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No dia a dia da farmácia

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No dia a dia da farmácia, pipetas graduadas, provetas e cálices são comumente utilizados para medições nos procedimentos farmacotécnicos, enquanto pipetas volumétricas, buretas e balões volumétricos, são comumente requeridos no preparo e medição de volumes de soluções e de reagentes bem como nas análises e doseamentos do controle de qualidade das matérias primas e produto acabado. Já os copos de Becker e Erlemeyers não são considerados instrumentos de medição de volume, embora possuam escala grosseira de graduação volumétrica.
Uma vidraria de qualidade é um fator contributivo para a produção de produtos magistrais com os teores esperados e resultados analíticos confiáveis. Os cuidados necessários começam na aquisição de vidrarias de boa qualidade e estendem-se à calibração e correta utilização das mesmas. A manutenção é outro ponto que merece atenção, uma vez o custo de reposição costuma ser alto, somando-se a este, o custo de uma nova calibração. Vidraria de Laboratório é definida como “Material fabricado em vidro, plástico ou metal, com forma e volume definidos, que é utilizado em laboratórios químicos” -INMETRO-DOQCGCRE-027. 
As ações propostas devem ser incorporadas ao Programa de Manutenção. Quanto à aplicabilidade de certas exigências da norma às vidrarias, o farmacêutico (a) deve avaliar as peculiaridades técnicas destes instrumentos ao elaborar o programa da farmácia. O item 5.c da RDC 67 define que a farmácia deve possuir “vidraria verificada contra um padrão calibrado ou adquirida de fornecedores credenciados pelos laboratórios da rede brasileira de calibração, quando for o caso”. Segundo a ISO 9001, “Equipamento de Medição a ser controlado deve ser aquele que afeta ou afere a qualidade do produto.” 
Cabe ao farmacêutico avaliar quais utensílios volumétricos e equipamentos que deverão ser controlados e calibrados. Basicamente, serão aqueles que têm impacto na qualidade do produto final, cujos desvios podem acarretar erros na dose posológica dos medicamentos, e obviamente, os envolvidos nas análises e dosamentos do Controle de Qualidade. O programa de manutenção deve contemplar minimamente o estabelecido na norma, sendo necessária a elaboração de procedimentos operacionais para utilização e acompanhamento do desempenho dos utensílios volumétricos, obedecendo aos requisitos relativos aos ensaios e periodicidade.
Obter resultados confiáveis de pesagem;
Assegurar a informação do peso dos insumos comercializados;
Prevenir fraudes e desvios;
Manter corretas margens de lucro;
Garantir a qualidade de produtos fabricados;
Evitar multas e interdições;
Detectar desgastes nos instrumentos;
Atestar a fidedignidade de exames e análises laboratoriais.
As calibrações dos equipamentos e instrumentos de medição devem ser executadas por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações realizadas dos equipamentos, instrumentos e padrões.
Portanto, ao receber o certificado de calibração, o farmacêutico deverá aprovar ou não o utensílio calibrado, tomando como referência a avaliação do Erro de Medição (EM). A avaliação do Certificado de Calibração de um instrumento deve ser criteriosa. Se o farmacêutico constatar a falta de dados ou informações que possam comprometer a confiabilidade dos resultados apresentados, é necessário solicitar a correção do mesmo ou solicitar um certificado complementar. O certificado de calibração não deve conter informações sobre a validade do mesmo, e caso exista, deve ser desconsiderado, pois a determinação do intervalo de calibração é da competência do usuário e nunca do prestador do serviço. (16) A avaliação da calibração do material volumétrico, atestando que o mesmo cumpre as exigências normativas, deve ser registrada em documento próprio, com a análise conclusiva dos resultados e a aprovação do (a) farmacêutico (a).
O tempo de retenção dos registros, bem como a forma de armazená-los e disponibilizá-los para consulta deverá ser determinado pelo farmacêutico.

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