca" de informações com outros profissionais por meio do 
trabalho multiprofissional é de suma importância para o suces-
so do tratamento. Outras sugestões importantes visando a bons 
resultados são:
• Estimular a adoção de um estilo de vida saudável, por 
meio de alimentação equilibrada e incentivo ao gasto 
energético diário.
• Aumento progressivo de atividades físicas de leves a 
moderadas para, no mínimo, 150 min/semana, além das 
sessões de exercícios físicos elaboradas no programa.
Para aprofundar mais seus conhecimentos a respeito da 
Obesidade, sugerimos que você leia os artigos indicados no 
tópico 3. 2.
74 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
2.1. SÍNDROME METABÓLICA (SM) E ATIVIDADE FÍSICA
Característica da doença, possíveis causas e consequências
A Síndrome Metabólica (SM) tem várias nomenclaturas 
e denominações, tais como "Síndrome X", "quarteto mortal" e 
"Síndrome Plurimetabólica". Atualmente, é mais conhecida como 
"Síndrome Metabólica" por apresentar um conjunto de anorma-
lidades no metabolismo e no controle circulatório muitas vezes 
presente com a obesidade. É caracterizada pelo agrupamento de 
fatores de risco cardiovasculares, como a resistência insulínica e 
sua ligação com a obesidade abdominal(central), dislipidemias, 
hipertensão arterial (pressão alta) e hiperglicemia (excesso de 
açúcar no sangue). Indivíduos acometidos pela SM apresentam 
de duas a três vezes mais risco de desenvolverem doenças car-
diovasculares, além de terem grandes chances de desenvolver o 
diabetes Tipo 2.
A prevalência da doença vem crescendo de forma signifi-
cativa, e de 20 a 25% da população em geral apresenta os indi-
cadores da disfunção. Essa estimativa aumenta na faixa dos 60 
anos, com a perda da massa muscular e a diminuição do gasto 
energético.
Além das doenças cardiovasculares, os fatores de risco 
da SM contribuem para o surgimento do diabetes Tipo 2. A SM 
pode ser identificada por meio de exames bioquímicos e clíni-
cos. Os exames bioquímicos (colesterol, triglicérides, LDL, HDL e 
glicemia) apresentam valores de referência. Quando essas esti-
mativas se apresentam alteradas, pode ser identificada a SM. Os 
valores anormais de lipídios (triglicérides ≥ 150 mg/dl e HDL ≤ 40 
mg/dl) são conhecidos como dislipidemia, e o valor anormal de 
glicose (≥ 110 mg/dl) é considerado hiperglicemia.
75© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Os exames clínicos para avaliação da SM são a medição 
da pressão arterial e a relação cintura-quadril (RCQ). Valores de 
pressão acima de 130 mmhg/85 mmhg são também indicadores 
de SM. A relação cintura-quadril é também um fator de risco de 
SM e está relacionada à resistência insulínica; os valores são ex-
pressos em centímetros (cm). Se forem encontrados valores aci-
ma de ≥ 102 cm no homem e ≥ 88 cm na mulher, podem indicar 
mais um fator de risco da doença (RIBEIRO FILHO et al., 2006). 
Vejamos o quadro 3 a seguir:
Quadro 3 Fatores de risco da Síndrome Metabólica.
Benefícios de atividade e exercícios físicos no tratamento da SM
As atividades físicas e os exercícios físicos podem promo-
ver diversos efeitos benéficos frente aos fatores de risco da SM:
• Redução de peso: a inclusão de atividades físicas e pro-
gramas de condicionamento aumenta de 15 a 30 % o 
gasto energético diário, contribuindo para a redistribui-
ção da composição corporal e a redução da gordura ab-
dominal, diminuindo a relação cintura-quadril.
76 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
• Melhora da resistência insulínica: promove maior cap-
tação de glicose, aumentando a eficiência ou a sensibi-
lidade da insulina.
• Controle bioquímico (dislipidemia e hiperglicemia): di-
minuição do colesterol, triglicérides e LDL e aumento do 
HDL. Contribui de forma significativa para o controle da 
glicose.
• Controle da Pressão Arterial: praticantes regulares de 
atividade física, portadores ou não de disfunções or-
gânicas, recebem o efeito hipotensor (diminuição da 
pressão arterial após sessão de exercícios), colaborando 
para ajustes na pressão ou hipertensão.
Além desses efeitos principais, os exercícios aeróbios (di-
nâmicos) e resistidos (estáticos) são grandes aliados no controle 
e tratamento da SM.
Observe, a seguir, a tabela 1 explica sobre os demais efei-
tos clínicos dos modelos de exercício (aeróbio e resistido).
77© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Tabela 1 Benefícios dos exercícios aeróbio e resistido em fatores 
que influenciam a SM.
Fonte: Ciolac e Guimarães (2004).
Recomendação de atividade físicas e exercícios físicos para por-
tadores de SM
As orientações e recomendações de atividade física para 
portadores de SM são similares às feitas aos portadores de obe-
sidade, pois um dos principais efeitos para melhora da qualidade 
de vida desses indivíduos é a perda de peso. Entretanto, temos 
que estar atentos a condições clínicas (estado de saúde) atuais 
78 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
do paciente, pois vale ressaltar que os fatores de risco da SM são 
também indicadores de doenças cardiovasculares.
