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Doença de Chagas

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Doença de Chagas
Profa. Ma. Bianca Letícia Rocha
❖Sua transmissão exige a participação
de um vetor, o triatomíneo conhecido
pelo nome de barbeiro, fincão,
chupança bicudo, chupão, procotó,
dependendo da região.
DOENÇA DE CHAGAS OU MAL DE CHAGAS
• Também chamada Tripanossomíase americana
• Infecção causada pelo protozoário flagelado chamado de Trypanosoma cruzi.
• Sendo transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda,
chupança, fincão, bicudo, chupão e são pertencentes aos
gêneros: Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus
• O Trypanosoma cruzi é:
– Membro do mesmo gênero do agente infeccioso africano da ”doença do sono”
– Da mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose
• Suas manifestações clínicas
• Distribuição geográfica
• Ciclo de vida
Bastante diferentes
• A doença de Chagas acomete entre 12 e 14 milhões de pessoas em larga extensão
na América Latina e cerca de 8 milhões de pessoas no Brasil.
• Principalmente população pobre que reside em condições precárias.
• É considerada a 4º doença de maior impacto na saúde pública do nosso país.
• Carlos Chagas descobriu em 1908, o parasita no intestino triatomíneos.
• 1909: descreveu o primeiro caso humano, estabelecendo a etiologia, ciclo
parasitário, identificação dos vetores, reservatórios domésticos e silvestres,
descrevendo a doença e o diagnóstico.
Estados brasileiros enfrentam surtos 
de doença de Chagas. 
Segundo a Fiocruz (Fundação 
Oswaldo Cruz), Pará e Minas Gerais 
concentram o maior número de casos
• em todo o País, estima-se que 4 milhões de 
habitantes são portadores da doença, 
sendo que muitos não sabem que estão 
infectados.... 
Surtos geralmente são limitados e 
causados pela ingestão de alimentos 
contaminados.
• Ingestão de um produto no qual o barbeiro, 
cheio de Trypanosoma cruzi, foi triturado ou 
misturado no preparo da comida
• Açaí fresco ou a cana-de-açúcar não 
higienizados corretamente
• Carne malpassada
Os casos de doença de 
chagas aumentaram este 
ano em Minas Gerais. 
Cerca de 400 pessoas já 
morreram da doença e 
mais de 300 casos já 
foram registrados.
Epidemiologia
Estima-se que existam 18 milhões de
pessoas com esta doença, entre os 100
milhões que constituem a população de
risco, distribuídas por 18 países americanos.
Dos infectados, cerca de 20000 morrem a
cada ano.
Distribuição no Brasil: RS, SC, Pr, SP, MG,
Go e o Nordeste.
Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos
casos do Brasil estão concentrados , no
Estado do Pará,
Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso 
da infecção. 
Fase aguda: dura em torno de 4 a 16 semanas, geralmente é 
assintomática. 
Quando surgem sintomas, estes podem variar de:
• Leves (febre baixa, anorexia)
• Moderados (linfoadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia)
• Graves (meningite e miocardite). 
Após a total reversão do quadro clínico agudo, inicia-se uma fase 
totalmente assintomática
AGENTE ETIOLÓGICO
• A Tripanossomíase é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, 
• É caracterizado pela presença de um flagelo. 
• No sangue dos vertebrados, o T.cruzi se apresenta sob a forma de tripomastigota,
que é extremamente móvel, e nos tecidos, como amastigotas.
• No tubo digestivo dos insetos vetores, ocorre um ciclo com a transformação do
parasita, dando origem as formas infectantes presentes nas fezes.
• AMASTIGOTAS
• EPIMASTIGOTA
• TRIPOMASTIGOTA
Formas infectantes:
M
O
R
F
O
L
O
G
I
A
Forma infectante encontrada no 
sangue dos vertebrados
Forma infectante encontrada nos 
tecidos dos vertebrados
Forma infectante encontrada no 
intestino do barbeiro
AMASTIGOTAS
• Forma amastigota é arredondada
• Apresenta um flagelo bem reduzido
• Núcleo relativamente grande, redondo e excêntrico.
• Cinetoplasto em forma de bastão, situado entre o núcleo e o flagelo.
• Forma infectante é encontrada no interior das células de hospedeiros mamíferos
infectados, incluindo o homem, onde se multiplicam.
• Amastigota – fase intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e
núcleo grande.
• Presente na fase crônica da doença, nos músculos do vertebrado
Figura : formas amastigotas intracelulares do Trypanosoma cruzi
EPIMASTIGOTA
• A forma epimastigota é fusiforme.
• Possui o cinetoplasto em forma de bastão,
localizado próximo à bolsa flagelar, de onde
emerge o flagelo que adere ao longo da
extensão do corpo celular do parasito,
tornando-se livre na região anterior.
• Esta forma não infectante é mais comumente
encontrada no intestino do barbeiro.
