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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO GUSTAVO MATOS DE SOUZA 8033666 VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2019 TRABALHO DE PORTFÓLIO Com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir: 1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. b) Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. Geralmente, sabemos das notícias do local onde a gente vive e do restante do mundo através de telejornais, rádios e demais meios de comunicação. Como grande parte das informações que recebemos é transmitida oralmente, para uma pessoa surda é extremamente difícil se manter informado e receber algum tipo de informação sem a ajuda especializada de um intérprete para que o mesmo possa ajudá-lo a compreender a informação passada. Enquanto para nós, ouvintes, é normal assistir a uma palestra ou uma aula para que possamos entender de algum assunto específico, para a pessoa surda é um desafio compreender o que está sendo passado quando não há um intérprete por perto, o que prejudica o seu conhecimento e o faz se distanciar ainda mais do processo de socialização e inclusão. Nos dias de hoje, é quase impossível encontrar alguém que não possua um telefone móvel para se comunicar com quem está longe. Quando ouvimos um toque de chamada do aparelho, automaticamente o tiramos do bolso e o colocamos no ouvido para conversar com a pessoa que está chamando do outro lado. No caso de uma pessoa surda, a única maneira para se iniciar um diálogo seria uma chamada de vídeo para que a mesma possa se comunicar através das Libras. O que geralmente os ouvintes ouvem e vêem, os surdos vêem e sentem, como, por exemplo, a vibração de um aparelho que emite som. Quando ligamos uma música em um alto falante, os ouvintes ouvem claramente a música que está sendo tocada e amplificada em uma freqüência mais alta, quando os surdos podem sentir a vibração do alto falante e saber que está sendo tocado algum som. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade. Olhando em retrospectiva, podemos perceber que a história da educação dos surdos muitas vezes se coincide com a história da educação especial, onde há um descaso exacerbado tanto com as pessoas que possuem alguma deficiência mental, quanto as pessoas surdas. Quando voltamos na história da educação dos surdos, principalmente aqui no Brasil, percebemos que sim, ouve um autoritarismo muito grande por parte dos ouvintes. Quando se predominava o Oralismo, a Libras era proibida de ser praticada pelos surdos e pelos seus familiares, fazendo com que os mesmos fossem obrigados a ter uma educação completamente oral, o que mostra esse autoritarismo presente em todos os âmbitos sociais. Essa educação oralista fez com que os surdos ficassem prejudicados educacionalmente, sendo parcialmente alfabetizados. Não havendo uma educação específica voltada para os mesmos, muitos tiveram sua educação atrasada; alguns possuem pouca capacidade na fala, não conseguem escrever direito e muito menos compreender certas palavras. Até o período da Comunicação Total e do Bilinguismo, a educação dos surdos permaneceu sendo negligenciada pelo autoritarismo dos ouvintes. Muitos avanços já foram realizados nessa área, mas ainda há muito a se pesquisar no campo da surdez. É necessário que haja a participação de todos nesse processo em desenvolvimento para que consigamos resultados cada vez melhores e assim, fazer com que a inclusão total dos deficientes auditivos aconteça. REFERÊNCIAS PEDROSO, Cristina Cinto Araújo; ROCHA, Juliana Cardoso de Melo. Língua Brasileira de Sinais. Batatais: Claretiano, 2013.
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