Para que o programa de condicionamento físico possa pro-
mover benefícios e não haja nenhum efeito colateral ou malefí-
cio, é importante realizar uma avaliação clínica e física, e prescre-
ver as atividades ou exercícios de forma individualizada.
Em um programa de condicionamento físico para a preven-
ção e tratamento da SM, deve-se incluir os componentes car-
diorrespiratório, força e resistência muscular – portanto, exer-
cícios aeróbios e resistidos seriam os mais indicados, pela sua 
eficiência nos ganhos desses componentes.
Para a prescrição de exercícios aeróbios, tem sido reco-
mendado que sejam realizados de três a seis vezes por semana, 
utilizando a intensidade de 40 a 85% da frequência cardíaca de 
reserva. Entretanto, deve ser enfatizada a intensidade moderada 
(de 50 a 70% da FCR).
A duração deve ser de 20 a 60 minutos. Lesões musculares 
e problemas cardiovasculares estão associados a exercícios de 
alta intensidade, portanto, cuidado!
A orientação atual para a prescrição de exercícios resisti-
dos é de uma série de oito a doze repetições. Entretanto, para 
indivíduos de 50 a 60 anos, com intensidades de 50 a 70% de tes-
te de carga, para ficar mais viável e não ter que aplicar tal teste, 
visando evitar possíveis riscos cardiovasculares, deve-se aplicar 
a escala de Borg, entre 3 e 4, com de 8 a 10 exercícios, de 2 a 3 
vezes por semana.
A sugestão é que as séries, o número de vezes por semana 
e o número de exercícios sejam aumentados de forma gradativa. 
Antes e depois das sessões de atividade física, deve haver aque-
79© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
cimento e alongamento (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004). Para uma 
melhor sistematização, veja o quadro 4 a seguir.
Quadro 4 Características de programas de atividade física para 
portadores de SM.
É importante destacar que, antes de iniciar um programa 
de atividade física, é recomendável sempre a avaliação médica 
para detectar alguma anormalidade cardiovascular no indivíduo 
portador de SM.
Para conhecer mais sobre a Síndrome Metabólica, sug-
erimos as leituras do tópico 3. 3.
2.2. DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA
Característica da doença, possíveis causas e consequências
O nome "Diabetes Melitus" (DM) tem origem da palavra 
grega "sifão" (tipo de tubo), pelo fato de os médicos antigos ob-
servarem que os portadores dessa doença tendem a ter sede ex-
cessiva e a urinar muito. A palavra "Melitus" deriva da palavra 
"mel", devido ao gosto adocicado da urina do paciente.
80 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
De forma geral, o DM é uma disfunção de causas comple-
xas e multifatoriais, resultantes de defeitos na secreção e ação 
de insulina. Ele compromete a capacidade do organismo de uti-
lizar a glicose (açúcar) pelas células para gerar energia. A glicose 
é transportada para as células por meio da insulina; quando esse 
hormônio está ausente ou presente em quantidades inadequa-
das, ou não está conseguindo realizar sua função, origina-se o 
diabetes.
Um dos principais resultados do DM é o acúmulo de glicose 
no sangue, o que caracteriza a hiperglicemia, fazendo com que 
os rins eliminem grande quantidade de urina (NILMAN, 2000). 
A prevalência da doença vem aumentando significativa-
mente no mundo: de acordo com a Sociedade Brasileira de Dia-
betes, 12 milhões foi o número oficial de pacientes com a doença 
no Brasil.
Os tipos 1 e 2 de DM são os mais frequentes; com o au-
mento da idade e das taxas de sedentarismo, cerca de 90% dos 
casos são do Tipo 2, que está diretamente associado à Síndrome 
Metabólica; o DM Tipo 1 corresponde a apenas de 5 a 10% dos 
casos.
O histórico familiar (casos dedoença na família) dos dois 
tipos têm incidência bem distinta. O Tipo 1 registra essa caracte-
rística em 6% dos casos, enquanto o Tipo 2 apresenta uma fre-
quência de 20 a 60%. Isso demonstra que a inatividade física é 
um fator determinante para o surgimento do DM Tipo 2 (SOCIE-
DADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
81© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Classificação do diabetes
Existem vários tipos de diabetes; entretanto, os tipos 1 e 2 
são os mais estudados.
Antigamente, o DM Tipo 1 era conhecido como diabetes 
insulinodependente (DMID) ou juvenil, identificado principal-
mente em crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos.
O DM Tipo 1 ocorre quando há a destruição das células 
do pâncreas, causando deficiência total ou parcial da liberação 
de insulina. Essa destruição ou incapacidade de as células pan-
creáticas produzirem a insulina prejudica o controle da glicose 
(açúcar) e demais nutrientes no organismo. Os sintomas presen-
tes no DM Tipo 1 são: poliúria (produção excessiva de urina), po-
lidipsia (sede excessiva), polifagia (fome e ingestão anormal de 
nutrientes), perda de peso e fraqueza (decorrente da dificuldade 
de entrada de glicose nas células) e visão turva.
As causas do DM Tipo 1 ainda não estão bem definidas, 
mas são atribuídas a fatores genéticos ou de ordem idiopática 
(causa não definida).
O DM Tipo 2, também conhecido como diabetes do adulto, 
acomete principalmente indivíduos acima dos 40 anos e, durante 
muito tempo, foi identificado como não insulino-dependente. Ela 
ocorre quando há vários graus de deficiência e resistência à ação da 
insulina. A resistência insulínica é a incapacidade de a insulina fazer o 
seu papel, que é facilitar a entrada de glicose nas células (SBD, 2007).
O DM Tipo 2 é uma doença multifatorial e está relacionada 
ao estilo de vida e ao avanço da idade. O comportamento se-
dentário, associado à má alimentação, promove a diminuição do 
metabolismo, reduzindo a capacidade de utilizar a glicose como 
fonte de energia, armazenando-a na forma de gordura e contri-
82 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
buindo para o ganho de peso. A obesidade, em especial a abdo-
minal, está ligada à resistência insulínica, podendo aumentar ou 
diminuir a quantidade de insulina, agravando a disfunção.
Outro fator que contribui para a doença é a perda de 
massa magra. Os músculos têm várias estruturas celulares; entre 
elas, temos os GLUTS (transportadores de glicose), que facilitam 
a captação de açúcar pelas células. Com o envelhecimento e a 
falta de atividade física, ocorre a sarcopenia (perda de massa 
muscular), com a qual a produção dessas estruturas é diminuída, 
prejudicando de forma significativa a utilização desse nutriente 
como forma de energia (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).
Para uma maior sistematização das diferenças entre os 
diabetes, confira o Quadro 5:
Quadro 5 Distinção dos tipos de diabetes.
83© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Complicações do DM
O DM, quando não tratado e controlado, está associado a 
diversas complicações no organismo, que podem ser divididas 
em agudas (imediatas) e crônicas (em longo prazo).
As complicações agudas, como a cetoacidose diabética, 
estão relacionadas à extrema deficiência da ação insulínica. A 
diminuição da glicemia abaixo de 70 mg/dL é considerada hipo-
glicemia. Com esse distúrbio, a quantidade do principal combus-
tível do cérebro (glicose) é diminuída em valores muito baixos, 
causando tremores, sudorese fria, taquicardia, palidez, sensação 
excessiva de fome, tonturas e visão turva. À medida que diminui 
mais ainda, pode provocar confusão mental, convulsões e coma 
diabético (NEGRÃO; BARRETTO, 2005).
O DM tipos 1 e 2 promove diversas complicações tardias 
que prejudicam vários órgãos e tecidos, como olhos, rins, ner-
vos, coração e vasos sanguíneos, o que, muitas vezes, causa inca-
pacidade, afastamento profissional e morte precoce.
Complicações oculares como a retinopatia diabética e a 
catarata são comuns em diabéticos e podem provocar cegueira, 
sendo a primeira causa de perda de visão no Brasil.
Com a hiperglicemia, os néfrons renais (estrutura dos rins) 
sofrem sobrecarga pelo excesso de filtragem e processos infla-
matórios, podendo provocar a insuficiência renal, o que obriga 
o paciente a realizar um procedimento clínico conhecido por he-
modiálise (processo de filtragem artificial), reduzindo de forma 
significativa a expectativa de vida do paciente.
Devido a distúrbios metabólicos da glicose associados a 
outras propriedades químicas produzidas no organismo, ocorre 
a destruição dos nervos, promovendo a perda da sensibilidade 
84 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
conhecida como neuropatia diabética. Essa complicação pode 
gerar falta da sensibilidade, sendo um mecanismo de defesa na-
tural do organismo; com isso, o paciente está suscetível a lesões 
na pele, como queimaduras, cortes, "bolhas" nos pés. Como se 
não bastasse isso, esses ferimentos têm difícil processo de cica-
trização, originando a ulceração diabética, a qual pode evoluir 
para uma "gangrena" – nesse caso, deverá haver o recurso clíni-
co da amputação do membro para tentar aumentar a sobrevida 
do paciente.
Com a ausência ou o excesso de liberação de insulina, o 
DM causa distúrbio no metabolismo de lipídios, provocando a 
dislipidemia, um dos principais fatores de risco para o surgimen-
to das doenças cardiovasculares. A hiperinsulinemia (excesso de 
insulina) promove a resistência vascular periférica, inchaço nas 
extremidades dos membros e dificuldade circulatória.
Tais complicações crônicas podem ocorrer em ambos os 
tipos; entretanto, o DM Tipo 2, quando não tratado ao longo da 
vida, pode desenvolver falência pancreática, resultando em defi-
ciência na produção e ação do hormônio, podendo desenvolver 
as mesmas manifestações clínicas do DM Tipo 1 (NEGRÃO; BAR-
RETO, 2005). Observe o esquema na Figura 6:
85© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Complicações 
do D.M. Tipo 1 
e 2
Dislipidemias 
Diabéticas 
Cardiovascular
Neuropatia, 
Ulceração 
Diabética, 
Gangrena 
(Crônica)
Insuficiência 
Renal 
(Crônica)
Retinopatia 
Diabética, 
Catarata, 
Cegueira 
(Crônica)
Confusão 
Mental, 
Convulsões e o 
Coma 
Diabético 
(Aguda)
Cetoacidose 
Diabética 
(Aguda)
Figura 6 Esquema sobre as diversas complicações do diabetes tipo 1 e 2.