• Epimastigota – é a forma encontrada no tubo digestivo do vetor
• Não é infectante para os vertebrados
Figura : formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi
TRIPOMASTIGOTA
• A forma tripomastigota é alongada e levemente
achatada.
• Apresenta cinetoplasto arredondado, localizado na
extremidade posterior do corpo do parasito.
• As formas tripomastigotas são altamente infectantes,
podendo ser encontradas no mamífero, no sangue e
espaço intercelular) e no inseto, na região posterior do
tubo digestório.
• Tripomastigota – fase extracelular, que circula no sangue
• Esse estágio evolutivo está presente na fase aguda da doença
• Presente no sangue do vertebrado
Figura :Tripomastigota de Trypanosoma cruzi. Seta preta- cinetoplasto; vermelha - núcleo; 
azul - membrana ondulante; verde - flagelo.
Agente Etiológico: Trypanossoma cruzi
Vetores
Triatoma infestans Panstrongylus
Protozoário flagelado
Barbeiros hematófagos
Rhodnius
Reservatórios: tatus, gambás, roedores que convivem 
com "barbeiros" silvestres
Com a chegada do homem e os processos de 
colonização
Desequilíbrios ecológicos (desmatamentos, queimadas) 
Barbeiros foram desalojados, invadindo as habitações 
rústicas e pobres dos lavradores e colonos. 
A doença chegou ao homem e aos mamíferos 
domésticos 
Os barbeiros têm hábitos noturnos.
•Vivem em nas frestas de casas de pau-a-pique
•Ninho de pássaros.
•Cascas de troncos de arvores.
•Tocas de animais.
•Embaixo de pedras.
•Em copas das palmeiras do açaí.
COMO A DOENÇA DE CHAGAS É TRANSMITIDA?
Vetorial:
• Contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos 
popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
Oral: 
• Ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
Vertical: 
• Ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a 
gravidez ou o parto.
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos:
• de doadores infectados a receptores sadios.
Acidental: 
• Pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório 
ou na manipulação de caça.
• Vetorial
• Hemotransfusões
• Oral
•
• Vertical
• Acidental
Ate aproximadamente 20 dias
Incubação de 5 a 15 dias.
Incubação de 30 a 40 dias.
Incubação de 3 a 22 dias.
Transplacentária, e no parto. 
Período de Incubação 
A doença se apresenta em duas fases clinicas: 
Fase aguda: assintomática
sintomática
Fase crônica:
Forma indeterminada 
Forma cardíaca 
Forma digestiva 
Formas mistas 
SINTOMAS-FASE AGUDA:
• Maior parte é assintomática
ou inaparente.
• Chagoma de inoculação
• Edema peri-orbital
• Sinal de Romaña
• Hiperemia
• Minigoencefalite
• Miocardite
• Cefaleia
Sinal de Romaña:
É um edema inflamatório bipalpebral ou unilateral, associado a conjuntivite e aumento ganglionar
pré-auricular, ocorre em 10 a 20% dos casos agudos de doença de Chagas
SINTOMAS-FASECRÔNICA
• Infecções crônicas com baixas parasitemias.
• Aumento do coração, dilatação do
ventrículo, e/ou miosite do esôfago, cólon
ou intestino delgado.
• Destruição dos gânglios é compensada com
o aumento da massa muscular, levando a
megaesôfago e megacólon.
Cardiomegalia
Cardiomegalia
Aneurisma de pontaMiocardite
Megaesôfago - Raio X
Classificação radiológica do megaesôfago em quatro grupos, conforme a evolução da afecção.
Manifestações Digestivas
Megaesôfago: (observado entre 20 e 40 anos).
Megacólon Chagásico
DIAGNÓSTICO 
EXAMES PARASITOLÓGICOS 
• Pesquisa a fresco do tripanossoma
• Lâmina corada de gota espessa ou esfregaço
ESFREGAÇO SANGUINEO
Esfregaço de sangue
DIAGNÓSTICO
EXAMES SOROLÓGICOS
• Anticorpos IgG
• Anticorpos IgM
• Hemoaglutinação
DIAGNÓSTICO MOLECULARES
• PCR- Reação em cadeia da 
polimerase.
• Hemograma
• Urinálise
• Provas de função hepática 
• RX
• Eletrocardiograma
EXAMES COMPLEMENTARES
PROFILAXIA
TRATAMENTOS DE DOENTES
COMBATE AO TRANSMISSOR
MELHORIA DAS HABITAÇÕES RURAIS
PROTEÇÃO DO HOMEM SADIO
ELIMINAÇÃO DE ANIMAIS INFECTADOS
CONTROLE DO DOADOR DE SANGUE
CONTROLE DA TRANSMISSÃO
HIGIENE NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
Prevenção:
Melhoria das habitações rurais
Prevenção
dedetização
Vigilância epidemiológica
Objetivos
• Detectar precocemente casos de doença de Chagas, com vistas à aplicação
de medidas de prevenção .
Notificação
• A DCA é um agravo de notificação compulsória e todos os casos devem ser
imediatamente notificados ao Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan)

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