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Claretiano - Centro Universitário LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Disciplina: Língua Brasileira de Sinais Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas Tutor: Renata Andréa Fernandes Fantacini e Aparecida Helena Ferreira Hachimine Aluno(a): Fernanda Baratieri Mota Röder RA: 8109929 Claretiano - Centro Universitário Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina: Língua Brasileira de Sinais Tutor: Solange Aparecida Bispo Dos Santos RA: 8109929 Aluno(a): Fernanda Baratieri Mota Roder Turma: Unidade: 2 1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: a)Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. b)Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. d)Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. e)Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. Resposta: Atividades simples como, consultas médicas, atendimento em lojas e passeios, são ações cotidianas tanto para ouvintes, quanto para surdos, porém o que para os ouvintes são ações meramente simples, para os surdos muitas vezes se tornam grandes desafios, pelo fato de que em muitos estabelecimentos o atendimento a pessoas surdas não serem de acordo com sua necessidade, ficando a desejar a inclusão deles nesse meio de ações que as pessoas ouvintes fazem no decorrer do dia. Sobre atender um telefonema, a pessoa ouvinte ira ouvir apenas o que a outra pessoa do outro lado da linha está falando e assim começam um diálogo, já para o surdo o método pelo qual ele irá se comunicar com a outra pessoa através de uma ligação seria uma vídeo chamada, que é onde ele vê a outra pessoa e a outra pessoa se comunica com ele de forma que ele venha a entender e interpretar. Um exemplo a respeito de uma ação do cotidiano de uma pessoa surda e uma ouvinte: sobre acordar de manhã, o ouvinte põe o celular para despertar no modo “toque”, já o surdo põe no modo “vibrar”, o que os Claretiano - Centro Universitário ouvintes escutam e vêem os surdos vêem e sentem. Os métodos que na maioria das vezes são descartados e insignificantes para os ouvintes se tornam essenciais para os surdos, auxiliando em seu desenvolvimento e inclusão na sociedade. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade. Resposta: A história da educação dos surdos confunde -se com a própria história da educação especial, pois, inicialmente, os surdos foram renegados. Somente no século 16 é que foram considerados passíveis de serem educados. As tendências mundiais que ocorreram, principalmente na Europa, bem como o embate entre o método que prioriza a comunicação por meio da língua falada e o método por meio de sinais é histórico e se mantém até a atualidade. No entanto, hoje há provas contundentes evidenciando a importância da língua de sinais para o processo de aprendizagem dos alunos surdos. Assim, a história da educação dos surdos teve o oralismo como o caminho educacional predominante. Entretanto, ele não propiciou resultados satisfatórios e representou um mecanismo de poder do ouvinte sobre o surdo ao legitimar o domínio de um grupo sobre o outro pela obrigatoriedade da aquisição da fala. Os resultados, então, insatisfatórios do oralismo, fizeram surgir uma segunda abordagem: a comunicação total. Essa, embora contemplasse o uso dos sinais, não reconheceu a língua de sinais como língua. Assim, estruturou -se com base no uso dos sinais segundo a língua majoritária. Esse uso simultâneo foi entendido como incompatível, e os resultados também não foram satisfatórios. Portanto, a grande maioria dos surdos que passaram pelo processo de oralismo, não falam e nem fazem leitura labial satisfatoriamente. Pois poucos surdos apresentam habilidade de expressão e Claretiano - Centro Universitário recepção verbal razoável, sendo comum, por esse motivo, ficarem, por alguns anos, retidos na mesma série do Ensino Regular. Claretiano - Centro Universitário REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves. Assistência ao surdo na área de saúde como fator de inclusão social. Revista da Escola de Enfermagem da. USP. Edicção 39, n°4, 2005. CUNHA, Angelita Gomes Fontenele Rodrigues da; DIAS, Elayne Cristina Rocha. Um percurso sobre as dificuldades e estratégias de solução na administração de medicamentos pelos surdos. Disponível em:< https://editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2020/ebook1/TRABALHO_EV140_MD7 _SA100_ID5953_09092020211441.pdf>Acesso em: 21 de setembro de 2021. LACERDA, Cristina B.Feitosa de. A prática pedagógica mediada (também) pela língua de sinais: Trabalhando com sujeitos surdos. Cadernos Cedes, ano XX, nº 50, 2000. LODI, Ana Claudia Balieiro. Plurilingüismo e surdez: uma leitura bakhtiniana da história da educação dos surdos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 409-424, set./dez. 2005. https://editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2020/ebook1/TRABALHO_EV140_MD7_SA100_ID5953_09092020211441.pdf%3eAcesso https://editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2020/ebook1/TRABALHO_EV140_MD7_SA100_ID5953_09092020211441.pdf%3eAcesso
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