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Programa de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) - Aula 4

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Programa de gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde (PGRSS)
Programa de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde 
Um dos maiores problemas ambientais da atualidade é a falta de gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, ou seja, a segregação, o acondicionamento, a coleta, o transporte, o tratamento e disposição final ambientalmente correta destes resíduos
 Resíduos de serviços de saúde são todos os resíduos gerados nos serviços de atendimento à saúde humana e animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo. 
Os resíduos de serviços de saúde são gerados principalmente por hospitais, farmácias, laboratórios, clínicas médicas, odontológicas e veterinárias
Resíduos de Serviços de Saúde - RSS
♦ Mais comumente chamado de lixo, os resíduos sólidos roubaram a cena nesse começo de século, pois seus impactos negativos ultrapassam as questões ambientais e atingem as mais diversas áreas. 
♦ Quando os resíduos sólidos são mal gerenciados, eles prejudicam todos os outros componentes do saneamento básico (esgotamento sanitário, abastecimento de água e drenagem de águas pluviais urbanas)
Resíduos de serviços de saúde são as principais fontes de proliferação de doenças, representando um maior risco potencial aos profissionais que atuam na área da saúde e à população em geral, quando os mesmos são gerenciados de maneira inadequada.
Pesquisadores ligados ao governo suíço iniciaram um estudo sistemático de poluentes em águas de várias regiões daquele país. Enquanto procuravam por pesticidas, por acaso detectaram na água de um lago traços de um remédio utilizado para diminuir o colesterol, o clofibrato.
No fim da década de 90, pesquisas detectaram traços de remédios anti-inflamatórios, estrógenos e antilipêmicos (contra o colesterol) em águas de rios e em afluentes de estações de tratamento de esgotos, no estado do Rio de Janeiro. Diferentemente do que foi observado na Europa, a concentração dessas substâncias foi considerada relativamente elevada (mais de mil vezes a concentração dessas substâncias encontrada na Suíça)
Os resíduos de serviços de saúde são classificados em cinco grupos, conforme as características principais e seu potencial de risco. 
Grupo A – Resíduos potencialmente infectantes
●Culturas e estoques de microrganismos; 
● Descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; 
● Meios de cultura e instrumentais utilizados nos meios de cultura
● Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes da classe de risco 4,
 ● Microrganismos com relevância epidemiológica
● Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
 ● Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, 
● Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção
A1
A2 
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de micro-organismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
A3
 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou pelos familiares
A4
● Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;
 ● membrana filtrante de equipamento médico hospitalar e de pesquisa
● Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4
● Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. 
● Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
● Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica.
● Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações. 
A5
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
Príons: estrutura protéica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas de encefalite espongiforme. 
Tratamento 
Somente os resíduos dos subgrupos A1, A2 e A5 necessitam ser tratados: 
Os resíduos A1 e A2 devem obrigatoriamente ser tratados dentro do estabelecimento gerador 
Os resíduos A5 devem ser incinerados em equipamentos devidamente licenciados. 
Grupo B – Resíduos químicos Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
● Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; 
● Resíduos de saneantes, desinfetantes, 
 ● Resíduos contendo metais pesados;
 ● Reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
● Produtos de processamento de imagem (reveladores e fixadores).
 ● Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
Grupo C – Rejeitos radioativos
Enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação
Grupo D – Resíduos equiparados aos resíduos domiciliares
 Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
● Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, 
● peças descartáveis de vestuário, 
● resto alimentar de pacientes, 
● material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, 
● equipamento de soro e outros similares não classificados como A1. 
● Sobras de alimentos e do preparo de alimentos. 
● Resto alimentar de refeitório. 
● Resíduos provenientes das áreas administrativas.
 ● Resíduos de varrição, flores, podas e jardins. 
● Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
Grupo E – Resíduos perfurocortantes 
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Acondicionamento e identificação 
Cuidados no manuseio (minimizar os riscos de ocorrência de acidentes)
● Uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI; 
● Lavagem das mãos; ∙ 
● Segregação adequada dos resíduos nos diferentes subgrupos; 
● Acondicionamento seguro (barreira de contenção); ∙
 ● Imunização dos profissionais envolvidos no manuseio de resíduos.
Outra medida de proteção ocupacional até garantida por lei aos trabalhadoresé a vacina. De acordo com a NR32, a todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) previsto na NR-07 específico para o estabelecimento
Coleta e transporte externos 
Para os resíduos do grupo A, tratados e com descaracterização física das estruturas, a coleta e o transporte podem ser realizados pelo serviço de coleta urbana. 
Já os resíduos tratados, porém sem descaracterização física, e os que não precisam ser tratados, tais como peças anatômicas e produtos de concepção sem sinais vitais e o dos subgrupo A4, devem ter coleta e transporte especiais. 
Por fim, os resíduos do subgrupo A5 devem ter também coleta e transporte especiais, devido à alta periculosidade que apresentam. 
Atividade:
1- liste os impactos negativos que o mau gerenciamento dos resíduos do grupo A pode trazer à saúde coletiva, ao meio ambiente e à bacia hidrográfica e às demais áreas do saneamento. Em seguida, nós trabalharemos e discutiremos como as etapas do gerenciamento, bem-estruturadas, podem evitar ou minimizar os impactos listados. 
2- Na sua listagem de problemas, quais outros poderiam ser mencionados? Esses problemas são observados em seu município? Quais ações são implementadas em sua cidade para minimizar tais problemas? Discuta essas perguntas com seus colegas e anote as boas ações que possam ser utilizadas em sua localidade.
3- Por que os resíduos de serviços de saúde passaram a ser tão preocupantes? Enumere algumas razões que levaram diversos países, inclusive o Brasil, a estabelecerem leis, normas e regulamentos para esse tipo de resíduo.
marque com um - x - os lugares onde predominantemente se geram resíduos de serviços de saúde.
Para esclarecer quaisquer dúvidas, a RDC Anvisa n° 306/04 e a Resolução Conama n° 358/05 definem como fontes geradoras de RSS: 
∙serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; 
∙laboratórios analíticos de produtos para a saúde; 
∙necrotérios, funerárias e serviços em que se realizem atividades de embalsamamento; 
∙serviços de medicina legal; 
∙drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; 
∙estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde; 
∙centros de controle de zoonoses; 
∙distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; 
∙unidades móveis de atendimento à saúde; 
∙serviços de acupuntura; 
∙serviços de tatuagem, entre outros similares.
Fonte: 
Resíduos sólidos : gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde : guia do profissional em treinamento : nível 2 / Ministério das 
Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – 
Brasília : Ministério das Cidades, 2008. 98 p. 
Resíduos sólidos : gerenciamento de resíduos de serviços de saúde 
guia do profissional em treinamento : nível 1 / Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). – Brasília : Ministério das Cidades, 2008. 62 p.

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