Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sensores, Atuadores e Sistema Malha Fechada 22 de Marc¸o de 2015 1 Introduc¸a˜o Representac¸o˜es nos sistemas de controle atuador processo sensor uk ua y ys atuador processo sensoruk ua y ys 1.1 Controle de n´ıvel de tanque Dado o sistema processou y representado pela equac¸a˜o diferencial em torno da posic¸a˜o de equil´ıbrio τ dyˆ dt + yˆ = K0uˆ o diagrama de blocos do processo com sensores e atuadores fica atuadores processo transdutores uk iu(t) ua qe(t) y ht(t) ys iy(t) e a equac¸a˜o diferencial respectiva τn diˆy dt + iˆy = K0n iˆu 1 User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce 1.2 Simplificac¸a˜o plantaiu(t) iy(t) 2 Modelos de sensores e atuadores 1. elemento prima´rio: converte a varia´vel de entrada em uma outra varia´vel de sa´ıda no mesmo domı´nio. Exemplo: elemento prima´rio altura pressa˜o 2. elemento de medic¸a˜o ou atuac¸a˜o: realiza a transformac¸a˜o de energia entre domı´nios. Exemplo: elemento de medic¸a˜o pressa˜o resisteˆncia 3. elemento condicionador: manipula a varia´vel de entrada na varia´vel de sa´ıda de interesse. Exemplo: elemento condicionador resisteˆncia corrente ele´trica 3 Modelagem de sensores e atuadores 3.1 Sensor de n´ıvel de tanque elemento prima´rio K1 elemento de medic¸a˜o K2 elemento condicionador K3 ht(t) p(t) R(t) y(t) y(t) = K3 ·K2 ·K1 · ht(t) Simplificando Ks sensor ht(t) y(t) em que Ks = K3 ·K2 ·K1 2 User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce 3.2 Atuador va´lvula de entrada i fluido vaza˜o q d pressa˜o p elemento atuac¸a˜o elemento prima´rio elemento condicionador u i(t) um1 p(t) um2 d(t) ua q(t) Simplificando atuadori(t) q(t) 3.3 Exemplo Encontrar a nova equac¸a˜o diferencial do sistema de controle de n´ıvel, inclu´ındo o sensor e o atuador, dadas as informac¸o˜es abaixo atuador – curso da va´lvula: 0− 25 mm – diaˆmetro do diafragma: 100 mm – constante da mola: 200000 N/m – va´lvula eletropneuma´tica: ∗ 4− 20 mA ∗ 0− 6 bar sensor pressa˜o – ∗ 4− 20 mA ∗ 0− 1 bar tanque – A: 10m2 – R: 140s/m2 – htmax : 4 m – qe: 100 m 3/h para deslocamento d de 25 mm 3 3.3.1 Sensor K1 K2 ht(t) altura p(t) pressa˜o i(t) corrente 3.3.1.1 Primeiro subsistema do sensor K1 ht p p = ρ · g · ht = 1000 · 9.81 · ht Pa = 9810 · ht Pa Como 1 bar = 105 Pa p = 9810 · 10−5 · ht bar K1 = 0.0981 bar/m Como a equac¸a˜o diferencial foi linearizada em torno de h¯t, sera´ preciso in- troduzir varia´veis de perturbac¸a˜o{ ht = h¯t + hˆt p = p¯+ pˆ =⇒ p¯+ pˆ = 0.0981(h¯t + hˆt) No equil´ıbrio hˆt = 0 e pˆ = 0, portanto p¯ = 0.0981h¯t Em torno do equil´ıbrio ficamos com �¯p+ pˆ =�� ��0.0981h¯t + 0.0981hˆt pˆ = 0.0981hˆt 3.3.1.2 Segundo subsistema do sensor K2 p i Sabemos que htmax = 4 m pmax = 0.0981htmax pmax = 0.3924 bar 4 Se existe um elemento condicionador que possibilita a alterac¸a˜o do ganho de sa´ıda do sensor para uma maior sensibilidade, ajustamos a corrente ma´xima para a ma´xima pressa˜o 0.3924 bar←→ 20 mA 0 bar←→ 4 mA p i 4 20 0.3924 y − y0 = m(x− x0) 20− 4 = m(0.3924− 0) 16 = 0.3924m m ≈ 40.8 Para p = 0 bar temos que i = 4 mA, portanto temos que i(t) = 4 + 40.8p(t) Introduzindo as varia´veis de perturbac¸a˜o{ i = i¯+ iˆ p = p¯+ pˆ =⇒ i¯+ iˆ = 4 + 40.8(p¯+ pˆ) No equil´ıbrio iˆ = 0 e pˆ = 0, portanto i¯ = 4 + 40.8p¯ Em torno do equil´ıbrio ficamos com �¯i+ iˆ =��� ��4 + 40.8p¯+ 40.8pˆ iˆ = 40.8pˆ Portanto K2 = 40.8 5 3.3.1.3 Juntando os subsistemas do sensor Juntando as equac¸o˜es abaixo pˆ = 0.0981hˆt iˆ = 40.8pˆ obtemos iˆ = 40.8 · 0.0981hˆt =⇒ iˆ = 4hˆt 4 hˆt iˆ 3.3.2 Atuador K1 K2 K3 ia(t) corrente pa(t) pressa˜o d(t) deslocamento qe(t) vaza˜o 3.3.2.1 Primeiro subsistema do atuador K1 ia pa Sabemos que ia varia de 4 a 20 mA pa varia de 0 a 6 bar p i 4 20 6 y − y0 = m(x− x0) 20− 4 = m(6− 0) 16 = 6m m = 0.375 6 Para pa = 0 bar temos que ia = 4 mA, portanto temos que ia(t) = 4 + 0.375pa(t) portanto para entrada corrente e sa´ıda pressa˜o temos: pa(t) = ia(t)− 4 0.375 Introduzindo as varia´veis de perturbac¸a˜o{ pa = p¯a + pˆa ia = i¯a + iˆa =⇒ i¯a + iˆa = 4 + 0.375(p¯a + pˆa) No equil´ıbrio iˆa = 0 e pˆa = 0, portanto i¯a = 4 + 0.375p¯a Em torno do equil´ıbrio ficamos com ��¯ia + iˆa =(((( ((4 + 0.375p¯a + 0.375pˆa iˆa = 0.375pˆa pˆa = iˆa 0.375 Portanto K1 = 1 0.375 3.3.2.2 Segundo subsistema do atuador K2 pa da i fluido vaza˜o q d pressa˜o p 7 Sabemos que a forc¸a da mola tem que ser igual a` forc¸a do atuador. Temos enta˜o Fa = Fm pa ·Ad = Km · da Ad Km = da pa em que Ad e´ a a´rea do diafragma e Km e´ a constante da mola. A func¸a˜o de transfereˆncia e´ a raza˜o entre sa´ıda e entrada, que para esse subsistema e´ o deslocamento do atuador da sobre a pressa˜o do atuador pa: da pa . Da equac¸a˜o anterior temos enta˜o K2 = da pa K2 = Ad Km K2 = pi0.12 4 200000 K2 = 3.93 · 10−8 m/Pa =⇒ para unidades S.I. K2 = 3.93 mm/bar dˆ(t) = 3.93pˆa(t) 3.3.2.3 Terceiro subsistema do atuador K3 d qe Vamos admitir uma relac¸a˜o linear entre o ma´ximo deslocamento da haste e a ma´xima vaza˜o resultante da sa´ıda d varia de 0 a 25 mm qe varia de 0 a 100 m 3/h d qe 100 25 8 K3 = qe d K3 = 100 m3/h 25 mm K3 = 100 m3/h 25 · 10−3 m K3 = 4 · 103 m2/h K3 = 4 · 103 3600 m2/s K3 ≈ 1.11 m2/s qˆe(t) = 1.11dˆ(t) 3.3.2.4 Juntando os subsistemas do atuador Juntando