Benefícios de atividade e exercícios físicos no tratamento do 
diabetes tipo 1 e 2
Para o tratamento do DM Tipo 1, são usados como medica-
mentos a insulina e os hipolipemiantes (medicamento para con-
trole de lipídios no sangue), a dietoterapia e o exercício físico. No 
tratamento do Diabetes Tipo 2, são usados os hipoglicemiantes 
orais (medicamento para controle da glicose), dieta com base na 
reeducação alimentar e também os exercícios físicos. O exercício 
físico, como estratégia de tratamento do diabetes, tem dois prin-
cipais objetivos bem distintos:
86 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
• Tipo 1: reduzir o uso de medicamentos, combatendo 
seus efeitos colaterais e controlando o perfil lipídico, o 
que afasta o risco de doenças cardiovasculares.
• Tipo 2: contribuir para redução de peso e adoção de um 
estilo de vida saudável.
Durante o exercício físico, a demanda de oxigênio pode au-
mentar de forma substancial, acompanhada pela utilização de 
nutrientes para atividade muscular. Dependendo da intensidade 
do exercício, recrutam-se fibrasde contração lenta, que utilizam, 
como fonte de energia, glicogênio e triglicérides vindos dos áci-
dos graxos livres armazenados no tecido adiposo. Se a realização 
ocorrer em exercícios de alta intensidade, recrutam-se predo-
minantemente fibras de contração rápida, utilizando glicogênio 
armazenado no fígado e a via metabólica da glicose anaeróbia.
Com o objetivo de preservar as funções do sistema ner-
voso, os níveis de glicose devem ser mantidos dentro de uma 
certa "normalidade". Para que isso possa ocorrer em exercícios 
prolongados, o hormônio glucagon inicia a produção hepáti-
ca (extraída do fígado) de glicose. Entretanto, no DM Tipo 1, a 
ação desses hormônios não ocorre. Quando indivíduos diabéti-
cos tiverem baixa concentração de insulina por tratamento ina-
dequado, ocorre uma liberação de mais hormônios, chamados 
de "contrarreguladores" (fazem o papel contrário), podendo au-
mentar os níveis de glicemia e de uma substância proveniente do 
metabolismo de gorduras, os "corpos cetônicos", ocasionando 
uma cetoacidose diabética. Em outra situação, a presença de al-
tos níveis de insulina, devido à má administração do medicamen-
to, pode evitar ou diminuir de forma significativa a utilização de 
glicose, causando a hipoglicemia.
87© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Essas mesmas explicações podem ser aplicadas ao DM 
Tipo 2, em tratamento com medicamentos como a insulina e os 
hipoglicemiantes orais. O DM Tipo 2, quando não tratado, pode 
desencadear uma falência pancreática e, em algum momento da 
vida, o paciente terá que utilizar a insulina para sua sobrevivên-
cia. De uma forma geral, a hipoglicemia tende a ocorrer em me-
nor proporção em DM Tipo 2 (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS 
MEDICINE; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2000).
Existem relatos sobre a importância do exercício físico 
como tratamento do diabetes desde o século 18. Atualmente, 
a atividade física é considerada uma das principais terapias para 
o tratamento do DM, pois promove adaptações benéficas, dimi-
nuição do risco de complicações, prevenção e melhora da apti-
dão física. No entanto, ela não substitui de forma nenhuma os 
medicamentos.
Podemos destacar as seguintes adaptações, melhoras ou 
ajustes ligados ao exercício:
1) Melhora da sensibilidade insulínica: com o aumento 
de fibras musculares, ocorre a maior absorção de insu-
lina e a diminuição de seu uso, melhorando a qualida-
de de vida do paciente.
2) Aumento da densidade capilar: melhora da vasculari-
zação e da circulação.
3) Controle do perfil lipídico: utilizando os ácidos graxos 
livres como fonte de energia, diminui-se a probabili-
dade de doenças cardiovasculares, promovendo o au-
mento do HDL (colesterol bom) e diminuindo triglicéri-
des, colesterol total e LDL (colesterol ruim).
4) Melhora na função renal: a atividade física, de forma 
aguda (após a sessão), aumenta a filtração de proteí-
88 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
nas, diminuindo a sobrecarga dos rins no estado de 
repouso, o que pode ser um aspecto favorável para 
evitar a nefropatia diabética.
5) Melhora cardiovascular: reduz as lesões endoteliais, 
controla a pressão arterial ou hipertensão e promo-
ve adaptações cardíacas, contribuindo para a aptidão 
cardiovascular.
6) Melhora energética: com a atividade física ocorre a 
necessidade de ajustes alimentares e uso de insulina 
para que haja a manutenção das reservas de glicogê-
nio muscular e hepático.
Para alcançar os benefícios das atividades físicas regulares, 
os portadores de DM Tipo 1 necessitam de ajustes nas doses de 
insulina (DE ANGELIS et al., 2006).
As vantagens da prática regular de atividade física para o 
portador de DM Tipo 2 são mais pronunciadas, devido à preser-
vação da liberação de insulina.
