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MODELO DE IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL, ÓRFÃOS E SUCESSÕES DE xxxxxxxxxx 
PROCESSO Nº 
Xxxxxxxxxxxxxx S /A, já qualificado, nos autos referidos à epígrafe, em que litiga com , por seu advogado in fine firmado, vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar sua
IMPUGNAÇÃO
ao cumprimento de sentença apresentado por R, amparado nas razões e fundamentos que a seguir passa a expor.
1. SÚMULA DO PEDIDO
O impugnado pretende, por meio de seu pedido de cumprimento de sentença de fls. 322/325, que pague, o Banco impugnante, a quantia de R$ 10.640,55 (dez mil seiscentos e quarenta reais e cinquenta e cinco centavos), sendo R$ 9.559,70 a títul ode honorários advocatícios e R$1.080,85 a título de multa imposta na forma do art. 538, parágrafo único, do CPC/73, em conformidade com as planilhas de cálculos de fls. 328/329.
Entretanto, e como passaremos a demonstras nos tópicos seguintes, o impugnado é ilegítimo para pleitear a execução da multa arbitrada pelo juízo ad quem; e, ainda, em seus cálculos, fez incidir encargos de mora indevidos, o que nos conduz à conclusão de que os valores pretendidos pelo impugnado não estão corretos, mostrando-se excessivos e em desconformidade com o título executivo judicial. Vejamos:
2. PRELIMINARMENTE - DA ILEGITIMIDADE DO IMPUGNADO PARA PLEITEAR OS VALORES DEVIDOS A TÍTULO DE MULTA
Primeiramente, devemos destacar que é, o impugnado, parte ilegítima para pleitear o pagamento da multa arbitrada pelo juízo ad quem em razão de ter reputado um dos recursos manejados pelo Banco ora impugnante como meramente protelatório.
Ora, a multa, como é cediço, se reverte em favor da parte; e não de seu patrono. Sendo assim, o ora impugnado não detém legitimidade para, em nome próprio – como faz na petição de fls. 322/325 – pleitear direito alheio, de sua cliente; poderia, isso sim, pleitear em nome dela, na condição de seu procurador, o que não é, definitivamente, a hipótese dos autos.
Sendo assim, e para que reste integralmente preservada a regra do art. 18 do CPC, segundo o qual: “Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”.
3. MÉRITO – DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
DO DIES A QUO DA NCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA SOBRE OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
O impugnado, como prenunciamos, fez incidir juros de mora sobre o valor dos honorários advocatícios de sucumbência desde a data de 10/09/2012. Isso, no entanto, se mostra absolutamente equivocado.
Conforme entendimento pacificado na jurisprudência dos tribunais pátrios, os juros de mora sobre o valor dos honorários advocatícios sucumbenciais somente passam a fluir da data em que é citado [rectius: intimado] o devedor para pagar; isso já na fase de execução. Bem demonstram esse entendimento os arestos a seguir transcritos, extraídos da jurisprudência do c. STJ, verbis:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. INTIMAÇÃO. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO.
1.- Na esteira de precedentes deste Tribunal, o termo inicial dos juros moratórios referentes aos honorários advocatícios é o momento em que ocorre a citação do devedor no processo de execução e não a data do trânsito em julgado da sentença condenatória, conforme anotou o Acórdão recorrido.
2.- O agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar o decidido, que se mantém por seus próprios fundamentos. 
3.- Agravo Regimental improvido. (STJ – Processo AgRg nos EDcl no REsp 1382085 / DF - AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL 2013/0137360-1 - Relator(a) Ministro SIDNEI BENETI (1137) - Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA - Data do Julgamento 17/10/2013 - Data da Publicação/Fonte DJe 05/11/2013).
(sem destaques no original)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA E DA CORREÇÃO MONETÁRIA - OMISSÃO - OCORRÊNCIA - EMBARGOS ACOLHIDOS.
1.- A jurisprudência deste Tribunal é iterativa em reconhecer que, na cobrança de honorários sucumbenciais, o termo inicial dos juros moratórios é o da data da citação do executado no processo de execução de honorários advocatícios que eventualmente venha a ser proposto.
2.- Os honorários advocatícios arbitrados em valor fixo, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, sofrem correção monetária a partir do seu arbitramento. Precedentes.
3.- Embargos de Declaração acolhidos para sanar omissão quanto ao termo inicial dos juros moratórios e da correção monetária, sem alteração, contudo, no mérito do julgado. (Processo EDcl no AgRg no AREsp 249813 / SP EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2012/0228780-9 - Relator(a) Ministro SIDNEI BENETI (1137) - Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA - Data do Julgamento 28/05/2013 - Data da Publicação/Fonte DJe 20/06/2013).
(sem destaques no original)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO SOBRE
O VALOR DA CAUSA. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO A QUO. AJUIZAMENTO DA AÇÃO. SÚMULA 14/STJ. JUROS MORATÓRIOS. INCIDÊNCIA A PARTIR DA CITAÇÃO DO EXECUTADO. JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA.
1. "Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento." (Súmula 14/STJ.)
2. Na execução de honorários advocatícios, os juros moratórios incidem a partir da intimação do devedor para efetuar o pagamento. Precedentes.
Agravo regimental improvido. (STJ – Processo AgRg no AREsp 62391 / MG - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2011/0175381-9 - Relator(a) Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) - Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA - Data do Julgamento 16/08/2012 - Data da Publicação/Fonte DJe 28/08/2012).