as equac¸o˜es abaixo pˆa(t) = 1 0.375 iˆa(t) dˆ(t) = 3.93pˆa(t) qˆe(t) = 1.11dˆ(t) obtemos qˆe = 1.11 · 3.93 · 10−8 · 1 0.375 · 105iˆa =⇒ qˆe = 0.0116ˆia 0.0116 iˆa qˆe 3.3.3 Juntando o atuador e o sensor com o processo Dado a equac¸a˜o diferencial do processo, que e´ um tanque τ dyˆ dt + yˆ = K0uˆ podemos calcular os valores de K0 e τ usando os valores dado do exerc´ıcio. Lembrando que τ dy dt + y = K0u ===⇒ RAdh dt + ht = Rqe 9 τ = R ·A K0 = R τ = 140 · 10 K0 = 140 Obtemos a equac¸a˜o diferencial do tanque 1400 dy dt + y = 140u atuador 0.0116 processo 140 1400s+1 transdutor 4 iˆu iˆy Multiplicando os sistemas, obtemos a func¸a˜o de transfereˆncia final Iy(s) Iu(s) = 4 · 0.0116 · 140 1400s+ 1 Iy(s) Iu(s) = 6.5145 1400s+ 1 e aplicando a transformada inversa de Laplace, obtemos a equac¸a˜o diferencial final 1400 diˆy dt + iˆy = 6.5145ˆiu 10 4 Sistema de Malha Fechada Diagrama completo de malha fechada K(s) atuador processo sensor r(t) + e(t) u(t) y(t) z(t) − Planta P (s) G(s) Func¸a˜o de transfereˆncia de Malha Fechada (T (s)) com realimentac¸a˜o nega- tiva: G(s) H(s) r(t) + ea(t) y(t) z(t) − em que G(s) = K(s)·P (s) e´ chamado de Ganho Direto e L(s) = G(s)·H(s) e´ chamado de Ganho de Malha Aberta. Queremos obter T (s) = Y (s) R(s) . Do diagrama de blocos temos: Y (s) = G(s) · Ea(s) Z(s) = H(s) · Y (s) Ea(s) = R(s)− Z(s) 11 User Realce User Realce User Realce User Realce User Realce Y (s) = G(s) · Ea(s) Z(s) = H(s) · Y (s) Ea(s) = R(s)− Z(s) Y (s) = G(s) [R(s)− Z(s)] Y (s) = G(s) [R(s)−H(s) · Y (s)] Y (s) = G(s) ·R(s)−G(s) ·H(s) · Y (s) Y (s) +G(s) ·H(s) · Y (s) = G(s) ·R(s) (1 +G(s) ·H(s)) · Y (s) = G(s) ·R(s) T (s) = Y (s) R(s) = G(s) 1 +G(s) ·H(s) Podemos reescrever em func¸a˜o dos polinoˆmios numerador e denominador doganho direto (G(s) = NG(s)DG(s) ): Y (s) R(s) = NG(s) DG(s) 1 + NG(s)DG(s) ·H(s) ×DG(s) DG(s)=====⇒ Y (s) R(s) = NG(s) DG(s) +NG(s) ·H(s) Se a realimentac¸a˜o e´ unita´ria, H(s) = 1 T (s) = G(s) 1 +G(s) = NG(s) DG(s) +NG(s) 12 4.0.4 Exerc´ıcio Implementar no Simulink o sistema de tanque com atuador e sensor descrito acima, sem linearizar e depois linearizado em torno do ponto de equil´ıbrio. Comparar as respostas e obter no MATLAB a func¸a˜o de transfereˆncia do mo- delo feito no Simulink. Sistema completo: 2000 4000 6000 8000 10000 9 14 19 4 Sistema linearizado: 2000 4000 6000 8000 10000 3 6 9 13 Ao alterar o ponto de equil´ıbrio, porque a forma da curva se mante´m a mesma? Ela se mante´m a mesma porque independente do ponto de equil´ıbrio esco- lhido, o comportamento dinaˆmico linearizado e´ o mesmo ja´ que a derivada e´ uma constante. 14
Compartilhar