Com o aumento da capacidade física, diminuem-se os fato-
res de risco para o desenvolvimento do diabetes. Podemos des-
tacar como benefícios:
1) Adaptações metabólicas: a atividade física exerce in-
fluência direta no metabolismo da glicose. Com o au-
mento da quantidade e do tamanho das fibras mus-
culares, ocorre a utilização da glicose e lipídios como 
fonte de energia, evitando a hiperglicemia e as dislipi-
demias. Há o aumento de uma enzima conhecida como 
lipoproteína lipase, que aumenta a oxidação de ácidos 
graxos livres, promovendo o controle do perfil lipídico 
(controle das gorduras no sangue). O esforço promove 
o controle hormonal da insulina, melhora sua sensibi-
89© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
lidade e diminui sua resistência por meio do aumento 
do número dos glicotransportadores (GLUT), regulan-
do os níveis de glicose. Após a sessão de atividade fí-
sica, a glicose é rapidamente absorvida para repor os 
estoques de glicogênio muscular depletado. Para uma 
sistematização desses dados, observe a Figura 7:
Adaptações Metabólicas 
Induzidas pela Atividade 
Física no DM Tipo 2
Influência do Exercício 
sobre a Glicose
Densidade dos capilaresFibras Musculares
Lipoproteína Lipase 
MuscularSensibilidade Insulina
Número de GLUT’SRegulação dos níveis de 
Glicose
Figura 7 Adaptações metabólicas induzidas pela atividade física no DM Tipo 2.
90 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
2) Diminuição do risco cardiovascular: com as adapta-
ções cardíacas (hipertrofia do ventrículo esquerdo, 
melhora do retorno venoso, diminuição da atividade 
simpática, melhora do débito cardíaco, controle da 
pressão arterial), diminui-se as chances de desenvol-
vimento de doenças cardiovasculares e infarto agudo 
do miocárdio.
3) Redistribuição da gordura corporal: é quando ocorre 
o aumento da massa muscular e a diminuição do teci-
do adiposo.
A atividade física adequada proporciona importantes be-
nefícios para o diabético, contribuindo para a diminuição de 
complicações crônicas e exercendo papel fundamental na pre-
venção e na melhora da qualidade de vida desses indivíduos.
E, para que isso ocorra com qualidade, devemos seguir as 
recomendações adequadas a essa população.
Recomendações de atividade física e exercícios físicos para por-
tadores de diabetes
Antes de iniciar um programa de exercícios físicos, o por-
tador de diabetes deve ser submetido a uma avaliação médica 
para identificar a presença de complicações da doença.
Para a aplicação da atividade física na saúde pública e re-
dução do índice de sedentarismo e suas complicações, tem sido 
sugerida a prática de atividade física "espontânea", como cami-
nhadas ao ar livre, ginástica em grupos, esportes recreativos ou 
até mesmo o aumento das atividades físicas da vida diária, como 
limpeza do lar, do carro, jardinagem, deslocamento e lazer, por, 
no mínimo, 30 minutos por dia na maioria dos dias da semana, 
91© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
contemplando um gasto energético de 150 kcal/dia (AMERICAN 
COLLEGE OF SPORTS MEDICINE; AMERICAN DIABETES ASSOCIA-
TION, 2000).
Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 
(SBD, 2007), para portadores de DM Tipo 1, é muito difícil deter-
minar "protocolos" de exercícios físicos, devido aos efeitos que 
dependem de diversos fatores:
1) Fatores que influenciam a resposta ao exercício:
a) Modalidade de exercício, intensidade e duração.
b) Nível de condição clínica do paciente.
c) Horário e conteúdo da última refeição.
2) Fatores específicos do indivíduo:
a) Horário da última dose de insulina.
b) Tipo de insulina.
c) Controle metabólico.
d) Presença de complicações.
e) Fase do ciclo menstrual nas mulheres.
A maior preocupação com o portador de DMTipo 1 que o 
Profissional de Educação Física (PEF) deve ter, na prática de ativi-
dades físicas e exercícios, é a hipoglicemia, que pode ocorrer du-
rante, no final e após o término da sessão. Os ajustes de insulina, 
com o monitoramento da glicemia capilar, devem ser realizados 
antes, durante e após os 45 minutos de exercício. Outro aspecto 
importante que merece atenção são as complicações crônicas do 
DM Tipo 1, que se tornam fatores limitantes para determinados 
tipos de exercícios, como a retinopatia, a nefropatia, a neuropa-
tia e as doenças cardiovasculares (SBD, 2007).
92 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
O tipo de exercício físico indicado para o portador de dia-
betes é o aeróbio – caminhada, corrida, bicicleta, natação, dan-
ça, entre outros – e o resistido (musculação).
Os exercícios aeróbios são indicados na frequência de 3 a 
5 vezes por semana, com duração de 30 a 60 minutos por dia ou 
150 minutos por semana.
A intensidade deve ser moderada (VO2 máx. de 50% a > 
70%), considerando o aumento progressivo da duração.
A prescrição do exercício resistido deve ser de 3 vezes por 
semana, incluindo grandes grupos musculares, evoluindo para 
séries de oito a dez repetições, com intensidade leve evoluindo 
para moderada. Embora não haja definição clara de cargas e per-
centual de força máxima, são contraindicados exercícios de alta 
intensidade para idosos diabéticos (NEGRÃO; BARRETTO, 2005). 
A sugestão de Negrão e Barretto (2005) é a utilização da Escala 
Subjetiva de Esforço ou Borg, com escala de 0 a 10, para verifica-
ção de tal intensidade (como já apareceu no tópico 2. 1 – confira 
novamente).
