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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
Disciplina: Economia Monetária 
Professora: Henrique Pavan 
Aluno, RA: Bruno Ferreira da Silva, 8145679 
 
ANÁLISE DA POLÍTICA MONETÁRIA BRASILEIRA ATUAL 
 
1. Introdução 
 O presente trabalho tem como objetivo analisar e verificar a política monetária 
aplicada no Brasil em 2019, para isso analisaremos a última ata de reunião do 
COPOM e informações do Boletim Focus publicado pelo Bacen, além disso, 
analisaremos também o comportamento atual das principais variáreis 
macroeconômicas do país, ou seja, taxa de inflação, desemprego, câmbio, entre 
outros. Por fim, focaremos no levantamento das ações necessárias para a 
manutenção do equilíbrio econômico do Brasil. 
 
2. Reunião mensal do COPOM e Boletim Focus 
 Mensalmente o Comitê de Politica Monetária do Banco Central (COPOM) se reúne 
com o objetivo de analisar a conjuntura macroeconômica dos últimos meses no Brasil 
e no Mundo, bem como, de definir os próximos passos nas politicas monetárias do 
país, bem especial, para a taxa de juros. Assim, analisar a ata dessa reunião se faz 
de extrema importância para entender quais são as expectativas e ações tomadas 
pelo Bacen nos próximos meses. 
 A última ata do COPOM disponível no site do Bacen refere-se à março, inicia-se a 
descrição com as informações de atualização da conjuntura econômica do Brasil, em 
síntese, o comitê observa que a economia brasileira segue em processo de 
recuperação gradual após os diversos choques ocorridos em 2018 (paralização do 
setor de transporte, incerteza do rumo da politica monetária no longo prazo por conta 
das eleições e piora do cenário externo), porém, reitera que o país continua com alto 
nível de capacidade ociosa, principalmente quando tratado da taxa de desemprego. 
 Em relação à taxa de inflação, observa-se as seguintes expectativas para 2019, 
2020, 2021: 3,9%, 4,0% e 3,75%. 
 Além disso, o cenário de risco em relação as metas de inflação tem se comportado 
de maneira mista, visto que apesar da alta ociosidade dos fatores de produção, o que 
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pode diminuir a taxa efetiva de inflação, a não aprovação das reformas e ajustes 
necessários, bem como, a continua piora do cenário externo podem vir à acelerar o 
crescimento da taxa. 
 Sobre a conjuntura externa é detalhado o atual cenário de incerteza da economia 
mundial, o que contribui para a baixa previsibilidade das políticas adotadas pelo FED 
nos próximos meses, apesar disso, na Europa diagnostica-se o cenário de 
desaquecimento, o que certamente terá impacto dos resultados mundiais. 
 Com o levantamento citado acima, o conselho decide por dar continuidade na 
política econômica estimulativa, ou seja, com o objetivo de fomentar o consumo e 
retomada do aquecimento da economia, para tal resultado, a taxa Selic foi mantida 
em 6,50%, valor esse que é abaixo da taxa estrutural do país. 
 Sobre o último Boletim Focus, publicado na primeira semana de maio, vale 
destacar a diminuição de previsão de crescimento do PIB para 2019, agora é previsto 
que o produto brasileiro cresça apenas 1,49% no ano, essa é a décima diminuição 
seguida da previsão de crescimento do indicador no Boletim. Além disso, no cenário 
de longo prazo, em 2020, 2021 e 2022, a taxa de crescimento do PIB segue constante 
em 2,50%. 
 
3. Variáveis macroeconômicas brasileiras 
3.1 Taxa de inflação e PIB 
 
Conforme já analisado acima, tanto a taxa de inflação como o PIB devem 
crescer em taxas baixas nos próximos períodos por conta da capacidade ociosa do 
Brasil em 2018 e 2019. Vale aqui observar os valores dessas indicadores em 2018: a 
taxa de inflação oficial foi baixa, 3,75%, assim como o crescimento do PIB, 1,1%. 
 
