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Interpretação de exames laboratoriais na prática clínica Palestrante: Tatiane Schneider Troponina A troponina é um marcador de lesão da musculatura cardíaca, sendo útil no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. É detectável em 2 a 3 horas após a lesão miocárdica, permanecendo elevado por até 14 dias. Pode estar aumentada em pacientes com lesões cardíacas não coronarianas, tromboembolismo pulmonar ou insuficiência renal crônica. Também eleva em sepse e pós-operatório. MÉTODO: QUIMIOLUMINESCÊNCIA VR: 26,2 pg/mL Fonte: Laboratório Hermes Pardini CK-MB Massa Isoenzima da creatina quinase (CK-MB): 1% da CK total em músculo esquelético e 45% em músculo cardíaco. Nas Diretrizes sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio, a Sociedade Brasileira de Cardiologia define que os marcadores bioquímicos de escolha para a detecção de necrose miocárdica são CK-MB Massa e Troponinas. DICA: no reinfarto, como a meia vida da troponina é de 7 dias, um paciente com dor recorrente pode permanecer com a troponina elevada e você não saberá se é um novo IAM ou apenas a tropo da injúria inicial. A solução nesses casos é usar a CK-MB. Fonte: Laboratório Hermes Pardini PEPTÍDEO NATRIURÉTICO TIPO B (ProBNP) Marcador cardíaco muito útil no diagnóstico auxiliar, como na disfunção ventricular, no aumento da pressão nas câmaras cardíacas, monitorização do tratamento e definição de prognóstico na Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Fonte: Laboratório Hermes Pardini Desidrogenase láctica - ldh É uma enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato, sendo liberada na ocorrência de dano celular. Elevação dos níveis de LDH ocorre em: Neoplasias; Cardiopatias; Anemias (hemolítica e megaloblástica); Inflamações; Hepatites; Traumas... Hemólise pode levar a resultados falsamente elevados. Fonte: Laboratório Hermes Pardini D-Dímero Níveis elevados são encontrados nas seguintes situações: Infarto agudo do miocárdio (IAM); Trombose venosa profunda (TVP); Tromboembolismo pulmonar (TEP); Sepses; Neoplasias; Pós-operatórios (até 1 semana); Coagulação intravascular disseminada (CIVD); Insuficiência cardíaca. Creatinina VALORES DE REFERÊNCIA: Crianças de 1 a 5 anos: 0,3 a 0,5 mg/dL; Crianças de 5 a 10 anos: 0,5 a 0,8 mg/dL; Adultos homens: 0,7 a 1,2 mg/dL; Adultos mulheres: 0,5 a 1,1 mg/dL. A análise dos valores de creatinina no sangue e na urina serve para avaliar se os rins estão desempenhando adequadamente a sua função de filtrar o sangue. Quando a filtração dos rins não está adequada, os valores de creatinina no sangue aumentam. Por isso, o exame de creatinina é utilizado para avaliar a função dos rins. Ureia É a principal fonte de excreção do nitrogênio. Produto do metabolismo hepático das proteínas. Excretada nos rins. Desta forma, a ureia é diretamente relacionada a função metabólica hepática e excretória renal. Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Sódio (na+) Por que fazer este exame? Para determinar se as concentrações de sódio do indivíduo estão entre os limites normais e auxiliar na avaliação do balanço eletrolítico e a função renal. Quando fazer este exame? Quando o indivíduo apresenta desidratação ou edema. Também é usado para monitorar certas doenças e estados clínicos, como hiper ou hipotensão arterial. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Potássio (k+) O potássio é um eletrólito, essencial para o crescimento e manutenção corporal. Ele é necessário para a manutenção do equilíbrio hídrico entre as células e os fluídos corporais, e também desempenha papel fundamental na resposta nervosa a estímulos na contração muscular. Se o excesso de potássio for leve, normalmente não há sintomas, mas caso a concentração desse mineral fique muito alta, podem surgir sintomas como redução da pressão arterial, palpitações cardíacas, fraqueza, dores na região do peito, diminuição da frequência cardíaca e infarto. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Cálcio iônico (Cai) O cálcio iônico (Cai) é a fração biologicamente ativa do cálcio sérico total, representando 43% deste. Sua concentração é mais baixa a noite e maior pela manhã. A dosagem do cálcio iônico independe da albumina, entretanto varia com o pH, aumentando na acidose e diminuindo na alcalose. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Bicarbonato (HCO3) Por que fazer este exame? Como parte de um perfil eletrolítico para identificar ou monitorar um desequilíbrio eletrolítico ou desequilíbrio ácido-base (pH). Quando fazer este exame? Durante exames médicos de rotina ou quando recomendado pelo médico, se o indivíduo apresentar sintomas como fraqueza, confusão, vômitos prolongados ou dificuldade respiratória que possam indicar desequilíbrio eletrolítico, acidose ou alcalose. Fonte: Laboratório Hermes Pardini gasometria Fonte: Roche Brasil Glicose Por que fazer este exame? Para determinar se o nível de glicose no sangue está em uma faixa saudável e para diagnosticar e monitorar a diabetes tipo I e tipo II, pré-diabetes e diabetes gestacional. Jejum obrigatório de 8 horas ou conforme orientação médica. Em caso de crianças, seguir orientação médica. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Fonte: Labor Import Tgo ou ast Transaminase glutâmico oxalacética (TGO) ou aspartato aminotransferase (AST) está presente no músculo esquelético, rins, cérebro, pulmões, pâncreas, baço e leucócitos. Valores elevados ocorrem na ingestão alcoólica, cirrose, deficiência de piridoxina (Vit. B6), hepatites virais, hemocromatoses, colescistite, doenças musculoesqueléticas, nas esteatoses e hepatites não alcoólicas. Na hepatite alcoólica os valores de TGO são, em geral, inferiores a 250 U/L, sendo, entretanto, superiores as elevações da TGP. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Tgp ou alt Conhecida como transaminase glutâmico pirúvica (TGP) ou alanina aminotransferase (ALT), acomete principalmente o fígado nos indivíduos. Valores elevados são encontrados nas hepatites virais, cirrose, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças musculoesqueléticas, doença de Wilson, entre inúmeras outras. Têm como utilidade o diagnóstico diferencial de doenças do sistema hepatobiliar e do pâncreas (TGO e TGP) ou colaborar com a identificação de infarto de miocárdio e miopatias (TGP). Fonte: Laboratório Hermes Pardini BILIRRUBINAS É conjugada no fígado e excretada na bile. O teste é útil para o diagnóstico diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A icterícia torna-se clinicamente manifesta quando a bilirrubina total é maior que 2,5 mg/dL. Causas de aumento da bilirrubina direta (conjugada): doenças hepáticas hereditárias, lesão de hepatócitos (viral, tóxica, medicamentosa, alcoólica) e obstrução biliar (litíase, neoplasias). Níveis de bilirrubina direta maiores que 50% dos valores totais são sugestivos de causas pós-hepáticas. Causas de aumento da bilirrubina indireta: anemias hemolíticas, hemólise autoimune, transfusão de sangue, reabsorção de hematomas, eritropoiese ineficaz e doenças hereditárias. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Beta hcg BETA HCG QUALITATIVO: BETA HCG QUANTITATIVO: Fonte: MD SAÚDE Fonte: MD SAÚDE Fator reumatoide (FR) O que está sendo pesquisado? O FR é um autoanticorpo, uma proteína: imunoglobulina (IgM) que é produzida pelo sistema imunológico do organismo. Os autoanticorpos atacam os próprios tecidos do indivíduo, por engano, identificando o tecido como "estranho". Embora o papel biológico do FR não seja bem compreendido, sua presença é útil como indicador da atividade inflamatória a autoimune. O teste de FR é válido para ajudar a diagnosticar a artrite reumatoide (AR). Cerca de 80% das pessoas com AR apresentarão teste positivo para FR. No entanto, o FR também pode ser detectado em indivíduos com uma variedade de outras desordens, incluindo outras doenças autoimunes, infecções bacterianas,virais e parasitárias persistentes e certos cânceres. Algumas vezes, está presente em indivíduos com doença pulmonar, doença hepática e doença renal, e pode ser encontrado em uma pequena porcentagem (1% a 5%) de pessoas saudáveis. Fator reumatoide (FR) Fonte: Wama Diagnósticos VHS OU VSg Por que fazer este exame? Para detectar a presença de inflamação causada por uma ou mais doenças/estados clínicos como infecções, tumores ou doenças autoimunes. Para auxiliar no diagnóstico e monitoração de doenças/estados clínicos específicos, entre elas arterite temporal, vasculites sistêmicas, polimialgia reumática ou artrite reumatoide. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Exame qualitativo de urina - equ O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função renal e afecções do trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e avaliação da eficácia do tratamento. O exame compreende três etapas: Propriedades físicas; Pesquisa química; Sedimentoscopia. Fonte: Laboratório Jaguari Exame qualitativo de urina - equ Fonte: Siemens Urocultura/antibiograma Fonte: LKP Diagnósticos Fonte: Copyright ZILKA NANES LIMA © 2018 Exames sorológicos Principais exames solicitados: VDRL: utilizado no diagnóstico de sífilis; HBsAg: utilizado no diagnóstico de hepatite B; Anti-HCV: utilizado no diagnóstico de hepatite C; Anti-HIV 1 e 2: utilizado no diagnóstico de HIV; Transmissão por via sexual (relações sexuais desprotegidas), nas transfusões de sangue, pelo uso compartilhado de seringas e agulhas e da mãe para o filho durante a gestação, aleitamento e no momento do parto. Exemplo VDRL: Exemplo Anti-HCV: Fonte: Laboratório Hermes Pardini Fonte: Laboratório Hermes Pardini hemograma Exame de rotina mais solicitado pelos médicos, indicado para avaliação de: Anemias; Talassemias; Processos inflamatórios; Infecções virais; Acompanhamento de terapias medicamentosas; Avaliação de distúrbios plaquetários; Avaliação de neoplasias em geral. Fonte: Laboratório Hermes Pardini Palavras-chave do hemograma?! Presença de... Células → DREPANÓCITOS: patologia? ANEMIA FALCIFORME Células → BLASTOS: patologia? LEUCEMIAS Células → PLASMÓCITOS: patologia? MIELOMA MÚLTIPLO Fonte: Universidade Federal de Goiás - UFG Fonte: ABC España Fonte: Universidade Federal de Goiás - UFG ANEMIA FALCIFORME Fonte: Área Oftalmológica Avanzada Fonte: Revista Brasileira de Reumatologia Fonte: Paulo Cesar Naoum Fonte: www.anemiafalciforme-angola.org LEUCEMIAS Fonte: Hemocentro - MT Fonte: University of Missisippi - USA MIELOMA MÚLTIPLO Fonte: Brazil Health CASO CLÍNICO 1 Autor: Dr. Rodrigo Antônio Brandão Neto Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Autor: Dr. Rodrigo Antônio Brandão Neto Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Autor: Dr. Rodrigo Antônio Brandão Neto Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP CASO CLÍNICO 2 Masculino, 56 anos Leucopenia ↓↓↓ Hb ↓↓ VCM 105 RDW ↑ ↑ PLT ↓ Na lâmina??? Fragmentação ERI Pecilocitose Anisocitose Dupla população ERI Fonte: CELL-DYN Ruby (ABBOTT) CASO CLÍNICO 3 Fonte: 101 Hemogramas (SANAR) Fonte: 101 Hemogramas (SANAR) Referências bibliográficas ANEMIA FALCIFORME: Campanha de sensibilização. Disponível em: < http://www.anemiafalciforme-angola.org/homepage/index.php>. Acesso em: 20 set. 2019. BRAZIL HEALTH. Mieloma Múltiplo. Disponível em: <http://www.brazilhealth.com/Visualizar/Artigo/18/Mieloma-Multiplo>. Acesso em: 20 set. 2019. DA SILVA, Herivaldo F. 101 Hemogramas: Desafios Clínicos para o Médico. Editora SANAR, 2018. Diagnóstico por imagem na avaliação da anemia falciforme. Rev. Bras. Reumatol. vol.48 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042008000200007>. Acesso em: 20 set. 2019. HERMES PARDINI. Help de Exames. Disponível em: <http://www.labhpardini.com.br/scripts/mgwms32.dll?MGWLPN=HPHOSTBS&App=HELPE>. Acesso em: 20 set. 2019. NAOUM, Paulo C; NAOUM, Flávio A. Doença Falciforme. Disponível em: <http://www.hemoglobinopatias.com.br/d-falciforme/d-falciforme-index.htm>. Acesso em: 20 set. 2019. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Atlas de Hematologia. Disponível em: <https://hematologia.farmacia.ufg.br>. Acesso em: 20 set. 2019. Obrigada pela atenção! tatianeschneider15@hotmail.com
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