Para iniciar a sessão de exercícios físicos, o diabético deve 
estar em bom estado clínico; por isso, as concentrações sanguí-
neas e urinárias de glicose devem ser adequadas. A glicemia ideal 
para iniciar uma sessão de exercícios é de 130 a 150 mg/dL, com 
ausência de cetonúria (presença de corpos cetônicos na urina).
Observe o quadro 6 a seguir, que se refere aos parâmetros 
glicêmicos para início dos exercícios e a conduta adequada do 
profissional de Educação Física.
93© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Quadro 6 Parâmetros glicêmicos para o início dos exercícios.
Fonte: adaptado de Negrão e Barretto (2005).
Para a prevenção de hipoglicemia durante a prática de 
atividades físicas e exercícios, o profissional de Educação Física 
deve tomar os cuidados apontados no quadro 7 a seguir.
94 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Quadro 7 Cuidados para prevenir a hipoglicemia durante o 
exercício.
Fonte: adaptado de American College of Sports Medicine e American Diabetes Association 
(2000).
Figura 8 Aparelho glicosímetro para avaliação de glicose capilar.
A adoção de um estilo de vida associado à dieta modera-
da em restrições energéticas (baixo consumo de carboidratos e 
gorduras saturadas) é indicada para a prevenção do DM Tipo 2. 
São indicados, pelo menos, 150 minutos de exercício físico por 
semana (SBD, 2007).
95© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Programas de condicionamento físico para essa população 
têm como principais objetivos a redução de peso e a melhora da 
aptidão física, seguindo as mesmas recomendações de exercícios 
físicos para portadores de Síndrome Metabólica ou até mesmo 
obesos.
A sessão de exercícios físicos para portadores de diabetes 
deve incluir um período suficiente de aquecimento e resfriamen-
to (volta à calma) – a sugestão seria de 5 a 10 minutos de ativi-
dade de baixa intensidade. Após o aquecimento, deve-se realizar 
alongamentos preparatórios, com duração também de 5 a 10 
minutos. Após a parte principal da sessão, deve se realizar um 
resfriamento para diminuição da frequência cardíaca e pressão 
arterial.
Orienta-se o uso de vestimenta (sapatos e roupas) adequa-
dos para evitar lesões e traumatismos na pele. Os indivíduos de-
vem ser orientados a monitorar sempre o estado dos seus pés 
antes, durante e após o exercício. Caso a sessão de exercícios 
seja realizada em uma academia de ginástica ou musculação, de-
ve-se identificar o diabético, com uma pulseira ou adesivo, por 
exemplo, para que o Profissional de Educação Física esteja aten-
to. É de extrema importância a boa hidratação antes, durante 
e depois da sessão. Outro cuidado importante é a execução de 
exercícios físicos em temperatura extremas (baixas ou altas) para 
que se evite a desidratação.
Para uma maior sistematização desse conteúdo, confira o 
Quadro 8:
96 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
Quadro 8 Características e principais objetivos de programas de 
atividade física para portadores de diabetes.
Tanto para o diabetes Tipo 1, quanto para o Tipo 2, a prá-
tica regular de atividade física é fundamental para a melhoria da 
saúde e a diminuição das complicações da doença. Além disso, 
a adoção de um estilo de vida saudável promove o bem-estar e 
a longevidade.
No tópico 3. 4, indicamos algumas leituras que irão com-
plementar os conteúdos estudados até o momento.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
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UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. ESTILO DE VIDA E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
O documento indicado a seguir é uma pesquisa epidemio-
lógica do Ministério da Saúde, realizada por telefone, que esti-
ma a frequência e a distribuição sociodemográfica de fatores de 
risco e proteção para doenças crônico-degenerativas dos 26 es-
tados brasileiros mais o Distrito Federal. Contém, ainda, dados 
sobre comportamento e estilo de vida, como nível de prática de 
atividade física.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Vigitel Brasil 2013: vigilância de fatores de risco 
e proteção para doenças crônicas por inquérito telefô-
nico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível 
em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secreta-
rias/upload/saude/arquivos/morbidade/Vigitel-2013.
pdf>. Acesso em: 11 abr. 2016.
O artigo indicado a seguir nos traz o questionamento so-
bre a relação entre condição socioeconômica e estado de saúde, 
saindo um pouco do consenso sobre os benefícios da atividade 
física do ponto de vista biológico e trazendo a questão social à 
tona na área da saúde.
98 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
• PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e 
condições sócio-econômicas: uma revisão da literatu-
ra. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, 
n. 1, p. 97-106, jan./jun. 2000. Disponível em: <http://
www.esefap.edu.br/downloads/biblioteca/atividade-
-fisica-processo-saudedoenca-e-condicoes-socioeco-
nomicas-uma-revisao-da-literatura-1254240452.pdf>. 
Acesso em: 8 jan. 2016.
3.2. OBESIDADE E ATIVIDADEFÍSICA
O objetivo do artigo indicado a seguir é identificar os fato-
res determinantes para o surgimento de doenças cardiovascu-
lares com enfoque na obesidade, propondo ações para serem 
desenvolvidas pela enfermagem no sentido de prevenir doenças 
cardiovasculares e outras patologias associadas à obesidade.