3.2 Câmbio 
 
Sobre a taxa de câmbio, que hoje está em cerca de R$ 3,93/US$, é possível 
prever, segundo os dados do Bacen, uma trajetória de queda em 2019, fechando o 
ano em R$ 3,70/US$, porém com uma pequena recuperação em 2020, R$ 3,75/US$. 
 
3.3 Nível de crédito e meios de pagamento 
 
Conforme citados na analise do item 1, a taxa básica de juros, taxa Selic, se 
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mantém em 6,50%, historicamente esse é um dos valores mais baixos da taxa, assim, 
trata-se de uma iniciativa do Banco de Central de baratear o crédito com a finalidade 
de incentivar a retomada da produção e consumo. Além disso, a utilização da taxa de 
juros para fomentar o aquecimento do país demostra a importância do crédito dentro 
dos meios de pagamento. 
 
3.4 Taxa de desemprego e mercado de trabalho 
 
A taxa de desemprego do Brasil se mantém em níveis altos o que contribuí para a 
baixa expectativa da taxa de inflação. Segundo dados do IBGE, o primeiro trimestre 
de 2019 fechou com cerca de 12,7% da população economicamente ativa no país 
desempregada, em números reais isso representa 13,4 milhões de brasileiros. 
 
4. Próximos passos para o crescimento 
Alinhado com o que vimos acima, para que o problema de capacidade ociosa 
do Brasil seja resolvido e o crescimento volte a vigorar no país, é preciso fomentar 
políticas que incentivem a produção e o consumo das famílias. 
Isso posto, observa-se que a estratégia do Bacen em manter a taxa de juros 
abaixo da taxa estrutural é de extrema importância par alcançar esse 
desenvolvimento, visto que, juros mais baixos fomentarão o aumento de crédito e 
empréstimos, o que resultará num maior investimento em indústria, serviços e outros 
segmentos pelos empreendedores, bem como, em um consumo maior das famílias. 
Outro ponto que deve ser discutido pelos agentes é capacidade ociosa 
especifica da mão de obra, como vimos acima a taxa de desemprego dentro da 
população economicamente ativo vem atingindo números históricos, o que certamente 
contribuição para a desaceleração do produto nacional, a ação do Bacen é importante 
na diminuição dessa taxa, porém, provavelmente não será totalmente eficaz, é 
necessário criar incentivos para os setor estratégicos para a mão de obra brasileira, 
além disso, as boas relações internacionais são de suma relevância para os setores 
onde a demanda externa fomenta a produção, como no caso do agronegócio, por 
exemplo, assim, aqui a politica da “boa vizinhança” é essencial. 
Por fim, outro fator importante para os agentes econômicos e para o poder 
público é o déficit público, pois, pouco adianta uma produção extraordinária se o 
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governo está com suas contas negativadas, assim, as reformas, sejam tributárias ou 
previdenciárias, são importantes, porém, devem ser elaboradas de maneira 
transparente e com o objetivo de acabar com os privilégios, caso não sejam, elas 
podem gerar uma crise de cunho social, o que só agravará o problema do Brasil. Outro 
ponto do déficit está ligado aos gastos públicos, eles devem ser analisados e 
comprimidos, porém, gastos com temas que são de extrema relevância para o 
desenvolvimento socioeconômico do Brasil não podem ser cortados, isso acarretará 
em um aumento ainda maior da desigualdade social existente no país. 
 
5. Referencias 
 
ATA DA 221ª REUNIÃO DO COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA (COPOM). Banco 
Central Brasileiro. Disponível em: 
<https://www.bcb.gov.br/publicacoes/atascopom/01062000>. Acesso em: 07 mai. 
2019. 
 
BOLETIM FOCUS. Banco Central Brasileiro. Disponível em: 
<https://www.bcb.gov.br/publicacoes >. Acesso em: 07 mai. 2019. 
 
PNAD CONTÍNUA. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/habitacao/9171-pesquisa-nacional-por-
amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?edicao=24276&t=destaques>. Acesso 
em: 07 mai. 2019.

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