(sem destaques no original)
Portanto, absolutamente equivocados os cálculos que deram base ao pedido de cumprimento de sentença apresentado pelo impugnado, uma vez que fez, este, incidir juros de mora sobre o valor dos honorários advocatícios em data diversa da data da intimação do impugnante para pagamento; intimação esta que, conforme certidão de fl. 331, somente se deu em 27 de abril de 2016 (primeiro dia útil após a data de disponibilização).
Assim, deve ser reconhecido o excesso de execução e corrigido o cálculo do impugnado, a fim de que fluam, os juros de mora, a partir da intimação do impugnante para pagar; ou seja: a partir de 27 de abril de 2016.
DO DIES A QUO DA NCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE O VALOR DA MULTA
Apesar de, como demonstrado alhures, não ser, o impugnado, parte legítima para pleitear o pagamento dos valores arbitrados a título de multa, na forma do art. 538, parágrafo único, do CPC/73, cumpre, neste momento, demonstrar que, além disso, seus cálculos estão errados.
O impugnado, para a apuração do valor devido a tal título, fez incidir a correção monetária sobre o valor da multa não da data da publicação do acórdão que a estipulou, mas da data de assinatura do voto, o que é absolutamente equivocado.
Outrossim, fez incidir juros de mora sobre o valor desde a data do trânsito em julgado, quando, em verdade, e a exemplo do que ocorre com relação aos honorários advocatícios de sucumbência, os juros de mora em tal hipótese fluem, apenas e tão só, da data da intimação do executado na fase de cumprimento de sentença.
Assim, deve ser reconhecido o excesso de execução e corrigido o cálculo do impugnado, a fim de que flua, a correção monetária, a partir da intimação do acórdão que fixou a multa, ou seja, a partir de 18.07.2011; bem como que os juros de mora fluam a partir da intimação do impugnante para pagar, ou seja: a partir de 27 de abril de 2016.
DA NÃO INCIDÊNCIA DA MULTA DE 10% DO ART. 523, § 1º, DO CPC
A análise dos cálculos apresentados pelo exequente revela a inclusão de outra rubrica indevida: trata-se da multa do art. 523, § 1º, do CPC (ou, no código de processo civil vigente àquele tempo, do art. 475-J).
Ocorre que,seja de acordo com a legislação processual civil revogada, seja em conformidade com a vigente, a referida multa somente incide no caso de, decorridos os quinze dias da data da intimação para cumprimento de sentença, deixar, o executado, de pagar voluntariamente.
In casu, nem mesmo houve o decurso do referido prazo. Além disso, o impugnante, conforme demonstra a documentação em anexo, já promoveu o depósito do valor correto da execução, cumprindo, com isso, a sentença.
Assim, deve ser reconhecido o excesso de execução e corrigido o cálculo do impugnado, a fim de que seja expurgada, dos cálculos apresentados pelo impugnado, a multa de 10% do vigente art. 523, § 1º, do CPC.
DO CORRETO VALOR DA EXECUÇÃO
Realizados os cortes dos valores inseridos em excesso, conforme fundamentação acima, temos que o valor correto da execução, posicionado para a data em que realizado o depósito de valores em conta bancária à disposição desse h. juízo, é de R$ R$ 6.916,22 (seis mil novecentos e dezesseis reais e vinte e dois centavos), conforme planilhas de cálculo em anexo, confeccionadas com a utilização da ferramenta disponibilizada no site da Corregedoria Geral de Justiça do Espírito Santo.
Assim, requer que seja reconhecido o excesso de execução e sejam homologados os cálculos ora juntados aos autos.
4. Conclusão e requerimentos
Diante do exposto, resta claro o excesso de execução, razão pela qual requer seja julgada procedente a presente impugnação e declarado tal excesso de execução, fixando-se o valor total devido pelo Banco impugnante em R$ 6.916,22 (seis mil novecentos e dezesseis reais e vinte e dois centavos), posicionado para 29.04.2016. 
Para fins de cumprimento de sentença, promoveu, o Banco impugnante, depósito judicial do valor correto devido ao impugnado, qual seja: R$ 6.916,22 (seis mil novecentos e dezesseis reais e vinte e dois centavos); conforme comprovante de depósito judicial em anexo.
Requer, desde logo, e para fins de evitar a incidência da multa de 10% (dez por cento) do art. 523, § 1º, do CPC, seja, acaso requerido pelo impugnado, expedido alvará judicial, em favor deste, para que promova o levantamento da quantia depositada.
Reconhecido o excesso de execução, e acolhido como correto o valor apontado pelo Banco impugnante, requer seja resolvida a impugnação com a extinção da execução, ante o adimplemento, pelo Banco impugnante, da obrigação de pagar estabelecida na decisão transitada em julgado.
Requer, por fim, seja condenado, o ora impugnado, ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais da fase de cumprimento de sentença� e ao ressarcimento das custas processuais deste incidente processual, recolhidas antecipadamente, conforme guia em anexo.
Nesses termos, pede deferimento.
Vitória/ES, 11 de maio de 2016.
� RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: [...] 1.3. Apenas no caso de acolhimento da impugnação, ainda que parcial, serão arbitrados honorários em benefício do executado, com base no art. 20, § 4º, do CPC. 2. Recurso especial provido. (STJ – Processo REsp 1134186 / RS - RECURSO ESPECIAL 2009/0066241-9 Relator(a) - Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO (1140) - Órgão Julgador CE - CORTE ESPECIAL - Data do Julgamento 01/08/2011 - Data da Publicação/Fonte DJe 21/10/2011). (g. n.)
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