• SOUZA, A. C. T. O.; ARANTES, B. F. R.; COSTA, P. D. A 
obesidade como fator de risco para doenças cardio-
vasculares. Revista Educação, Meio Ambiente e Saúde, 
v. 3, n. 1, p. 107-116, 2008. Disponível em: <http://
www.faculdadedofuturo.edu.br/revista/2008/pdfs/
REMAS3%281%29107a116.pdf>. Acesso em: 8 jan. 
2016.
O artigo indicado a seguir estuda a obesidade e sua rela-
ção com problemas metabólicos, hormonais e hemodinâmicos, 
como a gordura visceral, a distribuição de gordura corporal, a 
hiperinsulinemia e o descontrole da pressão arterial, realizando 
uma abordagem terapêutica de pacientes obesos e hipertensos.
• ROSA, E. C. et al. Obesidade visceral, hipertensão arte-
rial e risco cárdio-renal: uma revisão. Arquivos Brasilei-
99© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
ros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 49, n. 
2, p. 196-204, abr. 2005. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.1590/S0004-27302005000200005>. Acesso em: 
8 jan. 2016.
O próximo artigo a ser indicado é uma revisão de literatura 
que teve como objetivo discutir o papel dos exercícios aeróbios 
e resistidos na obesidade, bem como detalhar as diretrizes utili-
zadas no delineamento de sessões de treinamento físico direcio-
nadas a indivíduos obesos. Foi organizado em sessões, contem-
plando os efeitos e diretrizes do treinamento resistido e aeróbio 
no controle da obesidade.
• DIAS, I. B. F.; MONTENEGRO, R. A.; MONTEIRO, W. D. 
Exercícios físicos como estratégia de prevenção e trata-
mento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodoló-
gicos. Revista Hupe, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 70-79, 
2014. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.
br/index.php/revistahupe/article/view/9808/8770>. 
Acesso em:11 br. 2016.
3.3. SÍNDROME METABÓLICA (SM) E ATIVIDADE FÍSICA
No artigo indicado a seguir, os autores fizeram um apanha-
do sobre a interferência da gordura visceral e sua relação com 
a Síndrome Metabólica, e sobre o tratamento de tais fatores de 
risco para o não surgimento do diabetes Tipo 2.
• RIBEIRO FILHO, F. F. et al. Gordura visceral e síndrome 
metabólica: mais que uma simples associação. Arquivos 
Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, 
v. 50, n. 2, p. 230-238, abr. 2006. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/abem/v50n2/29306.pdf>. Acesso 
em:11 abr. 2016.
100 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
O próximo artigo traz uma abordagem prática das diretri-
zes e dos principais benefícios da prática regular de atividade físi-
ca com segurança e de forma individualizada e planejada, levan-
do em consideração as necessidades, metas e o estado clínico da 
Síndrome Metabólica.
• CIOLAC, E. G.; GUIMARÃES, G. V. Exercício físico e sín-
drome metabólica. Revista Brasileira de Medicina do 
Esporte, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 319-324, jul./ago. 
2004. Disponível: em <http://www.scielo.br/pdf/rbme/
v10n4/22048.pdf>. Acesso em:11 abr. 2016.
3.4. DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA
As diretrizes da obra indicada a seguir são regras ou pro-
cedimentos para intervenção elaboradas pela Sociedade Bra-
sileira de Diabetes, que é um dos principais órgãos que estuda 
e nos norteia sobre como proceder com a doença por meio de 
várias ações terapêuticas – entre elas, a atividade física. Por-
tanto, sugerimos a leitura das diretrizes para aprofundar seus 
conhecimentos.
• SBD – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tratamen-
to e acompanhamento do diabetes mellitus: diretrizes 
da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: Diagra-
phic, 2007. Disponível em: <http://www.anad.org.br/
profissionais/images/diretrizes_SBD_2007.pdf>. Aces-
so em: 8 jan. 2016.
Na próxima indicação de leitura, você irá conhecer mais 
sobre o papel do exercício em pacientes com diabetes tipos 1 e 
2. Embora seja um artigo de 2000, ele traz abordagens e procedi-
mentos práticos interessantes sobre como prescrever exercícios 
101© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
físicos e os principais cuidados com as complicações do portador 
de diabetes.
• AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE; AMERICAN 
DIABETES ASSOCIATION. Diabetes mellitus e exercício. 
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 6, 
n. 1, p. 16-22, jan./fev. 2000. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/rbme/v6n1/a04v6n1.pdf>. Acesso 
em: 12 abr. 2016.
O artigo indicado a seguir é mais uma revisão de literatu-
ra, e aborda as adaptações fisiológicas ao treinamento físico no 
indivíduo com diabetes Tipo 1, discutindo as recomendações e a 
prescrição de atividade física para essa população.
• DE ANGELIS, K. et al. Efeitos fisiológicos do treinamen-
to físico em pacientes portadores de diabetes Tipo 1. 
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 
São Paulo, v. 50, n. 6, p. 1005-1013, dez. 2006. Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0004-27302006000600005&lng=en&nrm
=iso>. Acesso em: 12 abr. 2016.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Quais são as principais causas e consequências da obesidade?
2) Qual seria a melhor indicação de sessão básica de exercício físicos para 
obesos (incluindo modalidade, duração, intensidade e frequência)?
102 © DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
3) Quais são os principais fatores de risco da Síndrome Metabólica? 
4) Quais são as diferenças entre as causas dos tipos de diabetes?
5) Quais são os principais benefícios dos programas de exercícios físicos para 
o portador de diabetes tipos 1 e 2?
6) Baseado nas diretrizes gerais, qual seria a melhor sessão de exercícios fí-
sicos (modalidade, duração e intensidade) para um portador de diabetes 
Tipo 2 que tem o objetivo de perder peso?
5. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos a atividade e os exercícios físi-
cos como estratégia de tratamento para disfunções metabólicas 
(obesidade, Síndrome Metabólica e diabetes tipo 1 e 2). Vimos 
que os dados epidemiológicos (número de casos) referentes a 
essas doenças relacionadas ao sedentarismo vêm aumentando 
de forma alarmante, já sendo consideradas um problema de 
saúde pública. Podemos observar que elas apresentam diversas 
complicações agudas e tardias e, quando não tratadas, podem se 
agravar e até mesmo diminuir a expectativa de vida do pacien-
te. As diretrizes e recomendações são o ponto de partida para a 
montagem de programas de condicionamento físico para a po-
pulação acometida por essas enfermidades, pontuando os prin-
cipais tipos de exercícios, bem como seus componentes. Para 
que se tenha somente os benefícios e poucos efeitos colaterais 
do exercício físico frente às complicações tardias das doenças, 
são necessários cuidados especiais com os pacientes e, principal-
mente, conhecimento profundo das patologias.
103© DISFUNÇÕES ORGÂNICAS, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
UNIDADE 2 – ATIVIDADES FÍSICAS E DOENÇAS METABÓLICAS
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de Figuras
Figura 1 Senso sobre a obesidade no Brasil. Disponível em: < http://www12.senado.
gov.br/jornal/edicoes/2013/03/12/obesidade-cresce-rapidamente-no-brasil-e-no-
mundo>. Acesso em: 20 abr. 2016.
Figura 2 Cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) paraadultos. Disponível em: < 
http://www.nucleodoobeso.med.br/duvidas.html>. Acesso em: 20 abr. 2016.
Figura 3 Distribuição da gordura: androide e ginoide. Disponível em: < http://www.
hospitalviladaserra.com.br/a-obesidade/>. Acesso em: 20 abr. 2016.
Figura 8 Aparelho glicosímetro para avaliação de glicose capilar. Disponível em: 
<http://www.alimenta.com.uy/diabetico-no-dejes-de-controlar-tu-glicemia/
contenido/610/>. Acesso em: 4 maio 2016.
Quadro
Quadro 1 Modelo de escala subjetiva de esforço (Borg). Disponível em: <http://
cienciadoesporte.blogspot.com.br/2010_12_01_archive.html>. Acesso em: 4 maio 
2016.
Sites pesquisados
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. 
Diabetes mellitus e exercício. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 6, 
n. 1, p. 16-22, jan./fev. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n1/
a04v6n1.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2013: 
vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 
2014. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/
saude/arquivos/morbidade/Vigitel-2013.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.
CIOLAC, E. G.; GUIMARÃES, G. V. Exercício físico e síndrome metabólica. Revista 
Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 319-324, jul./ago. 2004. 
Disponível: em <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n4/22048.pdf>. Acesso em: 12 
abr. 2016.
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DE ANGELIS, K. et al. Efeitos fisiológicos do treinamento físico em pacientes portadores 
de diabetes tipo 1. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, 
v. 50, n. 6, p. 1005-1013, dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000600005&lng=en&nrm=iso>. Acesso 
em: 12 abr. 2016.
DIAS, I. B. F.; MONTENEGRO, R. A.;. MONTEIRO, W. D. Exercícios físicos como estratégia 
de prevenção e tratamento da obesidade: aspectos fisiológicos e metodológicos. 
Revista Hupe, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 70-79, 2014. Disponível em: <http://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9808/8770>. Acesso em: 15 
dez. 2015.
PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e condições sócio-econômicas: 
uma revisão da literatura. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, 
p. 97-106, jan./jun. 2000. Disponível em: <http://www.esefap.edu.br/downloads/
biblioteca/atividade-fisica-processo-saudedoenca-e-condicoes-socioeconomicas-
uma-revisao-da-literatura-1254240452.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2015.
RIBEIRO FILHO, F. F. et al. Gordura visceral e síndrome metabólica: mais que uma 
simples associação. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, 
v. 50, n. 2, p. 230-238, abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/
v50n2/29306.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.
ROSA, E. C. et al. Obesidade visceral, hipertensão arterial e risco cárdio-renal: uma 
revisão. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 49, 
n. 2, p. 196-204, abr. 2005. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0004-
27302005000200005>. Acesso em: 12 abr. 2016.
SBD – SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tratamento e acompanhamento 
do diabetes mellitus: diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: 
Diagraphic, 2007. Disponível em: <http://www.anad.org.br/profissionais/
images/diretrizes_SBD_2007.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2015. 
SOUZA, A. C. T. O.; ARANTES, B. F. R.; COSTA, P. D. A obesidade como fator de risco 
para doenças cardiovasculares. Revista Educação, Meio Ambiente e Saúde, v. 3, n. 
1, p. 107-116, 2008. Disponível em: <http://www.faculdadedofuturo.edu.br/
revista/2008/pdfs/REMAS3%281%29107a116.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e 
desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
NEGRÃO, C. E.; BARRETTO, A. C. P. Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 
Barueri: Manole, 2005.
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